Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão escrita por LYEL


Capítulo 11
"O Vendetta di Dio".


Notas iniciais do capítulo

É preciso morrer uma vez para se refletir sobre a importância da vida.
É preciso morrer duas vezes para se refletir sobre a impotência do ser humano.
É preciso morrer três vezes para se entender o sentido da própria existência na terra.
Porém, na quarta vez, você se torna amigo da morte...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/604979/chapter/11

Abertura da Fanfic

—_______________________________________________

Two Steps From Hell — Moving Mountains (no choir).

 

Kurosaki Hisana havia morrido.

Aquele era um fato real e quase irracional que preenchia a cabeça de Katsuya naquele momento. Um pensamento mórbido e sem esperanças gritavam em sua cabeça que a pessoa que mais se importava havia sucumbido.

Seus amigos machucados pela grande explosão que por pouco não os havia destruído graças ao sacrifício de Hisana estavam ali jogados e arrasados pela cena que viam.

Mas aquele corpo já tinha morrido... Uma... Duas... Três... Tantas vezes que o sabor da morte já parecia ter perdido o significado para alguém...

—_______________________________________________

O lugar era branco como se uma luz pálida e infinita fosse tudo o que restasse no mundo. Hisana estava lá parada olhando para o horizonte com olhos que pareciam indicar que ela era familiarizada com aquela visão, porém mais do que a familiaridade a jovem parecia esperar por alguma coisa.

É quando neste momento uma fumaça negra se forma a sua frente vindo em sua direção enquanto vai ganhando uma forma não definida e ficando poucos metros à sua frente.

— Nos encontramos novamente... — Hisana comenta.

— É o que parece. — a voz que era igual à dela parecia ecoar naquela imensidão branca que se sobrepunha aos demais ecos deixando sua voz com um efeito profundo único.

— Por que você sempre me traz aqui quando eu morro? — Hisana pergunta.

—... Porque acho interessante conversar com você.

— Mas por que me levar de volta então? — Hisana indaga.

— Porque a palavra “visitar” não teria sentido se você vivesse aqui. — ela responde.

— ...Tem razão. — Hisana admite e em seguida se cala analisando a criatura à sua frente.

— Deseja o de sempre? — a figura feita de fumaça negra pergunta.

— Parece que eu não tenho escolha... Se não for do seu jeito, então eu não conseguirei abrir caminho. — Hisana responde.

— Eu já tinha lhe avisado não é mesmo? Destruir é muito mais fácil que construir e quanto mais você se esforça para obter algo, mais decepcionante é sua perda. — a silhueta diz.

— Nem por isso eu quero desistir de tentar.

— Então suponho que já esteja preparada para aceitar. — a voz parecia mais séria.

—... Não... Eu não confio em você.

A silhueta ri.

— Vocês são curiosos. Humanos. Dizem temer a escuridão e a evitam, contudo ao primeiro sinal de perigo e desesperanças é nas trevas o primeiro lugar que procuram segurança ao se esconder... Assim como faz agora.

—... Isso não muda absolutamente nada, eu jamais me agarrarei a você não importa quantas vezes eu morra!

— Nós já nascemos mortos... — a criatura esfumaçante rebate.

— Então serei imortal. — Hisana começa a encará-la.

A outra ri e sua figura esfumaçante vibra com a resposta.

— Eu gosto de você Kurosaki Hisana, sempre tem uma resposta na ponta da língua... Muito bem então, eu a ajudarei novamente. — ela estende a mão para a jovem. — Isso se não tiver medo do que pode acontecer.

— Faça o que quiser, mas nunca, jamais toque em qualquer um de meus amigos.

— Farei o meu melhor para lembrar...

— Seu melhor não será o suficiente para aplacar minha ira se encostar suas mãos neles.

Seus olhos se encontram e por fim a criatura esfumaçante sorri.

— Parece tentador...

Hisana estende a mão para a criatura e no meio da fumaça é possível ouvir um riso abafado.

—_______________________________________________

Longe dali, no Oásis dos Bestiais Arion parecia preocupado, ele sentia uma escuridão envolvendo sua discípula sem poder fazer nada de onde estava.

O bestial se levanta de sua posição de meditação sob a grande Raiz dos Espíritos e olha calado para o céu:

— Hisana...

Arion fecha os olhos e suspira continuando a sentir com pesar no coração às vibrações preocupantes que emanavam de sua criança.

—_______________________________________________

O coração de Hisana timidamente volta a bater para surpresa e alegria de Katsuya, mas antes que sua alegria pudesse se justificar as batidas começam a se tornar mais intensas e estrondosas ao ponto que o fazem recuar quando sente a reiatsu de sua amiga se transformando junto de seu corpo e seus olhos castanhos se tornarem um com o vazio.

O corpo da jovem levita alguns centímetros do chão e sua pele enegrece e se transforma dentro daquela mistura de reiatsu esfumaçante e marcas pelo corpo em algo mais sinistro e indescritível.

Hisana ruge com furor irracional. De seus olhos lágrimas de sangue negro desciam em contraste ao tom de sua fúria.

—Hi-Hisanaaaa! — gritava Katsuya sendo empurrado pela força da explosão de reiatsu.

— O que está acontecendo com ela!? — Rukia exclamava, mas no desespero da voz cospe sangue ao ser lembrada da condição do próprio corpo.

Sado surge com um passo rápido próximo a Rukia já ajudando a levantá-la.

— Nós temos que sair daqui agora! — o latino alerta nervoso correndo com Rukia em um dos braços e puxando Ichigo do chão.

Komamura se levanta e ajuda Renji, Ishida leva Byakuya e Yoruichi e Urahara se ajudam.

— Katsuya! — sua mãe tenta chamá-lo.

Mas o rapaz não se mexia olhando Hisana e sem reação estica o braço em uma tentativa de segurá-la, mas a força do vento criado pela reiatsu negra o empurrava com força para trás e ele quicando pelo chão vai parar bem perto do grupo.

— Temos que nos abrigar no escudo de Tomoe! — Yoruichi apressa o grupo.

Eles literalmente se jogam dentro da barreira sem forças e ficam olhando sem palavras para Hisana.

O corpo da jovem começa a sofrer distorções e o relógio em seu pulso emite um sinal de perigo, mas ele próprio não aguenta a pressão espiritual e explode após um curto-circuito caindo de seu braço no chão e sendo varrido pelo vento.

Solomon e Zerus que assistiam apreensivos ao fenômeno olham para Cronos que fica a frente deles.

— Acho que vocês vão querer se afastar um pouco... — a figura de cabelos rubros avisa.

Resident Evil Revelations — O Vendetta di Dio.

Aquela energia se comprime dentro do corpo de Hisana e finalmente todos podem ver a forma obscura de uma mulher feita de reiatsu esfumaçante negra e olhos vazios, até que a criatura olha para cima encarando seus alvos.

— Está vindo. — Cronos alerta.

Zerus e Solomon entram em instância de combate.

Hisana some e mesmo sem poderem enxergá-la as passadas invisíveis fortes que dava no chão criava pequenas explosões até que uma mais forte indica que ela havia pegado impulso no chão para pular.

Cronos é mais rápido e se interpõe segurando o punho da jovem impedindo Solomon de ser atingido, mas criando uma onda de vácuo atrás que surpreende tanto o cientista quanto Zerus e faz Cronos encarar sério para as profundezas dos olhos de Hisana.

O vácuo cria uma fenda unilateral no ar e o céu se parte como um véu que literalmente cai dividindo-o em dois e expondo a dimensão intermediária que separa o mundo espiritual da terra.

— Criatura abominável! — Cronos diz firme e joga Hisana para trás.

A jovem gira o corpo no ar e some surgindo instantaneamente na frente de Cronos desferindo socos que criavam pequenas ranhuras no céu.

— Solomon-sama, ela está...?! — Zerus se volta para seu criador.

— Temos que intervir antes que ela exponha o que não deve. — Solomon estende a mão. — Venha, Morpheus!

— Sim! — Zerus se desmaterializa surgindo nas mãos de Solomon como sua zanpakutou afiada.

Cronos não desviava dos golpes de Hisana, mas aparava cada um impedindo que o céu se partisse então repentinamente suas mãos entram em combustão e Hisana pula para trás, Cronos desfere um soco no chão criando uma explosão que envolve toda a área em suas chamas, as fendas vão se fechando como se fossem cauterizadas pelo seu poder e Hisana gritava em fúria tentando se livrar delas, até que da mesma forma que a zanpakutou ela em um rugido explode a área onde estavam e outra parte do céu cai enquanto o chão começa a tremer.

— Essa... Essa garota... — Cronos olhava surpreso, mas logo volta a ficar focado e invoca sua lâmina.

Hisana solta uma risada abafada desafiadora e invoca sua própria arma.

De onde está Rukia fica horrorizada com a espada na mão de sua filha...

— Hiryuken...!?

A zanpakutou parecia diferente e totalmente envolvida pela reiatsu esfumaçante densa.

Hisana gira sua espada na mão brincando com os dedos até que segura firme em seu cabo e desfere um corte no ar. Os céus são divididos ao meio como se um relâmpago os tivesse cortado.

Solomon surge na frente de Hisana e o cientista envolve sua espada de reiatsu em um golpe visando cortar seu tronco diagonalmente.

Ele não tem tempo de reagir quando Hisana segura sua lâmina e perfura seu estômago com Hiryuken e faz o que Solomon gostaria de ter feito com ela cortando o tronco do cientista de baixo para cima.

— Solomon-sama! — Cronos exclama ao ver seu criador sendo largado no chão.

Hisana aponta o dedo na direção de Solomon e uma esfera negra minúscula de reiatsu esfumaçante começa a brilhar.

A Judicantis rubra voa em direção à jovem que maliciosamente aponta o dedo para ele quando está a milímetros de alcançá-la. Cronos é atingido em cheio e cai metros dali já se levantando para aparar o primeiro golpe cortante de Hisana e o segundo que visava seu flanco esquerdo, ela gira o corpo no próprio eixo enquanto pula no ar e acerta um chute giratório do lado do rosto da Judicantis que estava desprotegido após se defender.

Sem olhar para trás Hisana gira sua zanpakutou e ergue o braço se defendendo do golpe potente de Solomon que vem por cima e o impacto afunda os dois em uma cratera no chão.

Hisana olha para cima e por um instante Solomon fica com os pensamentos enevoados ao olhar dentro daqueles orbes como um buraco negro que sugava sua própria sanidade.

A jovem percebe que o ferimento de Solomon ainda regenerava e abre a boca disparando um cero que incendeia o cientista em uma chama negra.

A criatura andava na direção dos dois guerreiros e seu corpo se distorcia de forma sinistra, sendo que a cada distorção ela aparecia alguns centímetros à frente da passada anterior que deveria ter dado, como se tivesse pulado aquele curto espaço tal qual uma aparição fantasmagórica. Seu corpo coberto por aquela fumaça negra que se arrastava pelo chão era envolta em fagulhas elétricas que percorriam sua extensão vibrante e aquilo passava uma sensação de desconforto ao grupo que assistia à luta longe dali.

— E-ela está sobrepujando os dois...! — Urahara gaguejava.

— Isso não está certo... Eu não consigo sentir Hisana... — Rukia murmura.

— HISA-CHAN! — Inoue grita preocupada.

— De novo não... De novo não... — Katsuya suava pálido.

— Katsuya-kun... É igual daquela vez... — Tomoe gaguejava tremendo.

— Por que ela se transformou nessa criatura!? Quem é ela? — Ishida pergunta.

— Quando estávamos atravessando o Deserto das Almas houve um momento em que ficamos encurralados e em verdadeiro perigo, estávamos prestes a morrer quando Hisana manifestou essa força... E essa aparência... Mas... — Byakuya fica pensativo.

Renji e Komamura assentem.

— Ela está diferente daquela vez que a vimos, mais... “sinistra”. — Renji lembra.

— E daquela vez... Se não me engano sua voz a alcançou não foi Kuchiki-taichou? — Komamura olha para o nobre capitão que assente.

— Mas... Será que ela conseguirá nos ouvir no meio deste caos? — ele se pergunta.

— Essa não é mais a Hisana que conhecemos... Ela é algo mais. — Katsuya comenta.

O grupo olha para ele.

— Do que está falando? — sua mãe pergunta e ele se vira para o grupo.

— Não é a primeira vez que vemos isto acontecer assim...

— O que disse? Explique-se Katsuya. — Ichigo se aproxima do rapaz.

— E-eu...

Um pulso forte de reiatsu cria uma ventania que obriga os amigos cobrirem o rosto e voltarem a prestar atenção à batalha que acontecia.

— Katsuya é melhor que esteja pronto para explicar isso muito bem depois! — o ruivo avisa.

— Se sairmos vivos daqui! — ele rebate as palavras do outro.

Hisana pula em cima de Cronos com uma pisada forte, mas ele desvia rolando no chão e aproveitando o impulso para girar o corpo e levantar a vários metros no ar partindo para cima de sua adversária que pula indo atrás dele, a Judicantis consegue atravessar Hisana com um corte oblíquo, mas seu corpo feito daquela fumaça estranha não sofre danos e ela segura sua cabeça e desce como um meteoro no chão segurando-o e arrastando.

A lâmina judicante segurava firme o braço de Hisana e tentava se libertar, mas ele sofria danos graves por causa da ferocidade com que era arrastado pelo chão.

Nova Genesis (Ad Splendorem Angeli Triumphantis)

Um chute violento atinge a garota que voa quicando em direção oposta, ela levanta no meio de escombros encarando Solomon que estava à frente de Cronos ajoelhado logo atrás.

— Era de se esperar. — Solomon comenta de onde está estalando o pescoço. — Cronos, você está há muito tempo sem lutar e separado de Magnus seu poder só enfraquece.

(— Temos que tirá-lo daqui Solomon-sama, ele não está em condições de continuar essa luta sozinho.). — a voz de Morpheus alerta.

— E iremos, porém... Cronos ainda quer tentar... Quer ver o que precisa ver, não é verdade... Meu caro? — o cientista responde.

A zanpakutou primordial apenas assente.

— Primeiro nós temos que impedir que ela crie fendas dimensionais e distorça a realidade, se ela continuar nesse estado, então teremos problemas posteriormente. — O rubro comenta.

Hisana começa a andar na direção ao cientista.

— Kurosaki Hisana! — Solomon chama seu nome em alta voz. — Sua grande contribuição aos meus planos nesta dimensão termina agora. — Solomon estende sua mão vazia. — Venha... Cronos!

Cronos fecha os olhos e começa a desmaterializar surgindo na outra mão do cientista.

O grupo de Ichigo fica boquiaberto.

— ELE INVOCOU A ZANPAKUTOU DE MAGNUS!? — alguns deles exclamam ao mesmo tempo.

— Por que estão surpresos? — Solomon sorri olhando para o grupo. — É errado o “criador” fazer uso de sua “criação”? — ele pergunta.

O grupo fica em silêncio não conseguindo raciocinar direito, o cientista se volta para encarar Hisana que agora estava parada aparentemente analisando Solomon desta vez que continua:

— Não existe Judicantis criada por mim que eu não possa empunhar, no entanto, somente três delas possuem afinidade especial comigo: Morpheus, Cronos e... Kyrie, elas são minhas melhores criações e sem sombra de dúvidas as mais poderosas armas espirituais já criadas.

O cientista aponta a lâmina para Hisana.

— Mesmo assim, Cronos foi criado para servir a Magnus e por isso, seu verdadeiro poder criado pelo pacto forjado no dia que recebeu seu nome só pode ser usado por ele, contudo, mesmo que eu não possa usar toda sua força eu mostrarei a você uma pequena parcela da arma espiritual mais forte! Venha! Abominação!

Hisana dá pequenos saltos como se estivesse se aquecendo ela olha para sua espada e sorri de soslaio para o shinigami, então some.

Os olhos afiados de Solomon conseguem acompanhá-la e ele com as espadas em Xis apara o golpe de sua adversária que parecia curiosa com o fato de Solomon estar vivo.

— Regia Solis!

O corpo da espada Cronos incendeia e seu calor aumenta exponencialmente se tornando insuportável, os amigos de Hisana começam a sentir o peso da reiatsu ardente e sufocam.

Hisana cobre os olhos e seu corpo começa a arder como antes, mas sofrendo queimaduras graves ela grita segurando o próprio corpo e se contorcendo dando alguns passos para trás e deixando sua espada cair no chão.

Ela começa a se recompor dos ferimentos e a fumaça que a recobre se regenera por completo e então volta a visar Solomon que a aguarda com as espadas em prontidão.

A criatura em um passo rápido surge na frente do shinigami novamente já com espada em punho e ele se defende com as duas zanpakutous.

— Você não vai me vencer, pois assim como Cronos, sua existência ainda não suporta o ar deste mundo.

Hisana tenta cortar Solomon e suas espadas se chocam ficando em duelo de forças.

— Não adianta, você sabe que consigo ver através de você como uma parede de vidro polido.

As reiatsus de Solomon e da criatura esfumaçante aumentam de tamanho e suas partículas começam a criar fissuras no chão e no ar deixando tudo denso e quase não respirável tamanha a pressão que exerciam.

— Você é uma abominação, uma criatura que ganhou forma moldando-se à imagem e semelhança do vazio e é por isso que eu preciso de você Kurosaki Hisana! — Solomon a analisava.

A jovem olha séria para o cientista e sorri, então sua reiatsu repentinamente apaga e ela se faz de carne e ossos se deixando transpassar pelas duas lâminas e surpreendendo o shinigami que fica à milímetros da garota de pele escurecida que aproxima o rosto do ouvido do homem:

— Não deseje o que não deve... Solomon...

A voz causa uma vibração desconfortável e avassaladora no espírito do cientista que empalidecido treme pulando para trás e segurando com força seu coração agitado.

Dano Espiritual. — ele diz ao concluir o tipo de golpe que havia recebido somente por ouvir aquela voz.

Hisana sorria enquanto a fumaça voltava a tomar conta de seu corpo e regenerá-la.

A fumaça vibrava ao redor do corpo da jovem que vendo o cientista tentando calcular o que estava sentindo resolve olhar para o lado como se o insultasse ao tentar dizer que ele não valia o esforço.

(— Tome cuidado Solomon-sama). — a voz de Cronos adverte.

— Eu sei.

Two Steps from Hell — 16. He Who Brings The Night

Solomon ergue a lâmina Cronos e ela entra em chamas, os dois começam a se encarar no campo de batalha entre fenômenos naturais distorcidos que aconteciam ao redor.

Mesmo assim nada os distraia, seu foco era apenas um no outro. Hisana começa a andar em direção a Solomon e logo atrás de si as sombras lhe seguiam circundando seus pés e subindo em seu corpo somando-se à sua aparência.

O cientista sabia que aquela luta não podia se estender por muito tempo, a capacidade de adaptação da criatura era muito grande e naquele instante começava a apresentar outra forma.

Solomon desfere uma rajada de energia que atinge Hisana fazendo-a explodir.

Mas a fumaça começa a se aglomerar mais uma vez em um único ponto formando seu corpo intacto novamente, ao passo que conforme se ergue as sombras vão se aglomerando ao seu redor outra vez, ela ergue vagarosamente o rosto em direção ao seu adversário e seus olhos vazios indicam sua ira.

Ela volta a andar em direção ao cientista que começa a golpeá-la de longa distância não surtindo nenhum efeito, então ela abre sua mão e Hiryuken surge outra vez empunhada com força e pronta para retalhar.

Desta vez ela começa a rebater os ataques de Solomon e cada vez que o fazia uma explosão gigantesca destruía quarteirões. No entanto todas aconteciam distantes de Karakura.

Katsuya nota aquilo, assim como Ishida e Byakuya.

— Ela está—? — Ishida ainda parecia com dúvida.

Hisana rebate um golpe de Solomon em sua própria direção e ele sequencialmente desfere outro fazendo as forças colidirem e explodirem.

(—Solomon-sama!) — Morpheus grita em sua mente.

Hisana some.

O cientista entra em alerta e se vira para trás cruzando suas espadas e defendendo-se e empurrado para trás pela força de Hisana que é descomunal.

— Tsc! — Solomon impulsiona seu corpo para frente e eles somem surgindo metros dali trocando faíscas de espadas.

Hisana corta seu braço e ele gira o corpo rapidamente posicionando as espadas em espiral e Hisana segurando Hiryuken com as duas mãos é forçada a resistir ao impacto como se uma serra elétrica estivesse tentando transpassá-la.

Solomon chuta duas vezes cada face da jovem que gira no último e quando recupera o equilíbrio leva uma cotovelava na cabeça e cai como um meteoro no chão, mas ela usa a fumaça de reiatsu para suportar a força do golpe e sobe com propulsão em um chute aéreo rasante que acerta o shinigami na mandíbula e o faz cuspir sangue.

— Imortal, abominável, distorcida, irracional... Seria você invencível também?

A criatura feita de fumaça ri, mas por um momento se cala e se surpreende quando seu ombro explode e ela cai de joelhos no chão segurando-o.

— Você pode ser muitas coisas, mas o poder de Cronos existe para por um fim a todas elas.

Hisana se levanta e o ferimento começa a fechar rapidamente, ela pega sua espada e sorri apontando com o dedo da outra mão simula um gesto imitando um tiro na direção de Solomon e com isso um raio negro atravessa o abdômen do cientista que cai de joelhos no chão olhando surpreso para ela que estava também de joelhos à sua frente a alguns milímetros de sua face naquele exato momento.

— O q-!?

Solomon sente a lâmina fria lhe transpassando e Hisana levantar enquanto o erguia com a espada empalada em seu peito, ele fica sem palavras quando a criatura abominável mostra sinais de gostar de fazer o que estava fazendo. Sua face se distorcia no prazer de seu sofrimento e a fumaça parecia vibrar com suas emoções.

— Solomon-sama! Se nós não fizermos nada—!

— Deixe de ser tolo Morpheus. Por que você acha que fiz de Cronos uma lâmina imortal e invencível?

Hisana parecia estar adorando ver o sofrimento de Solomon, mas Cronos surge atrás dos dois sem que a lâmina saia das mãos do cientista que agonizava e que agora segurava a espada de Hisana para impedir que ele se soltasse, mas naquele instante os olhos de Cronos se transformam e sua pele se torna vermelha como brasa, a espada que atravessava Solomon começa a mostrar sinais de que estava derretendo e Hisana se vê obrigada a removê-la, só então ele sente a presença de Cronos atrás de si e se vira.

A judicantis de cabelos vermelhos segura em seu pescoço e a criatura esfumaçante grita queimando viva.

— Você não passa de fumaça! Os restos de uma chama apagada! Eu sou Cronos aquele que dá vida a toda chama e toda criatura! Eu sou o símbolo do poder! Eu sou o arauto do destino e você criatura abominável não tem permissão para existir nesse mundo!

A voz de Cronos queima como sol igual ao seu corpo envolvido por uma supernova. Hisana não tem chances e é atingida em cheio por aquela força sem poder se soltar de suas mãos. A fumaça que a circundava oscilava e mostrava mais de sua silhueta escondida por trás daquela reiatsu desenfreada que saia de seu corpo.

A supernova que havia saído de seu corpo causava um efeito que deixava todos os amigos de Hisana boquiabertos.

As ranhuras feitas no espaço cauterizaram e do chão destruído brotava vida verde, o céu ficava mais limpo e a barreira de Inoue e Tomoe é varrida e seus amigos jogados para longe dali... Contudo... Seus ferimentos...

— Tsc... O que foi isso...? — Renji levantava cambaleante.

— Pensei que fossemos morrer. — Tomoe respirava surpresa.

— Kyah!

Todos olham para Inoue.

— Hime! — Ishida é o primeiro que se vira.

— Inoue! O que houve?! — Ichigo pergunta preocupado.

— Minhas feridas... As feridas de todo mundo...!

Seus amigos piscam e olham para seus respectivos corpos. Suas feridas regeneravam em uma velocidade impressionante a cada segundo e uma pequena fumaça como se as cicatrizes formadas fossem cauterizadas surgia.

— I-Inoue!? Esse é seu poder?! — Rukia perguntava surpresa.

— N-não! Eu não estou fazendo nada!

— É o poder de Cronos. — Urahara conclui enquanto via suas próprias feridas fechando.

— Cronos? Mas por que ele nos ajudaria? — Ichigo pergunta.

— Ele não está nos ajudando por pura vontade e sim “puro poder”, vocês já esqueceram qual era o trabalho de Magnus antes de cair? — Urahara os fazia lembrar-se da história.

— Zelar pela vida e destino de toda criatura... — Komamura responde.

— Mas por que Hisana...?! — Sado perguntava e segurava Alessa.

— Acho que com isso nós acabamos de encontrar uma resposta para o que estamos vendo... — Katsuya ajuda a segurar Andressa junto com Tomoe.

— Sim... — Urahara e Yoruichi se entreolham e voltam a olhar para Hisana que se levantava do chão. — Ela é uma existência oposta à Cronos.

— Mas... Mas eu me lembro de Solomon dizer que eu tenho um poder oposto ao de Magnus... Então por que eu não me machuquei? — Inoue parecia confusa. — dizia a ruiva se preocupando com Soryuu.

— Você possui um poder capaz de entrar diretamente no território em que o poder de Magnus atua Inoue-san, você consegue mexer conforme sua vontade, no destino dos seres vivos ao reverter um fato já ocorrido como a morte, mas sua existência é uma existência natural e mortal, pois mesmo que atue sobre o destino dos outros, você não pode atuar sobre o seu próprio... Por isso você sofre graves consequências quando tenta mexer nas engrenagens do destino em larga escala. — Katsuya explica.

O grupo imediatamente lembra-se do momento em que Inoue usou sua técnica Saigo no Shōkan (最後の償還 — Última Redenção).

— Mas e Hisana!?

Um corpo carbonizado na mão erguida de Cronos deixa o grupo pálido.

— HISANA! — Rukia e Ichigo gritam.

Cronos joga Hisana no chão.

— Obrigado Solomon-sama por me emprestar sua força para restaurar um pouco da minha.

— E então o que me diz? — o cientista pergunta e ao seu lado Zerus começa a materializar-se.

— Ela é perigosa... Mas o paradoxo que representa pode ser nossa única alternativa. — Cronos responde. — Algo que precisa ser trabalhado com as ferramentas certas Solomon-sama.

O cientista apenas assente.

— Então terminamos o que viemos fazer aqui. Cronos abra o portal.

— Sim senhor.

Kuroko no Basket Season 3 OST: Rakuzan Shingeki

Mas antes que pudesse fazer como lhe fora ordenado eles se surpreendem ao notar que o corpo de Hisana começava a se regenerar gradativamente pedaço por pedaço.

— Ela se molda sugando a matéria espiritual ao redor. — Solomon descobre.

— O que a torna um problema crescente a cada segundo que passa. — Cronos se põe à frente. — Então talvez eu precise resolver esse problema antes.

— Não recomendo meu caro, sabe que é impossível nesse estado, aconselho você a recuar. — o cientista fala com voz calma.

A jovem se levanta com caninos à mostra e com um soco uma rajada de energia espiritual torrencial é disparada em direção aos seus inimigos.

Cronos que já ardia como brasa estende os braços aparando o golpe e sendo arrastado para trás e em um grito vigoroso e força espiritual descomunal ele reprime aquela energia e a faz desaparecer.

A criatura ruge e Cronos faz o mesmo correndo em direção um ao outro, enquanto corre no vigor de seu aspecto primordial o céu começa a tremer e todos olham para cima ao notar as nuvens escurecendo e entre uma chuva de cinzas e relâmpagos de fogo Ichigo e seus amigos ficam estupefatos vendo centenas de meteoros vindos em direção a terra.

— Q-QUÊ!? — Katsuya exclama.

— Protejam-se! — Byakuya alerta.

— Inoue! — Rukia grita para ela.

A chuva de meteoros cai sobre o campo de batalha como bolas de lava esparramando-se pelo chão. Inoue e Tomoe instintivamente erguem os braços em uma grande barreira, o esforço que fazem é descomunal e a cada grande meteoro que caia sobre o escudo elas lutavam para não caírem de joelhos no chão.

— Aguentem firmes! — Yoruichi exclama.

— Q-que poder gigantesco! — Tomoe fazia tanta força para manter a barreira com sua mãe que seus braços tremiam descontroladamente.

Mãos gentis e fortes seguram seus antebraços e ela olha para trás vendo Katsuya encarando a chuva de meteoros com seriedade.

— Você consegue Tomoe, pois não está sozinha.

—... Sim! — ela sente a força de vontade renovada.

A criatura negra desviava da chuva de meteoros com movimentos fluidos que deixavam para trás um eco de sua própria sombra ao passo que ela se aproximava cada vez mais de Cronos.

— Tsc! Não pense que será assim tão fácil! — o Judicantis some desferindo um ataque em velocidade tão impressionante que o reflexo de sua imagem demora a desaparecer de onde estava.

Hisana o encara de soslaio e a lâmina passa direto no vácuo deixando Cronos vulnerável pelo tempo de recuperação do ataque.

Ele havia errado o ataque e no instinto de querer acertar Hisana no segundo, ele vira a cabeça para encará-la com punho erguido, mas a surpresa se torna maior ao vê-la passar a milímetros de seu rosto com um sorriso assustador.

Seu corpo trava por um instante ao ficar diante desta imagem e na mesma rigidez de seu corpo que automaticamente se prepara para a defesa, seus punhos atacam com socos e chutes velozes no reflexo desta ameaça.

Mas seus ataques passam por dentro da fumaça ao som de uma risada abafada zombando de seus esforços, Cronos sabia que a cada segundo que passava, aquela criatura de existência tenebrosa se adaptava aos seus poderes e pensamentos reflexivos.

Se ele não podia detê-la naquela atual condição, então só lhe restava à opção de ouvir os conselhos de Solomon e Zerus e recuar.

— Droga se eu fugir agora ela vai—!?

Antes que termine de falar Hisana passa por ele e um corte profundo em seu peito o faz gritar vendo uma fenda se abrir em seu próprio corpo quebrando-o.

— Maldição... — ele cambaleia. — Minha força...

Kuroko No Basket 2 OST [CD2] - [05] Daiki Aomine II

Hisana vendo que aquele era o momento que ela estava esperando abre sua mão como garra e uma luz verde brilha por um breve segundo e logo se torna roxa. De onde está Solomon sabia que aquela era a forja das almas corrompida e que ela seria usada para destruir o núcleo de Cronos.

— O teste acabou. Morpheus! — sua zanpakutou brilha em tom verde azulada.

Hisana transpassa Cronos que sente uma agonia descomunal. Ela estava destruindo seu espírito.

Mas antes que pudesse fazê-lo em mil pedaços seu braço cai no chão amputado por um corte limpo, ela pula para trás e diante de Cronos surge Solomon empunhando sua zanpakutou Morpheus.

— Já chega minha criança, não posso permitir que destrua o núcleo de Cronos.

A Judicantis de cabelos rubros se levanta.

— Solomon-sama...

— Entendeu agora Cronos? Ela não é uma existência que possa ser destruída por métodos comuns, nem mesmo por você, principalmente fraco e incompleto do jeito que está após seu despertar.

— Sim, mas essa luta me ajudou a comprovar mais do que nunca que ela é quem o senhor diz ser.

— Por isso você precisa estar em sua melhor forma quando a hora derradeira chegar.

— Sim senhor.

— Abra o portal, está na hora de partir e começarmos os preparativos.

— Como quiser meu senhor. — Cronos estica o braço e um portal surge na sua frente como se uma simples porta tivesse sido aberta.

Hisana via seus inimigos partindo e range os dentes, porém por um instante tenta regenerar seu braço e percebe que o mesmo não voltava.

— Surpresa? Pois deveria estar. Posso não usar a forja das almas, mas graças a sua luta anterior pude analisar e compreender como ela funciona e eu sei que no momento que ela é usada por um instante seu próprio núcleo espiritual se expõe.

—...

— Se quiser continuar esta luta fique à vontade minha cara, mas tenho certeza que ao contrário de Cronos, você não vai querer enfrentar um shinigami primordial com o poder completo e que tem total conhecimento do que você pode fazer.

A criatura responde com um sorriso e esticando o braço ele começa a regenerar novamente.

Solomon olha surpreso.

— Oh... Parece que ainda temos espaço para mais novidades...

Hisana ruge e voa na direção dos três. Solomon dá um passo à frente e junta o dedo médio e indicador na linha horizontal do rosto e uma reiatsu branca começa a se formar nas pontas.

— “Ó criatura abominável que manchas o nome da criação e corroí as linhas do destino, teu castigo é eterno, teu sofrimento apropriado, tua não-existência pertence ao vazio do qual jamais deverias ter retornado, sou o juiz, sou a verdade, testemunha da criação”. — o shinigami primordial aponta os dedos na direção de Hisana. — BAKUDOU Primordial Azarashi (アザラシ- selo): Soranokyōkai (空の境界 — Fronteira Vazia).

Ao recitar o encantamento um relâmpago sai dos dedos de Solomon e atravessam Hisana como correntes brancas, a terra ao seu redor treme e do céus várias lanças caem e transpassam seu corpo prendendo seus braços e sugando sua reiatsu, um buraco negro começa a se abrir e Hisana era sugada pouco a pouco se debatendo para tentar se libertar, mas em vão e ela some. Tudo volta ao normal e somente Ichigo e seus amigos ficam, assim como Solomon e as duas Judicantis.

— Hisana... Perdeu? — Ichigo parecia tão surpreso quanto os outros.

— Eu apenas a mandei para uma dimensão nula, contudo ela se libertará em alguns segundos, eu apenas quis nos dar um pouco de tempo para que ela não nos atrapalhe e tente nos seguir. — Solomon responde.

Ichigo e seus amigos se armam. Solomon ri.

— Como eu disse, nós só temos alguns segundos, porém, ao invés de se preocuparem em lutar contra nós, deveriam se preocupar mais com a seguinte pergunta: “Quando Hisana voltar, ela irá nos reconhecer?”. — Solomon se vira caminhando em direção ao portal de onde Morpheus e Cronos o aguardavam. — Se eu fosse vocês não guardaria estas espadas quando nós sumirmos...

O Cientista entra no portal e Cronos fecha olhando uma última vez para o grupo.

Position Music - Imperatrix Mundi

Alguns segundos depois uma explosão cria uma fenda no ar e eles ouvem o rugido enfurecido de Hisana saindo do enorme buraco.

— Hi-Hisana!? — Renji gagueja.

— Hi-Hisa-chan...? Inoue tremia.

— Ela está ainda mais diferente! — Sado estava surpreso.

A criatura vê o grupo de Ichigo e começa a caminhar em suas direções com uma reiatsu agressiva.

— Ó não, ela vai nos atacar! — Komamura invoca sua zanpakutou.

— Não abaixem a guarda ou ela vai nos aniquilar! — Byakuya exclama.

— HISANA! — Ichigo grita em alta e potente voz. — ACORDE!

Uma sombra derruba Ichigo e o arrasta em direção à Hisana.

— ICHIGO! — Rukia corre em direção ao companheiro.

Porém duas sombras mais rápidas passam por ela, uma corta a sombra e a outra pega Ichigo em estado de choque só por ter sido tocado por aquela energia.

Katsuya fica à frente de Tomoe que segurava Ichigo nos braços e Rukia que se aproxima segundos depois.

— Leve-os Tomoe.

— Mas e você Katsuya-kun?! Ela vai matá-lo! — a loira protesta.

— Mesmo que me mate. — ele segura firme o cabo da espada. — Eu jurei a mim mesmo que jamais a abandonaria novamente.

Tomoe olha surpresa, por um instante ela aparenta saber do que o companheiro fala e assente mesmo que relutante.

— Eu não sei do que estão falando, mas não posso deixar que lut—!

— RUKIA-SAN!

O grito de Katsuya surpreende Rukia.

O jovem rapaz vira o rosto para a shinigami e ela pode ver os olhos de alguém que não daria um único passo para trás agora que havia decidido fazer algo importante.

— Katsuya...

— Katsuya-kun... Não morra... Ou Hisa-chan nunca se perdoará. — Tomoe diz começando a levantar Ichigo.

— Ninguém vai morrer, eu só vou trazer aquela idiota de volta. — ele sorri olhando para frente.

—... Eu sei que é responsabilidade dos pais assumirem a culpa pelos problemas que seus filhos causam, mas desta vez eu sinto que somente você é capaz de trazê-la de volta para nós, por isso, eu sei que os laços que unem os dois farão Hisana despertar. — Rukia ainda não acompanhava Tomoe. — Por isso Katsuya... Traga minha filha tola de volta custe o que custar.

Ele assente sem olhar para trás.

Rukia retorna com Tomoe e a ajuda carregar Ichigo.

Longe dali Yoruichi e Urahara olhavam atentos para seu filho, não concordavam com o perigo que ele assumia, mas pareciam a muito custo respeitar a decisão que ele havia tomado.

Hisana vê as duas se afastando com o ruivo nos braços e faz menção de atacá-los, porém Katsuya surge na sua frente com uma esfera de kidou na mão e joga diretamente em seu rosto criando um flash de energia que ofusca a criatura e a faz agonizar por alguns instantes.

— E então...? Eu tenho sua atenção agora?

A criatura recobra a compostura e seu olhar matador diz tudo.

— Feh! Creio que isso seja um sim.

Ela ruge agressivamente e sua reiatsu desenfreada começa a criar distorções e destruir tudo que ainda estava de pé ao redor.

— Nervosa como sempre heim? Mas esse seu lado já estou acostumado a ver desde que éramos crianças. — Katsuya entra em posição de combate. — O medo que tenho da morte só não é maior do que o medo que tenho de te perder, pode vir com o que quiser porque eu vou te trazer de volta nem que não queira HISANA!

A fumaça vibra ao redor do corpo distorcido da jovem e ela corre na direção de Katsuya que olha afiado em sua direção e assim que ela está para atingi-lo ele simplesmente sorri e deixa sua espada cair no chão abrindo os braços e abraçando a criatura que morde o seu ombro e começa a arrastá-lo a milímetros do chão para longe dali.

O loiro sentia uma dor descomunal e aquela energia que emanava de Hisana causava um desconforto em seu espírito que ele não sabia explicar, mas ele a abraça com força e chega perto de seus ouvidos.

— Eu sei que está ai em algum lugar, sei que não quer nos machucar e que está lutando para sair, por isso eu vim te buscar, te guiar no meio de toda essa escuridão, prometi que ia te tirar não importasse o fundo do poço que você se jogasse e hoje eu vou cumprir com minha palavra...

A mordida não parecia diminuir.

— Você sempre tem lutado por nós e foi capaz de fazer as mais impensadas loucuras para tentar nos ver bem, eu por outro lado, nunca pude chegar aos pés de fazer o que você consegue e isso sempre me desesperou porque cada vez que tentava me aproximar eu só te via ficar ainda mais distante...

O corpo de Katsuya começa a ficar dormente e ele sofre ferimentos feitos pela fumaça que começa a chicoteá-lo e queimá-lo como ferro quente.

— Sempre quis estar do seu lado... Lutar ao seu lado, poder estar no mesmo degrau que pisava para que pudesse ser visto e dessa forma me sentir no direito de confessar algo entalado dentro de mim desde que era pequeno...

Uma parte da fumaça se posiciona como uma serpente e perfura o peito de Katsuya que cospe sangue, mas ele ergue a cabeça em meio a dores e segura o rosto de Hisana.

— Eu te amo Hisana, por isso, volte para mim! — ele exclama.

O corpo da criatura trava e a fumaça começa a tremer relutante. A fisionomia de Hisana vai surgindo pouco a pouco e os olhos enegrecidos dão vez ao castanho normal da garota, a fumaça começa a dispersar e as distorções desaparecem, os céus queimados começam a voltar ao normal, assim como o corpo da jovem que volta à consciência.

— Kats...

Hisana perde as forças nas pernas e cai, mas o loiro vem de joelhos em direção ao chão enquanto vem amparando a outra nos braços.

— Hisana... — Katsuya sussurrava aliviado.

— Eu ouvi sua voz... No meio de todo aquele vazio eu pude te ouvir chamando o meu nome... — ela dizia com olhos sonolentos e corpo fraco, sua cabeça encostada no peito de Katsuya.

— Gritar seu nome quase me deixou rouco. — ele brinca sorrindo. — Seja bem vinda de volta, Hisana.

— Eu voltei... Como me pediu... — ela sorri e começa a fechar os olhos sentindo um calor agradável lhe acolhendo enquanto entra na terra dos sonhos com uma expressão de paz no rosto.

Katsuya ferido faz o mesmo, enquanto isso não muito longe deles, seus amigos correm ao seu encontro chegando e vendo os dois jovens dormindo com expressões serenas mesmo que feridos e envoltos por toda aquela destruição.

—_______________________________________________

Continua...

—_______________________________________________

Página da Web


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como é ruim não ter tempo para escrever ou ter o sério problema de nunca estar satisfeito com o que se escreve kkkkkkk.

Mas antes tarde do que nunca e por isso trago a vocês um presente de ANO NOVO!
Feliz ano novo leitores. Espero poder encontrá-los novamente por aqui e que continuemos a desvendar os mistérios dessa aventura juntos! Que 2016 seja de muita paz, saúde e dindim no bolso que todo mundo gosta de dinheiro que eu sei hehehehehe.

No next chapter mais revelações e vamos entrar em outra fase da Fanfic. Fiquem ligados!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.