A Nova Uchiha escrita por Mrs Fox


Capítulo 27
Epilogue


Notas iniciais do capítulo

shiromuku: Vestido de noiva tradicional japones, na recepção a coloca um kimono colorido
montsuki: kimono tradicional do noivo
hakama: calça tradicional masculian na cerimonia de casamento japonesa
wataboshi: O chapéu wataboshi é usado durante a cerimônia religiosa
tsunokakushi: é o enfeite de cabelo usado durante a recepção de casamento
okobo:tamanco de madeira
tsuma: esposa
otto: marido
Koishiteru: Ele é usado quando você quer dizer para a pessoa que realmente ama, que você quer permanecer com ela para toda a sua vida, que você se compromete a aceitá-la na extensão dos seus defeitos para o resto de sua vida
sobre a aliança: na cerimonia xintoísta de casamente não se tem a aliança, mas hoje em dia esse costume foi inserido, sendo entregues pelo melhor amigo do noivo

Olha pessoas, esse foi o capítulo mais longo de tida Fic, além do mais trabalhoso de escrever, pois tive de fazer muita pesquisa, e se caso algo estiver em desacordo com as tradições japonesas é culpa do google, kkkkkk

A primeira one bônus da Fic está sendo planejada para quarta- feira, isso se eu conseguir escrever tudo, é claro. O nome será "Com sua Permissão", então fiquem ligadas.

Vou deixar os agradecimentos para as notas finais, então por favor leiam. Tentei revisar o cap, mas ainda assim desculpa pelo erros e boa leitura! :)



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– Eu não imaginei que fosse ser tão pesado. - disse Sakura enquanto Ino arrumava mais uma camada de saia pra seu vestido de noiva.

– Eu te disse que era pesado, - Ino respondeu rindo enquanto ajustava o caimento do tecido - você podia ter optado por um kimono mais elaborado como o de Hinata do que uma roupa tão tradicional como o shiromuku.

– Mas o Sasuke-kun disse que todos os casamentos do clã que ele tinha ido quando pequeno as noivas usavam vestimenta tradicional. - ela justificava mais uma vez a sua escolha.

– Isso só porquê você foi perguntar, e mesmo assim ele não te mandou usar, só respondeu a sua pergunta.

Sakura se calou, de certo modo sabia que Ino tinha a razão, a um pouco mais de um mês tinha mandando uma carta a Sasuke, por um gavião este havia lhe mandado com notícias, perguntando se ele se lembrava qual tipo de vestimenta era usado nos casamentos do Clã Uchiha, sua resposta tinha sido um simples "Tradicional.", e por esse motivo tinha optado por aquela roupa. Ino olhava aliviada para a amiga, pensando em como esse casamento tinha chegado em boa hora, já que os preparativos tinham tomado tanto tempo da amiga que essa não se afundou em culpa por causa da cura que tinha matado o exército mais de um mês atrás.

– Como estão as coisas por aqui Ino? - a mãe de Sakura entrou no quarto trazendo a última camada da roupa, um kimono branco bordado com uma linha cintilante, perfeitamente passado nos braços.

– Acho que bem Mebuki-san, só preciso colocar mais uma camada de saia.

– Ótimo, - a senhora colocou o tecido em cima da cama e voltou a olhar para filha, sorriu tão terna e feliz pela filha que agradeceu por essa não está prestando atenção, tinha certeza que caso Sakura a encara-se cairia em lágrimas - temos que deixá-lá impecável.

– Pena é imaginar que estamos horas arrumando camadas e camadas de tecido pro Sasuke tirar tudo em cinco minutos. - Ino disse maliciosa.

Sakura ficou vermelha ao ouvir a brincadeira da amiga, e mais ainda quando sua mãe riu junto da loira. Nos últimos dias esteve tão ocupada con a organização do casamento que os únicos momentos que pensava na noite da núpcias era quando Ino fazia alguma brincadeira ou nos momentos em que se encontrou com Sasuke, sendo mais específica depois que se separava dele, já que juntos ela não via o porquê de esperar até o casamento.

– Agora falando sério filha, não irei te enganar, irá doer, por isso não tenha vergonha de pedi para ele ir mais devagar.

– Okaa-san, eu sou médica, sei de tudo isso. - ela falou tentando desconversar.

– Também sou médica Sakura, - falou Ino - mas é diferente a teoria da prática, Sai mesmo leu vários livros mas no início era um pouco atrapalhado, e eu não ficava muito atrás. Por isso mostre pra ele o que você gosta e o que não gosta caso precisar.

– Ino, você já me disse isso diversas vezes, vamos nos concentrar no meu vestido?

– Mas a Ino está certa Sakura, se você não falar ele nunca vai saber do que você gosta, e com ele é da mesma forma. É fundamental pra um bom casamento ter bastante diálogo, - Mebuki a aconselhou - e pra uma boa vida sexual também.

– Okaa-san! - Sakura colocou as duas mãos no rosto para esconder sua vermelhidão, enquanto as duas riam da sua cara.

– Sakura querida, agradeça esses tempos na época de sua obaa-san ela não podia conversar tão abertamente comigo nem me dá concelhos, o que me deixou muito assustada na época, mas hoje os tempos são outros, tudo é mais simples. Mas uma coisa eu te digo: nunca abra mão do seu orgasmo.

Sakura teve de se apoiar na cadeira ao seu lado para não cair, quando olhou para o espelho viu seu rosto tão vermelho quanto o de Hinata, Ino gargalhava ao seu lado com as bochechas rosadas pelo comentário de Mebuki.

– Acho que eu preferiria esses tempos. - falou, e se juntou as outras duas na risada.

De repente Ino coloca ambas mãos em cima da própria boca e sai correndo apressada pelo quarto, Sakura olhou assustada para sua mãe que parecia tão perdida quando ela. De onde estava pode ouvir o barulho de Ino vomitando no banheiro, quando esta voltou para o quarto não parecia doente, o que Sakura estranhou.

– Ino, você está bem? - perguntou preocupada com a amiga.

– Estou sim, apesar de não saber como me acostumar com os vômitos. - ela falava mais para si que para Sakura.

– Se acostumar? Você está doente? - se sentiu culpada por não ter dado descanso a amiga que a ajudou com o casamento.

– Sakura, - sua mãe a chamou a atenção, com uma expressão serena no rosto - não acho que Ino esteja doente, não é mesmo? - a mulher sorriu ao olhar para a loira.

– Hai, Mebuki-san. - ela disse enquanto acariciava a barriga com a mão.

– Então... - Sakura sentiu seus olhos se arregalarem e seu queixo cair. - Ino você está grávida! - gritou fazendo a outra rir.

Mebuki se levantou e a abraçou parabenizando a gravidez, Sakura foi fazer o mesmo mas no momento que estendeu os braços para a amiga foi impedida pela mãe que disse para ter cuidado com o vestido, por isso ficaram ambas de frente uma para outra com as mãos dadas.

– Mas você não queria engravidar só no próximo ano?

– Bom, talvez eu tenha esquecido de tomar a vacina nesse último mês. - ela sorriu sem graça para Sakura.

– Ah, mas que médica cabeça de vento é você? - Sakura riu da careta de Ino - Como Sai reagiu quando soube que irá ser um Otou-san?

– Ele ainda não sabe, descobrir só faz três dias, e eu fiquei tão ocupada na loja vendo as flores do seu casamento que não tive tempo de falar.

– Gomen Ino, eu não queira… - Sakura tentou se desculpar.

– Não seja boba Sakura, - interompeu Ino - eu também estou pensando numa boa forma de contar isso para Sai.

– Quantas semanas Ino? - perguntou Mebuki.

– Estou na terceira semana de gestação.

– Meus parabéns, você vai descobrir que a maternidade é maravilhosa, e em outros momentos - ela olhou para Sakura - envolve camadas e mais camadas de tecido. Venham, vamos logo acabar com isso que eu quero netinhos.

– Okaa-san! A senhora por favor pode para de falar isso?

– Fique quieta Sakura, - reclamou Ino - vou começar a arrumar seu cabelo.

~#~

– Você sabe, Hina-chan poderia ter ajudar com isso. - falou Naruto observando Sasuke se vestir.

– Não sou um baka como você para não saber vestir um montsuki corretamente.

– Sim, mas você tem que colocar ele dentro da hakama e com um braço só deve ser difícil.

Sasuke bufou, ativou o braço mecânico de seu Susanoo e começou a arrumar o tecido por dentro da calça, se divertindo com a cara de Naruto, que o observava destruir seus argumentos sobre Sasuke se recusar a receber ajuda. Estavam ambos em um dos quartos de visitas da nova casa que tinha sido comprada por Sakura, desde que tinha voltado da sua missão Sasuke dormia alí, mesmo que já mante-se seus pertences no quarto principal, quando foi questionado pelo o amigo sobre o porquê de não estar no futuro quarto do casal, explicou que Sakura tinha deixado tudo milimentricamente organizado antes mesmo de sua chegada e preferia o quarto de hóspedes para evitar mexer algo que não deve-se ser tocado, além que era grande demais para uma pessoa só, o que convenceu Naruto. Mas aquela não era a verdade, Sasuke desde pequeno tinha sido educado para ser organizado e isso não tinha mudado, inclusive tinha mantido a limpeza da casa desde que chegara.

Não dormia no quarto de casal porquê se sentia nervoso, a casa toda em si era tinha o deixado inquieto ao princípio, não que tivesse desaprovado a escolha de Sakura, pelo contrário, sua noiva tinha escolhido justamente aquela que mais tinha lhe agradado antes de sair para a missão, grande e confortável, além de reservada, mas depois de um tempo tinha se acostumado. Porém aquele cômodo carregava toda a responsabilidade de se tornar um homem casado. Alí, mais do que qualquer lugar da casa seria dedicado somente a ele e Sakura, um lugar que sabia ser tão exclusivo que nem ao menos se lembrava das poucas vezes que tinha entrado no quarto dos pais. Engoliu seco enquanto buscava o par de meias brancas, saber que estava dando o primeiro passo para ter uma família o deixava feliz, mesmo que com uma sensação de peso no estômago.

– Sasuke, por que a Sakura-chan resolveu fazer uma casamento mais tradicional? - perguntou Naruto - É muito cansativo vestir essas roupas.

– Se você queria saber isso Naruto devia ter perguntado a ela e não a mim, e são só roupas Naruto, não à nada de complicado nisso. - mas ele concordava com o amigo.

Sasuke desconfiava que o porquê daquilo teria sido sua resposta sobre os casamentos do seu clã, admirava a escolha de Sakura de fazer a cerimônia de casamento de acordo com os costumes do Uchihas, mantendo assim, a cultura de sua família viva.

– Sasuke. - Naruto o chamou mais uma vez - O Kakashi-sensei também te deu aquele presente de casamento adiantado? - o moreno desviou os olhos do haori com o símbolo Uchiha para o amigo sentado na cama, vermelho de tanto prender o riso.

– Sim. - Naruto caiu na gargalhada enquanto Sasuke continuava a se arrumar ignorando o outro.

– Você leu?

– Não.

– Vocês gostou?

– Não.

– Como você pode não ter gostado se não leu, hein teme? - Sasuke se xingou mentalmente pelo deslize.

– Cala boca dobe. - com a falta de negação, Naruto voltou a rir.

Dois dias após sua chegada à quase um mês, Kakashi tinha ido até a sua casa e lhe dado um pacote de presente, mais tarde quando abriu viu que se tratava de uma coleção completa de Icha Icha. No momento que viu o presente bufou e jogou em um canto, mas a falta do que fazer aliado a curiosidade repentina e sem lógica no julgamento de Sasuke o fez ler todos os três livros alguns dias depois. No final ele não gostou das histórias, achou toda exageradamente românticas, de personagens femininas sem graça e homens que viviam de forma ridícula, concluindo que definitivamente aquilo só era vendido pelas cenas de sexo. Eram livros escritos por um pervertido para um público igualmente pervertido.

– Sabe, Kakashi-sensei também me deu os livros um mês antes do casamento, quando eu viajei com o Ero Senin tinha achado o livro tão chato, mas eu tava tão nervoso que acabei lendo e achei as partes com sexo bem fáceis de entender e explicativas também, alías Sasuke, você está nervoso?

– Naruto, - Sasuke se virou com uma expressão fechada no rosto - suma daqui.

– Ora, mas eu estou fazendo companh…

– Naruto! - Sasuke foi até a porta a abrindo com força. - Pra fora. Agora!

– Tá bem, tá bem. - o loiro se levantou com as mãos pousando despreocupadamente na base do pescoço - Eu tenho que ir mesmo, acho que a Hinata-chan já deve estar pronta agora. Até mais tarde, e tente se acalmar teme.

Sasuke bateu a porta assim o outro passou por esta.

~#~



Sakura levantava discretamente a saia do vestido enquanto andava em direção a carruagem simples de madeira que os aguardava na saída do templo, sua okaa-san lhe dava uma mão para ajudar na caminhada pelas grande pedras fincadas no chão. Estava calor, o sol do início da tarde aquecia as camadas do tecido, porém por ainda ser primavera era uma sensação levemente desconfortável, até mesmo porquê um dos sacerdotes carregava uma grande sombrinha vermelha em cima de sua cabeça e a de Sasuke. Sasuke…

Durante toda cerimônia ele tinha se mostrado a pessoa reservada de sempre, face calma, expressão que só foi alterada quando Naruto, como melhor amigo do noivo - e até da noiva - , foi levar as alianças correndo, fazendo muito barulho e um enorme sorriso no rosto. Mas cada vez que seus olhos se encontravam com os seus uma onda elétrica parecia percorrer o seu corpo, diferente de todos os outro olhares que Sasuke já havia me lançado este era diferente. Um misto de ternura, desejo e até satisfação entrava nela como se seus sentimentos estivessem sendo passados para mim por um genjutsu ou telepatia ocular.

Quando foi subir o pequeno degrau de madeira até seu assento, Sasuke estendeu o braço que o usasse de apoio, aceitou de bom grado, sentindo um tensão diferente conforme a mão se fechava por cima do haori, não que nunca tivesse o tocado, longe disto, porém cada gesto, cada olhar daquele dia em particular parecia trazer uma estranha eletricidade e reação em seus corpos. Se sentaram lado a lado enquanto se moviam pela vila, observavam as ruas sentido pela primeira vez a importância da cerimônia anterior, agora perante os deuses estávam casados, juntos como duas almas que desde criadas estavam predestinadas a passarem a eternidade em união. De repente uma das rodas da carruagem passou por uma pedra os fazendo pular um pouco,Sakura levou imediatamente a mão até seu chapéu branco afim de segurar o cabelo no lugar, já que queria evitar ao máximo Ino reclamando por ter sua obra de arte estragada.

– Isso, - falou Sasuke do meu lado apontando para o que minha mão segurava - parece desconfortável.

– É um pouco, - admitiu sorrindo tranquila - mas logo poderei tirá-lo.

Sasuke tirou levemente a mão que ainda estava sobre sua cabeça a deixando delicadamente sobre a própria mão, deixando notável que a diferença de tamanhos era grande, passou o polegar por cima do metal de ouro branco da aliança, Sakura levantou o olhar do dedo de Sasuke brincando com meu anel pra seu rosto, uma leve alteração na região das sombrancelhas lhe dizia que algo o preocupava. Passei seus dedos por entre os dele, o que fez Sasuke olhar para meu rosto, sorri e beijou sua mão tentando afastar o que quer que passasse por sua cabeça, ele acabou sorrindo de leve, algo que aos poucos vinham ganhando uma certa frequência e lhe deixava imensamente feliz. Continuaram dessa mesma maneira até chegaram ao local que festejaríamos o casamento, Sasuke ajudou Sakura a descer, porém antes que pudesse dizer qualquer coisa Mebuki apareceu para arrastar a filha até uma pequena casinha de madeira, totalmente decorada com flores e lanternas, construída especialmente para a ocasião com a ajuda do Yamato, lá estava o kimono que seria usado na festa, vermelho com um degradê azul escuro nas pontas, além de diversos desenhos de flores bordados com linha dourada. Quando Sakura o viu cuidadosamente colocado em cima de uma cadeira com o símbolo Uchiha nas costas se sentiu tão feliz que, senão fosse por saber que aquela maquiagem toda borraria, teria chorado alí mesmo.

Sakura sentou em uma outra cadeira enquanto sua okaa-san tirava o wataboshi trocando por um tsunokakushi, Ino chegou logo em seguida com Hinata, ambas falavam como a cerimônia do casamento tinha sido bela, Ino como a boa amiga que era fazia piadinhas sobre como Sasuke olhava para Sakura, e Hinata ria de seus comentários junto com Mebuki. Quando Sakura tirou o kimono do shiromuku aproveiteou também para me livrar de algumas poucas camadas de tecido, já que não aguentava o desconforto de tantos tecidos, e logo vestiu o outro kimono. Só quando saiu, longos minutos depois, pode admirar a decoração do lugar, Ino se responsabilizara por fazer tudo, junto de sua okaa-san, e ficara extremamente lindo. Por uma idéia de Hinata, decidiram fazer a festa no campo de árvores de sakura de Konoha, graças a primavera todas a flores tinha desabrochado, num tom que era idêntico ao de seu cabelo. Diversas lanternas tinha sido penduradas, mesas estavam cuidadosamente espalhadas, todas com uma coberta individual de madeira, decoradas nas quadro bases com flores e tecido vermelho junto as telhas, no centro uma mesa maior estava cuidadosamente posta para os recém casados, os pais de Sakura e Naruto com Hinata, junto de Ino com Sai, em outra mesa próxima estava Kakashi com alguns de seus antigos sensei. Além de diversas flores, na maioria narcisos, que estavam espalhados por todo jardim, além de tapetes em pontos estratégicos.

A primeira pessoa que a kunoichi notou foi Sasuke, parado em pé próximo a mesa em que lhes estavam destinada, Shikamaru estava junto de Temari o cumprimentando e parabenizando pelo casamento, começou a andar naquela direção sendo interrompida primeiro por Lee e Tenten, e logo em seguida Kiba com Shino. Quando finalmente chegou perto de Sasuke, sentiu suas bochecha corarem com o olhar recebido, ele parecia a admirar, passando sua irís escura por cada canto de seu corpo, sem ao menos se importar que conversava com Kakashi antes da chegada de sua tsuma, mas este ultimo pareceu notar a importância que para ambos tinha esse momento, e a adoração que se dedicavam em pequenos gestos que silenciosamente saiu de perto. Sakura remexeu o leque na mão, ainda constragida e maravilhada por tantas coisas que conseguia captar no olhar do marido naquele dia, que mal notou a aproximação de Tsunade.

– Olhe Uchiha, - disse a mulher já com uma garrafa de saquê na mão - cuide bem da minha pupila, não ache que não sua capaz de dar uns bons chute no seu traseiro.

– Tsunade-sama, - falou Shizune com seu tom de repreensão - não fale algo assim. Gomenasai, e felicidades aos noivos.

Shizune saiu arrastando a mestra, reclamando dos exageros e se assustando com os gritos da Goidame, cena que fez Sakura ri pensando que sua shisui nunca mudaria.

– Acho que como médica ela deveria ter consciência que muito álcool faz mal ao fígado. - ouviu Sasuke comentando enquanto se colocava ao seu lado.

– Ela sabe Sasuke-kun, por isso cura o próprio fígado com frequência, - Sakura sorriu e olhou para face de Sasuke, o que o fez olhar automaticamente para ela - ela me ensinou como fazer, é uma técnica muito útil.

– Só espero que ela não tenha lhe ensinado como beber três garrafas de saquê em trinta minutos. - Sasuke comentou, o que fez Sakura rir com aquela preciosa piada, por mais que estivesse mais próxima de uma ironia.

– Não se preocupe Sasuke-kun, bebo moderadamente. - Sasuke estreitou os olhos analisando a veracidade das palavras, até que Naruto começou a gritar, chamando a atenção do casal no meio da festa - Bom, acho melhor começarmos a falar com os convidados por Naruto, senão ele irá nos perturbar a festa toda.

– Tsc. Concordo.

Com faces alegres e serenas andaram lado a lado.

~#~

Sasuke abriu a porta da casa para Sakura, entrou logo em seguida fechando a porta com um cuidado desnecessário, não era medo que quebrar e sim da pessoa de cabelos rosas e olhos verdes parada na sua frente, olhando para o ambiente escuro a procura de algo que logo percebeu ser o interruptor. Como já estava mais acostumado com a organização do ambiente, Sasuke acendeu a luz pela sua tsuma, Sakura sorriu em agradecimento pelo gesto do otto, ambos se encaravam e não precisavam que nada fosse dito para saber que estavam nervosos, tentando se livrar da tensão Sakura tirou o okobo deixando em um cantinho do hall de entrada, se virou a para Sasuke logo depois remexendo nervosa o tecido do kimono nervosa.

– A-acho que eu vou tomar um banho, - começou sentindo uma sensação percorrer seu estômago - preciso tirar essa maquiagem.

– Tudo bem. - Sasuke não falou que ela estava marcante com aquelas cores no rosto, o que acabava chamando a atenção de seus olhos, até mesmo por achava que aquele batom vermelho em sua boca, mesmo que atrativo, poderia se tornar extremamente irritante.

Sakura se virou e saiu andando pela casa mesmo já sendo bem conhecida por si, parecia se a de um completo estranho. Com a claridade da entrada foi se guiando pela casa até as escada que davam para o andar superior onde estavam os quartos, indo diretamente para aquele em que dividiria com Sasuke, estava exatamente do mesmo jeito de quatro dias atrás, quando tinha ido levar suas roupas e produtos, nada estava fora do lugar em que tinha deixado, e desconfiava que nem ao menos as caixas com todos seus materiais de estudos que estavam empilhadas dentro de um dos cômodos do andar inferior teriam sido tocadas. Se não fosse pela limpeza do quarto, poderia facilmente dizer que ninguém entrava alí.

Abriu o guarda roupa pegando toalha e outros itens que julgou necessário, por curiosidade abriu as portas do lado vendo as roupas de seu otto, calças e blusa limpas e postas em pilhas e algumas bermudas, além de algumas capas para viagem, roupas para treinos, uma caixa de madeira no canto com itens de higiene, como sabonetes escovas, e duas bolsas viagem guardadas em uma prateleira na parte superior do móvel. Fechou as portas e foi para as gavetas, mas se arrependeu de abri-las quando viu as cuecas de Sasuke guardadas, fechou apressada se sentindo ainda mais nervosa em pensar que iria vê-lo com muito menos que aquilo. Foi diretamente para o banheiro, tirou as camadas de roupas as dobrando e depositando em cima da cadeira que permanecia no banheiro por ideia de sua okaa-san, se livrar de todo aquele tecido era com certeza mais rápido que vesti-lo, porém ainda era um processo demorado.

Na cozinha da casa Sasuke esquentava uma refeição que tinha preparado pela manhã, apesar da quantidade de comidas que tinha na festa, achou difícil achar aquilo que não fosse doce, porém não conseguiu comer muita coisa, jogando o resto no cesto de lixo. Sabia que já passava da meia noite, mas até que o horário não alterava se apetite, mas seu nervosismo sim. Suspirou saindo do cômodo, não sabia muito bem o que fazer, subiu as escadas e parou na porta do quarto, ouviu o barulho do chuveiro ligado vindo do cômodo, olhou para si mesmo e resolveu que também precisava de um banho. Abriu a porta com cuidado verificando se a do banheiro estava devidamente fechada, quando confirmou que sim, atravessou o cômodo indo diretamente para o seu lado do guarda roupa, pegou o que precisava e saiu indo para um outro banheiro que ficava no corredor.

Tomou um banho frio, precisava se acalmar e afastar o cansaço do dia. Não que fosse cair no sono, até mesmo porque sua mente estava tão agitada que não o deixaria dormir tão facilmente. Não era criança para desconhecer o que iria acontecer, mas justamente por saber que poderia ser algo doloroso para Sakura que sentia um certo temor no que fosse acontecer. Nos últimos dias tinham estado mais próximos e nesses momentos não pensou em nada disso, apesar de não terem ultrapassado nenhum limite, só que aquela tensão brevia era desconfortável, porque afinal, aquilo seria novo para ambos. Saiu do banheiro e sem saber para onde ir, se decidiu pelo quarto.

Respirou fundo e fechou o chuveiro, propositalmente Sakura demorou no banho, precisava desse tempo para si e desconfiava que Sasuke tinha percebido o motivo da demora, até mesmo por ele também ter parecido apreensivo desde que estavam chegando na casa. Fugindo das brincadeiras de Ino sobre lingeries pretas e vermelhas, Sakura preferiu um conjuntinho branco delicado, e mesmo com essa pouca ousadia se enrolou ao máximo que pode no robe branco que descia até os joelhos, escondendo seu corpo. Abriu a porta do banheiro e viu Sasuke em pé olhando pela janela, ele só vestia uma calça solta, deixando o peitoral desnudo como tantas vezes ela já tinha visto, e em nenhuma o achava menos bonito.

Percebeu que Sakura tinha saído do banho e virou para olhá-la, pela luz que entrava da grande janela viu a roupa branca que ela usava, parecia ser de um tecido tão leve, já que esse caia perfeitamente ao redor de seu corpo, que se perguntou como não danificá-lo. Sakura mexia no laço da frente da roupa, e andou até ele, parando bem em sua frente.

Na Academia Sakura, como todas outras garotas, tentava ao máximo chamar a atenção de Sasuke para si, o que muitas vezes a tornava somente mais uma escandalosa irritante, mas também quando alcançava a desejada aproximação fica tímida, se atrapalhava e as bochechas coravam.

Sasuke estava sentado na beira da cama enquanto beijava Sakura que ainda permanecia em pé, ao se afastar, deslizou a mão da nuca até colo, descendo a mão até chegar no laço do robe e o puxar, fazendo a vestimenta se abrir. Fica com a ponta dos dedos parados na barriga branca de sua tsuma, enquanto observava o contorno de cada curva sob a pele clara, sentia a textura da pele e o cheiro que vinha junto.

Só quando entraram no mesmo time Sasuke reparou pela primeira vez de verdade em Sakura, antes ela só gritava e ficava vermelha, agora não, ela falava, conversava, discutia e explicava coisas que ninguém fazia muita questão de se lembrar. Depois dos primeiros dias foi notar os cuidado dentro de reclamações, e a preocupação verdadeira que ela lhe dedicava.

Sakura adorava beijar, descobriu isso depois de repetidas vezes fazê-lo com o Sasuke, também suspeitava que era algo que ficara tão por causa dele, pois sempre faziam isso não conseguia para de desejar sentir os lábios dele em sua boca. Como agora, deitada na cama sendo beijada de tantas formas e tantos lugares que até esquecia da vergonha por estar apenas de calcinha e sutiã.

Foi sendo companheiros de equipe que Sakura pela primeira vez soube o que era amar, o que era o sentimento de se dedicar a alguém pela satisfação de ver o outro bem, mesmo que não recebesse nem ao menos um arigatou em troca.

Sakura se segurava a Sasuke pelos ombros, tentando assim não se afastar durante o beijo, porém Sasuke estava muito mais interessando em descobrir como abrir o feicho daquela peça incomoda com uma mão. Saskura até que tentou ajudá-lo, mas em um movimento ele demonstrou claramente que não queria ajuda, então ela afastou as mãos, até que com mais um pouco de esforço ele conseguiu.

A convivência de ambos estava indo muito bem, evoluindo de um jeito que a animava, até que as sombras chegaram para lhes amedrontar. Foi a partir dalí que ele se tornou cada vez mais distante, e menos propenso a aceitar ajuda, falava pouco e pensava muito, e isso a assustava, pois nas vezes que tentava ajudá-lo, ele sempre a afastava, até que um dia ele partiu.

Involutáriamente Sakura se encolhia envergonhada pelo olhar que Sasuke, sentado de joelhos a sua frente, direcionava pelo seu corpo livre de qualquer peça, mas ela não podia e nem iria culpá-lo já que fazia a mesma coisa observando cada músculo que formava aquele corpo. Mesmo quando ele avançou, acariciando cada centímetro de pele e beijando seu pescoço, o constrangimento se manteve, apesar de que agora ela também retribuía os gestos.

Fora difícil esse tempo separados, Sakura sempre chorando pelos cantos, enquanto Sasuke esquecia suas outras emoções. E quando se reencontraram, a mistura de sentimentos assustava a ambos, a vergonha pela falta de capacidade de Sakura, e a de Sasuke por se fraco em se desprender de certos laços. Dois corações constrangidos por aquilo que julgavam serem a fonte de suas posições.

Sasuka apertava os lábios, somente na terceira tentativa tinham conseguido finalmente se unirem, a queimação era incomoda e quase a fazia chorar, não que ela esperasse coisa diferente, mas a teoria era diferente da prática. Sasuke tinha percebido se incomodo permanecendo parado, e Sakura agradeceu este gesto, tentando diminuir aquela agonia no rosto da tsuma, ele voltou a acariciá-la, sem nunca quebrar o contato visual.

De todas dores, brigas, e lutas de suas vidas, nada tinha se comparado aquela durante a reunião dos Cinco Kages. Sakura sabia que ao matar Sasuke estaria decretando a própria morte, porém não era capaz de vê-lo se tornar a pior face de si. Enquanto Sasuke somente sentia mais ódio, repulsa do mundo, aquela kunai era a última traição que ele suportaria, a última mentira que ele descobria. Dentre todas histórias, nenhuma ela mais complicada do que aquela.

No começo foi difícil, não sabia como se movimentar, e ainda tinha que dividir sua atenção nas reações da mulher abaixo de si, faltava confiança no que ambos faziam e se o outro gostava, tornando a tarefa cansativa. Entretanto, mudaram de estratégia, ao invés de um tentar adivinhar os desejos do outro, preferiam que cada um guiasse o outro por meio de gestos e algumas palavras, aproveitando de toda intimidade que conquistaram nesses últimos tempos.

A chegada de Sasuke na guerra era uma surpresa, ninguém entendia o que ele pretendia alí, e todos desconfiavam de sua intenções, o que tirou a atenção da tensão entre aqueles dois. Sakura o conhecia, e sabia que havia algo a mais por trás de suas palavras, a confiança que encontrava naquele companheiro fiel não existia mais, da mesma maneira que aquele grande amor prometido parecia somente uma história passada. Até que no Vale do Fim Sasuke pode perceber que, em muitos aspectos, estava errado. Amores podem mudar e evoluir, mas não acabam.

Naquele quarto só se ouvia o som dos corpos se movendo, as respirações ofegantes, gemidos envergonhados, e nomes sendo recitados como mantras a serem santificados. O cheiro, o toque, o arrepio dos dedos deslizando carinhosos e urgentes era as únicas coisa que existiam no mundo, a vontade de ter mais do outro dominava qualquer instinto ou vontade que antes perturbava. E quando achavam que aquilo não poderia melhorar, Sakura tentou reprimir o longo e alto gemido que escapava de sua boca, em um chamado intenso e urgente por seu otto, que este a seguiu, sentindo um alívio tão grande e prazeroso que não pode deixar de chamar pela mulher com uma voz tão embriagada que não reconheceria como a sua.

O toque na testa, o sorriso naqueles lábios sempre tão rígidos, junto daquela palavras era tudo que Sakura poderia querer, e ela coraria um milhão de vezes se um milhões de vez a lembrança passasse em sua cabeça, porque aquilo iria muito além de uma despedida. Era uma promessa, o juramento de um futuro juntos.

Sakura estava deitada de bruços, passando os dedos da mão sobre o peito do marido deitado do seu lado, observando todas linhas do seu rosto que era possível enxergar naquela pouca claridade vendo o mesmo olhar de minutos atrás enquanto se amavam, se encaravam sem pronunciar uma única palavra. O fino lençol os cobria até a cintura, e o vento frio da noite entrava pela janela, mas eles se sentiam quentes e talvez aquilo ajudasse. Sasuke olhava sem parar no rosto de Sakura, e como aquele vermelho de suas bochechas não desapareciam, a imagem dos dedos desprendendo o aperto nos lábios e chamando o seu nome sendo seguido por um longo gemido não saia de sua cabeça, e se descobriu querendo aquilo muito mais vezes.

– Sakura. - mesmo baixa, a voz de Sasuke estava ainda mais grave que o normal.

– Hai, Sasuke-kun? - Sakura olhou curiosa para seu otto, enquanto ele parecia fazer força pra pronunciar as próximas palavras.

– Tsc. - se coragem de encarar aqueles olhos verdes, Sasuke fechou os seus. - Koishiteru.

Quando abriu os olhos novamente se surpreendeu em ver que um sorriso aparecia no rosto assustado de Sakura, até que esta pulou para cima de si dando um forte abraço, rindo enquanto beijava o otto estático com a reação da tsuma. Porém entendeu o porque, do mesmo jeito que ele tinha ficado imensamente satisfeito ao ouvir aquela palavra antes de sair para a missão, apesar da sua reação ter sido infinitamente menos intensa, do mesmo modo que ele queria ouvir aquilo, apesar de saber de todo o amor de Sakura, ela precisava ouvir aquilo dele, mesmo que fosse improvável acontecer, para sentir a segurança do amor de quem ela já sabia possuir. Quando Sakura parou, se apoiando no peito de Sasuke para manter o rosto elevado, algumas lágrimas desceram por suas bochechas, no primeiro instante Sasuke não soube o que fazer, mas logo apoiou a mão na bochecha de Sakura, trazendo sua cabeça para que pudesse depositar um beijo em sua testa, porém o que ouviu ao fazer isso lhe abalou, de uma maneira que sabia não ser capaz de explicar.

– Sasuke-kun, arigatou.


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Notas finais do capítulo

PS.: “Ah Mariana, você não disse que não teria hentai?” Sim, e não teve, não dá pra considerar isso um hentai, não é explicito, e se fosse um hentai seria um muito ruim.



Estou sendo sincera em dizer que chorei ao terminar o capítulo, não um choro desvairado, mas aquele choro de quando seus olhos enchem de lágrimas e acontece um vazamento. E olhe que dificilmente eu fico com os olhos cheios de lágrimas, quem dirá derramar. É uma felicidade de dever cumprindo, a satisfação de ver tudo finalizado, de uma história que me trouxe tanta coisa boa. Fiz amizades, conheci gente nova, melhorei minha escrita, ganhei experiência e tantas outras coisas.



Ao contrário de outras pessoas, eu não digo que escrever é a minha paixão, porque é algo que tem uma importância muito maior, não escrevo por hobie também, porque é algo muito despretensioso. Escrevo porque preciso disso para viver, é uma necessidade que tenho que saciar constantemente, é algo que faz parte de mim e não me vejo sem.



E eu só tenho que agradecer por vocês terem acompanhado essa minha parte, por todos elogios, comentários, seja aqueles mais tímidos, ameaçadores, divertidos ou malucos, as mensagens e as lindas recomendações. Foram seis meses trabalhando nessa história, e apesar do trabalho, ou do cansaço que eu sentia por conta da rotina, sempre adorava escrever tudo que coloquei aqui. Foram horas acordadas quase dormindo na frente do pc, ou quedas de celular na cara enquanto digitava, que me deixavam completamente feliz em acompanhar a reação de vocês com cada detalhe.



Principalmente por ver que mesmo sem adaptar o meu estilo, ou mexer na história para agradar ninguém acabei agradando a todos. Foi com essa fic que entendi de verdade, na minha pele, o que os autores queria dizer quando falavam que “eu escrevo para mim, não para o meu público”. Não é questão de desleixo, ou desvalorização de quem lê a história, é honrar a história, sabendo que você não deve mudar algo para assim ganhar publico, ou para dar as pessoas o que elas acham que querem, é saber que você tem que dar para a história o que ela precisa, porque ai sim eu estou valorizando o leitor, dando o melhor para ele. E principalmente, é confiança, entre quem escreve e quem lê, do autor de que o leitor vai acompanhar e opinar, nos fazendo melhorar, e nos dando inspiração, e do leitor que aquilo tem motivo e propósito, que é necessário para a história.



Obrigada, de coração a todos e todas, vocês ganharam uma importância pra mim que não tem noção. Me sinto muito feliz em ver esse trabalho concluído, e saber que fiz algo digno de tanta coisa boa. Agradeço cada acompanhamento, comentário e favorito, cada visualização recomendação, por todo carinho, simplesmente tudo. Sou fã de vocês.



E esse é o último domingo. :)