Love is so unpredictable escrita por MPrior


Capítulo 17
A Baby


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Bem, nem sei se resta alguém aqui depois de tanto tempo, mas okay!

Peço desculpa a todos que ficaram aguardando um novo cap que nunca chegava.

Eu não tive tempo e nem motivação para voltar aqui no ultimo ano.
Sempre que pensava em sentar, abrir o arquivo e voltar a dar vida a esses personagens que tanto amo, simplesmente me sentia cansada demais e sem vontade alguma.

Mas eu jamais, em hipótese alguma irei desistir dela.

Sei que desculpa alguma vai ser o suficiente por ter estado ausente por mais de 1 ano, mas espero do fundo do coração que possam me perdoar.

Dedico esse capitulo a LarryGouu pelo comentário lindo e enorme, mesmo depois de tanto tempo a fic parada, você me motivou imensamente! Quero dedicar também a @emmaswanaja que praticamente me intimou a voltar a escrever, e as minhas amigas Nari e Sabrina por sempre ouvirem meus pequenos surtos por não voltar aqui todo esse tempo. Obrigada meninas!

Bem, espero que gostem do ep, apesar de não ser um dos meus favoritos.

PS: Espero noticias de vocês, de comentários a
criticas :)

PS²: Desculpem qualquer erro ortográfico



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 - Qual o problema? – Perguntou um Killian sonolento, vestindo uma calça de moletom e uma camisa cinza surrada, encostado no batente da porta do quarto de Emma com o cenho franzido, encontrando-a andando nervosamente de um lado pro outro balançando nos braços um Henry que berrava a plenos pulmões.

 Emma se virou ao som da sua voz se assustando.

—Meu Deus! – Exclamou soltando a respiração

— Desculpe, não queria assustá-la – Deu-lhe um pequeno sorriso – Então, o que está acontecendo? – Perguntou abaixando o olhar para o pequeno chorão em seus braços.

—Eu não sei!- Respondeu chorosa - Já troquei, dei de mamar, ele esta quentinho... Isso não vai dar certo, Killian. Não vai – Disse com a voz beirando a histeria.

Estava a quase uma hora tentando acalmar o garoto sem sucesso. Não queria ligar àquela hora da madrugada para sua mãe, ela já tinha seu próprio bebê para cuidar, e tinha que aprender a se virar sozinha, seus pais iriam embora em breve e precisava aprender a lidar com essas situações, mas já estava ficando desesperada, e não queria que o choro acordasse Killian. Ele teria que viajar cedo.

— Bobagem, Swan – Disse entrando no quarto e pegando Henry dos seus braços com cuidado – Venha, faça um café para a gente enquanto acalmamos esse garotão aqui – Falou lhe dando um beijo no rosto e se virou saindo do quarto.

Emma soltou um suspiro cansado e o seguiu.

— Desculpe por isso – Pediu Emma enchendo o recipiente com água

— Não se preocupe com isso, Emma. Ninguém disse que seria fácil- Brincou embalando Henry em seus braços.

—Mas também não disseram que seria tão difícil - Suspirou colocando o pó e água na cafeteira enchendo o ar com um cheiro reconfortante de café fresco.

— Vai dar tudo certo Swan – Prometeu piscando.

                                           

                                             *

 

 – Pode voltar a dormir agora, eu arrumo as coisas por aqui – Disse Emma bocejando – E desculpe por isso.

Estavam sentados no sofá fazia quase 2 horas. Após três xícaras de café, Henry finalmente resolveu se acalmar e agora ressonava como um anjo nos braços de Killian.

— Não por isso. Eu ate gosto – Emma encarou-o arqueando uma sobrancelha desacreditada.

Killian piscou e se levantou – Vou colocá-lo no berço.

— Okay – Soltou um suspiro cansado enquanto ele deixava a sala, e se levantou levando as xícaras para a cozinha colocando-as na pia. Quando retornou à sala Killian já estava novamente sentado. Sentou-se ao seu lado e tombou a cabeça em seu ombro.

— Sobrevimos – Brincou Killian passando um braço sob seus ombros abraçando-a de lado.

— Que bom que está animado. Teremos muitos dias assim pela frente – Riu soltando em seguida mais um suspiro cansado.

— Mal posso esperar...

A intensidade com a qual o rapaz disse aquilo fez Emma sentir o coração acelerar, e de repente o silencio ficou desconfortável.

Não, desconfortável não era a palavra certa. O silencio ficou insuficiente.

Killian parecia saber exatamente como preenche-lo, pois se virou um pouco para ela sem retirar o braço que circulava seus ombros para encará-la 

— Mal posso esperar por todos eles, cada segundo – Reafirmou olhando fixamente em seus olhos, podia sentir a respiração quente e descompassada tocar seu rosto, baixou os olhos para sua boca convidativa antes de subir o olhar novamente para os olhos ansiosos da sua garota, encurtou o espaço lentamente, sem desviar o olhar  e apenas selando os olhos após encostar seus lábios nos dela.

Emma podia jurar que sentiu o gosto de seu hálito, adocicado pelo café, antes mesmo de unirem suas bocas.

O beijo começou calmo, apenas um roçar de lábios, ate que Emma pediu passagem e o aprofundaram. Killian retirou o braço de seus ombros e circulou sua cintura trazendo-a para mais perto. As mãos da garota foram ate seu cabelo, puxando levemente, trazendo-o para mais perto também.

Separaram-se ofegantes com um ultimo selinho, as testas unidas enquanto ambos tentavam normalizar a respiração.

— Isso foi... Interessante- Disse Killian quebrando o silencio com um sorriso brincando nos lábios encontro de afastava minimamente.

— Interessante é uma boa palavra – Concordou Emma com um suspiro e um pequeno sorriso, aumentando a distancia entre ambos.

— Bem – Continuou enquanto se arrumava melhor no sofá – Está na hora de dormir, você precisa acordar cedo, amanha vai ser um logo dia.

— Emma, me desculpe ter que viajar agora. Eu queria estar aqui com você, mas essa viagem já estava programada e não há como cancela - lá - Desculpou-se. Não queria se ausentar nesse momento, sabia o quanto seria difícil e único para Emma, mas tinha responsabilidades para com seu trabalho que não podia adiar. 

— Não se preocupe com isso Killian, eu entendo. Henry e eu ficaremos bem, além do mais meus pais vão ficar para me ajudar por um tempo e tenho o August e as meninas- Sorriu – Agora é hora de dormir! – Exclamou se colocando de pé.

— Swan Swan, isso é um convite? – Perguntou com um sorriso maroto dançando nos lábios, se pondo em pé também.

— Não hoje – Respondeu olhando-o nos olhos, sorrindo de lado.

— Não hoje... – Repetiu pausadamente – Senti um tom de promessa ai, Swan...

— Okay Capitão! Vamos lá!– Exclamou virando-o para o corredor e empurrando-o levemente em direção ao quarto que ele havia dito que era seu quando chegaram - Já vi que você é o tipo de garoto que tem que colocar na cama, cobrir e dar um beijo de boa noite- Brincou.

— Que ideia maravilhosa, Swan! Vamos ser adeptos dela, o que acha?– Comentou brincalhão enquanto era emburrado pela loira pelo corredor.

 Emma soltou uma pequena gargalhada. Gostava desse jeito de Killian deixar as coisas leves. Era fácil respirar em volta dele.

— Hummm, vamos testar isso – Riu abrindo a porta do quarto e esperou ate que ele se deitasse na casa, puxou as cobertas ate seu pescoço e segurou o riso.

— Boa noite, Capitão – Desejou se virando para a porta.

— Opa, opa! Cadê o beijo? Lembro-me de ouvir claramente algo sobre um beijo...

— Muito bem lembrado, Sr. Capitão– Deu meia volta olhando-o divertida.

— Boa noite, Killian – Titubeou antes de encostar sua boca na dele.

— Boa noite Swan – Sorriu divertido quando se separaram ­- Da próxima vez serei eu- Piscou.

— Me lembrarei - Riu e deu-lhe um ultimo sorriso antes de deixar o quarto fechando a porta silenciosamente atrás de si.

Caminhou tranquilamente pelo corredor, em direção a sala para desligar as luzes antes de se deitar. Observou atentamente a decoração, algo que não pode fazer desde que chegara. E não pode deixar de se surpreender, apesar de estar bem evidente que ali morava um rapaz solteiro, a decoração – nem exagerada e nem ausente, dava um ar aconchegante e acolhedor. Sorriu caminhando ate a janela, afastando um pouco a persiana para olhar a noite.

Algumas luzes ainda acesas, junto às estrelas brilhantes e a lua no céu iluminavam a noite.  Ao longe a vastidão do mar, se perdendo no horizonte ate parecer tocar o céu em algum ponto. O conjunto da obra era de tirar o fôlego.

Respirou fundo e se afastou indo em direção ao seu quarto, apagando todas as luzes do caminho.

— Boa noite, Garoto. Vai ficar tudo bem, eu prometo - Deu um beijo no pequeno Henry que ressonava tranquilamente e deitou-se, finalmente se deixando levar pelo cansaço.

                                                 

                                                *

 

Killian escutou com mais atenção, e após não ouvir nada concluiu que Emma finalmente havia ido se deitar.

Após ela deixar o quarto, permaneceu acordado, ouvindo-a caminhar pela casa. Tinha que confessar que era um tanto estranho escutar outro barulho na casa que não fosse feito por ele mesmo.

Quando acordara com o choro agudo e estridente de Henry, seu primeiro pensamento sonolento fora que deixara a televisão ligada.  E quando tomou consciência do mundo não pode evitar uma pequena gargalhada de contentamento. Não duvidava que para muitas pessoas ser acordado por um som assim seria uma tortura e completa frustração, mas ele não se sentia assim, aquele som, por mais louco que pudesse soar, se transformara num dos seus sons favoritos no mundo, significava vida. Vida vibrando por todos os cantos de sua casa e ecoando em seu coração.

Com um sorriso nos lábios se entregou ao mundo dos sonhos.

                                                 

                                                *

 

— Wow, isso cheira maravilhosamente bem! – Exclamou Killian entrando na cozinha e encontrando Emma junto ao fogão.

— Pensei que gostaria de comer algo antes de partir – Disse Emma ainda de costas para ele, concentrada no café da manhã, fazendo o melhor que podia para esconder seu nervosismo.

Nos últimos dias tudo havia acontecido rápido demais. Num dia era uma quase adolescente grávida tentando fugir do passado, no outro estava com seu filho nos braços e, no momento seguinte, estava preparando o café da manhã pro seu namorado na casa dele. Na sua casa.

Não estava arrependida de ter aceitado o convite, de forma alguma. Apenas precisava assimilar tudo, o quadro completo. Que apesar de levemente assustador, era nem duvidas um belo quadro.

— Isso parece ótimo – Agradeceu colocando sua bagagem sob uma cadeira – Mas não precisava se incomodar, Swan.

— Bobagem. Eu tenho que comer também afinal – Disse se voltando pra ele e parando surpresa.  Passou seu olhar por todo seu corpo, sabia de seu trabalho obvio, mas não havia visto-o de uniforme.

Ele estava ainda mais incrível.

— Sempre achei que fosse um azul mais claro – Comentou a primeira coisa que lhe veio a mente.

— Decepcionada? – Perguntou arqueando uma sobrancelha, divetido.

— De forma alguma – Respondeu sinceramente. Aquele azul escuro, quase se transformando em preto era completamente... Killian. – Fica bem em você.

— Tudo fica bem em mim, Love – Piscou.

— Okay, okay senhor capitão, sente-se! – Exclamou revisando os olhos.

— Como quiser, senhora – Brincou sentando-se – E o que temos hoje?

— Panquecas! – Exclamou escondendo um pequeno sorriso colocando uma no prato á sua frente.

— Emma Swan! – Exclamou contente soltando um leve assovio.

— O que? – Perguntou fingindo confusão.

— Eu adoro panquecas – Abriu um grande sorriso.

— Eu sei – Se aproximou dele dando uma piscadela antes de se afastar – Um passarinho me contou – Brincou enquanto se servia e sentava-se numa cadeira frente a sua.

— Não sabia que conversava com... Passarinhos... – Comentou maroto.

— Que engraçado, Capitão. Nem eu – Sorriu divertida.

Killian deu um leve sorriso, olhando-a. Pensou naquele dia na praia, quando a conheceu e se perguntou se ela fazia ideia do quando seu olhar mudou desde aquele dia.

— O que? – Perguntou Emma confusa com seu olhar terno e penetrante.

— Nada – Sorriu – E Henry?

— Acordou agora a pouco para mamar e voltou a dormir. Parece que esta mais tranquilo hoje.

— Bom... Seus pais chegam que horas?

— Já devem estar vindo – Disse chegando o relógio a parede a sua frente – Pedi que passassem no Grannys para pegar minhas coisas– Disse meio incerta.

— Arrume como quiser – Sorriu e estendeu o braço pela mesa segurando sua mão – A casa também é sua agora, não SE esqueça disso enquanto eu estiver fora okay? – Piscou.

— Okay – Sorriu apertando suas mãos entrelaçadas.

— Bem, eu já vou.  Tenho que passar para pegar Graham antes de embargar – Informou tomando o ultimo gole de café – Alias, Graham queria conhecer Henry. Se não tiver problema, claro – Completou.

— Claro que não – Sorriu – Diga a ele que quando ele quiser, sem problemas.  Vocês são muito amigos, não é? – Perguntou.

— Somos, assim que entrei para a marinha nos tornamos amigos, é como um irmão para mim.

— Bem, espero que nos tornemos amigos também – Sorriu.

— Tenho certeza que sim.

— Bem, quando volta mesmo? – Perguntou.

— Em uma semana no máximo – Se levantou – Você vai ficar não é? – Perguntou colocando seu prato na pia.

— Vou, esta tudo bem – Respondeu sorrindo levemente.

— Sim, esta tudo bem – Sorriu- Vou me despedir de Henry – Disse caminhando ate o quarto que o pequeno dividia com a mãe, sendo seguida pela mesma.

— Parece que ele gostou do seu antigo berço– Comentou Killian de brincadeira tocando um dos unicórnios que brilhava levemente com a luz do sol.

— Sim, ele é bem confortável se bem me lembro – Concordou brincando.

— Tenho certeza que sim. Quando eu voltar, talvez, eu te mostre uma habitação extremamente confortável também – Sugeriu com uma piscadela.

Emma deu uma pequena gargalhada – Talvez...

Killian estreitou os olhos – Swan...

— Cuide da mamãe, garoto. Eu volto logo – Se abaixou depositando um leve beijo em seus cabelos.

Emma sorriu ternamente para a cena.

— Qualquer coisa me ligue okay. Sinto muito por deixá-la.

Estavam em frente ao prédio esperando o taxi, para não ter que deixar o carro de Dean estacionado no porto por tanto tempo.

— Não se preocupe comigo. Se cuide okay, e qualquer coisa me ligue também – Pediu Emma abraçada a ele.

— Não se preocupe com seu capitão aqui. Sou bom no que faço – Sorriu convencido.

Emma revirou os olhos e sorriu- Bem, vou entrar. Não quero deixar Henry sozinho – Disse olhando para dentro do edifício.

— Claro, sem problemas, vai lá – Concordou enquanto o taxi amarelo dobrava a esquina.

—Bem, ate logo, Killian.

— Até, Love.

Encararam-se por um segundo antes de Emma envolver sua nuca com a mão e puxá-lo para ela unindo suas bocas.

 Um minuto depois Emma acenava ao carro que se distanciava.

                                                 

                                          Storybrooke

 

O rapaz suspirou aliviado.

— Você até parece contente por ter dado negativo, Neal! – Acusou a morena ao namorado.

— Não é isso, Tamara – Na verdade era, mas não ia falar isso para ela – Não estamos preparador para sermos pais.

— Mas não imagina? Um bebezinho lindo, com seus olhos, seu cabelos...? – Perguntou com um olhar distante.

Há alguns dias ouvira Regina comentando com Belle que August iria viajar, e há dois dias passava em frente à casa dos Swan quando os viu saindo apresados com duas pequenas malas. Rapidamente imaginou que o pequeno bastardo ou bastarda havia nascido ou estava para nascer.

— Tamara, por favor – Pediu Neal cansado.

 Sim, claro que imaginava um filho, mas como diria que a imagem na sua cabeça era uma criança de belos olhos azuis. Odiava-se por isso. Prometerá que esqueceria Emma, e na primeira oportunidade que tinha sua mente o traia. – Não esta na hora de termos um filho, por mais lindinho que seja. Vamos esperar mais um pouco okay – Completou quando percebeu que estava sendo duro demais com ela.

A garota sentiu os olhos arderem de raiva. Já podia imaginar a ordinária com o bastardinho no colo, uma copia idêntica a Neal.

— Tudo bem, amorzinho – Abriu um grande sorriso após alguns segundos. Sem duvidas fizera um favor a Neal, ele não queria um filho... E ele não teve. – Você tem razão, vamos esperar.

Não importava se a vagabunda tinha um bastardinho, afinal ele ou ela era apenas isso.

Um bastardo.

— Sim – Sorriu para a garota – Agora vamos, meus pais devem estar esperando para o almoço.

— Sua irmã vai estar lá? – Perguntou se levantando e pegando sua bolsa.

— Não. Regina não vai estar – Suspirou tristemente.

A situação com Regina não melhorara muito nos últimos tempos. Ela havia voltado a conversar com ele, após ambos terem uma longa conversa com os pais.  Mas era fria e distante, bem diferente daquela sua irmã alegre e amorosa.

Ela passara a evitar o máximo que podia ficar no mesmo ambiente que ele e Tamara, como hoje. Quase sentia raiva de Emma por isso, mas não adiantaria nada, e seu ser se recusava a sentir algo deferente de saudade e amor.

— Vamos logo, Neal! – Chamou a garota, impaciente.

— Vamos, Tamara – Deu-lhe um sorriso cansado e deixaram o quarto dela rumo a casa do rapaz, para mais um almoço em família. Bem, uma parte dela.


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Notas finais do capítulo

Bjos
MPrior



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