The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 49
Capítulo 48 - A Última Ameaça




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A ultima ameaça

 

 

Giacomo virou-se e verificou, satisfeito, que o fogo cumpria, com impetuosa perfeição, a missão que Jean lhe confiara. As chamas já se erguiam muito alto por detrás do arvoredo que muralhava a aldeia dos falsos lobos; “malditos transformos traidores que nada mereciam alem da morte silenciosa e cheia de dor que permeia minha mente agora” pensou Giacomo enquanto se lembrava das instruções que lhe foram passadas.

 

 “Mas, Mestre... poderíamos aniquilar facilmente todos eles agora!” 

“Não! Tenho planos que vão além de meras vaidades. Seu orgulho ferido não passa de vaidade, jovem lobo. Não se deixe levar por essas distrações superficiais...”. 

“Eu não entendo Mestre...”. 

“Oh! Giacomo, meu estimado general... tanta força e energia... a fúria cega o motiva a buscar pela vingança, não é? Mas você ainda não aprendeu a apreciar a real beleza dessa palavra! A vingança é uma arte meu querido. Agora vá e faça o que lhe peço; e você poderá testemunhar minha obra prima! A ultima e definitiva batalha que cobrira essas terras de sangue... o sangue desses malditos traidores!”.

 

E o clarão, como que levado por uma brisa que nenhuma pele sentia, ampliava - se de instante a instante. As labaredas subiam e a luminosidade se alastrava cada vez mais. Já se distinguiam nitidamente os contornos dos ramos que na margem direita se debruçavam sobre a água da antes tranqüila praia de La Push. 

 

...

 

- FOGO!! FOGO! FOGO! – foram os gritos que ouvimos antes que os clarões das chamas atingissem nossos olhos. 

Era um clarão enorme, rubro, deslumbrante, que subia da linha do horizonte para o céu. Labaredas que se enroscavam em nuvens, farrapos de chamas, pairando estaticamente. Pouco a pouco ia se esbraseando, tornando-se sangue, fulgor de pira incomensurável a arder no limite do oceano. Surgia onde já não se vislumbrava ondulação, por detrás de algo incorpóreo, multicolorido. E a sua esplandecência atingia o centro da cúpula celeste: o véu escarlate, pulsante, deixando-se ver em contraste com o fundo azuláceo. Depois, lentamente, o mar apagava a fogueira, o sangue perdia-se na água. E no céu de Forks brilharam as primeiras estrelas. 

Toda a aldeia se reunia em torno da grande pira de chamas que agora consumia a antiga cabana de Theodore e Janet. Abismados e imóveis observávamos enquanto o ultimo pilar cedia aos golpes imperdoáveis do fogo. 

- Oh... seu ambulatório, doutor... – queixou-se lamentosamente Billy. 

- E o laboratório também... todos os esforços dos últimos anos estão perdidos agora Theodore – disse o velho Quill enquanto palmava desconsolado as costas de Theodore. 

Theodore e Carlisle haviam gasto muito tempo e energia construindo o pequeno ambulatório da aldeia. Foi um grande feito para os Quileuttes e na época serviu como carta branca para o vampiro e o lobisomem entraram nas graças do ressabiado conselho. 

O ambulatório em si não era lá grande coisa, mas a aldeia há tempos necessitava de amparo medico, já que o hospital mais próximo ficava a mais de trinta milhas de distancia. E ainda servia de laboratório onde os dois médicos faziam seus experimentos tentando aprender mais sobre si mesmos e todas as criaturas sobrenaturais que habitavam o lugar. Mas tudo estava perdido agora, todos os modernos equipamentos, os registros e as valiosas amostras de sangue, consumidos pela fúria do fogo. 

- Não se preocupe Angel... – Theodore tentou me acalmar – são apenas bens materiais, nada que não possamos substituir. 

- Mas e os seus registros? E toda a sua pesquisa Theodore? 

- Substituível querida tudo substituível! Nada que o tempo não traga de volta meu bem... e tempo é o que eu mais tenho, não é? – ele sussurrou baixinho e piscou alegremente para mim. 

E os feridos foram então levados para a grande casa branca. 

 

 

...

 

 

- Mas o que foi que aconteceu com vocês, hein? – Charlie gritava exigindo saber a causa de tantos ferimentos. 

- Você não vai querer saber Charlie – Jake lhe assegurava enquanto rangia os dentes segurando a dor que a agulha de Carlisle causava ao perfurar-lhe a pele – Arghhhhhhh!!! 

- Tem certeza que não quer um anestésico Jake? 

- Acabe logo com isso Doc.! Eu posso agüentar a dor! 

- Teimoso! – eu disse ao beijar sua testa enrugada – Tão teimoso esse meu maridinho!!

- Ah! Não me diga que foi outro acidente de moto Jacob! – Charlie ainda não satisfeito continuava a questionar – Esse tipo de corte não é causado por quedas ou qualquer outro tipo de choque que eu conheça! 

Eu troquei um olhar rápido com Carlisle temendo que a curiosidade de Charlie lhe colocasse em perigo, como um dia eu e Bella já estivemos antes. 

- Charlie – Carlisle então se pronunciou calmo e altivo mesmo ainda concentrado na “cirurgia” que realizava nas costas ensangüentadas de Jake – apesar de graves, esses ferimentos não são nada se comparados com a grande vitória que suas habilidosas filhas nos proporcionaram essa noite – ele me lançou um olhar carinhoso de agradecimento e logo voltou seus olhos para o que suas hábeis mãos realizavam – Tudo que você precisa saber agora, Charlie, é que acabou e nada mais irá nos incomodar! 

- Apesar de tudo – Theodore completava do outro lado da sala onde arrematava os últimos pontos no abdômen de Janet – estamos todos vivos! 

 E todos então respiraram aliviados e gratos por nenhuma baixa no nosso lado. Foi quando Seth gritou abalando o momento das comemorações e pôs fim ao alivio. Novamente a calma era repentinamente interrompida. 

- Leeeeah??? 

Leah se curvava e seu rosto contorcido de dor traduzia a agonia que o parto iminente lhe causava. A comoção logo teve inicio e Theodore foi o primeiro a alcançá-la, pondo-a em seus braços. Todos os seguiram numa procissão cautelosa, a angustia tomava conta do ar.  

- O que vai acontecer agora? – Vladimir sussurrava irritantemente. 

- O que faltava acontecer... – Siobhan retrucou sem paciência. 

- Levem-na para a biblioteca no andar de cima! – ordenou Carlisle – Alice! Traga meus instrumentos e Edward... – ele pausou – o soro... 

- NAAAAAAAOOO!! – Leah se opôs ruidosamente – eu não quero esse soro! 

- Leah... é só por questões de segurança! Ele só será usado se você... – eu hesitei – se você precisar! 

- Eu não vou precisar disso Angel! Eu não quero isso! 

- Mas... 

- Eu já tomei minha decisão há muito tempo atrás e não... AAAAAAAAAHHHHHHH! – Leah se contorcia ainda mais e sua dor já não era mais suportável. 

- Mas o que é isso? – perguntou Charlie ao observar o liquido amarelado que escorria pelas pernas de Leah. 

- A bolsa já se rompeu! – Theodore informou – Temos que nos apressar! Fique calma Leah, não faremos nada que você não queira. Pode confiar em mim. Apenas fique calma!


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