Meu irmão mais velho, Mike Schmidt estava se aprontando para trabalhar na famosa pizzaria Fazbear, ele é o guarda noturno do local. Ele já está no seu quinto dia de trabalho.

Ultimamente ele tem agido de forma paranoica, dizendo que os bichos da pizzaria se movem para matá-lo durante a noite, isso tem me preocupado, meu irmão sempre foi saudável apesar da aparência pálida dele.

E lá estava Mike mais uma vez berrando de medo, à hora dele ir pro trabalho se aproximava cada vez mais, mas por alguma razão ele não se demite algo que eu acho coisa de gente burra. Ele é um homem de 35 anos que tem medo de brinquedos e trabalha em uma pizzaria mesmo sabendo que lá existem brinquedos que botam medo nele a ponto de urinar nas calças.

Eu estava cansada, desde que ele foi contratado essa casa já não tem paz. Ele é minha única família, já que meus pais morreram quando eu era bem novinha, queria que ele, minha única família ficasse em paz novamente.

–Mike, se você quiser, eu posso ir com você pra pizzaria, o que acha? Estudei informática, robótica e computação no Japão durante anos, sei como lidar com robôs de qualquer tipo. -Afirmei confiante.

Ele aceitou no mesmo instante. Resolvi que era melhor irmos de moto, então eu montei no transporte e mandei meu irmão se segurar em mim.

Pouco tempo depois já estávamos na pizzaria...

Eu lembro daqui.

Essa pizzaria já existia quando eu era menor, lembro-me dela, lembro de algo traumatizante do qual me recordo muito bem...

FLASH-BACK ON

–Você é uma chata que vive se metendo em brigas, não gosta de bailarinas, gosta de bichos nojentos como sapos e grilos e pra piorar gosta de jogar futebol! Você parece com meninos! -Os meus amigos aparecem e elas fogem, “Não se importe com elas, Yuri! São todas umas bobas.”, falaram os meninos.

Continuei com minha cabeça baixa, não gostava de ficar com esse monte de meninas me enchendo. Quando um dos meninos resolve me levar para aquela pizzaria que tem bichinhos robóticos, incluindo um pirata! Piratas são tão legais! Mas...

São coisas de garotos.

Na pizzaria...

Os meus amigos estavam tristes por não conseguirem me alegrar e eles tiveram que ir embora primeiro que eu por causa da mãe deles que queria que eles voltassem antes do meio dia.

Vejo aquela galinha amarela vir até mim.

–Qual é o problema menininha? -Ela perguntou.

–As meninas falam que eu sou esquisita e não gostam de mim. -Falei de cabeça baixa.

–Porque elas não gostam de você?

–Porque eu gosto das mesmas coisas que os meninos. Eu também queria brincar com o pirata como os meninos, mas se eu fizer isso às meninas vão falar coisas ruins sobre mim.

A galinha com um crachá escrito Chica me abraçou de forma confortável, “Serei sua amiga.”, disse Chica. Fico surpresa em como uma animatronic cheia de fãs consegue ter tempo pra me consolar e ainda fala que seremos amigas, “Se quer tanto brincar com o pirata, vá! A infância não dura pra sempre é preciso aproveitar!”, eu obedeci.

Fiquei brincando com o capitão pirata até o meio dia, era hora do almoço e eles precisavam fechar, mas do nada as meninas que viviam me irritando estavam dentro da pizzaria, elas me viram com uma espada de jornal na mão e com um chapéu também feito de jornal.

As cinco me olharam como se eu fosse uma barata (pois é, de baratas eu não gosto) daquelas do esgoto e que sabem voar, não entendo o motivo de elas insistirem em me tratar assim.

–Seus pais morreram de desgosto! Quem iria querer ter uma filha que mais parece um FILHO! -Falou a líder do grupo e depois a mesma me empurrou com força e eu caí.

Foi assim que vi uma cena traumatizante: Foxy mordeu a cabeça da líder!

Vários guardas vieram e pegaram a raposa pirata. Tentei impedir, mas ele foi levado e no dia seguinte tinha uma cortina com uma placa na frente escrito “Sorry! Out of order.”. Estou tão triste.

FLASH-BACK OFF

Todos os dias eu levava um potinho com doces e alguns sanduíches dentro pra ele e antes de ir embora pegava o mesmo pote só que vazio, eu acreditava que Foxy comia os doces. Quando eu completei nove anos eu tive que me mudar para o Japão, havia ganhado uma bolsa em uma escola de tecnologia japonesa, já que eu era superdotada passei no teste facilmente. Antes de partir eu deixei meu último pote de doces com um bilhete escrito, “Desculpe Foxy, vou ter que estudar por vários anos no Japão, ganhei uma bolsa e por ser superdotada fui aceita muito facilmente, estudarei robótica! Quando eu voltar, concertarei você!” quando peguei o pote de volta eu vi uma letra horrível, mas ainda legível em uma mensagem escrito “Ok” e um desenho do lado, até hoje tenho essa mensagem, eu guardo dentro de um pote na bolsa.

–Yuri? Yuri-chan? -Meu irmão perguntou preocupado.

–Ham? Ah é, vamos entrar.

Adentramos o local, durante a noite isso não parece nadinha com uma pizzaria pra crianças, fomos até a sala do Mike e começamos a olhar as câmeras...

Resolvi usar minha inteligência e fazer um negócio pra que eu pudesse ver as câmeras pelo meu celular também.

Quando eu vejo que...

Meu irmão tinha razão...

Chica se moveu e deu um sorriso estranho pra câmera, logo tirei uma coisinha especial da minha bolsa “O que é isso?” perguntou Mike, “Algo que irá nos salvar.” afirmei a ele. Ele verificava a sala com Chica, Bonnie e Freddy, já eu verificava a sala em que estava o Foxy.

Quando as cortinas se abrem e o nosso querido raposinho sai em velocidade dali, eu coloquei minha invenção nas duas portas, quando o Foxy adentra o local...

–PUTA QUE PARIU! MAS QUE PORRA É ESSA?! -Mike olhou a situação surpreso.