Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 30
29 - Você É Suficientemente Forte


Notas iniciais do capítulo

Oláááá! Eu não postei semana passada porque eu queria terminar de escrever os últimos capítulos, no fim não aguentei e não consegui escrever nem um único HAJKDASJDH' Vou tentar, prometo, mas tá me dando um bloqueio horrível!
Aqui tem mais Miriana e Parrish, e com todo o meu orgulho eu posso dizer que é definitivo! Sim, não tem mais confusões (da minha parte) se ela vai ficar com o Liam ou com o Parrish AHDSJKDH'
Espero que gostem, aproveitem ♥



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Já estava de noite, uma noite meio melancólica por sinal. Na verdade, eu nem sabia como a noite estava pra mim. Eu acabei de descobrir que meu pai é meu tio, que coincidência, não? E isso é muita informação para processar em menos de vinte quatro horas. Na madrugada de hoje eu descobri que minha mãe era Talia, vulgo mãe de Derek. E menos de um dia depois, eu descobri que meu pai era meu tio. Isso por um lado era ótimo, eu já tinha uma relação bem, bem agradável com ele, entretanto era uma relação de sobrinha e tio, e não de pai e filha. Eu não sabia o que fazer quando eu chegasse em casa e olhasse a cara dele. Tenho de admitir, eu estava com um pouco de raiva. Ele falou que tivera uma relação amorosa com um lobisomem, então se ele é meu pai, o lobisomem era Talia. E então, no momento que ele descobriu que Talia era minha mãe, ele deveria falar que era ela a lobisomem que ele se apaixonou. Mas ele não falou, e duvido muito que ele iria falar se eu não fosse correndo para Eichen House bater um papo com Peter.

Falando nisso, Peter não era a fonte mais confiável para essas informações, mas era a única que tinha/estava viva/não perdeu as memórias. Eu sei, não deveria ter esperanças e realmente achar que Thomas era meu pai, mas eu sabia, sabia. Alguma coisa dentro de mim sabia que aquilo era verdade, eu sabia só pelo olhar afetuoso de Peter - e isso foi estranho. Ele me chamou de Eliza, sua pequena sobrinha, como eu deveria duvidar disso? Eu duvido que Peter já tenha dado um olha carinhoso só para fingir algo, ele não parecia desse tipo. E Derek parecia pensar do mesmo jeito que eu.

Estava de noite? Estava. A gente havia saído de tarde? Sim. Mas Derek, do jeito insistente que é, queria arrancar mais informações de Peter, e acredite, eu nem me lembro mais quais eram. Mas Peter enlouqueceu de novo e permaneceu quieto, balbuciando algumas coisas que mesmo com a audição sobrenatural nós não conseguíamos entender. Ou talvez ele estava fingindo, já que era só Derek – que não era muito querido para o seu tio no momento – que as fazia, e eu não estava com vontade de faze-las, estava tonta.

— Você está bem? — Derek indagou com a voz grossa que ele possuía, sem tirar a atenção da estrada. Engoli em seco. Eu estava? Não que eu saiba.

— Sim — menti. — Só é muita informação pra minha cabeça.

— Pra minha também é, acredite.

Dei um sorriso amarelo que provavelmente pareceu uma careta e virei-me para a janela.

Eu queria perguntar se ele estava bem com isso, mesmo sabendo que possivelmente ele não estava, no entanto eu sabia que iria ser meio chato perguntar, e que talvez ele não se sinta confortável ao falar disso comigo... ou com qualquer outra pessoa. Se ele quisesse abrir a boca e botar seus sentimentos pra fora, sua nova irmã estaria aqui.

Deus, são muitos “talvez” para uma pessoa só.

Ele parou o carro em frente à minha casa, esperando eu pular para fora e ter uma conversa com o meu tio. Eu estava arrepiada.

— Você não vem? — Perguntei já fora do veículo. Eu não queria enfrentar meu tio, er, pai, sozinha.

— Não, preciso de um tempo para pensar.

Olhei para seu rosto e balancei a cabeça, abri um sorriso pequeno.

— Te vejo por aí, maninho.

Derek franziu os lábios e fechou a cara, esticou-se sobre o banco do carona e fechou a porta na minha cara.

Eu falei a coisa errada, e agora estava me sentindo péssima sobre isso.

Aceitando de que eu fui uma idiota e falei coisas erradas na intenção de descontrair um pouco e jogar para fora a tensão, entrei em casa. A casa continuava a mesma coisa, tirando a bagunça e caixas de pizza que cobriam toda a cozinha e a sala. Estava uma completa zona. Isso não foi o verdadeiro problema quando eu vi Thomas inclinando-se para pegar uma caixa suja e fedorenta. Segurei meu ar, nem sei o motivo. Ele virou-se e deu de cara comigo, provavelmente eu estava roxa.

— Oi, Ana. Como foi? — perguntou, e parecia que o apelido que Parrish e Lydia tinham me dado havia repercutido. Oh, Parrish. Eu sei que nos vimos hoje, mas eu estava com saudades, e eu queria falar tudo, completamente tudo à ele.

— Foi esclarecedor — fechei a minha cara e soltei o ar. Ele parecia nem ter notado, estava com um sorriso no rosto.

— Jordan está lá no seu quarto — no segundo que ele falou eu já estava correndo as escadas e preparada para abrir a porta do meu quarto e dar um abraço em Parrish. Acho que eu estava sentimental. — PORTA ABERTA! — Gritou.

Ignorei e entrei no meu quarto, e lá estava ele, sentado na cadeira da minha escrivaninha se girando, com as mãos no queixo e uma expressão pensativa. Parrish estava com uma camisa normal azul, e não com o seu uniforme que eu estava tão acostumada a ver. Ele estava muito bonito, para não dizer outras palavras...

Acho que o plano do abraço apertado não iria funcionar, joguei-me na minha cama desarrumando todos os lençóis, minhas pernas estavam para fora, entretanto estava deliciosamente confortável, e a partir daí ele me notou. Encarei o teto.

— Conte-me como foi — ordenou, e vi que Thomas contou que eu tinha ido à Eichen House. O teto estava tão interessante. — Não me ignore, Miriana.

Suspirei e contei os pontinhos pretos que haviam no meu teto. Quarenta e sete no total, e eu não tinha ideia do que aquilo era.

— Por que você foi lá, afinal?

— Queria saber quem era o meu pai — respondi em um resmungo quase inaudível.

— Então o que foi? Você não descobriu quem é? — Me ajeitei e sentei-me na cama, encarando Jordan que estava um pouco longe de mim.

— Oh não, eu sei exatamente quem é — dei uma risada enfraquecida que foi completamente forçada, Parrish me encarou confuso já que nunca fiz isso.

— E qual o problema?

— Ele é meu tio — sussurrei, coloquei meus cotovelos sobre os joelhos e descansei minha cabeça nas mãos, vendo tudo escuro já que o meu cabelo estava tapando toda a minha visão.

Só vi que Parrish saiu de onde estava porque senti suas mãos em meus joelhos. Abri meus olhos e lá estava ele, com as sobrancelhas franzidas e me olhando com um sentimento que eu não reconhecia.

— Mas isso é ótimo! Imagine se fosse alguém que você não conhece? — sorriu. — Vocês têm praticamente uma relação de pai e filha, o que iria mudar depois disso sem contar que, de fato, vocês são pai e filha?

— Ele já disse que teve uma relação com um lobisomem, e se ele é meu pai, quer dizer que foi Talia. E ele não me falou nada depois disso. — disse, mas Parrish me encarou ambíguo. — Quando Anne falou que minha mãe era Talia, ele já deveria ter comentado que poderia ser meu pai, mas ele não falou.

Jordan ficou calado por um momento.

— E se ele não quisesse te encher de esperanças falsas? E se tivesse medo de que ele não fosse seu pai e você ficasse triste depois?

— Eu não iria ficar triste, eu iria entender — murmurei. — E não fale disso com ele.

Parrish maneou a cabeça em concordância, mas não saiu do lugar. Permaneceu com as mãos em meus joelhos, abaixo da minha vista enquanto eu estava com as mãos ao meu lado. Começou a me encarar, como se quisesse conhecer minha alma e como eu realmente era, como se ele já não conhecesse. Ele estava com os joelhos no chão, e não parava. Eu comecei a ficar nervosa, algumas horas não me ajudaram a aceitar que nos beijamos.

Ele subiu um pouquinho, agora encarando meus lábios. Se aproximou mais um pouco, até nossas bocas estarem a milímetros de distância uma das outras. Olhou em meus olhos, como se pedisse permissão. Mas eu não conseguia, não me mexi. Nossos lábios se roçaram e nossos narizes se encostaram, uma coisa tão pequena.

— Eu não sei se consigo fazer isso. — sussurrei tirando meus lábios dos seus. Eu não sei. — repeti.

— Por que? — perguntou com o mesmo tom de voz que o meu, ou seja: um sussurro. Ele se afastou apenas mais alguns pequenos centímetros, me encarou atentamente procurando por qualquer hesitação, ou algo mais.

— Ontem você era meu melhor amigo e agora estamos querendo nos beijar.

Parrish franziu sua boca, mas continuou me olhando.

— Você não está preparada? — perguntou, mas logo revirou seus olhos. — Claro que não está, eu sou seis anos mais velho que você.

Ele estava inseguro? Isso era uma surpresa pra mim.

— Eu gosto tanto de você. — falei. — Eu gosto tanto e eu quero tentar, não me importa se você é mais velho que eu ou não. — ele fechou os olhos. — Eu quero tentar, mas só se você quiser tentar também.

— Eu não gosto de você... eu... — fechou seus olhos outra vez, dando um sorriso duro. — Você entendeu.

— Eu entendi.

— Eu quero tentar — colocou suas mãos em minhas bochechas e se aproximou. Avançou em mim, dando um beijo doce que garanto que não era de seu feitio... isso me fazia tão bem. Para terminar, deu um beijo em minha bochecha, um beijo casto e demorado.

Saiu pela porta, mas não sem antes me dar um último olhar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado



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