Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 35
34 - Âncora - Parte Dois


Notas iniciais do capítulo

Nossa, vocês vão me matar demais.
Então, no último capítulo eu tava entrando no ensino médio... e agora eu tô saindo ehauisdh
Eu decidi que vou terminar de postar todos os capítulos que eu tenho guardados aqui, daí só falta escrever o último e acabou a fanfic. ACHARAM QUE IAM FICAR SEM FINAL NÉ?
Desculpa a demora (4 anos pra finalizar essa fanfic é bem triste né migos)!!
APROVEITEM ESSA MARATONA AMO VCS CHCHUS E DESCULPA



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Meu tio – pai – sempre me falou que lobisomens que possuem uma âncora tornam-se mais fracos. Depender de uma pessoa era para fracos, imagine um lobisomem que dependia de uma pessoa/sentimento para aprender a controlar-se. Thomas sempre dissera que a fonte para o poder é depender de si mesmo. Eu nunca me importei tanto com essas palavras, afinal, eu era minha própria âncora... mas agora não mais.

— Por que, Ana? O que isso quer dizer? — Perguntou-me Jordan ainda com meu pulso em sua mão, ele me fitava cada vez mais intensamente e isso fazia eu me sentir ainda pior.

— Nada, é só... Eu tenho que falar com Derek — tirei meu pulso de onde estava, e o movimento foi um tanto quando grosso já que Parrish olhou-me com desconfiança. Desci do balcão sem falar uma mínima palavra.

— Agora? Você está toda molhada.

— Eu não me importo. Eu só tenho que falar com ele agora — disse indo para a janela e me preparando para dar o fora dali e dar de cara com Derek, minha última tentativa. — Só entenda isso, Jordan.

Eu não queria falar para Parrish que eu me sentia fraca por ele ter todo esse poder sobre mim, e eu também nunca vira um lobisomem que podia controlar-se sozinha possuir uma âncora depois disso. Eu precisava de respostas e estava prestes a ir busca-las, Derek era um lobisomem muito melhor do que eu e poderia responder minhas perguntas.

 Jordan colocou ambas as mãos em meus ombros e fitou-me duramente com seus olhos verdes. Ele não era burro.

Eu não sou burro. Eu sei que aconteceu alguma coisa, e se você não quer me falar, ok. Mas vai falar mais tarde — puxou-me para frente, colocou suas mãos grossas em meu maxilar e levou-me até sua boca. — E eu amo quando você me chama de Jordan.

Deu um beijo estalado em meus lábios e sussurrou:

— Agora vai.

Deus, eu amava aquele homem.

Assenti e dei um sorriso amarelo do tipo “tudo vai ficar bem e ser esclarecido depois”.

Parti em direção a rua pronta para bater um papo com Derek, meu irmão.

.

Eu estava me sentindo um pouco fora de mim já que era mais de meia noite e eu estava vagando por Beacon Hills, fugi da minha casa para ver Parrish e saí da casa dele para ver Derek. Que linda vida.

Arrastei a porta de metal, era pesada, mas nada que a força lobisomem não pudesse aguentar. A porta foi até onde podia, causando um baque ensurdecedor quando alcançou seu caminho.

Derek que estava deitado na cama, apenas abriu os olhos, virou seu rosto para mim e disse:

— O que você está fazendo aqui?

Bom, pelo barulho que eu causei com a porta eu pensei que ele ao menos iria dar um pequeno pulo, porém Derek, “sem sentimentos” do jeito que era, ficou impassível.

— Preciso de respostas — falei dura, por mais que eu ainda estivesse surpresa porque ele não esboçou uma reação sequer.

Derek levantou-se de sua cama e arqueou suas sobrancelhas.

— Eu tenho uma âncora — soltei querendo acabar com tudo aquilo, querendo ver se Derek podia ser realmente um irmão e me ajudar com aquilo.

— Não era você que sabia se controlar?

— Sim, sabia — suspirei.

— Bem...

— Eu me sinto fraca, sabe como isso é? Desde o início eu aprendi que ter uma âncora é uma fraqueza, e eu me sentia orgulhosa por não ter uma. Só que agora tudo foi por água à baixo. E o pior de tudo é que eu me sinto péssima achando isso uma fraqueza, me sinto péssima ao perceber que uma simples pessoa tem todo esse poder sobre mim! — disse tudo de uma vez só, tentando transmitir tudo o que eu sentia em palavras tão simples. Senti que não falei o suficiente, contudo, deixei pra lá e esperei para ver se Derek me entenderia.

— Ter uma âncora é sim uma fraqueza — disse ele formalmente.

— Você me ajudou muito, obrigada — revirei os olhos, me negando que era só aquilo que ele falaria depois do meu quase discurso de como eu me sinto mal por toda a situação.

— O que você esperava? Que eu fizesse um carinho em sua cabeça e falasse que tudo iria ficar bem? — eu estava pronta para retrucar, porém Derek me impediu. — Ter uma âncora é uma fraqueza, mas você pode transformar em uma coisa poderosa.

— Você sabe qual o lema da alcateia do Scott, alcateia no qual estamos? Seja sua própria âncora! — elevei meu tom de voz. — E surpresa: eu não sou a minha!

— É só você ser... outra vez — enfatizou. — Por muitos anos minha âncora era a vingança que eu queria fazer contra Kate Argent, toda a raiva que eu sentia dela e de mim mesmo.

— Como foi? — sussurrei.

— Peter acabou fazendo isso por mim — disse. — O ponto, Miriana, é esse: não pense no quanto uma pessoa influencia em você, pense em si mesma e pense em depender de si mesma, seja sua própria âncora.

E dentre todas as palavras que surgiram na minha cabeça no momento em que eu considerei Derek meu irmão de verdade, aquele que eu sabia que estaria ali para me apoiar futuramente e me ajudar com as minhas escolhas, a única coisa que saiu da minha boca foi a coisa mais comum para agradecer alguém, uma coisa que não era merecida para o cara que me falou palavras sábias.

— Obrigada — foi tudo o que eu disse.

Derek pareceu surpreso tanto quanto eu ao ver que a simples palavra que eu falei fora sincera e também cheia de sentimentos não tão escondidos. Ele se deparou, assim como eu, que uma nova fase havia começado, aquela que eu e ele éramos irmãos e aceitávamos isso.

— Obrigada por ser meu irmão mais velho pela primeira vez — corrigi. — Eu precisava disso.

Ele engoliu em seco e olhou para qualquer outro lado que não fosse o meu rosto. Meu Deus, ele estava envergonhado. Ele não estava acostumado com agradecimentos sinceros ou algo do tipo?

Eu decidi aproveitar, não só para pedir desculpas, mas também para ver ele ainda mais envergonhado.

— Desculpe por aquele dia que eu te chamei de “maninho”, eu não estava pensando muito bem, só queria descontrair um pouco — me embaralhei nas palavras, e mesmo não sendo eu quem deveria pedir desculpas, eu pedi.

Voltou a me fitar outra vez e pronunciou-se:

— Eu que fui o errado, eu até iria pedir desculpas mas...

— Não é seu tipo de coisa — completei com um sorriso mínimo. Pelo menos com ele eu conseguia me resolver, ao contrário de Thomas...

Acabamos nos olhando sem nada para falar. Deus...

Decidi ir embora, o papo fraternal havia acabado e não restava mais lugar para mim. Eu nem sabia para onde ir. Eu não queria dar de cara com o meu... pai, sim, meu pai; e também não sabia se que queria ver Parrish depois de tudo que eu descobri. Entretanto, devido as palavras encorajadoras de Derek, talvez eu fosse correndo para os braços de Jordan mais uma vez. E sabe a verdade? Eu não iria me importar com isso.

Estava prestes a abrir a porta pesada quando Derek pigarreou atrás de mim, chamando minha atenção. Virei até ele, estava a poucos passos de mim. Como ele se movia tão rapidamente?

— E sobre Anne... — começou.

— O que?

— Uma vez alguém me disse que eu deveria lutar para viver, e não para morrer — colocou uma mão em meu ombro. — Faça isso.


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Notas finais do capítulo

AAA eu também decidi que quando passar minha época de ENEM e vestibulares, vou reescrever toda a fanfic e deixar no meu estilo atual.
Bye ♥



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