Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão escrita por LYEL


Capítulo 7
Sweet Catastrophe


Notas iniciais do capítulo

O foco da batalha na Soul Society se volta para Hisana e Solomon.

Embora Hisana seja forte e determinada o cientista começa a oprimi-la durante o combate e a jovem filha de Ichigo e Rukia se vê obrigada a usar sua perseverança e sangue para manter-se firme à promessa de salvar seus amigos ao custo do limite de sua vida.

Contudo, mesmo diante de toda destruição que se espalha pelo mundo espiritual e ferocidade de Hisana que busca vencer, a orquestra de destruição de Solomon alcança novo ritmo e novo palco que começará a abrir as portas para uma nova fase dessa batalha sem precedentes.

E sem ninguém perceber... Pouco a pouco algo começa a dar errado... Muito errado...



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Abertura da Fanfic

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Resident Evil Code Veronica - OST: Theme of Alexia Type II (extended)

Solomon se posiciona e estala os dedos para digitar no teclado virtual diante dele.

— Que comecem os experimentos!

Ao teclar do primeiro botão a terra começa a tremer e Hisana luta para manter o equilíbrio.

— O-o que está acontecendo!? — ela olhava para todos os lados tentando entender o que estava havendo.

Os tremores se intensificam e de onde estão Ichigo e seus companheiros acabam sendo atingidos pelo fenômeno.

— Terremoto! — Tomoe tropeça e cai no chão.

— Esse terremoto não é normal! — Ishida se ajoelha e consegue manter o equilíbrio e segura Inoue para que a mesma não caísse.

— Essa sensação de perigo... ICHIGO! — Rukia suava nervosa.

O ruivo estava de braços abertos tentando manter-se firme, mas ele entendia aonde sua companheira queria chegar.

— Esse tremor! Droga se for o que eu estou pensando...! — Ichigo corre até o limite da barreira e enche os pulmões de ar. — Hisana pelo chão!

Sua filha longe dali consegue ouvi-lo, mas confusa não tem tempo de reagir.

A terra começa a se partir e um enorme tubo elétrico se posiciona como uma serpente pronta para dar o bote.

— Mas que merda é essa...!? — exclama de boca aberta.

Enquanto está estupefata diante da ameaça, vários tubos brotam de toda a Soul Society e explosões em cadeia se espalham por todo lugar.

— Ele hackeou o sistema tecnológico e elétrico da Soul Society! — Katsuya conclui alto o suficiente para que Hisana pudesse ouvi-lo.

— O quê?! — Hisana olha espantada, mas não tem tempo para refletir, o enorme tubo ataca a jovem que desvia com vários mortais de costas enquanto a criatura passa a segui-la.

Sob seus pés o chão treme e um tubo gigante a atinge em cheio levando-a para o alto como se uma torre tivesse brotado do chão em alta velocidade, Hisana leva uma pancada tão forte que fica tonta por alguns segundos, ela rola para o lado na intenção de cair e vem descendo se arrastando pela parede do enorme tubo, mas de onde está ela enxerga o chão tremendo e mais e mais tubos virem em sua direção.

— Porcaria! — ela se escora na parede e pula com grande impulso para fugir do impacto entre os turbos que se chocam e explodem jogando-a no chão. Hisana sai rolando em chamas pelo chão e o impacto a queima e apaga as chamas ao mesmo tempo.

— Imagino o quão difícil deve ser para você ser atacada por algo que não pode ver ou sentir de onde vem... Confiar nos próprios instintos deve ser difícil. — Solomon brinca.

Hisana levanta cambaleante e seu corpo dói de uma maneira que ela não sentia antes, assim que olha para um machucado em sua mão percebe que ele demorava a fechar contrário ao que acontecia aos ferimentos anteriores causados durante a luta.

— Droga...

— O que foi minha jovem... Problemas com a regeneração?

Hisana olha séria para ele, mas o cientista apenas sorri.

— Eu conheço você mesmo sendo esta a primeira vez que nos vemos querida Kurosaki Hisana... Como por exemplo... — Solomon em um gesto amplia um enorme holograma na frente de Hisana e ela olha chocada para a imagem.

A imagem era um design 3D de sua própria anatomia pulsante.

— Eu conheço cada milímetro modificado de seu corpo que por sinal foi uma obra de arte feita por mim mesmo. — ele ri. — Como, por exemplo, a ampliação da capacidade regenerativa que herdou de seu pai e que foi aprimorada em larga escala se tornando quase instantânea!

Hisana só rangia os dentes evidentemente indignada.

— Nenhum filho herda todas as características do pai e da mãe, às vezes o filho pode herdar 55% da genética do pai e apenas 45% da mãe e vice-versa, ou você acha que um bebezinho ao se comparado ao rosto do pai é mera coincidência? — Solomon estala os dedos. — O mesmo acontece com você minha querida. — fios começam a sair do computador flutuante holográfico e a se conectar ao sistema nervoso do cientista. — Embora tenha herdado muitas de suas características a maioria das habilidades herdadas por seus pais são ainda latentes em seu corpo e outras nem fazem metade do que eles podem fazer como um todo.

Hisana fica em posição de combate.

— Por isso eu vou forçá-la a despertar e exaurir todas elas de uma por uma como já começou a acontecer com sua regeneração! — a voz de Solomon ecoa de maneira assustadora.

O cientista começa a digitar várias coisas em seu computador e os enormes tubos se abrem e começam a soltar um gás tóxico por toda Soul Society, Hisana vendo o que estava acontecendo se desespera e se vira para onde sua família estava.

HIRYUKEN TIRE-OS DAQUI AGORA! — ela grita com toda força.

A dragonesa se assusta por um segundo com o grito vigoroso de Hisana, mas ela vê que por onde a névoa tóxica passava tudo começava a derreter e murchar, ela olha assustada para isso e abocanha os amigos de Hisana um por um sob protestos surpresos dos jovens que são literalmente engolidos pela zanpakutou que alça voo de maneira desesperada.

— Da próxima vez que for nos engolir avise Hiryuken! — Ichigo ainda estava surpreso.

— Desculpe Ichigo, mas não tive tempo de avisar algo do tipo: ”Por favor, me deem licença, mas preciso engoli-los e voar bem alto para não morrerem envenenados!”. — a zanpakutou retruca.

Assim que os companheiros de Hisana olham para baixo enxergam a pequena colina onde estavam derreter como ferro em uma caldeia e ficam suando nervosos.

— O-obrigado...

RENJI! — Rukia grita repentinamente.

Os seus companheiros olham na direção que ela aponta e eles enxergam Renji carregando Komamura e eles já tossiam cambaleantes até desmaiarem.

Byakuya-taichou! — Katsuya é quem grita desta vez, o capitão voava em alta velocidade, mas suas veias começam a ficar roxas e se tornam visíveis por todo corpo, ele tem hemorragia ocular, auricular e nasal e cai no chão.

— Nii-SAMA! — Rukia faz o impensável e sai da barreira de Hiryuken.

— Rukia! — Ichigo corre logo atrás, mas Katsuya e Sado o seguram.

— Não vá Ichigo, você vai acabar morrendo! — o latino o segurava em uma chave de braço.

— Rukia é imune seu idiota ela pode reduzir a temperatura do corpo e parar a circulação do veneno no organismo! — Ishida grita bem alto para que o ruivo entenda.

Rukia caia como um falcão dando o bote em direção aos seus companheiros feridos quando sente um frio gélido familiar ao seu lado, Seiken em sua forma felina descia ao deu lado.

— Suba.

Ela segura no tufo de pelos retilíneos de suas costas e monta na zanpakutou felina que é ainda mais rápida que a shinigami e em poucos instantes eles pegam Renji e Komamura. Rukia pula de suas costas e consegue apoiar o irmão nos ombros e pula sobre Seiken novamente.

— Depressa Seiken!

A zanpakutou voa a toda velocidade e joga os quatro shinigamis dentro da barreira que agora era a forma gigante e feroz da irmã, em seguida ele volta a sua forma humana e fica em pé sobre as costas da irmã observando a luta.

— Obrigada por ajudá-los meu irmão. — Hiryuken agradece.

— Eu só fiz isso porque se aqueles imbecis morressem você não me deixaria em paz. — ele responde.

— Isso é verdade. — ela diz.

Rukia corre até seu irmão e também verifica o estado de Renji e Komamura.

— Inoue, Tomoe! — ela exclama.

As duas chegam envolvendo-os com barreiras e sentem a pressão espiritual que exalava de seus corpos em forma de toxinas.

— Que veneno terrível! — Inoue diz assustada.

— Eles ficarão bem? — Rukia pergunta preocupada.

— E-eu não sei... Mas vamos mantê-los vivos custe o que custar! — Tomoe diz tentando ser sincera.

Renji tosse e abre os olhos.

— RENJI! — exclamam Rukia e Ichigo.

— Yo idiota... — ele brinca olhando para o ruivo. — Você viu o que eu fiz...? Derrotei um inimigo que nem você conseguiu... — ele tenta rir e tosse sangue.

— Renji! — Ichigo exclama, a expressão de Rukia treme e lágrimas silenciosas começam a descer.

O tatuado vendo as lágrimas da amiga fecha os olhos parecendo decepcionado.

— Merda... Até quando tento ser bacana acabo fazendo você chorar... Que grande idiota me sai...

Os olhos de Renji fecham.

— Renji! Renji! — ela dá tapinhas em seu rosto tentando acordá-lo.

— Rukia-san diminuía a temperatura do corpo deles igual faz ao seu para evitar a propagação do veneno! — Katsuya dita sua idéia.

A idéia do rapaz brilha na cabeça da shinigami e ela olha para Inoue.

— Faça a barreira ao nosso redor e rejeite minha reiatsu de dentro para fora, assim ela não se propagará e conseguirei manter a temperatura baixa sobre seus corpos enquanto você e Tomoe os curam! — Rukia diz.

— Grande idéia Rukia-san! — Tomoe com a ajuda de Sado e Katsuya aproximam Byakuya, Komamura e Renji já inconscientes, Rukia pousa suas mãos sobre o peito de Renji e Byakuya e faz um sinal com a cabeça para Inoue.

Santen Kesshun (三天結盾, Escudo Sagrado Triplamente Ligado) e Sōten Kisshun (双天帰盾, Escudo Sagrado do Retorno Duplo)! — Inoue invoca suas duas barreiras, uma sobre a outra, enquanto a de cura ficava sob a barreira defensiva que impedia a reiatsu de Rukia de sair de dentro do escudo fazendo assim com que a temperatura diminuísse apenas o suficiente para manter seus companheiros vivos em uma espécie de estado criogênico.

— Rukia! — o rapaz de cabelos laranja a chama.

— Está tudo bem Ichigo, eu vou mantê-los em animação suspensa até Tomoe e Inoue conseguirem descobrir como rejeitar essa toxina! — ela responde com uma fina camada de gelo se formando sobre seu rosto, cabelos e sobrancelhas.

— Mãe. — Tomoe se aproxima. — Eu vou repor sua reiatsu. — ela diz.

— Apenas quando eu precisar, até lá economize suas forças, já tivemos surpresas suficientes para nos fazer acreditar que sua força possa ainda ser necessária. — Inoue diz com uma seriedade acima do normal para ela.

— Tudo bem. — a loira responde.

— E Hisana!? — Katsuya volta ao problema vigente.

Os companheiros dele também prestam atenção ao que acontecia.

Hisana estava em pé desviando de tubos elétricos que voavam em todas as direções tentando derrubá-la.

— Ela está normal... Hisana é imune ao veneno? — Ishida pergunta.

— Sim... Afinal era nela que Solomon e Zerus os aperfeiçoavam. — Katsuya responde sem hesitar.

— E-eu já tinha me esquecido deste detalhe... Desculpe. — o quincy pede perdão.

—... Hisana... — o jovem sussurra.

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Na Seireitei as coisas não pareciam nada boas, com tubos gigantes brotando de todos os lugares, computadores e maquinarias explodindo tudo havia se tornado caos mais uma vez.

Kurotsuchi-taichou! — Um auxiliar do cientista vem correndo.

— Não me atrapalhe seu imbecil! — Mayuri resmunga digitando algo de forma concentrada em seu computador.

— Mas senhor, olhe! — o mesmo auxiliar exclama novamente apontando em uma direção.

— Isso não é bom Kurotsuchi-taichou... — sussurra Urahara que parecia ocupado na frente de se seu próprio monitor.

— E por acaso você acha que eu não sei seu idiota!? — resmunga o capitão para o de chapéu listrado.

Sobre a Seireitei os enormes tubos começam a liberar uma toxina sobre os que tentavam se abrigar no único lugar que ainda achavam ser seguro.

As pessoas começam a cair uma a uma doentes e se tornam presas fáceis das explosões que aconteciam ao redor causadas pela invasão do vírus de Solomon no sistema de tecnologia da Soul Society que superaquecia o sistema controlado pelo esquadrão de Mayuri.

Unohana-san, por favor, faça uma barreira ao nosso redor! — Urahara pede.

— Sim! — a capitã atende ao pedido e protege alguns shinigamis seletos com o auxilio de alguns membros do quarto esquadrão que ampliam ainda mais a barreira.

— Mas e agora, o que faremos? Essa barreira não vai durar para sempre. — Hitsugaya pergunta.

Mayuri pensa por um instante e fita sua tenente.

Nemu.

— Sim Mayuri-sama? — ela se aproxima com sua expressão apática comum.

— Vá ao meu laboratório e traga a amostra 021B. — ele ordena.

— Sim Mayuri-sama. — Nemu some com um shunpo saindo da barreira.

— O senhor a mandou sair da barreira? Nemu-san pode morrer! — Kotetsu Kiyone diz preocupada.

— Não diga coisas que já sei sua idiota. — ele responde digitando no computador.

Os shinigamis ficam em silêncio.

— Kurotsuchi-taichou... O que exatamente é a amostra 021B? — Urahara pergunta curioso.

— O sangue de Kurosaki Hisana. — ele responde sem tirar a atenção do monitor.

— Oh... Entendi. — Urahara volta ao trabalho.

Os outros shinigamis se enchem de interrogações.

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Solomon se sentia praticamente em uma orquestra brincando de teclar a desgraça que caia sobre a Soul Society, ainda existiam truques a serem mostrados, mas naquele momento ele se entretia somente em ver a vida espiritual se esvair.

Ele mexia os dedos como um maestro de olhos fechados apreciando o som de suas serpentes que não passavam de tubulações subterrâneas da própria Soul Society usadas para transmitir energia que estava sob seu domínio naquele momento.

— Corra minha criança, grite, sangre e implore por sua própria morte! — ele abre os braços e respira fundo o veneno que se espalhava liberado por ele. — Implore Kurosaki Hisana por uma salvação que não existe!

Hisana protege a cabeça com os braços, mas leva uma martelada que a afunda no chão, o enorme tubo emite fagulhas elétricas e misturados à toxina causam uma grande explosão que a jogam com a roupa ensanguentada a metros de distância.

— HISANA! — Katsuya e seus amigos gritam.

A jovem levanta cambaleante e sente a terra tremendo quando percebe que seria atingida outra vez ela pula com todo impulso para cima e posiciona os punhos em ataque:

— Forja das Almas, terceira instância: IRAE!

Quando a serpente sobe em direção a Hisana ela desce em alta velocidade e desfere um soco furioso que ao se chocar contra o enorme tubo causa uma vibração que percorre todo seu corpo até o chão e o faz explodir.

Hisana pousa no chão e seus cabelos começam a esvoaçar e as veias de seu corpo se exteriorizam enquanto seus olhos ficam verdes.

Os tubos-serpentes continuam vindo e Hisana ruge correndo em suas direções, eles disparam ondas de choque que a atingem e a fazem começar a recuar, mas ela força o seu próprio caminho e abre a boca disparando uma rajada de cero e explodindo-os em larga escala.

— Que instância é essa?! — Ishida pergunta.

— Ela parece estar aumentando o ódio de Hisana... As habilidades que ela está usando parecem as de um hollow... — Tomoe sussurra.

— Os danos se tornaram mais concentrados e “secos”, talvez seja uma instancia de finalização. — Ichigo sugere.

— Seja qual for... Parece que ela tem controle sobre si. — Katsuya observa.

Solomon vendo que a reiatsu de Hisana aumentava a cada segundo e gerava uma reiatsu concentrada ao seu redor conclui que ela usava uma instancia de área de combate.

— Então quer dizer que tudo o que entra na área da sua instância de combate é destruída pela pressão que você exerce sobre elas com sua reiatsu... Impressionante... Mas ainda não é o suficiente! — Solomon começa a digitar novamente.

Hisana via mais e mais tubos vindo em sua direção, ela range os dentes e comprime o corpo.

— JÁ ME CANSEI DISSO! — Hisana abre os braços impetuosamente e uma super nova de reiatsu sai de seu corpo englobando tudo ao seu redor e devastando os tubos de Solomon que evaporam sem deixar rastros, assim como o veneno que desaparece por alguns instantes, mas vagarosamente volta a ocupar o lugar.

— Que reiatsu impressionante, a pressão espiritual exercida por ela é assustadora sem sombra de dúvidas... Mas como eu disse Kurosaki Hisana... Eu estou apenas começando os experimentos...

Solomon aperta um botão em seu computador.

— Mande o que quiser seu cientista lunático, pois eu irei vencê-lo não importa o que aconteça! — ela grite furiosamente correndo com passos rápidos em direção ao cientista para aniquilá-lo.

Mas ele responde com aquele sorriso enigmático de sempre que faz os sentidos de Hisana entrarem em alerta.

(— Não dessa vez!) — pensa girando o corpo e sumindo do campo de visão do shinigami.

Solomon cessa o sorriso e atento começa a procurá-la e quando finalmente a encontra ela já estava perto o suficiente para surpreendê-lo diante de seus olhos com um passo rápido tal qual um teletransporte com punho pronto para atacar.

(— O qu...!? Ela assimilou a minha velocidade ao me ver usando shunpo naquele nível!?) — pensa o cientista surpreso ao vê-la de punho erguido.

— Vá brincar com tubo de esgoto na casa da sua avó! — grita desferindo um soco no computador e explodindo tudo ao redor incluindo ela mesma que sai voando.

Hisana quica várias vezes no chão e parece perder a consciência ao cair de mau jeito.

A poeira de destruição chega até seus amigos no céu e eles tossem tentando afastar a névoa.

— Hisana?! Onde ela está? — Katsuya força a visão.

— Não dá pra ver. — Ichigo cobria as narinas e a boca.

— Lá! — Sado aponta.

Eles conseguem vê-la muito machucada no chão e inconsciente, longe dali eles também veem Solomon em estado semelhante.

— Acabou? Ela venceu? — Tomoe pergunta esperançosa.

— Eu não sei... — Ishida parecia observar alguma coisa. — Mas o veneno ainda está ativo.

Voltando ao campo Hisana se mexe e se levanta miseravelmente se apoiando no que consegue, ela olha ofegante na direção de Solomon e volta à posição de luta.

Solomon se ergue com metade do corpo destruído e ensanguentado que havia sido atingido pela explosão, ele faz um gesto e o computador surge outra vez na sua frente enquanto os cabos que se interligam a ele o regeneram.

— Isso doeu bastante minha criança... — ele comenta.

— Juras? Porque aqui ainda tá doendo pra cacete... — ao dizer isso a jovem olha para suas feridas e elas não fechavam mais.

— Parece que sua regeneração não funciona mais... Uma pena...

—... Agora pode contar o que fez comigo, prometo que não vou ficar chateada...

— Nada demais... Como disse... Mesmo sendo a primeira vez que nos encontramos eu já conheço tudo sobre você minha criança.

— Oh é mesmo...?

— Por exemplo, eu disse que os filhos não herdam TODAS as características dos pais e que você não era exceção.

— E daí?

— Bem... Caso já tenha esquecido, para torná-la perfeita meu outro eu de seu mundo com a ajuda do abissal Zerus Rose fizeram várias mudanças em seu corpo a fim de exteriorizar habilidades geneticamente latentes em seu organismo, a regeneração que existe em você é um traço herdado de seu pai, mas que em você não possui uma taxa de aceleração como a dele, por isso você foi modificada para que pudesse resistir aos diferentes experimentos a que foi submetida... Lembra-se disso “Experimento Primordial”?

Hisana fecha a cara.

— A questão é que: Se um cientista possui a capacidade de brilhantemente modificar uma cadeia genética já especificada no ato da concepção em uma mesa de laboratório assistida... Por que ele não teria a mesma capacidade de modificá-la a hora que lhe fosse conveniente?

Hisana fica surpresa.

— Acho que entendeu onde eu quis chegar... — Solomon sorri assustadoramente.

— Seu miserável! — Hisana corre na direção de Solomon, mas fica tonta e cai de joelhos no chão sem forças nas pernas.

Solomon começa a gargalhar.

— Exatamente minha criança... Eu estou usando minhas habilidades científicas e o supercomputador conectado ao meu corpo para redesenhar sua cadeia genética inteira ao ponto que nada de especial lhe restará.

— Minhas forças... Sumindo...? — a jovem estava confusa. — Mas... Quando...?

— Já estava achando que não iria perguntar...

Solomon estende a palma da mão e ao abri-la Hisana não enxerga nada.

— Vejo que não consegue enxergar o que existe na palma de minha mão. — ele sorri. — Mas é exatamente isso mesmo, você não pode ver porque é invisível a olho nu.

— “Microrganismos vigilantes...” — Hisana diz.

— Bingo! — o cientista estala o dedo parabenizando.

— Mas como... Quando? — Hisana respirava ofegante.

— Durante os seis meses que se passaram, eu estive trabalhando na forma mais agressiva e promissora para a transmissão destes microrganismos na Soul Society, eu não podia liberá-la a qualquer momento, pois Urahara Kisuke e Kurotsuchi Mayuri perceberiam e se preparariam adequadamente para combatê-los.

— Os... Os simbiontes...

O cientista olha surpreso e satisfeito.

— Oh... Mas quem diria ! Você é muito inteligente minha criança, mas é provável que tal inteligência tenha sido adquirida por experiência própria não? — ele ri. — Muito bem, sua suposição está correta, eu utilizei os hollows disformes que liberei em toda Soul Society horas antes para que eles servissem de agente transmissor... E para cada um que morresse, o corpo liberaria os microrganismos como cadáveres putrefatos... A grande surpresa foi você ter matado a todos facilitando e ajudando enormemente os meus planos, muito obrigado. — o cientista a reverencia.

— Por isso você isolou a Soul Society, criou e fechou as distorções espaciais no campo... Para ajudar na locomoção do agente transmissor, maldição! — Hisana fecha a cara.

— Exatamente e como no meio do caos ninguém notaria um inimigo invisível e silencioso, então provavelmente a esta hora... Seus amigos isolados pelo veneno e contaminados pelos meus microrganismos já devem ter começado a sentir os efeitos...

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Tokyo Ghoul — 01. Im Dankeln

Nemu volta com a amostra do sangue de Hisana e encontra os shinigamis ocupados.

— Mayuri-sama, trouxe o que me pediu. — ela entrega nas mãos do cientista aquilo que havia ido buscar.

— Agora vá e não me atrapalhe! — o capitão a empurra para que ela pudesse sair do caminho e se dirige a um compartimento específico onde insere a amostra.

— O que vamos procurar primeiro? — Urahara pergunta.

— Enzimas. Precisamos isolar todas que encontrarmos e modificá-las para criar um antídoto para este veneno, o sangue de Kurosaki Hisana é adaptável a diferentes condições, pegue uma amostra do veneno no sangue de Nemu e isole a toxina para começarmos os testes.

— Então foi por isso que o senhor mandou Nemu-san? — Isane olha surpresa para Mayuri.

— Eu sou um gênio e não um débil mental incapaz de pensar em algo simples como isso.

Urahara se aproxima de Nemu.

— Nemu-san se me permite, por favor, deixe-me retirar uma amostra de seu sangue.

— Sim. — ela estende o braço.

Urahara senta na frente de seu computador e começa a estudar as toxinas do sangue da tenente, ele tira uma amostra de seu próprio sangue como um parâmetro, mas encontra algo mais e sua preocupação se torna evidente.

— Kurotsuchi-taichou...

— O que é? — pergunta o outro sem tirar os olhos do microscópio.

— Nós estamos com um sério problema... Um problema muito mais sério do que a toxina de um veneno...

Mayuri tira sua atenção do microscópio e se aproxima do trabalho de Urahara, ao olhar para o monitor sua seriedade misturada com frustração faz sua face tremer.

— Cientista velho desgraçado... — sussurra.

Um baque no chão chama a atenção de todos.

— Nemu-san! — Isane e outros shinigamis se aproxima da tenente do 12° esquadrão que cai inconsciente no chão, ofegando e suando muito.

— O veneno está fazendo efeito! Capitão faça alguma coisa. — Kiyone exclama.

— Não é veneno... É um catalisador... — Urahara fica em pé e olha para todos os presentes. — Nós estamos com sérios problemas.

— O que quer dizer Kisuke? — Yoruichi pergunta.

— Yoruichi-san... Há diversos microrganismos dentro do corpo de Nemu-san, patógenos nocivos e mortais... E acredito que ele esteja presente no corpo de todos nós.

— Como assim!? — Ukitake se aproxima.

— Eu retirei uma amostra do sangue de Nemu-san e do meu próprio para estudar uma maneira de isolar as toxinas de seu organismo para sintetizarmos um antídoto através da amostra do sangue de Hisa-chan, mas... Tanto em meu sangue quanto no dela eu encontrei a mesma coisa... Os mesmo agentes patogênicos.

— E o que isso quer dizer? — Hitsugaya questiona.

— Ele quer dizer que temos poucas horas de vida. — Mayuri interrompe.

Os shinigamis entram em choque.

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Biohazard Outbreak — 11. The Unpleasant Train

Solomon se aproxima de Hisana que cambaleia para trás esperando qualquer ataque.

— A força que eu lhe dei no futuro eu posso tirar a hora que eu quiser, você sempre foi uma marionete em nossas mãos Kurosaki Hisana, por que pensava que seria diferente só por adquirir mais força?

— “Força”? Feh! Você não sabe de nada Solomon... Da mesma forma como “força” não é tudo, sua inteligência também não é. — Hisana debocha. — Tire toda a força que quiser de dentro de mim, me bote no nível de uma formiga se assim desejar, mas nada disso vai adiantar... No final eu irei te derrubar.

— Confiança barata, você não vai conseguir nada com isso minha criança.

— Experimenta. — ela desafia com um sorriso cínico perturbador.

Uma veia furiosa surge na testa de Solomon e ele arremessa Hisana violentamente no chão. A morena quebra diversos ossos do corpo já fragilizados geneticamente pelos microrganismos inventados pelo cientista e cospe sangue sufocando pelos pulmões perfurados.

— HISANA! — Tomoe e Inoue gritam.

— O que foi que aconteceu com a Hisana?! — Ichigo entra em estado de alerta.

— Ela está mais fraca! A reiatsu dela diminuiu, HIRYUKEN!? — Katsuya pergunta da zanpakutou.

— E-eu não sei o que está acontecendo, o laço entre nós duas não foi rompido, eu posso sentir a presença de Hisana, mas é como se ela estivesse desaparecendo aos poucos! — a dragonesa responde preocupando-se com o que acontecia.

— O computador! Eu tenho certeza que é aquele computador! — Ishida olha para seus amigos. — era com ele que Solomon controlava o desenrolar da batalha de Karakura 15 anos atrás! — ele lembra.

— Hisana o destruiu e causou grande dano a Solomon naquela ocasião, mas desta vez ele mesmo se regenerou, não é mais a mesma situação. — Rukia lembrava, pois foi ela quem deu sua própria zanpakutou para a filha destruir o computador durante aquela luta 15 anos atrás.

— Mas se continuar desse jeito Hisa-chan pode acabar morrendo! — Inoue exclama.

— Ela parece bastante “feliz” para alguém que está morrendo. — a voz de Seiken faz todos olharem para cima.

— O-o que está insinuando Seiken-san? — Tomoe pergunta.

Mas ele responde com o seu silêncio.

Hisana vomitava sangue no chão e tentava se erguer, Solomon se aproxima e pega a jovem pela cabeça.

— Me pergunto se desta vez sem sua regeneração você morreria se eu lhe causasse uma grande hemorragia... — ele parece brincar de ficar pensativo.

— Oh... Provavelmente... Mas você sabe como sou teimosa... Vai que de repente eu volto...? — ela sorri de volta com a expressão trêmula de dor e boca suja de sangue.

— Como eu disse... Isso é apenas um experimento...

Solomon com um soco perfura o peito de Hisana, ela cospe vendo o braço do cientista lhe empalando, mas não conseguia ter forças para reagir. Ele a joga no chão e senta não muito longe de onde ela está.

— Agora contaremos os minutos. — brinca.

De onde estão Ichigo e os outros ficam paralisados.

— HISANA! — Ichigo é primeiro a perder a cabeça.

Rukia dentro da barreira fica nervosa ao ouvir o grito.

— O que aconteceu!? — pergunta.

Ichigo gritando saca sua zanpakutou e pula para fora da barreira de Hiryuken.

— SOLOMON!!! — rugia com caninos à mostra.

— ICHIGO! — Rukia grita.

— Kurosaki-kun! — Inoue grita no ímpeto.

— Ichigo! — Sado tenta segurá-lo.

— Kurosaki! — Ishida o repreende sem sucesso.

— Ichigo-san! — Tomoe e Katsuya se assustam.

O ruivo estava furioso e com lâmina pronta para atacar o cientista que parecia nem mesmo dar-lhe atenção.

Contudo quando está perto o suficiente os olhos de Solomon e Ichigo se encontram e o ruivo fica paralisado, a pressão espiritual que sente é enorme e o medo lhe sobe a espinha, Ichigo fica parado no ar tremendo e seu ódio desaparece deixando sua cabeça enevoada.

Seiken surge na sua frente lhe surpreendendo e desferindo um soco na boca do estômago fazendo-o soltar todo o fôlego desmaiando nos braços da zanpakutou felina.

— Vocês só sabem dar trabalho... Bando de Idiotas... — diz a zanpakutou colocando o outro no ombro.

— A zanpakutou rebelde de Hisana... Por que não se junta a mim para juntos nos divertirmos com sua ex-mestra? — Solomon pergunta.

— Foi mal velhote, mas eu trabalho sozinho. — dizendo isso ele some.

Solomon ri e volta a olhar para Hisana.

Seiken joga Ichigo dentro da barreira de Hiryuken e volta a pousar sobre a irmã.

— Assim ele vai parar de encher o saco, está bom para você Hiryu? — ele pergunta.

— Sim. Embora seus métodos não me agradem talvez tenha sido melhor desse jeito. — sua irmã meio relutante acaba concordando.

— Excelente, pois qualquer um que tentar sair de novo eu vou bater com mais força. — ele fala em tom alto e claro. — Oi loirinha! — ele fita Tomoe.

— S-sim? — ela pisca nervosa.

— Joga esse imbecil dentro dessa barreira ai, ele já tá envenenado. — diz.

— Oh! S-sim, sim claro! — Tomoe faz um sinal e Katsuya com a ajuda de Sado ajudam Ichigo que começava a ficar pálido.

— Gente burra do cacete... — Seiken resmunga sozinho.

Tomoe tosse repentinamente e Ishida olha para ela, sua filha parecia suar um pouco, mas ele não dá importância mais do que necessária.

— Está tudo bem? — ele pergunta.

— Sim. — ela responde sorrindo.

Epic Score — I Still Have a Soul

Hisana estava com uma séria hemorragia no peito e com dificuldades para respirar, ela olha para onde sua família está e enxerga Hiryuken confusa e temerosa, mas sorri da situação.

— Acho que eu vou demorar a morrer assim. — ela comenta olhando para o sangue que se esvaia de seu corpo. — Afinal eu sempre comi muita beterraba sabe...

— Não me importo com o tempo que vai levar a morrer minha criança, pois seus amigos não podem ajudá-la, sua zanpakutou negra não pode desfazer a barreira e expor seus amigos ao perigo, sua zanpakutou alva não se importa com você e... — ele aponta para cima. — Falta menos de uma hora para a distorção se abrir por completo, portanto eu posso esperar, sou um homem muito paciente. — diz sentado de pernas cruzadas.

— Merda, eu já tinha me esquecido desse buraco... — Hisana vira de lado e começa a se levantar, mas assim que o faz mais sangue jorra de seu ferimento. — Eu deveria... T-ter trazido band-aid...

— Vai mesmo tentar me atacar com esse ferimento aberto? Vai acabar desmaiando. — o cientista diz.

— Me passa uma fita isolante que eu tapo esse buraco, se não tiver, então está na cara que não tenho escolha. — ela responde.

— Tsc, tsc, tsc... — Solomon estala os lábios. — Parece que você ainda não entendeu a posição em que está “Experimento Primordial”, você já perdeu essa guerra antes dela ter começado, seus amigos estão morrendo aos poucos e ainda nem perceberam e você está a um fio de morrer pelas minhas mãos... O que mais acha que consegue fazer?

— Eu também estou me perguntando isso... — ela sorri.

Solomon sente seus instintos gritarem e pula para trás.

— Mas, o quê?!

Hisana acerta um soco esmagador que abre uma cratera gigantesca no chão.

— Como é possível você conseguir atacar?! — ele fica surpreso.

— Regeneração, adaptabilidade, assimilação, tire o que quiser daquilo que inventou dentro de meu corpo, mas você jamais vai conseguir tirar minha teimosia, pode parecer clichê demais, porém é justamente por vocês terem me submetido a coisas abomináveis desde criança que mais do que um corpo forte vocês me obrigaram a fortalecer a minha mente.

Solomon fecha a cara.

— Eu disse que ia te vencer Solomon e irei te vencer antes que a última gota de sangue saia de meu corpo. — Hisana enrijece a expressão.

— Não há mais dúvidas... Você é a criatura mais surpreendente que já conheci.

— Você não viu nem metade das surpresas que ainda posso fazer! — Hisana responde.

— Ótimo. Assim eu tenho certeza que lutaremos por um bom tempo.

— Errado. — Hisana aponta seu punho para ele. — Essa luta acabará quando você menos esperar.

— Isso depende somente do seu ponto de vista... — o cientista sorri tranquilamente.

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Sailor Moon Crystal — Love’s Theme

No mundo humano quando Karakura é retornada ao seu local de origem, as pessoas ainda estavam dormindo graças aos shinigamis que os haviam colocado em animação suspensa e que naquele momento verificavam suas condições.

— Capitã Soi Fon. — um soldado se aproxima. — Já fizemos os exames em escala no setor Leste.

— Ótimo. Agilizem os exames nos outros setores, essas pessoas não podem ficar muito tempo sob efeitos de kidous ou isso causará sérios danos aos seus organismos, agilizem para que possamos despertá-las o mais rápido possível! — ela faz um sinal dispensando-o.

— Sim senhora! — o soldado faz reverência e some com um shunpo.

Na tenda onde estavam Soryuu e Alessa, a mãe da latina ainda dormia devido o ferimento recebido, mas a salvo e segura.

Soryuu conversava com um soldado e abre um largo sorriso voltando às pressas para sua noiva.

— Amor. Hisana conseguiu salvar todos os nossos amigos! — ele fala apressadamente.

— Verdade!? — sua companheira levanta da cadeira.

— Sim. O soldado disse que foi graças a ela que conseguiram salvar o Gotei 13 também e agora ela está tentando impedir a abertura da fenda dimensional contra Solomon. — ele informa.

— É uma pena não podermos estar lá, mas não podemos deixar minha mãe aqui e a capitã Soi Fon precisa de nossa ajuda.

— Falando em ajuda, eles precisam de nós para agilizar o despertar dos moradores da cidade, você vai? — ele pergunta.

— Sim. — ela dá uma última olhada para sua mãe.

Soryuu estende a mão para sua noiva segurar e Alessa sorri correspondendo, eles trocam um selinho e se dirigem para fora da tenda.

Mas não sem antes ouvir o gemido de Andressa na cama.

— Uooooo...

— Mamãe!!! — Alessa olha surpresa e volta correndo. — Mamãe! Mamãe! — ela continua a chamá-la.

— Se acalme querida, dê espaço. — Soryuu toca no ombro da latina e a afasta um pouco.

Andressa abre vagarosamente os olhos tentando se localizar e reconhecer o ambiente.

— Onde... Eu...?

— Mamãe!

A mulher latina olha para o lado reconhecendo a voz e o rosto de sua filha.

— Aless...

— Mamãe! — antes que qualquer outra coisa fosse dita, Alessa abraça sua mãe e começa a chorar. — Que bom que voltou! Quem bom! — ela repetia.

De repente a expressão de Andressa se torna preocupação e ela grita:

— Zerus! — a morena se agita e fica tonta perdendo o equilíbrio.

— Se acalme mamãe a senhora está muito fraca. — Alessa a ampara.

— “Zerus”? O que quer dizer tia? — Soryuu se aproxima.

Andressa leva a mão à cabeça como se sentisse muita dor ao tentar lembrar.

— Hisana, nossos amigos, a Soul Society, todos correm grande perigo, eu preciso entrar em contato com eles imediatamente!

— Mãe, Hisana está na Soul Society lutando contra Solomon neste instante e posso garantir que com ela por lá podemos ter esperanças. — sua filha tenta confortá-la.

— Hisana está lá...? Então ela voltou do deserto? — Andressa pergunta olhando para o casal.

— Sim e pelas notícias ela está se saindo muito bem, não há com o que se preocupar, a senhora sabe como ela nunca decepciona. — Soryuu completa.

— Mas por que a senhora se referiu a Zerus mamãe? — Alessa lembra novamente.

— Minha filha foram as ações de Zerus que forçaram nossos amigos a me enviarem pela fenda dimensional às pressas para alertá-los sobre o ocorrido, foi horrível, Lanathel e M.A.D destruíram tudo e mesmo Raiken estava lá... Um massacre não tivemos chances... Katsuya-kun, como ele está? — ela pergunta preocupada.

— Ele não recebeu a notícia muito bem... Na verdade nenhum de nós recebeu, mas teremos tempo para honrá-los adequadamente quando eles voltarem para a cidade.

— E vocês dois? Por que não foram com eles? — Andressa estranha.

Alessa e Soryuu olham um para o outro e ficam envergonhados.

— Bem... Isso é...

— É uma longa história tia, quando nossos amigos retornarem lhe contaremos tudo. — Soryuu diz.

— Bem. — Alessa se levanta e deita sua mãe novamente na cama lhe cobrindo com um lençol. — A senhora ainda precisa descansar, não se preocupe com nada, pois nós estamos encarregados de cuidar de tudo por aqui. — Alessa sorri.

— Iremos até Soi Fon-san avisar que a senhora acordou, mas que precisará de descanso, nós vamos ajudar no despertar dos habitantes da cidade e quando acordar novamente vai ter um prato de comida quentinho lhe esperando. — Soryuu sorri feliz pela latina estar bem.

— Isso parece promissor. — Andressa comenta.

Os jovens riem.

— Durma mãe, a senhora merece depois de tudo pelo que passou, quando acordar prometo estar aqui. — sua filha beija a testa de sua mãe e sente o perfume encantador de rosas da mesma. — adorei o perfume novo. — ela brinca.

— É para você me sentir melhor. — sua mãe retorna a brincadeira.

Audiomachine — Crystal Ball

Alessa e Soryuu saem achando graça da brincadeira e se dirigem para o centro de operações.

Quando tudo se acalma e a promessa de ninguém perturbar a tenda onde deveria descansar se concretiza, Andressa se levanta da cama e estala o pescoço, ela se dirige até a entrada da tenda e observa o movimento sutilmente, então retorna outra vez e sorri de forma suspeita.

— Por onde eu devo começar?

Sua voz era fria e sombria e seus olhos amendoados se tornam um azul fosco e brilhante na escuridão da tenda.

Algo estava errado... Muito errado...

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Continua...

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Notas finais do capítulo

O que foi isso? Que olhar sombrio foi esse de Andressa? O que está acontecendo afinal?

Hisana pode estar determinada a vencer nem que seja ao custo de sua última gota de sangue e com apenas uma hora faltando numa contagem regressiva que só leva ao desastre como ela vai contornar essa situação ferida do jeito que está sem poder receber a ajuda de ninguém?

O Cerco se fecha cada vez mais para Hisana e mesmo que ela não admita, a situação se torna cada vez mais desesperadora.

Obrigada a todos que leram o capítulo, vejo vocês na reviews e até nosso próximo encontro!

Next Chapter: Serpent's Embrace.



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