O Cristal e o Diamante escrita por AlessaVerona


Capítulo 20
O Baile e a surpresa




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/599727/chapter/20

Passaram-se um mês. Nada havia mudado desde aquele dia, a não ser a aproximação de Nevra e Saphyre. Aquele amor que crescia e consumia cada pedaço daqueles corações jovens. Aquele mesmo amor causava horror para Leiftan, que a cada dia sofria mais ao invés de curar e esquecê-la. Era um grande desafio para ele, pois ainda não se conformava. Algo ainda dizia para ele que... Algum dia aquele romance acabaria em tempos.

Saphyre, Taiga e Miiko se animavam e foram no quarto da própria Kitsune para se trocarem. As pequenas dalafa e sabali não perdia a oportunidade, e também faziam a festa naquele grande quarto.

– Este baile vai revigorar Eldarya inteira! Gente, mas que alegria que o povo está! – Disse Miiko, enquanto se trocava no banheiro de sua suíte.

– Sim. Eu nunca fiquei tão feliz na minha vida por um baile... – Saphyre sentou-se na cama de Miiko, um pouco desanimada por lembrar na última vez que foi em um baile.

– Eita.. Saphyre do céu. Como você fala uma coisa tão entusiasmada e de repente cai? – Questionou Taiga, ao ver o olhar distante.

– Foi em um baile que eu... Perdi uma paixão da minha adolescência. Foi horrível. Eu senti em mim agora, como se fosse ontem. – Lembrou.

– Você tem o Nevra agora! E aí? Estão namorando? – Miiko gritava, por estar um pouco distante.

– Nevra me pediu em namoro faz uma semana! E aceitei. – Saphyre levantou-se, feliz.

– Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuulllll! Até que enfim, hein, loura? Tá podendo, tá fazendo fila de bofes! Isso mesmo, tem que seguir em frente. – Taiga dizia animada, enquanto a sua xará grunhia para a sua amiga dalafa.

– Isto é um pesadelo! – Disse a sabali Taiga, em baixo da cama enquanto espiava as duas.

– Isto é um dilúvio! Ai que lindo o amor.. Este amor que consome a gente, deixam marcas.. – Saphyre respondeu para Taiga.

– Saphyre e Nevra? ECA ECA ECA ECA ECA ECA!!!! – Taiga manifestava.

– Pare com esta loucura. A sua dona está feliz, a minha xará!!! Ai Saphyre, estou com você amigaaaaaaaaaaa!!! Uhuuuullll!!!! – A dalafa Saphyre fazia festa em baixo da cama. A sua dona observava as duas, ao agachar-se para ver a cena que rolava em baixo da cama.

– Até a minha veada fica feliz, que chega a ficar no cio!!! – Exclamou, fazendo a sua bicha de estimação ficar envergonhada.

– Dona, ninguém te supera! – A dalafa encarou-a, grunhindo.

– Tá vendo? Ela até fica com raiva de mim. – Disse Taiga após levantar-se, não entendendo o que ela falava.

– Meninas, apressem. Os convidados estão aparecendo aos poucos. – Disse Kero, batendo na porta do quarto de Miiko.

– Eu já vou indo, Kero. Espere! – Disse após aparecer com um vestido curto vermelho com muito brilho, com uma linda rosa da mesma cor prendendo os cabelos enrolados de Miiko. – Esse vai ser o noivo apressado! – Bufou.

– Bem, eu estou pronta. Nossa, Miiko, está linda. – Disse Saphyre, com seu vestido longo azul safira, a sua cor favorita. Ele enrriquecia seus olhos, que brilhavam como a pedra azul de seu colar dado por Oracle. Ele tinha um caimento simples, conforme as suas curvas. Prendeu seus cabelos com duas tranças e jogou sua franja para um lado.

– Eu que digo que você está muito linda. Nunca vi alguém gostar tanto de azul. – Miiko olhava ela admirada. Ela estava tão feliz e solta com aquele evento que estava a acontecer.

– E eu.. Estou pronta. Eu sou a mais rápida de todas mesmo. – Disse Taiga, que vestia um vestido curto como da Miiko, com medalhinhas de enfeite, enlaçando a partir dos lados da peça, subindo a sua silhueta. Aquele vestido exibia suas pernas grossas e torneadas.

– Falou a macha do trio. – Saphyre zombava.

– Falou a cinderela do trio! – Retrucava, dando leves risadas.

– Falou a Tigresa de bolso no cio! – Gritou a dalafa, fazendo as três se olharem, confusas com o barulho.

– Não liga pra minha veada não, ela tá é muito mal criada mesmo. Saphyre 2.0, saia já da cama da rapozuda! – Taiga ordenou, mas a dalafa não estava afim de obedecer. Ela pousou perto de uma das pernas que sustentava a cama.

– Não! – Respondeu de modo mal criado.

– Isso foi um não? Ou é um sim? – Taiga encarava-a de um jeito que a sua bicha ficasse com medo.

– Eu acho que a sua dona quer fazer um churrasquinho... – Disse a sabali, olhando para a sua xará.

– É mesmo... – Disse apreensiva.

– Ah, quer saber? Pode ficar aí com a sua amiguinha. Vamos logo, meninas! Eu quero ver o Reyd! – Taiga atirava-se na porta do quarto de Miiko.

– Bem.. Vamos ver se o Reyd aparece. – Saphyre bufou, indo logo em seguida. Miiko colocava a sua máscara de raposa, toda vermelha que combinava com o tecido do vestido. Taiga preferiu colocar uma pequena máscara de tigre, que cobria em volta de seus olhos. Saphyre optou por uma máscara azul celeste, que tinha as bordas de pequenas penas brancas.

Ezarel, Valkyon, Nevra, Leiftan e Kero estavam juntos no Hall principal. Eles vestiam trajes diferentes. Ezarel optou por um traje todo azul, Valkyon vestia todo bege. Nevra estava de preto, o que deixava muito elegante e charmoso. Leiftan estava de branco, com um terno da mesma cor com bordas esverdeadas, e para completar o look vestiu uma cartola branca e uma máscara da mesma cor, e Kero vestia um terno branco com detalhes azuis, e uma calça preta, combinando com a sua máscara que chegava a cobrir todo o seu rosto. Estavam ansiosos com o começo da festa.

– Essas três... – Kero estava impaciente.

– Essas três nada, as duas mesmo. – Taiga apareceu, enchendo os olhos de Valkyon. Ele mirava com luxuria que chegava a morder seu lábio. Ezarel derretia pelas três.

– Eu me arrumo rápido, tá? O que demorou mesmo foi o papo furado. – Disse Saphyre, que foi logo abordada por Nevra.

– Meu amor.. Está linda de azul. – Disse fascinado, colocando suas mãos em volta da cintura da loura.

– Obrigada. – Sorriu um pouco tímida. Leiftan observava Saphyre e acompanhava com seus olhos os passos dados por ela.

– Onde pensa que vai com as pernas de fora assim? - Valkyon bufou. Era uma vergonha que os outros pudessem ver algo que era só seu.

–Você rasgou minha roupa de gala longa. – Respondeu, dando um sorriso malicioso.

– Quem mandou ir arrumada a noite no meio do mato? Indo nua me pouparia tempo. – Cochichou muito baixo, após chegar a altura do ouvido dela.

– Olha... Parece que é o Reyd. – Miiko observava a entrada do Hall.

– Pronto... Vai dar samba do criolo doido! – Valkyon bufou. Para amparar uma possível encontro entre os dois, Valkyon puxava discretamente a sua morena dali, indo para um lugar mais reservado.

Taiga apenas o encarou e saiu batendo os pés. Havia tido vontade de estar bonita quando se encontrasse com o maior naquela noite. À noite em que notara o quão bruto o homem podia ser.

– ... Você sempre está bonita. Não precisava ter perdido tempo se preocupando com isso. - Valkyon sussurrou indo atrás. Eram raros os momentos em que a moça parecia abalada com algo que ele dizia, então tentava consertar. Porém , consertou tão bem que Taiga estava cheia de orgulho de novo.

– Isso não vai me fazer mudar de roupa. – Disse

– Vaca. – Xingou grunhindo de raiva.

– Me ordenhe. – Taiga pouco se importava com o insulto.

– Agora? – Valkyon passava a gostar do papo.

– NÃO, tem o baile. Quero conseguir rebolar durante o baile. – Taiga deu um chute no meio das pernas dele e foi até o meio do Hall, a fim de curtir o baile. Ela acaba se esbarrando em Reyd, que congela para olhar de cima a baixo.

– Que bela morena. – Disse ele, com uma máscara que cobria toda a sua cabeça, se disfarçando bem, mas Miiko e Taiga eram as únicas a reconhecê-lo pela sua silhueta.

– Obrigada. – Taiga respondeu sem se intimidar. Ela então se retirou, mas foi impedida por ele.

– Poxa... Não quer vir dançar comigo? – Disse em tom sedutor. Taiga olhava para Valkyon que a vigiava, e sorriu de canto.

– Claro que sim. Vamos dançar. – Taiga aceitou o pedido, deixando Reyd a conduzi-la até um espaço mais agradável.

– Pronto... É hoje que ela vai me pagar. – Valkyon socava um dos pilares. Enfurecia.

– É.. Grandalhão... Perdeu a sua dama, né? – Ezarel debochava.

– Acho melhor você ir.. Embora.. Daqui. – Valkyon encarava-o, dando passos a frente, enquanto Ezarel caminhava para trás, com medo. – Você esqueceu no dia que te dei uma lição... Seu verme!!! – Valkyon pegava no pescoço de Ezarel, mas algumas pessoas percebiam a hostilidade.

– Me.. Mate.. No.. Meio.. Das.... Pessoas mesmo! – Ezarel dizia com muito esforço, com a sua cabeça avermelhando. Saphyre e Nevra paravam a dança, vendo a cena.

– Amor, eu vou lá impedir aquilo. Eu já volto. – Disse, largando-o. – Hey, Valkyon! Para com isso. – Saphyre tentava impedir, em um tom discreto e preocupado com o que as pessoas poderiam pensar.

– Eu vou esganar um ainda hoje. – Respondeu, soltando Ezarel que caia tonto no chão.

– Você precisa se controlar, está maluco. – Saphyre dizia baixo, enquanto tentava pegar com força o braço que era 4 vezes maior que a mão dela. Valkyon apenas via a Taiga sorrindo logo ao fundo.

– Quem tá maluca é aquela garota que está se atracando com o Reyd! – Valkyon apontava com o queixo para Taiga, Saphyre virava para trás pra poder observar. Taiga e Reyd dançavam harmonicamente.

– Entendi.. Ciúmes? – Saphyre questionou sorrindo para Valkyon, que encarava-a irritado.

– E a culpa é sua de ter essa ideia de fazer um baile! Isso não vai dar certo! – Valkyon grunhia baixo de raiva.

– Taiga é espertinha, ela deve estar obtendo algumas informações.. Tá vendo que eles até pararam de dançar pra tomar bebida? Reyd adora beber... E vai ser bom pra gente. Ela pode estar jogando contra você, mas é o trabalho. – Saphyre tentava acalmá-lo.

– Você nunca viu o Reyd acesso. Quero só ver quando ele te pegar aí o que o Nevra vai achar. – Valkyon começava a discutir de tom igual pra igual com a loura.

– Mas também você não alivia! Taiga só quer fazer um jogo de ciúmes em você mesmo por merecer! Agora vamos só observar os dois. Eu, hein? – Saphyre saiu, mas não deixava de vigiar Valkyon. Ela parou para mirar ele, e fez um sinal de que estava supervisionando-o.

– Ai, essa loura! As ideias dela acaba prejudicando a mim! – Disse Valkyon.

– Valkyon quase esgana o Ezarel... Agora tenho que vigiar ele pra não babar o baile. – Disse Saphyre, chegando perto de Miiko, Kero, Leiftan e Nevra.

– Sabe o que eu acho? Ninguém vai conseguir segurar nem o Valkyon e nem o Reyd. Olha só pra ele. Mais um gole ele começará a dar um show. – Miiko observava Reyd.

– Cuidado com a Taiga também, ela pode não se dar conta do quanto tá bebendo. – Kero alertou. Saphyre ficava pensativa. Reyd e Taiga ficavam conversando e rindo, como se ambos não se conhecessem, embora que ambos sabiam quem era outro.

– Faz um bom tempo que eu não bebo assim, hein? Ai que delícia de drink. – Disse Reyd, mais solto.

– É... Eu também. – Disse Taiga.

– Você é solteira? – Flertava-a, fazendo-a sorrir.

– Claro que sou solteira. E você? – Disse enquanto olhava para o Valkyon logo ao fundo.

– Estou solteirão na pista. – Respondeu muito entusiasmado. Saphyre disfarçava ao chegar perto dos dois, fingindo pegar um ponche. Ela queria saber como o papo estava fluindo. Ela voltava até Miiko e compania, trazendo tudo que colhetou.

– Eu só ouvi flerte dos dois... Acho que isso não vai prestar. Me desculpe, amor... Vou ter que chamar atenção. – Disse ela, largando a taça de ponche na mão de Nevra. Ele, Miiko, Kero e Leiftan entreolharam-se, curiosos do que Saphyre faria.

Ela finge que está tonta, e esbarra em Taiga e Reyd, para chamar atenção.

– Ai, cuidado, loura! – Exclamou Taiga. Reyd apenas observava os seios de Saphyre que estavam bem comportados com o decote do vestido. Mas o que chamava mais atenção era o seu colar de safira.

– Ih.. Lá vem a pedreira. – Respondeu Saphyre. Reyd ainda observava o objeto.

– O que você quer? – Questionou Taiga, estranhando a presença dela.

– Que você dê um fora. – Disse, fazendo um sinal com uma de suas mãos, discretamente. Taiga então saiu, atendendo o pedido da loura. Valkyon de longe ficava aliviado, e piscou de leve para Saphyre em forma de agradecimento. A loura ficava distraída, enquanto Reyd chegava por trás de leve.

– Qual é o nome dessa moça tão linda? – Questionou no ouvido dela.

– O baile é de máscaras... E prefiro deixar meu nome também em segredo. – Respondeu friamente, enquanto foi a mesa para pegar um ponche outra vez.

– Eu adoro garotas que escondem seus mistérios. – Respondeu, ficando ao lado dela.

– Mistério? É só um baile de máscaras. Tenho que manter meu anonimato. – Disse antes de tomar um gole.

– Você não entendeu o que eu quero dizer... Quando eu adoro, eu pego fogo por dentro. – Reyd já demonstrava estar mais solto, ainda mais pela sua voz que não dava pra negar.

– Eu amo fogo. – Virou pra ele, enquanto balançava a taça. Sorriu de uma forma sedutora, o que fazia ficar louco.

Taiga avistava Miiko que acenou. Ela vai até a Kitsune.

– Chama o Zark, e manda ele encostar na Saphyre. Ela agora está com ele pra dar o papo furado. – Disse Miiko.

– Ok, aliás.. Olha o Zark na sua direção, Miiko. Vire. – Respondeu, surpresa por Zark aparecer.

– Que bom que chegou. Encosta na Saphyre, e espera a hora certa de agir. – Disse Miiko. Zark observava Saphyre e Reyd.

– Estou odiando isso tudo. – Nevra murmurou para Kero, demonstrando seus ciúmes. Ele apenas ficou em silêncio, observando os dois.

Após alguns minutos, Saphyre pernamecia lúcida, enquanto Reyd tagarelava para moça. Ao perceber que estava parado demais e olhando para os seios de Saphyre, passou agir como um verdadeiro sedutor.

– A gente permaneceu aqui parado e nem dançamos. – Reyd largou a taça, e tomou a de Saphyre para colocar a mesa.

– O papo estava interessante sobre os diamantes. Eu fiquei fascinada. – Disse ela,

– Ora.. Os diamantes vão aparecer, estamos na busca... – Ele dizia sem pensar, totalmente sob o efeito da bebida.

– Eu queria.. Usá-los. – Saphyre se passava por gananciosa.

– Eu te trago uma pedra pra fazer um colar lindo pra colocar nesse busto. – Respondeu, olhando descaradamente para esta parte. – Mas não é tão barato assim.. Sabe como é. – Reyd dizia de modo sedutor. Saphyre sentia muito nojo por que lhe lembrava de John.

– Claro... Claro... – Ela ficava desconcertada. Ela viu Zark mais próximo e se sentia segura. Ele piscou para Saphyre enquanto Reyd estava de costas.

– Ih.. Desanimou? Vamos tomar mais uma, vamos? – Reyd tentava fazer Saphyre beber vinho.

– Eu gosto do ponche de frutas. – Ela disse, recusando.

– Eu aaaamo vinho! Ei.. Vamos lá fora um pouco pra tomar ar? – Reyd pegou uma taça de vinho e o braço de Saphyre, indo para fora. Zark acompanhava os dois discretamente. Nevra ameaçava avançar.

– Calma... – Disse Kero. – Saphyre é sensata, ela vai conseguir se defender. O Zark vai estar na cola. – Continuou. Nevra ficava entre sair ou permanecer.

Saphyre se sentia um pouco receosa com as intenções de Reyd. Ele chegou até em um canto do jardim, e a colocou contra o muro.

– Posso tirar sua máscara, hein? – Disse ele, enquanto bebia a taça de vinho.

– Não! – Saphyre tentava impedir a mão dele.

– Poxa.. Queria ver seu rosto. Deve ser tão linda... – Reyd se soltava cada vez mais. Ela se sentia mais incomoda. Odiava o odor de álcool que vinha da boca dele. O hálito que ela não suportava.

– Não, eu disse. – Ela tentava se recuar, mas estava no limite. Reyd estava impaciente, e então derrubou o resto de vinho que tinha na taça, no busto da loura. Ela ficava sem entender.

– Desculpe, moça. Mas se quiser eu posso... Limpar pra você... – Reyd agarrava-a para sugar um pouco do líquido que havia jogado. Era um de seus jogos de sedução que mais gostava. Ele é surpreendido por Nevra em cima da tentativa daquele ato, puxando ele para trás. Reyd vira seu rosto e leva um soco em cheio.

– Nevra! – Ela exclamou com susto.

– Eu disse pra você tomar cuidado com este cara! – Resmungou, enquanto Reyd ficava no chão.

– Agora... O trabalho fica por minha conta, e o Leiftan vai limpar a memória dele fácil depois. – Zark pegava o ruivo pelos ombros, que estava totalmente tonto e sem lucidez. Saphyre olhava para seu estado.

– Que cara louco... – Disse ela, passando a mão nas partes do vestido que estavam úmidos.

– Você fez até demais, agora vamos que eu não estou gostando do baile. Não estou me diverti nada com você. – Nevra chamava-a para dentro, pegando na mão dela.

– Vou tomar um banho e deitar, estou enojada com o que eu ouvi desse cara! – Saphyre saiu em disparada e muito confusa e enojada, deixando Nevra para trás. – Eu te procuro depois, amor. – Disse enquanto caminhava. Miiko a recebia na porta, surpresa por ela estar com uma cara péssima.

– Tá tudo bem, Saph? – Miiko questionou enquanto segurava um de seus braços.

– Estou enjoada. Conversar com o Reyd é horrível. – Saphyre disse revoltada.

– Aquele cara é todo nojento. – Disse Taiga. – Ele adora fazer isso nas mulheres mesmo, eu só acho criativo. – Continuou.

– Eu vou tomar banho e ficar no meu quarto mesmo. Perdoem-me, mas eu estou enjoada. – Saphyre prosseguia a sua caminhada.

– Claro.. – Disse Miiko, concordando.

Nevra caminhava com uma ideia em mente, avistou a Taiga e perguntou da Saphyre.

– Já sei. Quer saber se a loura passou por aqui? Passou, acabei de vê-la entrar no banheiro. Ficou ensopada de vinho. Disse que está enjoada. Eu fico pensando se você engravidou ela. – Disse Taiga com toques de sarcasmo. Nevra não dizia mais nada, apenas avançou para o corredor dos quartos.

Ele entrou no quarto dele para caprichar no ambiente. Ele esquecia o mundo que estava lá fora. Acha que chegou finalmente a hora de ter uma boa noite romântica. Pensava em tudo, colocando velas na cômoda e nos criados mudos, e jogou pétalas de rosas vermelhas em cima da cama que tinha lençóis brancos. Também ele jogava no chão, logo na entrada do quarto. Havia trazido também consigo uma vasilha de morangos e chantily. O seu modo romântico de ser surpreendia a ele mesmo. Nunca havia elaborado um ambiente daquele para nenhuma outra mulher. Ele se garantia em qualquer ambiente, porém com Saphyre fazia questão de ter outra forma de conquistá-la. Após acabar, foi atrás dela. Ele avistou-a de roupão entrando no quarto, porém impediu-a de dar mais um passo. Ele tapou os olhos dela com as mãos, a fim de mostrar a surpresa.

– Você não vai deitar de maneira alguma. – Disse ele. Saphyre pegava nas mãos dele, um pouco assustada.

– O que você vai fazer hein? - Questionou curiosa.

– Diga mais nada. Vamos ter a nossa noite juntos, longe de todos. A nossa parte da missão por aqui acabou. O canalha do Reyd nessas horas deve estar com a memória recente apagada. – Respondeu, dando um beijo no ombro dela. Ele havia pegado um lenço para cobrir os olhos dela, e amarrou-a na cabeça. – Venha. – continuou fazendo Saphyre caminhar na sua frente. Ele aproveitava aquele momento de demonstrar que estava totalmente aceso.

Ao chegar no quarto, Nevra fechava a porta de costas, e trancou a mesma com uma mão só. Com a outra ele ainda tocava no ombro Saphyre. Orientou-a para sentar no grande sofá branco, que tinha a mesma largura da cama. Ele tinha acento confortável, podendo até deitar nela tranquilamente. Ela hesitava em tirar a venda, mas foi impedida.

– Não. Você não vai tirar. Faz parte da surpresa. – Disse enquanto a fazia se confortar, deixando o tronco dela chegar até ao encosto almofadado do sofá. Ela cruzava as pernas e arrumava seu roupão. Após isso pousou suas mãos na beira do assento, um pouco nervosa do que viria acontecer. Nevra ajoelhou-se após pegar a tigela de morangos. Ele pegou um e mergulhou no outro canto da mesma que continha chantily. Colocou na boca dela, que hesitava em comê-la. Ao sentir a espuma doce do Chantily, ela abriu a boca, sentindo a surpresa da fruta. Ela mastigava o morango, de um jeito que era irresistível para Nevra. – O que você preparou, hein? Eu estou até com medo. – Saphyre dizia entre risos que escondia seu nervosismo.

– Por enquanto, vai sentir algumas sensasões, mas sem a visão. Vamos dizer que era exatamente assim como eu me senti quando te vi. Você tem a beleza que preenchia todos os meus sentidos, até finalmente chegar ao tato ao poder sentir sua pele. – Declarou, de modo poético. Ela se suspreendia com aquelas palavras. Ele tirava a sua blusa e seus sapatos, ficando apenas com a calça preta. Saphyre ouvia os movimentos. Dava-lhe um frio na barriga, pois no fundo sentia no que isso ia dar. Ela também desejava aquele momento, não havia como escapar... Era inevitável.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Cristal e o Diamante" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.