Deusa de Pedra escrita por RaiscaCullen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Espero que gostem! *-*



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O barulho de vozes acordou Bella de seu sono agitado. Tinha ficado acordada durante horas, pensando e de vez em quando dando uma olhada para ver se a luz no quarto de Edward se apagava. Mas, pelo jeito ele também não conseguira dormir, pois, numa das vezes em que havia ido espiar, tinha ouvido os passos do marido andando de um lado para o outro. Finalmente, exausta, acabara por dormir.

Continuando a ouvir as vozes, Bella olhou pela porta do terraço e viu que um lindo iate, branco e grande, estava parado no mar, em frente à casa.

Será que ele vai fazer um passeio pelo mar?, Bella pensou cheia de esperança; ai eu teria uma oportunidade de fugir! Mas, e se ele quisesse leva lá junto? O que deveria fazer? Se dissesse que não estava disposta e que não podia ir, talvez ele ficasse também e, ai, nada feito! Era melhor estar pronta para ver o que acontecia. Quem sabe, durante o passeio, não surgia uma chance de sumir?

Bella tomou um banho de chuveiro e se sentiu melhor; depois vestiu um biquíni com saia combinando que havia comprado em Paris.

Uma das empregadas veio da cozinha.

– Kaliméra, kyria – a moça falou com timidez e perguntou o que Bella gostaria de comer.

Bella respondeu-lhe em grego fluente que não estava com fome; queria apenas uma xícara de chá e já havia se servido.

– Não quer comer nada?

Bella levou tamanho susto ao ouvir a voz de Edward, que se levantou rápido, derramando o chá. Ele se sentou em frente a ela. Sentindo-se pouco á vontade, Bella abriu a bolsa e colocou os óculos escuros, escondendo-se por trás deles.

– Perguntei por que não está comendo.

– Não estou com fome. – ela procurava manter seu tom de voz natural, mas a amargura que sentia transparecia em suas palavras.

Edward olhou-a atentamente por um minuto, mas depois se dirigiu a empregada pedindo que lhe servisse o desjejum.

– Mandei que trouxessem meu iate de Limani para cá; o que acha dele?

– É lindíssimo – Bella respondeu com sinceridade.

– Dei-lhe o nome da Afrodite, por causa da deusa do templo.

– Um nome excelente. – quantas orgias deve ter havido dentro desse barco, pensou Bella.

– Recentemente troquei o motor por um mais potente e quero experimenta-lo hoje. Gostaria de vir comigo?

– Não, obrigada. – respondeu um pouco depressa de mais.

Edward estendeu o braço e tirou os óculos escuros que cobriam os olhos dela.

– Não gosto de mulheres mal-humoradas.

– E eu não gosto de homens que quebram suas palavras. – Bella se levantou e procurou ir embora, mas Edward a segurou e a fez chegar perto da cadeira onde estava.

– Por que tanto barulho a respeito de uma coisa tão pequena? Posso lhe assegurar que não vai ficar desapontada.

Nos lábios dele haviam tanto sarcasmo que ela sentiu o ódio crescendo em seu peito. Mas por não encontrar palavras que pudessem feri-lo, preferiu não responder. Edward deu uma risada e deixou-a ir. Rapidamente, Bella foi para a outra ponta do terraço, onde se estirou numa cadeira longa para tomar sol; deitou-se de bruços, assim não precisava mais olhar para ele.

Bella ouviu o barulho dos passos de Edward na cerâmica do terraço e sentiu que alguma coisa se interpunha entre ela e o sol quente daquela manha radiosa. Era ele quem fazia sombra sobre seu corpo.

– Não que mudar de ideia e ir comigo?

Bella nem se deu ao trabalho de responder; apenas balançou a cabeça negando.

– Muito bem. Já avisei a empregada para que venha lhe fazer companhia; odiaria que você se sentisse sozinha em nossa lua de mel. – novamente aquele tom sarcástico na voz.

Pelo canto dos olhos, Bella percebeu que Edward foi ate a beira do mar, entrou no bote e saiu remando em direção ao iate. Logo depois os motores eram postos em movimento, e o barco se afastou, lindo e branco como um cisnes. Bella se virou e sentou na cadeira.

Bella deu um suspiro, aliviada por se ver livre da presença de Edward.

Como Bella deveria agir agora? A empregada estava sentada num lugar estratégico, de onde podia ver boa parte da casa; portanto, sua fuga pelo quarto não ia funcionar.

Bella fingiu dar uns bocejos, espreguiçou-se e depois disse a empregada:

– Vou descansar um pouco. Por favor, não deixe que me perturbem até que o sr. Cullen retorne.

A mulher sorriu e concordou com a cabeça. Bella foi para seu quarto, tendo o cuidado de fechar as cortinas que davam para o terraço. Imediatamente trocou de roupa, colocando jeans e uma camisa xadrez; pois o passaporte e uma muda de roupa debaixo numa bolsa grande.

Até agora ninguém notara o que ela estava fazendo. Andando sem fazer barulho, Bella se dirigiu a garagem, onde encontrou o carro com as chaves no contato.

Ja estava quase ao lado dele quando ouviu um assobio.

Virando-se, saiu correndo por entre as arvores mas não poderia aguentar aquele ritmo por muito tempo. O dia estava quente e o chão era muito pedregoso; a paisagem, em compensação era maravilhosa. Havia arvores cobertas de flores e um riacho acompanhando o caminho.

O caminho seguia uma acentuada elevação e Bella começou a sentir as pernas doloridas, já não estava acostumada a andar tanto. Ainda levou algumas horas ate chegar ao alto de um morro. Sentou-se numa pedra e olhou ao redor, ficando muito desanimada com o que via. Tinha se distanciado da vila; podia ver ao longo as paredes brancas das casinhas, mas percebeu que para chegar lá tinha que caminhar muito, por lugares onde seria difícil andar depressa.

Chegando ao ponto ao porto viu dois homens trabalhando na pintura de um bote, enquanto outros consertavam as redes de pesca. Era uma cena tão bonita que Bella parou para observa-los. Nas portas das duas casas muitas mulheres, quase todas vestidas de preto, estavam sentadas fazendo seus bordados, todas as olhavam com curiosidade.

Perguntou a um dos homens se não poderia leva-la a Mikonos, se ela pagasse pela viagem.

Os pescadores conversaram entre si e disseram sobre um homem que ia no dia seguinte para Mikonos; talvez ele se animasse a antecipar sua viagem em um dia para leva-la.

Duas horas depois o homem chegou e agora o sol já estava bem baixo no horizonte. Ele concordou em leva-la para Mikonos, mas seu preço era bastante elevado, esperava que ela regatasse como todos fazem na Grécia. Bella porem, já estava tão cansada e preocupada que Edward a viesse buscar, que imediatamente concordou com a quantia pedida. O pescador a olhou surpreso, mas se dirigiu para seu barco, onde a ajudou a entrar.

Bella sentiu-se imensamente cansada; ajeitou-se melhor em seu canto e pela primeira vez em muitos dias dormiu um sono reparador.

Foi acordada pelo barulhos de um motor possante e por um grito distante. Sentou-se, esperando ver o porto de Mikonos, mas ainda estavam em mar aberto, embora ela pudesse ver a ilha grande a pouca distancia dali. Bella virou-se para falar com o pescador, mas ele estava de costas, os braços erguidos num sinal de cumprimento. Ela ergueu os olhos e ficou apavorada; com bastante velocidade um enorme iate branco se aproximava e ela pode ler claramente a palavra “Afrodite” escrita na proa. O pescador já ia descer a vela para esperar a embarcação chegar mais perto. Num pulo, Bella foi para junto dele.

– Por favor, não pare! Ele não deve me encontrar! – ela pediu. O homem olhou-a espantado. – Parakalo, Kyrie. Por favor, deixe que eu me esconda para que ele não possa me achar! – percebendo que o iate já os tinha alcançado Bella se escondeu atrás de uns engradados, rezando para que o pescador não a denunciasse.

Mas Bella tinha a obrigação de conhecer melhor os gregos! Devia saber que nenhum deles tomaria partido de uma mulher contra um homem. Em poucos minutos Edward estava abordo do barco do pescador, e a tirou de entre os engradados, seu rosto cheio de ódio e fúria. Ela ainda tentou se livrar, mas Edward a carregou e a passou para o iate. Em poucos minutos sua aventura havia terminado!


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Notas finais do capítulo

Espero mais comentários desta vez! Não custa digitar um simples " Tá bom".



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