Deusa de Pedra escrita por RaiscaCullen


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Como prometido! Espero que gostem!



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O iate ancorou em frente a casa e logo Bella se viu arrastada para a praia; ela chegou a abrir a boca para pedir a Edward que a deixasse ir, mas o olhar furioso, o ódio que ela estava sentindo e a expressão zangada congelaram as palavras em sua garganta e ela não conseguiu emitir nem um som.

Edward continuou a arrasta-la em direção ao terraço e a fez diretamente para o quarto. Assim que entraram, ele trancou a porta; Bella tratou de escapar pela outra, mas foi impedida. Edward segurou-a pelos cabelos e a forçou a erguer a cabeça e enfrentar seu olhar.

– Para onde estava indo? Para o jornal mais próximo, vender-lhes sua historia? – Edward parecia selvagem.

– Não! Só estava querendo fugir de você! – ela tentou se livrar, mas ele a segurava com força.

– Sabe o que os gregos fazem com suas mulheres quando elas os desobedecem?

Bella sentiu-se amedrontada com a ameaça, mas não podia demonstrar; em vez disso, olhou-o com desafio nos olhos.

– Pode me ameaçar o quanto quiser, mas não vou fazer o que quer!

Edward pegou a aliança que estava sobre a cômoda e a colocou de volta no dedo de Bella; só havia autoridade nesse gesto.

– Somos casados, lembra-se? Você me pertence!

– Não sou propriedade sua nem de homem nenhum. – ela respondeu desesperada, tentando soltar-se.

– Tenho o direito de fazer o que quiser com você!

Ele puxou-a para mais perto e seus lábios encontraram os de Bella com fúria, mostrando que ela lhe pertencia. Apertava o corpo contra o dela, numa tal selvageria e brutalidade, que Bella começou a tremer e num murmúrio ainda implorou:

– Edward por favor não faça assim!

– Por que não? Porque você não vai me dar o que provavelmente já deu a uma dúzia de homens?

Bella arregalou os olhos, aterrorizada, procurando se livrar dos braços que a prendiam.

– Como pode afirmar isso sem saber a verdade? Eu nunca estive com um homem!

Edward olhou-a atônito; mas logo um sorriso irônico apareceu em sua boca.

– Nada de truques comigo Isabella, não vai adiantar nada. Todos sabem qual a reputação das aeromoças; elas não passam de mulheres acostumadas a dormir com todos os homens com quem trabalham!

Bella já ia responder, mas, ao ver a determinação que havia naquele olhar profundo e decidido, viu que não adiantava lutar.

– Edward, não me force, por favor!

Os olhos de Edward ainda estavam cheios de desconfiança; com voz rouca, ele concluiu:

– Tem que ser assim, não há outro jeito.

Como se ela fosse uma criança, Edward a carregou nos braços e a levou para a cama.

Finalmente ele estava dormindo! Bella, bem acordada ouvia a respiração regular de Edward, deitado ao seu lado. Com muito cuidado para não acordá-lo, ela saiu da cama e vestiu a camisola que a empregada havia deixado sobre a cadeira. Olhou para a cama e viu que ele continuava quieto, um raio de luar iluminou seus ombros largos e seu peito forte.

Pé ante pé, Bella dirigiu-se a porta que saia no terraço; abriu-a devagar, saiu, e tornou a fecha-la; descalça, correu pelo chão de cimento e logo pisou na areia fofa da praia.

Não sabia exatamente por que havia saído; sabia apenas que precisava ficar longe da presença do marido e da humilhação que tinha sofrido nas mãos dele. Ajoelhou-se na areia ainda quente pelo sol forte do dia anterior e, sentando-se sobre os pés, ficou olhando a lua que dava um brilho pálido as águas da baia.

Tudo o que tinha acontecido voltou a sua memória. Lembrou a fúria com que ele a havia possuído e a surpresa que experimentara ao perceber que ela era realmente virgem. Suas maneiras tinham mudado e Edward tentara consolá-la, mas ela havia se afastado para a beira da cama, virando-lhe as costas.

Com muita suavidade ele tinha começado a falar com ela, mas ela não queria ouvir. Edward havia virado de costas na cama e começara a acaricia-la, tentando mostrar-lhe o que o amor podia ser. Mas ela tinha permanecido fria e rígida, sob o carinho das mãos do marido; parecia mais a estatua de Afrodite, feita de mármore, do que uma mulher que havia acabado de fazer amor. Zangado com a indiferença de Bella, ele perdera a paciência e novamente a possuirá, com paixão selvagem, sem carinho ou calor.

Bella se levantou e começou a andar na beira da praia, procurando apagar da sua mente tudo que tinha acontecido.

Passou as mãos pelo corpo sentindo-se a mesma, mas sabendo que nada mais seria igual. Também as mãos de Edward tinham tocado seu corpo onde ele bem entendera; por vezes havia sido delicado e gentil, o que a impedira de gemer e de tremer ao toque de seus dedos. Por um breve instante, tinha tido ate vontade de toca-lo, de aceitá-lo; alguma coisa nela parecia querê-lo tanto quanto ele a queria. Porem, compreendera que isso era apenas uma manifestação de desejo e não de amor, e sentiu-se ainda mais desesperada!

Esses sentimentos que Edward havia despertado nela a deixavam envergonhada. O mar parecia tão fresco e limpo que, num impulso, Bella começou a andar para o fundo. Sentiu necessidade de se purificar através de esforço físico e começou a nadar em direção a umas rochas que ficavam alem da baia. Ela era ótima nadadora e sabia que poderia alcança-las sem grande esforço.

Foi somente quando já estava alem da metade do caminha para as rochas que a primeira câimbra retesou-lhe os músculos da perna. Uma dor insuportável subia por sua coxa, fazendo-a dobrar-se, afundar e engolir água. Tossindo Bella chegou de novo a superfície, forçando-se a permanecer quieta e boiar ate que a dor sumisse. Controlou-se para não entrar em pânico, mas sabia que não tinha muita chance de voltar a praia por seu próprio esforço; a maré era vazante e teria sorte se ela a levasse para as rochas, em vez de carrega-la para o mar aberto.

Sentiu outro espasmo forte e afundou. Nesse instante alguma coisa segurou-lhe os cabelos e o braço; assustada, ela evitou pensar que um polvo a pudesse estar envolvendo com seus tentáculos. Tentou se soltar, mas, quando se viu na superfície reparou que era Edward quem a segurava, não deixando que afundasse.

– Fique quieta! Deite-se de costas e procure boiar. – ele gritou. – Se continuar lutando, vamos afundar juntos!

Obediente ela virou de costas, procurou relaxar e percebeu que pouco a pouco a cãibra desaparecia. Edward começou a reboca-la de volta a praia, dando braçadas fortes e ritmadas. Quando chegaram ao raso, ele a carregou e a colocou na areia, o peito arfando pelo esforço.

– Por que entrou no mar?

Ela não disse nada e ele a sacudiu pelos ombros.

– Responda, Bella. Por que entrou tão fundo? Para ficar livre de mim?

– Por que não vai embora e me deixa em paz?

– Deixa-la sozinha para que se afogue no oceano? – de repente ele ficou tenso, as mãos a apertaram mais. – Mon Dieu, você não ia se... – Levantou a cabeça dela para fita-la bem dentro dos olhos. – Você não estava tentando se matar, não é?

Uma onda de raiva fez com que o sangue de Bella fervesse em suas veias. Precisava machuca-lo e humilha-lo da mesma maneira como ela havia feito com ela. Com toda a indignação e fúria de que era capaz, respondeu com veneno na voz:

– Estava sim! Prefiro morrer do que passar outra noite com você!

Na manha seguinte, eles deixaram a ilha e foram para Paris; Edward era de novo o desconhecido sério e impassível. Havia se despedido de seus empregados, mas não tomara conhecimento da presença de Bella. Era como se a estada na ilha e seu fim traumático nunca tivesse acontecido.

Bella estava sentada sozinha no avião, tentando se distrair com uma revista. Mas o tempo todo tinha diante dos olhos a expressão de horror de Edward, ao pensar que ela quisera se matar. Nunca antes uma mulher havia se desesperado por ter relação sexual com ele, Edward a tinha levado de volta para casa, mandando que uma empregada lhe fizesse companhia pelo resto da noite.


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Notas finais do capítulo

Não me odeiem! Quero muitos comentários e prometo que postarei o próximo final de semana!