O Cristal e o Diamante escrita por AlessaVerona


Capítulo 15
O incêndio




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ambiente muito claro, com paredes todas brancas e sofás longos da mesma cor para combinar com a monotomia. Leiftan sentou-se em uma poltrona branca e arrastou até em frente ao sofá.

– Pode deitar nesse sofá. – Disse ele, olhando pra Saphyre que ficava receosa.

– Ok... – Respondeu. Deitou-se, com a cabeça na altura de onde Leiftan estava sentado com a poltrona.

– Você é só ilusionista? – Perguntou, olhando para ele que sorria.

– Eu sei... Manipular mentes... Isso quando eu estou com força total. Como você conseguiu nos trazer estes recursos, eu tenho mais forças. Mas eu nunca achei isso vantajoso pra mim. Não gosto de mudar a realidade das pessoas... – Respondeu, inclinando seu corpo para mais perto dela.

– Eu entendo. – Disse ela, surpresa e admirada.

– Feche os olhos, e relaxe... – Orientou Leiftan, enquanto ela fazia tudo que pediu. Leiftan coloca uma de suas mãos delicadamente na testa de Saphyre, ativando a sua energia para criar situações ilusórias, como se ela tivesse usado seus poderes.

– Eu vou manipular uma situação de treinamento, e estimular a sua mente soltar os seus poderes. – Ele disse por telepatia.

Miiko e Kero entravam na sala, silenciosamente, porém Leiftan percebia a presença deles e não se desconcentrava. Eles olhavam aflitos, esperando que desse certo.

– Tomara que dê certo. Saphyre é nossa esperança. – Miiko sussurrou para Kero.

– Ainda eu vejo uma fragilidade nela. Temos que tomar cuidado quando colocarmos pra enfrentar o Reyd e o Diamond na cara dura. – Kero respondeu, no mesmo tom de Miiko.

– Oracle deu um colar pra ela... Acha que ela está prestes a morrer? Nunca. – Miiko rebateu aos argumentos de Kero.

– Mas não sabemos ao certo se ela está protegida assim. – Kero voltou aos seus argumentos, porém foi interrompido pela forte respiração de Saphyre, tendo reações.

– Deixe sua mente limpa. Deixe a sua mente limpa. Eu cuido dela até eu avisar que acabou. – Leiftan tentava acalmá-la.

– Eu... – Saphyre respondia em pensamento, mas sua mente foi controlada. Luzes azuis saiam de seu corpo, e formavam uma esfera grande no ar. Aparentemente eram seus poderes. Miiko e Kero sentiam a força daquela habilidade, recuando-se. A esfera explodia em vários brilhos, até desaparecer completamente. Saphyre perde a consciência, em razão do esforço gerado sobre sua mente. Leiftan tira sua mão em Saphyre, respirando ofegante.

– Acabou? – Kero perguntou, aproximando-se de Leiftan para dar assistência.

– Sim... – Repousou seu tronco no encosto da poltrona. Deu um grande suspiro, olhando para Saphyre.

– E deu certo? – Perguntou Miiko, aproximando-se da poltrona de Leiftan.

– Deu. É um esforço mental muito grande para controlar seus poderes. Nunca vi tanta intensidade... Chega a ser preocupante. – Lamentou Leiftan. Inclinou o seu corpo para ver se Saphyre estava bem.

– Ai... – Murmurava de dor. Seus olhos abriam, vendo tudo turvo e girando.

– Está bem? – Perguntava, enquanto Saphyre tentava ficar sentada no sofá, com muito esforço. Leiftan ajudava-a pegando em sua mão, e acabou sentando ao lado dela.

– Estou um pouco tonta. – Colocou sua mão a testa, reagindo ao mal estar.

– Vai passar. Você precisa treinar mais vezes. Seus poderes são muito fortes. – Avisou Leiftan, que passou seu braço atrás dela.

– Creio que acostuma. Você precisa ficar com a gente em uma parte do dia, para fazer seus treinamentos. – Disse Miiko, sentando-se ao lado dela. Tinha enorme vontade de ajuda-la.

– Eu vou lá... Perdi a minha paciência agora! – Exclamou Nevra, que estava na sala de sua equipe, muito impaciente.

– Relaxe, cara. Você é pior que namorado. Parece que casou com a Saphyre. – Zark bateu suas mãos nos ombros dele, debochando de seu nervosismo.

– Eu me preocupo muito com ela. – Respondeu de jeito áspero. Cruzou seus braços e saiu andando de um lado para o outro.

– Ela volta logo... Ou não... Pode ser complicado. – Respondeu Kayron, tentando tranquilizar.

– O problema mesmo é ela estar com o Leiftan... Ele não gosta que homem nenhum encosta nela. – Disse Naoki, entre risos.

– Aí é difícil. Todos querem arrancar um pedacinho dela. Chegaram aos meus ouvidos que o Leiftan ficou todo apaixonadinho. – Disse Zark, rindo muito com seu irmão.

– Vocês conseguem ser insuportáveis! – Nevra bufou, sentando no sofá muito emburrado.

– Esse aí um dia perde o controle se ela sair sozinha... - Zark murmurou, enquanto mexia na mesa dele.

[...]

A luz do sol foi substituída pela luz da lua e com muitas estrelas. Taiga aproveitava a noite para caminhar pela floresta, pensando na noite quente que havia passado com Valkyon. Ainda tinham marcas de seus corpos por onde ela estava com ele no seu primeiro ato de amor.

– Como você me conseguiu, seu bruto? Tomara que as cicatrizes fiquem para toda vida. – Disse alto. Ela olhava para todo o cenário por onde ficou com Valkyon, sentindo muita falta. Ainda era perceptível o cheiro de amor que eles exalaram por alí.

– Oh... Você por aqui. – Valkyon abordou-a, deixando assustada.

– Você agora pegou jeito de me perseguir, ou o quê? Virou o Sombra? Então tá na guarda errada. Porque não vai com a Saphyre pra ela cuidar de você? – Taiga atacou-o, um jeito dela de expressar que estava adorando a presença. Ela sabe que qualquer discussão era terminada com beijos ferventes.

– Você sabe muito bem que não pensa assim. Eu não tenho nada a ver com a Saphyre. Quer que eu explique de outro jeito? – Disse Valkyon, desafiando-a com um olhar intimidador. Taiga abaixou a cabeça. – Tá vendo? – Aproximou-se mais dela, fazendo que ela sentisse mais calor. Sentia uma leve recaída, mas não conseguia admitir.

– Você é um sonso! – Empurrou-o agressivamente, entre seu grito.

– Você deveria deixar essa sua agressividade para outra coisa. – Revidou, colocando a pequena contra o tronco de uma das coníferas que havia em volta. Abriu as pernas dela, colocando as coxas em volta de seu quadril. Taiga mais uma vez fincava suas unhas nas costas de Valkyon, arranhando-o na superfície machucada dele. – Vai... Arranha mais enquanto eu faço a mesma coisa que eu fiz aqui com você ontem de noite...- Sussurrava, entre mordidas no na orelha de Taiga, fazendo arrepiar e contorcer-se. Reagia arranhando ainda mais as costas de Valkyon, fazendo soltar ar de dor. – Só por você ser tão má... Quero outra coisinha. – Disse com sorriso de canto.

– O que você quer? Que eu arranhe seus glúteos? – Ironizou Taiga, entre risos. Valkyon virou a de costas pra ele, para que ela pudesse entender o que ele queria. – Você sabe o que eu quero. – Disse, colocando dedos entre os glúteos.

[...]

Em Eldarya, caminhava o Reyd, muito decidido do que faria. Seu semblante era visto e muito claro com a luz da lua. Seus olhos expressavam vingança. Nenhuma outra palavra descreveria a sua vontade. Dessa vez ele não vestia sua armadura, e sim uma camisa branca desabotoada, exibindo seu físico impecável, e uma calça preta. Prendeu o seu cabelo com rabo de cavalo, deixando apenas a sua franja evidente em seu rosto. Reyd poderia ser o exemplo da descrição da beleza. Sempre foi admirado por mulheres, porém o seu jeito sádico deixava todas longe. Ele sempre preferiu ser temido do que ser amado.

– Vamos lá, Reyd. Vamos mostrar o caos! – Murmurava para si, com sorriso sádico nos lábios. – Espero que todos sintam a minha falta. – continuou, com doses de ironia. Pegou um isqueiro em seu bolso. – Grande criação de um primata: fogo... Como eu adoro esse elemento. Um pouco de fogo, sadismo e loucura: a melhor fórmula para um caos! – Sorria ao fazer faísca. – Mais sábio ainda foi quem fez um isqueiro tão belo como esse... Assim os loucos fazem loucura instantânea. – Sorria para o isqueiro artesanal, um dos objetos que ele mais gostava.

Ele entrou em um centro de comércios artesanais, onde muitas mães e pais de família trabalhavam, levando muitas vezes crianças para poder ajuda-los. Aquele lugar era muito movimentado, e muitas vezes a noite era muito mais. Caminhava como se fosse um dos clientes, olhando de mercadoria a mercadoria, mas também não deixava de averiguar se o local estava muito fechado.

– É... Há apenas duas entradas nesse lugar... Gostei... Vou tentar fazer chamas agora. – Pensou, pegando seu isqueiro enquanto ninguém notava. Escondeu-se entre os pilares. Tirou um pequeno pote de líquido inflamável do seu bolso, e jogou o conteúdo dela no chão, perto de algumas decorações. Depois de despejar tudo, pegou um de seus charutos e fingiu que iria fumar. Enquanto isso, Mery corria atrás do seu Crylasm que acabara de fugir. Ele foi na mesma direção por onde Reyd se encontra. Ele avistou o ruivo, enquanto ele acendia seu charuto.

– Aqui não pode fumar! – Exclamou Mery, enquanto pegava seu Crylasm que havia escapado.

– Eu não sabia... Eu vou... – Deixou seu charuto cair de propósito, abrindo uma pequena chama.

– Fogo!!! – Gritou Mery, saindo correndo desesperado com o Crylasm no colo. Reyd corria enquanto as chamas começavam a consumir tudo que estava ao seu redor. Todos que estavam presentes começavam a se desesperar. O ruivo sorria sadicamente, enquanto saia a tempo... As chamas consumiam rapidamente os objetos, fazendo muitas pessoas ficarem sem saída.

– Ai meu deus! Socorro. A minha mãe está lá! – Gritou o menino para um dos senhores que passavam em frente. Muitas vítimas com crianças daquela tragédia conseguiram sair desesperadas. Eles gritavam muito, sem esperanças de que todos saíam vivos.

– Minha nossa senhora, este lugar vai explodir! – Exclamou um senhor de idade, que aparentemente não tinha forças para resgatar sequer uma vida. Várias pessoas aos poucos ficavam atonitos com o que acontecia. O fogo cada vez se tornava maior.

– Não! - Mery saiu correndo até o Grande Castelo, a Sede de Eldarya. Ele sabia que eles eram os únicos a ajudar no resgate.

[...]

Saphyre estava à procura da sua sabali, olhando em volta do jardim daquele castelo. De longe via Mery correndo em sua direção, desesperado.

– Saphyre!!! Socorro. Está tendo incêndio! – Mery agarrava as grades do portão, desesperado, enquanto com a outra mão segurava o crylasm.

– Onde? – Questionou Saphyre, enquanto Jamon abria o portão.

– No comércio. Rápido! A minha mãezinha tá lá. Eu não quero que ela morra. Socorro, Saphyre! – Mery chorava, pois cada segundo gerava mais desespero. Ele agarrou uma das pernas de sua nova amiga, desesperado.

– Eu vou lá. – Saphyre saiu correndo, impulsionando mais a força nas pernas, quebrando todos os limites físicos. De longe já era visto uma grande fumaça entre a iluminação que deixava um pedaço do céu alaranjado por conta das chamas, deixando-a horrorizada com a gravidade. Ela via a multidão de pessoas como se fossem obstáculos, empurrando-as para um lado até chegar mais perto do local em chamas. Ela parou seus passos e passou a respirar ofegante, muito aflita. Ela pegou o pingente de seu colar.

– Proteja-me, Oracle. – Murmurou Saphyre, entre respirações ainda ofegantes. Ela estava prestes a dar o primeiro passo.

– Não vá, moça! – Dizia uma senhora, impedindo a passagem de Saphyre.

– Eu sei o que estou fazendo. – Desviou dela, correndo até a entrada do local. A grande fumaça gerava dificuldades, mas Saphyre apenas pensava no sofrimento de todos.

– Tem uma senhora lá ainda. Conseguimos tirar todos, mas tem uma ainda presa nos destroços. – Informava um senhor para alguns homens que tomaram coragem de resgatar as vítimas, aquele senhor saía com uma criança no colo. Saphyre ouvia o comentário, e também ouviu um grito que poderia ter vindo do andar de cima.

– Socorro!!! Mery, meu filho, cadê você? – Gritava em pânico, procurando pelo seu filho. Era uma jovem loira de olhos verdes. Estava em estado de pânico, ainda mais por não ver seu filho.

Sem pensar duas vezes, Saphyre penetrava-se no lugar, desviando de objetos que estavam pendurados no alto.

– Moça, onde pensa que vai? – Gritou um homem, querendo impedir Saphyre percorrer por alí. Ela apenas ignorava, tentando achar as escadarias para chegar ao segundo andar.

Jamon entrava no castelo, querendo informar a notícia quente daquela noite. Miiko estranhou a expressão de seu empregado.

– Jamon, chame todos para o jantar. – Disse ela, ignorando o olhar de espanto.

– Senhora... Está tendo um incêndio no centro comercial de Eldarya. Jamon tá sabendo. – Informou, deixando Miiko desesperada.

– Quê? Agora isso? – Ela colocava sua mão ao peito.

– O que foi? – Perguntou Leiftan. Nevra e Kero também apareciam no corredor.

– Um incêndio! – Miiko saiu correndo, desesperada.

– Incêndio? – Leiftan questionou assustado.

– Incêndio no Centro Comercial. Jamon viu Mery pedindo ajuda pra Saphyre, e ela saiu correndo. – Deu mais detalhes.

– Caramba! – Exclamou Nevra, desesperado pela Saphyre ter ido ao incêndio.

– Isso não vai acabar bem. – Disse Leiftan, saindo correndo logo atrás de Nevra. Kero também saia correndo, a fim de proteger Miiko.

A mãe de Mery pegava seu lenço e cobria sua boca e nariz, amarrando-a na cabeça, a fim de proteger-se da inalação de fumaça. Enquanto isso, Saphyre encontrava-a.

– Dê sua mão! – Saphyre chegava até a mãe de Mery, muito ofegante e tossindo muito por causa da fumaça.

– Onde está meu menino? – Disse com voz embargada. Ela sacudia os ombros da Saphyre, em pânico. Chorava muito.

– Ele saiu e está bem. Ele conseguiu se salvar a tempo. Venha, vamos acabar pulando a janela. As chamas consumiram todo o andar de baixo. Ou pulamos agora, ou não pulamos mais. – Saphyre puxava a moça contigo, que estava aliviada e muito feliz por saber que seu filho estava bem. Ela tentava abrir o vidro da janela que vinha do chão até o teto. A trava da janela estava enferrujada, sem algum jeito de destravar e abri-la – Eu não consigo abrir a Janela. Vamos ter que quebrar esse vidro! – Disse enquanto batia no vidro com toda força, mas era em vão. A mãe de Mery procurava por algum objeto para quebrar o vidro.

– Eu vou achar algo. – Ela tentava olhar em volta, mas a fumaça chegava ao andar onde estava.

– O fogo vai chegar até a altura do pé direito! Temos que ir logo antes que a laje caia! – Saphyre exclamava, enquanto batia no vidro.

Miiko, Nevra, Leiftan e Kero chegavam até o lugar. Ficaram horrorizados com as chamas consumindo o primeiro pavimento.

– Meu deus do céu! – Disse Miiko, já pensando quem seria o autor daquela tragédia. Seus olhos enchiam de lágrimas, muito sentida.

– Onde está a Saphyre? – Perguntou Nevra, olhando para todos que estavam ao seu redor, a fim de achá-la.

– Uma moça loira de olhos azuis que vestia tudo preto? Se for, ela está tentando tirar uma moça que ficou presa no segundo pavimento. – Disse a mesma senhora que queria impedir a entrada de Saphyre.

– Não temos mais outro jeito de salvar mais ninguém. As chamas tomaram conta. – Dizia um senhor após colocar uma criança no chão, conversando com outros homens.

– Que droga! – Exclamou Nevra, dando a volta para os fundos do edifício, a fim de procurá-la. – Vamos arrumar um jeito de entrar por outro lado. – Disse, enquanto corria para chegar ao outro lado do edifício.

– Vamos todos juntos. – Leiftan chamou por todos, indo atrás de Nevra.

– Achei um vaso! – Disse a jovem, trazendo o objeto até Saphyre.

– Ótimo, vamos bater nesse vidro aqui. – Jogou o vaso com força, causando várias e grandes rachaduras. O vaso que era de porcelana se despedaçava e caia no chão em estilhaços.

– E agora? – A jovem disse com voz trêmula, muito desesperada.

– Vou quebrar isso com força. O vidro rachou todo, se empurrarmos nós poderemos sair. Proteja o rosto e meta o cotovelo no vidro. – Saphyre pegou a mão da moça, enquanto protegia seu braço com a capa do seu traje. A jovem hesitava com a ideia.

– Mas vamos nos machucar. Não é perigoso cairmos com os cacos de vidro? – Disse a jovem, amedrontada.

– Não. Com o impacto a gente pode cair pra trás... Vamos... - Respondeu, encorajando-a.

– Tudo bem. – A jovem concordava, e apertou firme a mão de Saphyre.

– Um... Dois... Três! – Saphyre e a jovem corriam para pegar o impulso e jogaram seus cotovelos no vidro, quebrando a janela inteira perfeitamente. Elas brecam e caem para trás. Ambas abrem os olhos lentamente ao levantar-se. Saphyre acabou se ferindo na cabeça e no braço, porém não percebia e também não sentia a dor pelo desespero ser maior que isso.

– E agora, como vamos pular? – Olhava para baixo. Havia pouca fumaça, por não haver janela na parte inferior. Havia apenas grama e cacos de vidro espalhados. Nevra, Leiftan, Miiko e Kero chegavam até a parte do fundo do edifício, e avistaram-as.

– Saphyre! – Gritou Nevra, com olhos arregalados de desespo ao ver o sangue escorrer pelo pescoço, vindo do canto da testa ferida da loura.

– Precisamos pular! – Ela respondeu, com muita pressa. Aparentemente não aguentava mais após o alto gasto de energia. A fumaça a fazia perder o oxigênio.

– Pule em mim, eu te pego! Não é tão alto. – Nevra se prontificou, aproximando mais do edifício para poder pegá-la. Leiftan e Kero faziam o mesmo para pegar a mãe de Mery. Saphyre pulou com os olhos fechados após a mãe de Mery ter feito o mesmo. Nevra pega Saphyre e agacha com o impacto da queda, colocando-a na grama em segurança. Ambos respiravam ofegantes. Saphyre mais ainda, entre tosses em reação da inalação de fumaça. Ela mira no semblante assustado de Nevra, com seus olhos entreabertos que aos poucos se fechavam, perdendo a inconsciência nos braços dele.

– Saphyre. – Ele reanimava-a, com a ajuda de Kero e Miiko, enquanto Leiftan ajudava a jovem se levantar.

– Precisamos levá-la. Ela inalou muita fumaça. – Disse Miiko, ajudando Nevra a acudi-la.

– A respiração dela está ficando fraca... – Nevra disse apavorado, depois de aproximar seu rosto para sentir a respiração de sua amada. Kero e Miiko entreolharam-se, preocupados.


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