Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 20
19 - Bestiário


Notas iniciais do capítulo

OI, POR FAVOR NÃO ME MATEM. *respiração profunda*
Deixa eu ir direto pro assunto, to nervosaaaaaa.
Então, pelo o que vocês viram (ou talvez não, não sei), sim, eu meio que troquei a protagonista. Tava me incomodando a bastante tempo o fato da Miriana ser ruiva, porque... como diabos ela iria ser ruiva se ela não tinha nenhum parente ruivo????? E é por isso que ontem eu respirei fundo, pesquisei pra caramba, passei o dia todo fazendo todos os banners novamente e a capa. Desculpa, sério, desculpa mesmo, eu nunca quis fazer isso, mas acabou me incomodando tanto que eu tive que fazer. Pra quem não conhece, essa atriz é a Zoey Deutch /gata, linda e sensual, amo. E assim, pra esclarecer mesmo, antes era a Karen Gillan porque na época eu não tinha tanto conhecimento sobre atrizes que se encaixavam como eu queria a Miriana, mas agora aqui está, uhul!
Então desculpa, se não gostou pode comentar ali embaixo e me xingar (mentira, não faz isso, eu não reajo bem com xingamentos), só comenta o que achou, porque todo mundo sabe como a opinião dos leitores é importante. Sério, gentesss, eu tô me sentindo muito mal por ter feito isso, ainda mais porque já tava na cabeça de vocês uma Miriana ruiva e com cara de meiga.
Mas eu posso ser sincera, sinceríssima? Eu preferi assim :|
E obrigadaaaa pelos comentários do capítulo anterior.
Então se vocês não me abandonaram ainda devido a troca de protagonista, bom capítulo!



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Desci do carro devagar, caminhei lentamente até a porta de casa e entrei. Meu tio estava na mesa lendo seu jornal com os óculos de leitura sobre seus olhos. Uma pontada tratou de aparecer no meio do meu peito, lembrando-me o que eu deveria dizer. Aproximei-me da mesa, e sentei-me numa cadeira na frente do meu tio. Respirei fundo, implorando para as palavras saírem da minha boca.

— Tio? — Chamei, ele tirou seus olhos do jornal e me encarou.

— Olá, Miriana — disse ele. — Como foi com os seus amigos?

— Foi legal — eu respondi simplesmente, escondendo o fato de que eu estava lá para ver fotos de assassinatos. — Surpreendente.

Tio Thomas me encarou com mais atenção, e logo em seguida franziu o cenho, e eu fiz o mesmo, perguntando-me por que aquilo.

— Você andou chorando?

— O que? Não... — falei passando o dedo embaixo do meu olho, e aquele movimento denunciou que eu realmente estava chorando.

— Aqueles trogloditas fizeram algo? — Perguntou ele preocupado.

— Não.

— Foi Jordan, não é? Eu sabia que isso não iria dar boa coisa... O menino é seis anos mais velho que você! — Exclamou ele maneando a cabeça em negação.

— Parrish? Sério?! — Perguntei. Por que tudo tinha que se resumir em um coração partido quando éramos encontradas chorando?

— Sim! Você acha que eu não vi a maneira que ele olha pra você? — Inquiriu meu tio de olhos arregalados, quase explodindo.

Balancei a cabeça para me afastar dos pensamentos nada legais que eu estava tento. Ignorei todas as palavras relacionadas a Parrish. Deixei pra mais tarde, simples assim.

— Não, não é. — suspirei.

— Sou todo à ouvidos — disse ele. E isso era algo que eu gostava muito, ele sempre estaria lá para ouvir, não importa o que fosse. Abri um sorriso de canto mínimo, exatamente como ele fazia.

— Naquela noite — comecei, e meu tio entendeu de imediato devido a expressão que eu estava. — ...não foi ataque de animal. Fui eu, eu matei eles — eu disse, e surpreendentemente, não tive vontade alguma de chorar. Eu havia percebido que era errado derramar lágrimas por alguém tão terrível quanto a minha mãe. E me arrependi de ter perdido meu tempo chorando por ela, que não merecia nem uma gota das minhas lágrimas, pena que só percebi isso quando era tarde demais.

Ouvi um ruído, uma cadeira sendo arrastada, e encolhi no lugar aonde estava, o mínimo que ele faria era me expulsar de casa, o mínimo.

— Levante-se — mandou meu tio, autoritário.

Levantei-me com hesitação, a faceta séria que meu tio estava era muito intimidadora, e com a barba para fazer deixava-o mais assustador ainda. Ele puxou-me para um abraço, e eu incrédula não correspondi, só que quando meu tio afagou meus fios castanhos, tive a obrigação de abraça-lo de volta, mesmo não entendendo nada.

— Eu sempre soube, Miriana — sussurrou ele em meu ombro. — Eu sabia que você me contaria quando estivesse pronta.

— Eu sinto muito — murmurei de volta.

— Não foi sua culpa, querida. Era seu lado animal, você não tinha controle — disse ele. — Não sabe como doía te ver remoer sobre isso todos os dias que eu estava ao seu lado.

— Por que você agiu como se não tivesse sido eu quem os matara? Aquele dia que nós estávamos no carro indo para a delegacia... — Indaguei.

— Como eu disse, eu sabia que você iria me contar quando estivesse pronta.

Apertei-o com mais força ainda, temendo que ele escapasse dos meus braços e percebesse o quão desprezível eu era. Porém não, ele continuava ali, acariciando meus cabelos sem nem se importar pelo sangue que eu derramei.

Me afastei de seu abraço, e passei a mão debaixo dos meus olhos novamente, me livrando das lágrimas que estavam lá. Todavia, pela primeira vez, elas não foram derramadas por causa da mulher que eu matei.

— Ela está viva — soltei rapidamente.

Meu tio me encarou descrente, entretanto depois de explicar toda a minha teoria para ele, o velho começou a aceitar. Mas claro, falou um monte de vezes que era impossível um beta ou ômega transformar alguém. Eu sabia, mas simplesmente aconteceu, e não havia tempo para perguntar-se como, já que ela estava matando todos e, daqui a pouco, partiria para os que eram próximos a mim, meus amigos, e enfim meu tio.

Depois de recuperar-me da conversa, almocei, e já era três horas da tarde. A conversa realmente foi longa.

Quando estava prestes a subir as escadas, lembrei de algo, parei bruscamente antes de subir no primeiro degrau.

— Tio Thomas, o bestiário veio com a mudança? — Gritei a pergunta. Eu queria saber o que era um banshee, uma kitsune, e até um werecoyote, mesmo tendo suspeitas do que era. Eu apenas queria saber, e não ficar alheia as conversas que se tratavam dessas criaturas. Cada família de caçadores tinha vários volumes deles, e felizmente a família Wilhealm era uma dessas. E eu também queria conhecer mais meus amigos... Amigos, agora essa palavra parecia tão apropriada, mesmo eles tendo me sequestrado semanas atrás, dei uma gargalhada baixa.

— Tá no armário dos documentos! — Gritou ele da cozinha. Fui até o tal armário e o peguei, se não fosse por ele, provavelmente nunca iria saber o que meus amigos eram, ou talvez realmente nunca soubesse, já que existem vários volumes desse “livro” espalhados pelo mundo, e se eu estivesse realmente com azar e nenhuma das criaturas que eu queria achar não estivessem nesse livro, seria o fim. Tudo bem, o Google é ótimo, entretanto nele tem várias baboseiras.

Subi as escadas até o quarto com o livro em minhas mãos, e quando cheguei ao meu destino, tirei meus coturnos e me joguei na cama, pronta para pesquisar. Contudo isso foi interrompido exatamente no segundo que eu abri o livro, o barulho na janela chamou minha atenção e eu quis ver o que era por pura curiosidade.

Era Liam, droga. Por instinto, ajeitei meus cabelos, tentando parecer menos descabelada possível, parecer apenas... apresentável. Abaixei meu vestido que já estava na metade da minha coxa e me sentei na cama.

— Pode entrar — disse.

A janela foi aberta e Liam estava no meu quarto. No meu quarto, um garoto nunca entrou no meu quarto, estava tudo novo pra mim. Ele sentou-se ao meu lado, e automaticamente fui para o lado contrário para me afastar um pouco. E ele pareceu notar, mas não ligou muito.

— Eu ouvi a conversa — sussurrou Liam, e então fechei meus punhos pela falta de privacidade. — Eu sinto muito, não tinha como evitar.

Olhei para ele surpresa, ele estava realmente pedindo desculpas. Liam tinha esse rosto fofinho porém ao mesmo tempo forte, e que algumas vezes formava uma carranca adorável que dava um pouquinho de medo. Ele só... só não tinha cara de pedir desculpas para alguém.

— E desculpa por hoje cedo, desculpe por ser tão confuso em relação a isso. Eu não sabia que sua mãe era assim, pensei que ela era apenas uma inocente — ele desculpou-se de novo, arqueei as sobrancelhas. Ele estava apenas pedindo desculpas porque soube o quão psicopata minha mãe era/é. Ele entendeu o recado.

— Mas se ela fosse inocente, não teria problema também... por que foi seu lado animal que fez isso, certo? — Ele estava realmente muito confuso, tentando desesperadamente conseguir meu perdão.

— Foi Scott que te disse isso, não? — Perguntei, e ele assentiu. — Por que você não consegue chegar nessa conclusão sozinho, não é?

Liam me encarou, e parecia estar assustado, e muito, muito nervoso, porque não parava de mexer as mãos e balançar as pernas. Derrotado, ele disse:

— Sim — ele abaixou a cabeça. — Mas ele não pediu para que eu me desculpasse, eu quis isso.

Oh, estou ainda mais surpresa.

Eu nunca o vira assim, nervoso e sem saber o que falar perto de uma garota. Ainda mais perto de uma garota. A situação poderia estar ficando cômica se eu não tivesse educação o suficiente e começasse a rir. Respirei fundo para permanecer séria para manter essa conversa civilizada.

— Bom — dei um sorriso sincero, grata por ele estar fazendo.

— É — disse ele olhando para o chão.

Um silêncio horrível pairou sobre nós, e ficávamos nos encarando sem falar mais nada. Contudo, ele começou a me olhar de um jeito estranho, que eu não conseguia compreender, o silêncio foi quebrado com o barulho das molas da minha cama. Ele sorriu desajeitado e se aproximou um pouco mais, encostando-se em mim. Com hesitação, ele colocou a mão direita sobre a minha bochecha, e eu sabia o que estava por vir, no entanto não consegui me afastar. Talvez fosse os olhos azuis, eu não sabia. Aproximei meu rosto mais um pouco, tombei minha cabeça sutilmente ao encontro da sua mão, querendo mais um pouco daquele carinho. Liam se aproximou e enfim acabou com o espaço que estava entre a gente, foi apenas um selar de lábios, contudo foi ótimo, mesmo que eu não quisesse admitir. Ele separou sua boca da minha, e me olhou assustado.

— E-eu — começou ele, porém não deixei.

Encarei-o com os meus lábios sutilmente separados e ainda quentes devido quando a sua boca rosada estava sobre a minha, eu estava em choque. É estranho. Horas atrás ele estava olhando pra mim com repulsa e eu nunca imaginaria que ele faria isso depois.

Acordei.

— Você tem problema ou algo do tipo?! — Falei um tanto quanto alto, porém não realmente gritando. Tenho medo de ter sido muito rude, não tinha como evitar. Ele abriu a boca para protestar, porém como se eu tentasse escapar do seu olhar extremamente azul que me dava arrepios na coluna, olhei para a porta, só que encontrei meu tio com uma carranca das grandes e um olhar julgador.


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Notas finais do capítulo

¬u¬ ¬u¬ ¬u¬ ¬u¬ ¬u¬ ¬u¬ ¬u¬ ¬u¬
E AÍ? RSRSRSRSRRSRSRSRS ~~estou elétrica, sorry~~
Gostaram do capítulo? Se expresse sobre ele aí embaixo, totalmente aceito crítica construtivas e sugestões!!!1
Espero que vocês não estejam com vontade de cometer um homicídio com uma autora aí...
Bye, bye, até semana que vem e tudo de bom pra vocês!!!
@nict0filia