If It Was All Just Normal. escrita por Srta Who


Capítulo 13
Eu Não Sou Nenhum Casanova


Notas iniciais do capítulo

Se você não entendeu a referencia pergunta ao capitão América.



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P.O.V Rose.

            Dei um longo suspiro aliviado quando finalmente fechei a porta de casa atrás de mim, aquela atitude foi a única coisa que me acalmou, tive uma sensação estranha de estar sendo seguida na rua, mas quando me virava para olhar não havia ninguém, talvez seja só paranoia minha, afinal de contas, bem.... É normal que eu me sinta assim.... Não é? Andei até pôr um pé no primeiro degrau da escada, não passei daí, fui abordada pela Sra. Tyler, estilista, dona das maiores e melhores festas do país, compradora compulsiva e também minha mãe, ela estava saindo da cozinha com uma grande caneca de chocolate quente nas mãos, e pareceu um pouco contrariada ao me notar.

—O que você está fazendo aqui, Rose?

—Eu moro aqui, mãe.

—Você nunca chega antes de Peter. – Dei um sorriso amarelo. -Como foi com o Matt? Vocês não brigaram de novo, brigaram? – Nada nunca exigiu tanto do meu autocontrole conseguido e treinado nas festas de mamãe quanto isso. Tive de lutar muito para controlar a vontade de sair correndo para o quarto e me esconder de baixo da cama como se aquela pergunta fosse o monstro mais horroroso do mundo e eu fosse uma criança assustada, me senti tremer, o que eu responderia a minha mãe? ‘’ah, olha, eu não estava com Matt, estava com meu amigo, acidentalmente demos um amasso, mas não se preocupe, somo só amigos. Ah, por sinal ele é aquele astrofísico que o papai contratou há quase seis meses. ’’, obviamente não posso dizer isso.

—O que? Porque acha que eu estava com ele? – Ela riu.

—Seu pescoço está roxo, querida. Deveria ser mais discreta, não caí bem a uma dama. – Quase instantaneamente levei a mão ao pescoço cobri a marca de John com uma mão e dei um sorriso para minha mãe. Ela sorriu e acariciou minha bochecha com o dedo. -Você tem que pedir para esse garoto pegar mais leve, olhe, até sua bochecha está arroxeada. – Pus a outra mão no rosto no local onde ela tocava com apenas um pensamento na mente ‘’John Smith é um homem morto’’, com certeza vou esfola-lo lentamente e até a morte.

—Mãe, a senhora não deveria estar preparando um catalogo importante ou coisa do tipo no escritório?

—Tem razão. – Ela beijou minha testa e saiu. Subi para o quarto sem tirar as mãos do pescoço e da bochecha, assim que entrei tranquei a porta e desabei na cama.

—É oficial, o dia não pode ficar mais estranho.

...

P.O.V John.

            Não, não, e novamente não, eu não sou nenhum Casanova nem nada disso, até porque durante o curso de minha vida até hoje só tive um relacionamento. Não, eu não pretendia beijar Rose Marion. Sim, a possibilidade já havia passado por minha cabeça (para ser sincero muitas vezes, principalmente quando ela sorria, ah como tinha vontade de descobrir seu gosto enquanto ela sorria), mas essa não é a questão, o ponto é que em minha cabeça isso nunca acabava bem. Esses pensamentos eram sempre seguidos de outros nos quais ela me batia, ficava com raiva, e várias outras coisas, jamais esperei que ela me retribuísse com tamanho fervor. Sim, eu gostei mais do que minha moral diz que eu deveria.  Sim, eu com certeza faria tudo de novo (e de novo e de novo e de novo até o fim dos tempos para ser sincero). Não, quer dizer sim, não.... Não sei, talvez ela não tenha gostado tanto quanto eu, talvez eu não devesse ter feito aquilo, talvez.... Talvez, oh esse maldito ‘’talvez’’! Eu odeio ‘’Talvez’’, não há ‘’Talvezes’’ na ciência, ou você sabe ou não sabe, mas com ela há tantas dessas possibilidades em aberto que chega a doer!

—Doutor? – Ouvi Mickey chamar do outro lado da sala.

—Mickey! Pare com essa coisa de ‘Doutor’, já disse que fora do trabalho é John!

—Tudo bem, John, uma ajudinha aqui? – Ele disse apontando para diversas latas de refrigerante sobre a mesa. Levantei-me do sofá avoado tanto por conta dos pensamentos que acabavam de tomar minha mente ou por aquela ter sido a noite mais estranha de todas, seja como for, não vi que uma das latas estava aberta e quando notei seu conteúdo já estava espalhado por toda minha camisa favorita do Star Trek.

—Droga. – Reclamei alto.

—Melhor tirar a camisa e pôr para lavar antes que manche. – A ideia de uma mancha nela me incomodou, então fiz o que Ianto sugeriu, virei de costas e tirei-a. Vamos colocar seguir conselho de Ianto na minha lista de ‘’Erros fatais’’, por sinal, essa lista é bem maior do que eu gostaria de admitir.

—Wow John! O que aconteceu com suas costas? – Exclamou Jack Harkness vulgarmente.

—O que? – Perguntei desnorteado. Ele deu uma risada perversa que logo foi compartilhada entre eles.

—Quem é a sortuda?

—O que?

—É obvio que você conseguiu uma namorada. Ou pelo menos alguém com quem se divertir. – Continuou Jack ainda rindo, tive de me controlar para não soca-lo.

—Calado. – Grunhi.

—Ficou com raiva, então é namorada.

—Ela não é minha namorada. – Murmurei. – Ela é minha amiga.

—Seja como for, diga a ela para cortar as unhas, suas costas estão quase sangrando. – ‘’Isso não será necessário’’ pensei sentindo uma leve tristeza.

...

            Sim, sim, sim, um milhão de vezes, sim! Eu pretendia contar a Matt o que aconteceu, a questão é, como? É impossível contar sem machuca-lo! Revirei-me na cama incomodada demais para conseguir dormir, tudo aquilo era muito para ser processado por minha mente que ainda reclamava do fato de ser domingo, e na segunda ter de lidar com todas aquelas coisas odiosas, daquela faculdade odiosa, e com aqueles professores odiosos me olhando como se eu fosse estupida. Meu celular vibrou, eu tremi, era Matt. Engoli seco, e atendi.

—A-Alô?

—Rose, eu sinto muito, mas não vou poder ir para a faculdade essa semana.

—Você está doente? – Perguntei preocupada. Ele riu.

—Eu não, mas minha prima que vive na Noruega sim.

—Donna?

—Donna Noble, sim. O marido dela viajou a trabalho.

—Ela não tem um irmão?

—Que ela me descreveu como o pior do mundo por estar atolado de trabalho a semana inteira.

—Qual o nome do irmão dela?

—Alguma coisa Smith. Perdão, sou péssimo com nomes. Só o vi uma vez na vida, acho que aos sete anos, só lembro que ele era mais velho e um pouco avoado.

—Você tem mesmo que ir?

—Se eu não for ela vem até a Inglaterra só para me esfolar vivo. – Eu ri.

—Com um humor desses ela talvez seja parente da minha mãe. – Ele riu.

—Tenho de dormir, do contrário perderei o voo. Te vejo na segunda feira da semana que vem. Te amo. – Tremi.

—T-Também te amo.

—Está tudo bem?

—Muito bem, tenha uma boa viajem Matt.

—Obrigada, amor. – Ele desligou.

            Cobri meu rosto com as mãos. Definitivamente eu sou uma pessoa horrível!


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Notas finais do capítulo

Sério, se não entendeu a referencia vê o ''currículo'' do Tennat na Wikipédia.



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