Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 31
30 - Atrás de Olhos Azuis


Notas iniciais do capítulo

Rélou, olá, oi.
Eu não escrevi o final da fanfic ainda, eu admito haskjdhad' É na última vez que eu postei acabou aparecendo só dois comentário (obrigada 'rippah' e 'Tarumy M W Lahote' ♥) e eu acabei desanimando minimamente :c
Eu também queria falar sobre uma possível segunda temporada.. vocês se interessam? Iria ser com outra O.C., mas obviamente com características diferentes e um possível poder sobrenatural incomum. Então, se interessam?? Eu tava tão empolgada que fiz até a capa AHDJSKHS'
Espero que gostem do capítulo, e prometo que vou tentar escrever o final ^^



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Olá, dia de semana! Senti imensas saudades.

A rotina normal havia voltado, Stiles estava recuperado do susto e eu estava em um estado emocional desconhecido.

Ainda não dei de cara com Parrish, e isso é um sossego pra mim. Gosto dele, realmente, mas tudo isso é novo demais e eu não sei como reagir quando ver ele na delegacia. E Liam, oh Liam, ele está me evitando, acho que deu pra perceber quando eu falei isso na cara dele hoje. Eu deveria me sentir imensamente culpada sobre isso, só que não é minha culpa, seria injusto eu ter algo com ele sendo que gosto de outra pessoa. O problema é que toda essa situação doí em meu peito. Eu só quero meu novo amigo de volta. O lobisomem um ano mais novo que é meu amigo de volta.

O relacionamento com o meu tio – não me acostumei a chama-lo de pai ainda – estava estranho, quando ele puxava algum assunto comigo eu respondia curtamente, depois permanecia quieta. Thomas parecia notar isso, porém não desistia, estava sempre perguntando algo, nem que fosse como o clima estaria pela manhã, mesmo que ele soubesse. Eu não estava preparada para aceita-lo como pai, sempre pensei nele como o irmão de Anne, a monstra que eu costumava achar que era minha mãe. Ao contrário de tio Thomas, eu havia aceitado Talia como a mulher que me dera a luz, tudo bem, era muito mais fácil considera-la minha mãe já que estava morta e eu não teria a chance de construir um relacionamento com ela. Só que, pelo o que me falaram sobre ela, Talia parecia tão... maternal...?

E sobre Derek? Nem vou comentar, outro que está me ignorando por tê-lo chamado de “maninho”. Péssima jogada.

Minha cabeça castanha estava apoiada no meu armário que eu não sabia se era verde ou azul... ou a mistura dos dois. O devaneio me pegou forte dessa vez, fazendo eu olhar um ponto fixo qualquer na minha frente, como se aquilo fizesse eu pensar melhor. Funcionava, de certa forma.

Um baque metálico atravessou meus ouvidos, interrompendo meus pensamentos melancólicos e fazendo eu dar um pulo.

— Olá — cumprimentou Isaac, com seu sotaque quase inexistente e um sorriso doce que eu sabia que era falso.

— O que você quer? — Perguntei com os olhos cerrados, eu e Isaac não nos falávamos muito, não éramos muito próximos e muito menos socializávamos desse jeito.

Seu falso sorriso doce murchou e passou a encarar com aqueles olhos azuis. Ele estava sério, porém mesmo assim permanecia bonito.

— Eu quero companhia. Não acho ninguém e eu não quero ficar sozinho — falou.

— Não sabia que você era desses que não suporta ficar sozinho — retruquei.

— É que essa coisa é nova pra mim, e acabei descobrindo que é muito boa. Não era sempre que havia companhia no freezer que eu ficava trancado — ironizou com um sorriso de canto, meu sorriso.

Algum bicho mordeu ele? Sem ser um lobisomem, claro. Eu só estava brincando e ele veio com essa história que eu nem sabia que existia. Desde o início eu soube que ele guardava algum segredo, eu só não sabia que era esse.

Encarei-o com os olhos arregalados e com a boca um pouco aberta, piscando sucessivamente para dar tempo pra ele dizer que era uma brincadeira. Só que não era, ele continuava a me fitar esperando por uma resposta ou até mesmo uma briga.

— Sinto muito em ouvir isso, nem sei como você chegou a esse assunto — sussurrei sincera.

Seu olhar, que antes estava duro, amoleceu e suas pupilas diminuíram, franziu a sua boca e disse:

— Desculpa, é que... é que eu não estou em um dia bom hoje — suspirou.

— Tudo bem — coloquei minha mão sobre o seu ombro como se tentasse conforta-lo.

Isaac olhou para minha mão em seu ombro e franziu o cenho, virou seu rosto pra mim e arqueou suas sobrancelhas.

— Você tá invadindo meu espaço pessoal.

Tirei minha mão dali rapidamente.

A primeira aula era de economia, Scott e Stiles tinham essa aula junto comigo e Isaac, porém não tivemos nenhum sinal dos dois.

A conversa com Isaac foi fluindo animadamente, parecíamos velhos amigos. Ele tinha um humor incrível e um pouco de ironia, uma combinação perfeita para quem quer se divertir. Contou-me sobre o seu pai, e eu contei sobre os meus. Isaac era um ótimo ouvinte, isso eu poderia afirmar. Enquanto eu contava minhas histórias, Isaac mantinha seu olhar sobre mim e assentia ouvindo-me com atenção, opinava só quando eu parava. Fiz a mesma coisa com ele, as palavras saiam de sua boca, cheias de dor e de tristeza, entretanto, ao contrário de mim, seu olhar não transparecia isso. Era como uma máscara.

Sentei-me em uma classe aleatória perto da janela, e para minha surpresa – ou talvez nem tanta -, meu mais novo amigo Isaac sentou-se atrás de mim. Ao contrário de minutos atrás, antes de bater, ficamos calados esperando o treinador Finstock entrar e agitar a aula, com a falta do professor ela estava começando a fitar monótona. Ah, e uma ironia, Finstock sempre exigia de seus jogadores de lacrosse pontualidade, mas onde ele está agora?

Estou rindo internamente.

Entre os cochichos do restante dos alunos, a porta que antes estava fechada se abriu, virei-me para frente pensando que era o tão esperado professor, só que não era. Os cochichos pararam, tudo o que eu conseguia ouvir agora era o som que o tênis do rapaz fazia quando encontrava o chão sujo da sala. Os olhos do garoto eram de um azul intenso e quase translucido, seus cabelos loiros escuros estavam jogados pra cima por causa do gel feito exatamente pra isso. Tinha um rosto juvenil, e parecia da idade de Liam, contudo, não era, já que estava na minha aula.

Ele parou.

Vi seu olhar varrer por toda a sala, parou em mim. A garota que estava sentada no canto da janela.

Me sentindo nua pelo seu olhar intenso e que não hesitava sobre mim, olhei uma última vez e vire-me para trás, dando de cara com Isaac fitando intensamente o garoto desconhecido.

— Você o conhece? — Perguntei.

O olhar de Isaac dançou do garoto para mim, olhou-me com seus olhos azuis por um longo tempo, comprimiu sua boca e maneou a cabeça em negação.

— Nem um pouco.

— Olhos para frente, Srta. Wilhealm! — gritou treinador Finstock, me dando conta de que eu nem o havia ouvido entrar. Uma coisa péssima para um lobisomem.

Fiz o que ele mandou, fiquei alheia as suas explicações e não ouvia nada. Minha cabeça estava em outro mundo, perguntando o porquê de um garoto novo ter mexido tanto assim comigo.

Como um imã, o lado esquerdo da sala me chamava, e eu, como se tivesse um campo magnético tomando conta de mim, olhei para onde meu interior mandava. Dei de cara com ele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Já existem algumas ideias de quem seja o boy magya? HASDJKH'
Até um dia desses quando eu finalmente acabar de escrever ASJDKH'