POV Annabeth

Fiquei mais uma semana no hospital o que era bastante deprimente pois eu odeio hospitais. O medico disse que meus cortes demorariam a cicatrizar já que eram muito fundos. O diretor do hospital psiquiátrico havia vindo me visitar dizendo que se eu aceitasse ficar lá teria todas as despesas pagas por conta do ocorrido, mas eu recusei, afinal eu iria passar quase um ano lá e eu não queria passar o resto da minha gravidez em um hospital, eu também odiaria ver o Percy uma vez por mês, ele tentou fazer com que eu fosse pois não queria me ver daquele jeito novamente.

Luce havia me contado que se não fosse por ele eu teria ficado no chão do banheiro por mais tempo pois ele que tinha me achado.

Eu estaria morta se não fosse por ele.

Em parte eu até queria ir há esse hospital, pelo menos eu daria algum espaço ao Percy pra ele ter uma vida normal de novo, mas eu não iria aguentar muito tempo longe dele. Eu comentei isso com ele em uma manhã:

– Sabe eu até poderia ir pra te dar algum tempo – murmurei.

Ele me encarou com os olhos semicerrados.

– O que? Você fala como se fosse um atraso na minha vida – disse ele.

Suspirei.

– É como se fosse Percy, pensa só na sua vida antes de eu aparecer – falei.

– Annabeth eu sinto que com você aqui comigo é como se minha vida estivesse completa – disse ele – Por favor nunca mais repita isso de novo.

É não deu muito certo.

O outro motivo de eu poder ir é que eu iria ter ajuda eu tinha medo de admitir a mim mesma que eu precisava de ajuda, depois que eu li aquela carta foi como se tivessem tirado uma grande rocha das minhas costas. Eu não quero que minha vida seja assim pra sempre, não quero que meu filho tenha uma mãe assim.

Então eu aceitei a outro opção que Atena havia me dado eu iria a uma espécie de psicólogo pelo menos uma vez por semana.

Eu não mudei minha forma de pensar sobre Atena depois que li aquela carta mas eu sentia que ela finalmente tinha se importado comigo depois de muitos anos, mas não estou com tanta certeza assim. Ela ainda não estava conformada com o fato de eu estar com o Percy agora e que eu teria um bebê.

Decidi que iria pra faculdade mesmo estando grávida e quando completasse oito meses eu iria trancar a matricula. Percy iria cursar a faculdade normalmente.

A Rachel... Bom ela não morreu se é que vocês estão pensando.

Bom embora Malcom tivesse tentado contratar um atirador para fazer isso eu não deixei.

Seria fácil demais.

Brincadeirinha.

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa (concordar é claro) Atena me interviu e disse que iria conversar com o pai dela e ele iria decidir o que fazer.

Estava no carro indo pra casa com Atena dirigindo.

É você leu bem, ela tinha ido me buscar.

Roupa da Annabeth: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=170918538.

– Sabe Annabeth agora você é uma mulher de responsabilidades – disse ela enquanto dirigia – Vai ter um filho agora.

– É eu sei isso é assustador – falei enquanto admirava Nova York pela a janela o tempo estava nublado e chuvoso.

Ela sorrio.

Isso não acontecia há muito tempo, nos não tínhamos uma conversa normal a bastante tempo.

– Eu estava pensando... Se você quiser é claro... – dizia ela – Trabalhar na minha empresa, um estagio na verdade.

Eu estava boquiaberta.

Nunca pensei que iria ouvir isso dela.

– O que? Ta falando serio? – consegui dizer.

– Eu sei que você ama arquitetura tanto quanto eu, Você aceita?

Eu estava pensando nisso esses dias na verdade, eu precisava arrumar um emprego o mais rápido possível.

– Ai meus deuses, é claro que eu aceito! – falei um tanto animada de mais fazendo ela sorrir.

Ok isso foi estranho.

Pedi a Atena que me deixasse na casa da Thalia já que Luce e Nico estavam lá. Malcom havia ido conhecer Hades naquela manhã, fazia tempo que eu não via ele tão nervoso. Percy tinha ido se encontrar com Poseidon para esclarecer algumas coisas.

Bati na porta da casa dos Grace que logo foi aberta por Thalia que me deu um grande abraço de urso.

Gemi.

– Fico feliz em te ver também Pinheiro – murmurei.

Ela parecia tão feliz que nem se importou de eu ter a chamado de pinheiro.

Ela me puxou para dentro da casa, eu tinha ido na casa dos Grace poucas vezes. Nico e Luce estavam esparramados no tapete jogando vídeo game enquanto Piper e Jason estavam aos beijos no sofá então conclui que os pais de Thalia não estavam em casa. Assim que me viram todos me deram um grande abraço.

– Você está viva! – murmurou Nico.

Dei um meio sorriso.

– É acho que sim – falei.

Ficamos o resto do dia conversando e jogando vídeo game e comendo besteira, aquela comida do hospital me fazia ficar ainda pior não aguentava mais comer aquela sopa de tomate, precisava comer algo saudável como doritos e sorvete.

Fui até a cozinha tomar um pouco de água e encontrei Nico tentando fazer pipoca de panela o que parecia não estar funcionando muito bem já que não estava estourando e a cozinha estava com um cheiro horrível de queimado, o que me deixou enjoada.

– Mais que droga – resmungou ele.

Sorri.

– Você por acaso, pois manteiga? – perguntei tirando a panela do fogão e pondo na pia – Vai acabar pondo fogo na casa da sua namorada.

Ele suspirou.

– Não senhorita gênio – disse ele – E não ela não é minha namorada.

Revirei os olhos e peguei os ingredientes para fazer outra pipoca.

– Ata sei – murmurei – E enquanto aquele anel? E não pense que eu não vi vocês se pegando no baile.

Ele corou.

– Eu estou reunindo coragem, ok? Você sabe que a Thalia não é uma garota fácil – disse ele no mesmo estante que Thalia abre as portas de correr e entra na cozinha com tudo.

– Quem não é fácil? E que cheiro horrível é esse? Ta infestando a casa inteira – disse ela abrindo as janelas da cozinha.

Nico estava mais vermelho que a sopa de tomate que serviam no hospital.

Contive o riso.

– Ah é que o Nico teve alguns problemas pra fazer a pipoca – falei.

Ela revirou os olhos.

– Meus deuses Nico não consegue fazer uma simples pipoca – disse Thalia – E você Annabeth o que está fazendo aqui? Sabe que esse cheiro faz mal pra você e pro bebê.

Sorri e caminhei até a porta da cozinha.

– Tudo bem mãe já to indo e Nico você já teve tempo demais pra reunir coragem – falei antes de sair e fechar as portas e deixando uma Thalia confusa pra trás.

Luce Jason e eu tentamos ouvir a conversa pela porta o que não funcionou muito. Mas alguns longos minutos depois eles saíram de lá extremamente vermelhos e Thalia possuía um anel dourado em um dos dedos, então eu acho que deu certo.

Algumas horas depois Malcom veio me buscar nunca o vi tão pálido. Malcom nunca havia conhecido a família de nenhuma namorada.

Não demorou muito para chegarmos em casa, abrimos a porta da frente e entramos em casa as luzes da casa estavam todas ligadas e um cheiro de comida recém feita vinha da cozinha. Fomos até a cozinha, a mesa estava perfeitamente posta com a louça branca, Atena lavava alguns pratos na pia e uma senhora com cabelos grisalhos e com um vestido florido estava sentada em uma das cadeiras da mesa, ela abriu um grande sorriso assim que nos viu.

A reconheci imediatamente.

– Vovó! – falei dando-lhe um grande abraço.

Malcom e eu quase sufocamos a Vovó Suzan mas nos recompomos.

– Eu senti tanta saudade de vocês – disse ela com o seu sorriso doce de sempre – E Annabeth eu sinto muito...

– Ei a senhora não tem culpa de nada ok? Fico feliz que você tenha vindo – falei.

Minutos depois estávamos todos nos saboreando a comida da vovó eu nunca fiquei tão feliz em comer bife mal passado, legumes e purê de batata. Olhei para Malcom que comia tão rápido que mal respirava.

– Malcom querido coma devagar – pediu vovó Suzan.

Ele deu um gole no refrigerante.

– Desculpe, você não sabe o quanto a sua comida fez falta – disse ele.

Atena permaneceu calada e comendo silenciosamente, por algum motivo eu fiquei feliz por ela estar ali, nos não tínhamos um jantar assim há muito tempo.

– E então Annabeth, eu não vou mentir, fiquei um tanto decepcionada com você eu não pensava em ser bisavó tão cedo – murmurou ela – Pensei que Malcom iria ter filhos primeiro.

Malcom fez uma cara engraçada.

– Ei! Sou o mais santo da família – disse ele dando uma bela garfada no bife.

Revirei os olhos.

– Eu sinto muito... Apenas aconteceu – murmurei.

– Mas de todo o jeito devia ter pensado antes nas responsabilidades Annabeth – disse Atena pela a primeira vez naquela noite.

Suspirei.

– Olha eu sei que as responsabilidades agora são bem maiores mas eu não me arrependo de nada, se aconteceu é porque era pra ser assim – falei a encarando.

Ela suspirou.

– Você sabe que é difícil pra mim Annabeth você e um filho de Poseidon...

Revirei os olhos.

– Isso não importa... Eu o amo e você precisa aceitar isso – falei um pouco alto demais.

Ela iria dizer alguma coisa mas Malcom a interrompeu.

– Ei por favor parem vocês duas, finalmente estamos tendo um jantar normal de família não estraguem – disse ele.

– Malcom está certo querida, isso não é bom pra você e nem pro bebê – disse Vovó – Annabeth você teve um dia cheio hoje e acabou de voltar do hospital é melhor subir e dormir um pouco.

Resolvi não discutir já que eu estava realmente muito cansada meus pés estavam doendo e eu nem estava usando salto alto.

Subi as escadas e fiquei encarando a porta do meu quarto, estava com certo receio de entrar já que eu não sabia se tinham limpado ou se estava do jeito que eu havia deixado.

Ates que eu pudesse por a mão na maçaneta pude ouvir alguém subindo as escadas e entrando no corredor, era Malcom.

– Ah nos limpamos tudo. Bom eu e a Bianca limpamos deixamos tudo arrumado – disse ele.

Sorri.

– Você arrumando o meu quarto? Isso sim é um milagre – falei rindo.

Ele não conteu o sorriso.

– Ei sou um irmão exemplar – disse ele.

Suspirei.

– Por que não ficou lá em baixo? – perguntei.

Ele suspirou.

– Por mais que eu tente não consigo ficar no mesmo cômodo que aquela mulher – disse ele com amargura.

– Ela ta tentando mudar Malcom, você poderia ser um pouco mais compreensível – falei – Eu sei que é difícil, pra mim também é, mas nos temos que aproveitar essa chance de termos nossa mãe de volta.

Ele olhou pra baixo.

– Eu não sei se consigo, só quero ela seja uma mãe de verdade pra você – disse ele pude ver uma pequena lagrima nos seus olhos – Aquela carta do papai...

Não pude deixar de abraça-lo.

É claro que só abracei metade dele já que Malcom é duas vezes minha altura, mas ainda assim fiquei na pontinha dos pés.

– Eu também grandão, mas não se esqueça de que ela sua mãe também – falei deixado algumas lagrimas molharem a camisa verde dele – Você é o melhor irmão do mundo.

Ele se afastou e me encarou.

– Isso sim é um milagre – disse ele sorrindo – Te amo loira.

– Também te amo grandão.

Ele sorriu e abriu a porta de seu quarto que era na frente do meu.

Finalmente abri a porta do meu quarto, a cama estava feita meus livros estavam na prateleira e não haviam mais roupas jogadas no chão do quarto.

Decidi tomar um banho.

Me despi e fui até o banheiro ele estava limpo e com cheiro desinfetante de limão. Não havia mais sangue pelo o chão.

Tomei um banho quente e longo, tomando cuidado é claro com o meu braço que estavam com pontos por toda parte. Terminei o banho e me vesti com um pijama de renda vermelho.

Me deitei na cama me embrulhando com o meu edredom favorito azul.

Peguei meu celular na cômoda, não havia nenhuma mensagem de Percy o que me deixou um pouco preocupada já que ele estava mandando mensagem a cada cinco segundos dês que saí do hospital.

Até que ouvi um barulho na janela, me assustando. A janela da sacada se abre e Percy entra me acalmando um pouco.

Ele vestia uma blusa de moletom azul e uma calça cinza que ele costumava usar pra dormir, seus cabelos negros estavam molhados, seus olhos verdes pareciam brilhar no escuro.

Em fim ele estava lindo como sempre.

– Droga Percy me assustou – falei me recompondo.

Ele deu sorriso que eu amava e caminhou ate a cama. Deitei-me de forma que ele pudesse deitar ao meu lado.

– Você devia estar dormindo Chase – disse ele aproximando seu rosto ao meu.

Corei.

– Onde esteve esse tempo todo? – perguntei pondo a cabeça em seu peito.

Ele passou os dedos em meus cachos.

– Estava com Poseidon – disse ele – Ele nem reagiu muito bem com a noticia de que iria ser avô.

– Ah deuses o que ele disse?

Ele suspirou.

– Bom o de sempre, que nos devíamos ter tomado cuidado e que não gostava do fato de você ser filha de Atena e blá blá blá – disse ele.

Permanecemos calados por alguns minutos.

Eu sabia que iria ser difícil dês que fiquei sabendo que iria ser mãe, eu não estava pronta pra isso e nem Percy para ser pai. Era muita responsabilidade em nossas costas. Era assustador só de pensar que tinha uma coisinha crescendo dentro de mim, mas de alguma forma eu já o amava de uma forma inexplicável.

Suspirei.

– Vai ser difícil Percy – falei quebrando o silencio – Nos não estamos preparados...

Ele se levantou e ficou sentado na cama me encarando com aqueles olhos verdes penetrantes.

– Eu sei que vai ser difícil mas você não esta sozinha eu vou estar aqui ao seu lado sempre – disse ele – Você não sebe o quanto a minha vida mudou depois que você chegou, eu me xingo todos dias só de pensar que eu deixei você se machucar daquele jeito de novo .... Eu não iria suportar se eu te perdesse Annabeth, você não sabe o quanto foi difícil te ver daquele jeito naquela noite, eu falhei com você eu prometi que não iria te magoar e que não iria deixar aquilo acontecer de novo, e olha só o que eu fiz?... Então eu peço uma chance para me redimir...

Eu estava completamente em choque e sem fôlego eu não esperava que ele iria dizer isso, me pegou completamente desprevenida eu não sabia o que falar ou como reagir.

Antes que eu pudesse formular uma frase ele pega algo em seu bolso da calça era uma caixinha preta de veludo.

Levei aos mãos até a boca. E quando eu dei por mim eu já estava chorando como idiota.

– Eu te amo Annabeth – disse ele abrindo a caixinha e mostrando um anel com uma pequena pedrinha brilhante era extremamente lindo e reluzente – Você me daria a honra de se casar comigo?

Eu estava completamente surpresa.

Uma mistura de felicidade e pânico me invadiu.

– Ai meus deuses, é claro que aceito cabeça de alga – consegui dizer entre os soluços.

Ele abriu um grande sorriso e pós o anel em meu dedo.

E naquele momento eu me senti completa.