A Proposta escrita por Larissa Carvalho


Capítulo 23
It’s Time


Notas iniciais do capítulo

Olá galeraaaa.
Espero que tenha conseguido deixar voces mais curiosos com esse capitulo
O proximo vai ser maior, eu prometo.
Espero que gostei, já posto o próximo
Beijos e Boa leitura!
loo
Imagine Dragons - It's Time

P.S.: Vou responder à todos os comentários dos capitulos 21 e 22 logo, prometo.



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E então, ouvi dois tiros.

Mas eles nunca me atingiram. Abri mus olhos depois que escutei gritos de luta e a mão de Jillian não estavam mais em meu braço, apertando-me. Emily estava na minha frente, parada. Jillian estava longe de nós, em choque.

Dimitri brigava com o segurança de Victor e eu via o corpo de Emily cair na minha frente. Eu andei um passo e deixei-me cair para trás junto com seu corpo mole. Jillian apenas estava em choque. Seus olhos desviaram dos meus, enquanto eu deixava a cabeça de sua mãe em minhas pernas, e foi até outro canto da sala.

O segurança que Tatiana contratou para mim, estava com a arma apontada para Victor e em cima dele, que estava jogado no chão com a mão ensanguentada na perna. Um dos tiros tinha ido para Victor, enquanto o outro... Tinha ido para o coração de Emily Mastrano.

Dimitri prendeu o cara na parede e o nosso segurança pegou a arma de Victor no chão, esticando-a para Dimitri. Ele pegou a arma do nosso segurança e se afastou do cara, apontando a arma enfim para o cara.

Olhei para Emily... Ela tinha os olhos quase fechados, mas um meio sorriso em seus lábios. Eu posicionei melhor sua cabeça em meu colo e sorri, nunca a deixando ver as lágrimas em meus olhos.

– Chorar não é ruim, Rose. – sussurrou. Sua voz era como uma facada no meu coração. Era fraca e dolorosa.

– Não, tia. – falei. – Não estou chorando. – menti, fungando em seguida. – Você vai ficar bem. Vai ficar bem.

Coloquei a mão no lugar do tiro. Sua blusa branca tinha virado vermelha devido à quantidade de sangue que tinha ali. Eu funguei novamente. Ela pegou a minha mão, mas não a apertou... Ela estava fraca demais.

– Amo a sua determinação. – murmurou. Seus olhos azuis nos meus. – Sua coragem. Sua lealdade. – disse. Eu deixei as lágrimas caírem por meus olhos.

– Tia, pare. – supliquei. – Você não vai morrer.

– Querida... – começou. – Cuide da Jillian. – eu balancei a cabeça para os lados.

– Não. – falei entre lágrimas. – Você que vai cuidar. É você.

– Cuida... da... – ela engasgou. Eu tremi com ela em meus braços.

– Tia para... A ambulância vai chegar e você vai ficar bem.

– Rose... – começou. Ela me olhou suplicante. Eu funguei mais uma vez.

– Sim? – perguntei. Ainda chorando.

– Você... – disse entre um suspiro longo. –... Vai ser uma ótima mãe... – e então sua mão escorregou da minha e seus olhos se fecharam.

– Não. – gritei. – Não. – gritei novamente.

Escutei o choro desesperado de Jillian, enquanto eu apenas gritava abraçando o corpo da minha tia. Eu pude prever os olhares que Dimitri e o segurança fizeram. Mas eu não me importava. Emily tinha salvado a minha vida e a vida do meu filho. Poderia ser eu morta agora e ela estava.

Jillian caiu de joelhos ainda soluçando, enquanto eu me balançava com o corpo de Emily ainda no meu colo. Minhas lágrimas não tinham mais fim.

Não sei quanto tempo fiquei alheia a tudo, daquele jeito... Mas eu consegui ouvir a policia invadindo o local e substituindo Dimitri e o segurança.

Dimitri veio para o meu lado e tocou no meu ombro, enquanto o segurança pegava Jillian ainda chorando. Eu olhei em seus olhos, ainda abraçada ao corpo de Emily.

– Vem comigo. – falou. Sua voz era calma.

– Não. – chorei. – Quero ficar com ela.

– Ela está morta, Roza. – sussurrou. – Deixa os médicos fazerem seu trabalho.

Quando ele falou isso, eu olhei para cima. Tinham dois homens com maletas e roupas de paramédico. Eu pisquei algumas vezes, ficando tonta com as lágrimas e olhei para Dimitri de novo. Ele tinha pesar em seus olhos e alivio também. Dei uma rápida conferida nele e não vi nenhum ferimento, além do soco que ele levou do segurança. Eu assenti calmamente para ele.

Os homens se aproximaram devagar e pegaram Emily dos meus braços com cautela. Eu respirei fundo e olhei para Dimitri novamente. Ele levantou-se, me puxando em seguida para que eu ficasse de pé.

Seus braços eram a única coisa que me mantiveram firme. Eu não sabia que ele estava me arrastando para fora da casa até o sol bater no meu rosto e fazer meus olhos doerem.

Depois disso foi tudo um borrão.

A polícia fez perguntas para Dimitri enquanto eu e Jillian estávamos sendo examinadas na ambulância. Nenhuma de nós duas falou mais nada. Eu estava em choque e ela estava chorando, então... Não tinha como ter um diálogo ali.

Victor Dashkov tinha sido removido dali algemado com uma ambulância por causa do ferimento na perna. Ele ia ser preso depois disso. Aparentemente, Tasha e Jesse não tem mais culpa sobre os atentados, já que ele se auto acusou quando atirou em mim e matou a Emily.

– Rose. – gritou meu pai. Olhei para frente e vi quando meus pais corriam na minha direção.

– Ah meu Deus... – disse minha mãe ao se aproximar de mim. – Você está bem, querida? – minha mãe correu mais rápido que meu pai até mim. Eu deixei ser abraçada.

– Mamãe... – falei entre soluços. – A tia Emily...

– Calma querida... Eu sei, eu sei. – ela alisou meus cabelos, enquanto eu voltava a chorar novamente. Meu pai estava com os olhos vermelhos e eu senti meu coração se apertar ainda mais.

– Eu sinto muito que tenha presenciado isso, Kiz. – murmurou, sentando-se ao meu lado, ainda na ambulância. Jillian fungou em alguma parte do lugar e meu pai levantou-se novamente para confortá-la.

Ele estava a uma distancia segura para que eu saísse do abraço da minha mãe e olhasse em seus olhos. Ela parecia cansada e nervosa. Ela tremia junto ao carinho que fazia nos meus cabelos.

– Mãe. – falei. Ela me olhou com toda atenção possível.

– Sim?

– Preciso ir ao acampamento. – disse. Ela me olhou como se eu tivesse alucinando.

– Querida, eu sei que você...

– Mãe. – interrompi-a com a voz firme. – Fala pra Tatiana que a reunião vai ser amanha as oito da manha.

– Depois disso, acho que a Tatiana não vai querer a reunião.

– Ela vai... – falei. Levantei-me e joguei o casaco de Dimitri em seu colo. – Porque eu vou terminar o que vim fazer aqui.

– Rose, se você colocar sua vida em risco de novo...

– Não vou – interrompi-a novamente. – Vou para o acampamento e amanhã eu quero todos lá em casa. – andei e desci da ambulância. Olhei para trás e sorri para ela. – Cuida da Jillian.

– Claro que sim. – disse. Ela sorriu para mim e eu virei às costas novamente, indo em direção à Dimitri.

Dimitri tinha me dado um rápido resumo de como tinha escapado. Ele pulou no chão antes que o tiro o atingisse e fingiu estar inconsciente para poder pensar no que fazer. E depois quando Victor não estava prestando atenção, engatinhou até a cozinha e achou a porta dos fundos. O nosso segurança já tinha chamado a policia e estava se preparando para entrar, quando Dimitri correu até ele.

Eu ia acabar com tudo de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

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