The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 48
Capítulo 47 - Vitória e Finalmente Um Pouco de Paz




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Vitória

 

 

EPDV Angel

 

Mesmo para meus olhos modificados era praticamente impossível acompanhar um vampiro rivalizar com um lobisomem fisicamente, mas eu me concentrava em Theodore quando ele saltou sobre Aro. Quando os dois corpos se chocaram, o que se ouviu foi um estrondo tão ruidoso quanto um trovão. Eu pisquei. O embate levantou uma cortina de poeira branca. A neve subia e ofuscava o combate, quando ela cessou vultos e borrões variavam entre zumbidos e mais choques. Aro só parou quando as garras de Theodore lhe arrancaram as vísceras do estomago, deixando a mostra sua carne ensangüentada.

O uivo do vampiro foi a última coisa a ser ouvida naquele momento, pois ao olhar ao seu redor, Aro estava só. Seu exercito antes invencível ali jazia em pedaços e os que sobraram haviam se rendido a nós. Jane estremeceu sob meus pés, eu aumentei a pressão:

- Quietinha aí, Jane!

E um tremendo sentimento de angustia tomou conta de Aro que verteu lagrimas de sangue.

- Está é nossa sina, demônio da lua! – as palavras que Aro proferia pareciam cheias de angustia e pesar - Devemos perdurar e batalhar enquanto nossos irmãos queridos e caros morrem aos nossos pés.

- Por que, vampiro? – Theodore questionou cheio de dor.

- Porque isso é o que sempre faremos até que o ultimo de nós caia!

- Mas não precisa mais ser assim... – disse Theodore, ainda com o braço esquerdo mutilado se distanciando de Aro caído de joelhos na terra que ele mesmo manchara de sangue.

- É assim que deve ser! – Aro gritou furioso ao perceber que Theodore vacilava em seu julgamento – Acabe logo com isso! – o vampiro ofereceu seu pescoço e disse usando de sarcástica ameaçadora - Porque se você não o fizer nós voltaremos...

O rosto de Theodore voltou a endurecer com a ameaça de Aro. Ele ergueu seu braço direito enquanto inspirava profundamente e se preparou para dar seu ultimo golpe de misericórdia.

- Theodore! Não! – era Carlisle, o generoso vampiro que pedia por clemência – Isso não é necess...

- Cale-se Carlisle! Deixe que o carrasco execute minha pena! – Aro ordenou – Eu não suportaria viver com tamanha humilhação.

– Não faça isso, meu irmão – Carlisle pediu ignorando Aro e implorou levantando as duas mãos para Theodore.

- Irmão? – Aro agora transparecia confusão genuína – Como você pode chamá-lo de irmão? Quando ele esta prestes a aniquilar a sua espécie, querido Carlisle?

- Aro... Aro... ouça meu amigo... todo esse sangue derramado, tantas vidas perdidas! Essa batalha nunca foi a nossa intenção. Tudo que queremos é a chance de viver nossa vida em paz!

- Paz? Mas vocês nos atacaram! – Aro acusou – E você, meu querido, reuniu um exercito para nos afrontar!

- Não! Foram vocês que nos perseguiram! Nós vivemos em paz aqui. Nossa família não procura por poder ou ascensão. Nós nunca fomos uma ameaça para vocês!

- Então é assim que você chama seus guerreiros agora, Carlisle? Família?

- Isso não é um exercito Aro... esses – Carlisle gesticulou em direção a todos nós – são minha família. Diferentemente de vocês, Volturi, o que nos une não é a ambição, mas o amor.

- Belas palavras Carlisle, mas elas não mudam o fato de você ter se juntado ao inimigo – Caius gritou do outro lado, mesmo ferido e fraco ainda conseguia proferir suas artimanhas – Você traiu sua espécie!

- Não, Caius! Não houve traição, assim como não houve o crime do qual você nos acusam. Ouçam... – Carlisle voltou a suplicar – não existem crianças imortais aqui! Não existe exercito aqui!

- Artifícios!

Carlisle balançou a cabeça em derrota, não sabia mais como argumentar com o articuloso vampiro que mesmo derrotado não era capaz de se redimir.

- Desista, vampiro! Ninguém mais vai morrer essa noite! – Theodore anunciou alto e relaxou sua posição de ataque – Olhem ao seu redor! Vejam quantas espécies diferentes habitam o mesmo lugar pacificamente... somos todos livres para ir e vir temos o livre arbítrio aqui, e se ficamos é por escolha própria. Portanto não existe razão para um julgamento ou execução. Ninguém mais vai morrer hoje!

A multidão que os Volturi presunçosamente convocaram agora se voltava contra eles. Gritos raivosos ecoavam pelas matas “Justiça!” “Morte aos ditadores!” “Sangue! Queremos sangue!” “Acabem com eles!”. A platéia estava em êxtase e exigia ainda mais violência.

 

...

 

- Parem!

Uma voz suave e melodiosa cantarolou autoritária. Era Alice. Alice havia retornado. Ela andou para frente graciosamente e introduziu os estranhos.

- Essa é Huilen e seu sobrinho, Nahuel... - ouvindo sua voz era como ela nunca tivesse partido.

Os olhos de Caius se estreitaram quando Alice explicou o relacionamento dos dois recém chegados. As testemunhas dos Volturi se pressionaram uns contra os outros. O mundo dos vampiros estava mudando, e todos podiam sentir.

- Fale, Huilen – Carlisle pediu - Nos dê o testemunho que você veio dar.

A pequena mulher olhou nervosa pra Alice. Alice acenou encorajando-a, e Kachiri colocou sua longa mão no ombro pequeno da vampira.

- Eu sou Huilen - a mulher anunciou em um inglês claro, mas com um estranho sotaque.

 

...

 

Os lábios de Aro estavam apertados. Ele olhou para o jovem de pele escura.

- Nahuel, você tem cento e cinqüenta anos de idade? - ele perguntou.

- Coloque ou tire uma década - ele respondeu em uma voz clara, bonita e quente. O seu sotaque mal notado - Nós não contamos.

- E você chegou à maturidade a que idade?

- Aproximadamente sete anos depois do meu nascimento, mais ou menos.

- Você não mudou desde então?

Nahuel deu de ombros.

- Não que tenha percebido.

- E a sua dieta? - Aro pressionou, parecendo interessado.

- Principalmente sangue, mas alguma comida humana também. Posso sobreviver com as duas.

- Você foi capaz de criar uma imortal? - Aro fez um gesto para Huilen.

- Sim, mas nenhuma das outras pode.

Um rumor de choque percorreu os grupos. Os olhos de Aro se abriram.

- Outras?

- Minhas irmãs - Nahuel deu de ombros de novo.

Aro o encarou selvagem por um instante antes de recompor seu rosto.

- Talvez você pudesse nos contar o resto da sua história, já que parece ter mais.

Nahuel assentiu.

- Meu pai veio procurar por mim alguns anos depois da morte da minha mãe – seu rosto torceu levemente - Ele estava feliz em me encontrar - O tom de Nahuel sugeriu que não era mutuo - Ele tinha duas filhas, mas nenhum filho. Ele esperava que eu me juntasse a ele, como minhas irmãs o fizeram. Ele estava surpreso que eu não estava sozinho. Minhas irmãs não tinham veneno, mas talvez isso seja por gênero ou por uma chance qualquer… quem sabe? Eu já tinha a minha família com Huilen e não estava interessado - ele torceu a palavra - em mudar. Eu o vejo de tempos em tempos. Eu tenho uma nova irmã; ela alcançou a maturidade há dez anos atrás.

- O nome do seu pai? - Caius perguntou através dos dentes.

- Johan - Nahuel respondeu - Ele se considera um cientista. Ele pensa que está criando uma nova super raça. - Ele não fez uma tentativa de esconder o desgosto na sua voz.

Bella se virou para mim, nossos olhos se encontraram surpresos. Aquele nome era familiar. Nós já o havíamos ouvido antes.

“Johan? O Johan de Leah?”

Caius também procurou por seu irmão. E Aro simplesmente assentiu.

- Então este é um problema a menos.

- E por que Aro? – Carlisle quis saber.

- Johan, o boêmio, não nos causara mais problemas. Pois ele foi eliminado há alguns dias atrás.

- Eliminado? – Nahuel perguntou.

- Sim. Ele se pos entre nosso inim... – Aro vacilou – entre um lobisomem e nossa guarda, então...

- Johan esta morto?

- Sim.

- E por que vocês o mataram? – eu senti a revolta voltando - Porque ele ousou contraria-los Aro? Porque ele tentou proteger sua parceira? - Aro não respondeu as minhas acusações então eu continuei - É assim que vocês agem? Acusam, julgam e condenam sem sequer perguntar o porquê. Quem lhes deu esse direito?

- Angel – Theodore chamou e pediu que eu ponderasse.

- Não! Isso não esta certo! – eu me virei para os vampiros ocultos na escuridão da floresta e clamei – vejam, ouçam e sejam testemunhas da injustiça que foi cometida contra nós!

Bells se moveu para meu lado e nossas mãos se entrelaçaram.

- Minha irmã e eu! – eu disse levantando nossas mãos – Nós somos diferentes! Raças inimigas que segundo os Volturi não podem coexistir. Mas nós não somos assim. Nós nos amamos e entre nós existe uma conexão muito mais forte do que palavras podem descrever como vocês mesmo puderam testemunhar.

- O que vocês fazem é decisão de vocês – Bella continuou no meu lugar, não fazia diferença qual de nós falasse, pois suas palavras eram minhas também – não estamos aqui para impor nada. Deixamos isso para os Volturi. E nem julgar. Mas também não admitiremos que nos julguem. Nossa família só procura a paz!

- A união de vocês não justifica esses atos! – Caius atacou – Só os torna ainda mais perigosos!

- Quais atos você se refere Caius? As crianças? – eu apontei para Seth que agora caminhava para fora das matas com Nessie em suas costas, e Nate e EJ ao seu lado, cada um dos meninos segurava fortemente os pêlos do lobo, um da cada lado. As quatro crianças caminharam juntas e se punham bem à vista para todos – Nossos filhos não são imortais! Isso já foi provado e comprovado por Nahuel. Esses pequenos corações que batem acelerados não podem pertencer a imortais, você sabe disso!

- E os lobos?

- Nós podemos conviver em paz com os lobos também.

- Ora, Angelique... Isabella – Caius retrucou sarcástico - E como vocês podem provar isso? Quanto tempo faz que vocês se aliaram? Um talvez dois anos?

- Não existe aliança alguma! – Leah gritou em sua forma humana, ela finalmente se fez presente e surpreendeu a todos ao caminhar, mesmo com dificuldade por causa de sua gestação já avançada, até o centro da clareira – Não existe trato ou acordo nenhum entre nós! – ela falou firme – Nós não somos um bando, uma horda e nem mesmo um exercito! Nós somos uma família! Qual a parte disso vocês não conseguem entender?

Caius e Aro soltaram uma gargalhada sarcástica em uníssono.

- Vejam meu ventre. Eu sei que todos vocês podem ouvir os batimentos do que cresce aqui – Leah pousou sua mão carinhosamente sobre sua barriga – Isso é o fruto de meu amor por um de vocês – ela procurou por Nahuel e seus olhos cintilaram – Mas o pai de meus filhos esta morto. Meu Johan... – os urros da platéia ecoaram com a conexão das historias de Leah e Nahuel – foi assassinado por me proteger. Um vampiro deu sua vida por mim! Isso já não é prova suficiente para vocês? Isso não prova que ainda existe esperança para a paz entre nossas espécies?

Uma comoção teve inicio entre todos os presentes. Um debate fervoroso entre Theodore, Carlisle, Aro e Caius progredia ruidosamente e até mesmo a platéia que antes só assistia quis ter o poder da palavra. E então uma voz rouca vibrou pondo fim nos murmúrios e cochichos:

- Basta! – Marcus pela primeira vez se pronunciava – Irmãos! – ele chamou – Já tivemos bastante... discussões por uma noite, na verdade, elas serão suficientes para apaziguar nossos ânimos por um século ou mais. Nenhum crime foi cometido. Não existem crianças imortais aqui! As crianças da lua e os lobos não nos oferecem nenhuma ameaça desde que concordem em manter lei maior, a discrição. – Marcus fitou Carlisle e depois Theodore, ambos assentiram e o mais antigo dos mais antigos vampiros ordenou antes de se virar e sumir na escuridão da noite - Esta na hora de voltarmos para casa.

- Eu estou tão satisfeito que isso pôde ser resolvido sem violência - Aro já totalmente recomposto disse gentilmente - Meu amigo Carlisle, como estou contente em poder lhe chamar de amigo de novo! Eu espero não estar forçando nada. Eu sei que você entende a carga pesada que o nosso dever coloca sobre nossos ombros.

- Vá em paz, Aro - Carlisle disse duramente - Por favor lembre-se que nós ainda temos que proteger o anonimato, e impeça seus guardas de caçar nessa região.

- Claro Carlisle - Aro garantiu a ele - Me desculpe por merecer sua desaprovação, meu querido amigo. Talvez, com um tempo, você vá me perdoar.

- Talvez com o tempo... se você provar que é mesmo um amigo para nós.

Nós assistimos em silêncio quando os últimos quatro Volturi desaparecem pelas árvores. Estava tudo quieto. Bella e eu não havíamos baixado a guarda por nenhum instante até então.

- Acabou mesmo? - Bells sussurrou para Edward.

O sorriso de resposta de Edward foi grande.

- Sim. Eles desistiram. Como todos os ameaçadores, eles são covardes debaixo do orgulho - ele deu uma risada.

Alice riu com ele.

- Sério pessoal! Eles não vão voltar. Todos podem relaxar agora.

 

 

EPDV Bella

 

E houve mais um momento de silêncio.

- Apesar de toda a má sorte - Stefan murmurou.

E então vieram as comemorações. As vivas irromperam. Gritos ensurdecedores encheram a clareira. Maggie bateu nas costas de Siobhan. Rosalie e Emmet se beijaram de novo - mais longa e ardentemente que antes. Benjamin e Tia estavam presos nos braços um do outro, como Carmen e Eleazar. Esme segurou Alice e Jasper num abraço apertado. Carlisle e Theodore estavam agradecendo nossos amigos da América do Sul que salvaram a nós todos. Kachiri estava bem perto de Zafrina e Senna, suas mãos unidas. Garret levantou Kate do chão e a balançou num círculo. Stefan pisou na neve. Vladimir apertou os seus dentes juntos em uma expressão amarga de decepção.

E eu corri em direção aos meus filhos protegidos por aquele jovem e corajoso lobo e então os apertei contra minha bochecha. Os braços de Edward estavam em nós no mesmo instante.

- EEEEEEEJ!!! Nessie, Nessie, Nessie - eu cantei.

Jacob riu a sua grande risada e bateu na parte de trás da minha cabeça com seu nariz.

- Cale a boca - eu disse e soprei um beijo para Angie que também enchia de carinhos e afagos o pequeno Nate enquanto era “lambida” por seu marido lobo.

- Eu vou poder ficar com você? - Nessie perguntou.

- Para sempre - eu prometi.

Nós tínhamos o para sempre. EJ, Nessie e provavelmente Nate iam estar bem e saudáveis e fortes. Como o meio humano Nahuel, que mesmo com seus cento e cinqüenta anos ainda parecia um adolescente. E nós todos estaríamos juntos.

A felicidade se expandiu como uma explosão dentro de mim - tão grande e tão violenta que eu não tinha certeza que poderia sobreviver a ela.

- Para sempre - a voz de Edward ecoou no meio ouvido.

 


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