A Nova Uchiha escrita por Mrs Fox


Capítulo 20
Twenty


Notas iniciais do capítulo

EEEEEU VOLTEI!

Sobre o capítulo passado e seus comentários: apesar das ameaças, de vocês me acusando de maldade, do desespero, e das acusações que eu ia matar todo mundo do coração, foi suuuuuuper divertido fazer vocês se corroerem, ri muito como o desespero alheio. Ok, talvez eu seja má, mas foi uma ótima causa. Todo mundo doido pra descobrir o que tinha no pergaminho, o que o Sasuke encomendou, as meninas do grupo do whats piraram, teve até gente achando que o Sasuke mandou fazer uma calcinha de ferro com cadeado, tipo os cintos de castidade da era medieval, kkkkkkkkkk
Sobre o Gaiden: que ultimo capítulo lindo! A Sarada soltou a lingua divinamente pra cima do Sasuke, e eu achei bem feito e divertido, Sakura indo pra torre, e PQP a reação do Sasuke quando se liga que a Sarada é a Sarada ( olha a redundância Mariana), e acho que ficou bem obvio que ele tenta se manter informado de como as duas estão, o que é ótimo!

Agora deixemos de enrolação e vamos ao capítulo, foi mal pelos erros e boa leitura!



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Estávamos no segundo dia de viagem a caminho de Suna, Naruto não falara muita coisa desde que saímos de Konoha, o que me preocupava já que não estava acostumada com aquele silêncio por parte do meu amigo, ele corria concentrado parando uma vez ou outra para entrar em modo Senin, seu rosto estava serio desde que tínhamos lhe contado sobre o plano, no momento que lhe devolvi os movimentos se levantou murmurando um pedido de desculpas pelo surto e foi pra casa, foi o primeiro a chegar no portão segundo Tenten, todos reparamos nos olhos vermelhos e inchados, porém preferimos fingir que não tínhamos percebido nada. Quando comentei minha preocupação pelo longo estado de seriedade de Naruto com Sasuke, este simplesmente balançou a cabeça e disse para dar um tempo a ele, mesmo que um tanto contrariada preferi seguir seu conselho, afinal ambos tinham uma história muito parecida, e se entendiam como ninguém.

– Hanabi, como está? - perguntei para verificar o seu estado.

– Nenhum inimigo no caminho. - ela disse após ativar o Byakugan.

Suspirei, não era esse tipo de resposta que eu queria, mas se tratando de uma Hyuga não podia esperar algo muito diferente, mesmo que a garota fosse emocionalmente mais fácil de lidar. Shikamaru tinha a colocado como o quarto membro do Time 7, apesar de ser uma Chunin estava se saindo bem, fizera questão de estar na nossa equipe, uma das duas ficaria responsável por uma possível infiltração na base inimiga, como seu doujutsu ajudaria na missão não houve nenhuma reclamação.

Como Jounin tinha ficado sobre minha responsabilidade liderar a equipe, com certeza seria a missão mais fácil a liderar, se não fosse pela minha grande preocupação com o emocional de ambos e como isso influenciaria na execução de nossa missão. Suspirei, também estava mentalmente cansada, aquela situação também me afetava diretamente, eu, Sasuke e Naruto éramos de certa forma a causa daquilo, as palavras do pergaminho deixavam bem claro.

“ Uzumaki Naruto,

Me sinto feliz que meu nii-san tenha me permitido a honra de escrever uma carta para um ninja tão famoso, heróis de guerra, forte, sonhador, inocente e iludido como você. Sabe, já ouvi falar de muitos de seus feitos, são admiráveis, porém você é só uma criança que enxerga o mundo por momentos e aspirações, e não na sua totalidade. É triste isso, eu até poderia desenhar a sua história, sabe? Seria um belo drama que termina com um final feliz, como nas história de amor de seu sensei morto. Aliás devo acrescentar que a literatura de Jiraiya é de baixíssimo nível, principalmente se comparada as antigas obras de meu clã, ele não passa de um velho pervertido que escrevia sobre sexo esquecendo das questão reprodutoras e químicas que envolvem o corpo humano.

Bom Naruto-san, irei propor um jogo de troca para você. Começarei na vantagem já que minha inteligência superior permite isso, levarei sua adorada esposa para a base minha e do meu nii-san no País do Vento, a moeda de troca será o olhinho daquele seu amigo orgulhoso e arrogante, Uchiha Sasuke; e sua antiga companheira de time, a mal-educada e ignorante da Haruno Sakura. Você deve ir até Sunagakure com ambos, lá receberá um pergaminho com as instruções para próxima fase do nosso jogo. Tão tente me trapacear, nós temos muitos para nos proteger, além de que o Byakugan da Uzumaki Hinata deve ter propriedades interessantes a serem estudadas.

Aguardo ansiosamente o nosso encontro!

Ootsuka Issa.”

Parte daquilo era culpa minha, de Naruto e Sasuke, foi por nossa causa que Hinata tinha sido sequestrada, se Naruto sofria pelo seu amor e seu filho, e Hanabi por sua irmã e sobrinho ou sobrinha, eu me sentia péssima pela minha amiga. Desde de antes de começar o namoro com Naruto tínhamos nos aproximado, nosso sofrimento pelos nossos amores era algo em comum que nos unia, porém agora que ambas estávamos felizes com quem amávamos acontecia algo assim.

Já tinha anoitecido e não tínhamos parado, era praticamente dois dias sem dormir correndo diretamente para Suna, observei a mata ao nosso redor até achar um bom ponto para acampamos, de longe dava para se escutar o barulho da água de um rio correndo. Fiz um careta, Naruto iria odiar parar, mas era necessário, o que nos segurava em pé era nada além da força de vontade, e muito cansaço acumulado não nos ajudaria em nada, só aumentaria as chances de um colapso nervoso e dificultaria a reposição das reservas de chakra.

– Acho melhor paramos por aqui para acampar. - falei alto para que Naruto que estava bem a frente me ouvisse, observei seu olhar inconformado, e logo tratei de me justificar. - Eu sei que está preocupado Naruto, todos estamos, mas cansaço não ajudará em nada no resgate.

– Eu vou pegar madeira pra fogueira.

Foi a única resposta que saiu do seu rosto azedo antes de sair no meio da mata, Hanabi também deixou o lugar dizendo que traria mais água. Comecei a arrumar os sacos de dormir em silêncio, Sasuke não falava nada, mas não me incomodava com isso, minha mente era um turbilhão de possibilidades, de torturas e experiências que Hinata poderia estar passando, assim como das pessoas daquela vila. Meia hora depois mais dois times se juntaram a nós para discançar, o de Sai que contava com Ino, Chouji, Kiba e Akamaru, e o de Shino, com Lee, Tenten e um membro do clã Hyuga. Naruto já tinha voltado com as toras de madeira, agora a fogueira acendida por Sasuke crepitava calmamente mostrando as marcas de cada rosto. Sasuke estava sentado no seu saco de dormir comigo ao seu lado, todos estavam comendo calmamente próximos ao calor do fogo, menos Naruto que se mantinha afastado do grupo, mesmo que nas sombras dava para se ver seu rosto marcado por uma tristeza profunda, a última vez que o vi naquele estado tinha sido após a morte de seu sensei, Jiraya.

– Sasuke-kun, você achar que ele vai ficar assim por muito tempo? - sussurrei, sem desviar o olhar do loiro desconsolado.

– Até recuperar Hinata. - ele respondeu.

– Não acha que devíamos tentar falar com ele?

– Deixe-o só Sakura, ele não precisa de ninguém para lhe lembrar que não estava lá pra proteger ela.

– Mas Sasuke-kun, isso não foi culpa do Naruto, ela estava dentro de casa, segura na vila. Ele não podia adivinhar que eles seriam capazes de invadir a vila. - observei que minha voz tinha ganhado um tom desesperado, mas preferi ignorar.

– E é justamente por não enchergar o que estava debaixo do próprio nariz que ele está se culpando.

Olhei para a mão fechada de Sasuke, sua fala tinha ganhado um tom cortante que me fez parar, era obvio que aquilo tinha o atingindo, talvez por conta do massacre da sua família, ou pela morte de Itachi. Algumas vezes nesses dias que conversamos depois da sua volta para vila, pude perceber que nem mesmo esses anos viajando tinham conseguido curar as feridas em relação a sua familia, ele estava melhor, emocionalmente estável, e ainda assim magoado. Algumas feridas, mesmo que depois que cicatrizadas, nunca podiam serem esquecidas.

Depois de comer me levantei e fui perguntar a Ino, que estava abraçada junto a Sai, se queria ir comigo até o rio, ela prontamente se levantou e fomos caminhando para o rio, quando toquei na água um arrepio subiu pela coluna por conta da baixa temperatura, me abaixei e com um pouco de água nas mãos molhei meu rosto e pescoço, do meu lado vi Ino fazer o mesmo, notei seu olhar sugestivo para mim.

– O que foi? Por que essa cara?

– Bom, eu sei que não é momento, mas fico feliz por você e o Sasuke. - ela me deu um sorriso. - Apesar que estou chateada por ter ficado sabendo pelos comentários da vila. - um biquinho de raiva se formou em seu rosto, o que me fez sentir culpa.

– Gomen Ino, não tenho dito muito tempo por conta das pesquisas desse caso. E você não tem aparecido muito no hospital ultimamente. - tentei devolver a acusação.

– Muito trabalho na Divisão de Inteligência, Shikamaru vem pegando o costume de me colocar para checar a mente de muito gente. - ela soltou um suspiro pesado que me fez sorrir.

– Então estamos quites. - tirei a bota e coloquei os pés na água, esperando a frieza relaxar os músculos do pé.

– Sabe, no final nunca houve uma competição. - Ino observou o que eu estava fazendo e dando de ombros repetiu o gesto. - No final o Sasuke nunca deu espaço para ninguém competir por ele, acho até que ele sempre odiou os nossos gritos histéricos. E nós insistíamos naquilo como duas tolas achando que surtiria um feito. - ela riu baixinho sendo acompanhada por mim, ela engraçado lembrar do passado e ver como éramos tolas.

– Ele com certeza odiava aquilo. sempre odiou escândalos. - comentei nostálgica com a lembrança.

– Até hoje me pergunto como achávamos sensato agir daquele jeito, nunca iria funcionar, por mais que todas meninas do mundo berrasse ele só iria escutar você. - olhei para ela surpresa com a declaração. - Ora Sakura, não me diga que ainda não tinha percebido? Desde do dia do exame Chunin eu vi isso, talvez mesmo sem perceber ele já tinha se decidido por você.

Olhei para os meus pés balançando dentro da água, um sorriso melancólico surgiu no meu rosto e não ousei tirá-lo de lá, ouvir Ino falar uma coisa daquelas era bom demais, não só para o meu próprio ego, coisa que jamais admitiria, mas também para me sentir mais segura com tudo aquilo, afinal ter um relacionamento com a profundidade e intensidade emocional de Sasuke seria a incerteza que eu escolheria milhares de vezes.

[...]

– Alguma mensagem? - perguntei a Sai que recolhia seus ratos de tinta em uma folha de papel.

– Shikamaru está acampando com os outros três times a quase 2 quilometros daqui, pediu para que saíssemos assim que amanhecesse. - acenti ao lado de Shino, como líderes eramos responsáveis por manter comunicação com os outros dois grupos.

– Acho difícil acontecer um ataque ao nosso grupo por conta da quantidade de shinobis, porém seria prudente montar guarda. - falei Shino remexendo o óculos.

– Você está certo, - comentei ao mesmo tempo que Sai balançou a cabeça. - deixemos dois de guarda em três turnos, quando um time terminar sua vigilia o outro assume o posto.

– Assim está bom. - comentou Sai.

No final Sai e Kiba ficaram com o segundo, enquanto Lee e o Hyuga com o último, observei Hanabi perto de seu primo falando algo um tom baixo e Naruto já encolhido dentro do seu saco de dormir, mesmo que ainda estivesse acordado. Preferi ficar com o primeiro turno junto a Sasuke, esse não fez nenhuma reclamação quando lhe contei a divisão, depois que todos se acomodaram para dormir saltamos ambos para um galho grosso de uma das árvores, o que nos daria um grande campo de visão. Ficamos sentado lado a lado, em um momento encostei a cabeça em seu ombro, não houve menção de aproximação, mas como esperei também não houve nenhuma rejeição, ficamos assim observando o modo agitado e um tanto temeroso que todos tinham antes de dormir.

Não precisava se falar para saber que todos temíamos a guerra, a última havia acabado a cerca de quatro anos, porém ainda tínhamos marcas muito vivas, alguns de parentes mortos ou amigos. Outros, como eu, de diversos shinobis que morreram sem a mínima chance de salvação, os ferimentos, o sangue, a dor, o choro, os pedidos desesperados de ajuda, dos gritos para que o coração voltasse a bater, a inutilidade que ninjutsu médico tinha para um ressurreição, tudo isso eram marcas invisíveis em minha mãos, a guerra era devastadora, que no final até mesmo o lado vencedor perdia. Aquilo era uma lição que todos aprendemos para nunca mais esquecer.

– Você acha que eles tão com medo? - sussurrei observando Tenten se remexer agitada dentro do saco de dormir.

– Hm?

– Da guerra Sasuke, eu sei que é só uma possibilidade, mas … Todos temos medo que se repita. - puxei minha perna a abraçando junto ao peito, tirando minha cabeça do ombro de Sasuke, encostando o queixo no meu joelho.

– Você tem medo? - virei o rosto o encarando antes de voltar a olhar para a clareira.

– Não de lutar em uma guerra, mas de não ser capaz de salvar as vidas, muitos morreram nas minhas mão Sasuke-kun, e mesmo com todo meu conhecimento médico eu não pude fazer nada além de os assistir morrendo, enquanto seus companheiro choravam.

Senti um arrepio percorrer a espinha e automaticamente me encostei em Sasuke. Me lembrei de um dia, duas semanas após o fim da guerra, uma kunoichi que tinha visto seu time ser costurado pelo Edo Tensei do Kushimaru Kuriarare estava hospitalizada teve uma grave crise de pânico, eu andava pelo corredor quando ouvi seus gritos e fui correndo atende-la. A mulher chorava descontroladamente, foi necessária a ajuda de seis médico a segurando para que ela fosse sedada, não adiantou, nem mesmo quando mexi nos níveis hormonais; os gritos e o choro incessante continuavam, até que ela pediu por Tsunade, quando a shisou entrou na sala ela implorou para que a deixassem abandonar carreira de ninja. Não tendo outra alternativa, lhe foi permitido abandonar a carreira, mas mesmo depois disso a mulher não parava de chorar e se debater na cama, tive de nocautea-la em um ponto nervoso no pescoço para faze-la dormir. Depois disso subir as escadas no prédio correndo, ignorando o fato de que devia ir no quarto verificar Sasuke e Naruto, simplesmente me sentei no chão e chorei por não ter sido boa o bastante para ter salvo seus companheiros de equipe.

~#~

Olhei bem para o rosto de Sakura, seu cenho estava franzido enquanto seus lábios demonstravam uma expressão de desgosto, sua respiração estava ofegante e pesada, ela murmurava coisas intelegíveis enquanto se debatia no dentro do saco de dormir. Puxei meu braço para fora e toquei no seu ombro e senti seu corpo se contrair, a balancei de leve tentando acordá-la do que quer que estivesse sonhando, me aproximando da pouca distância entre nós, movi a mão para seu rosto puxando os fios de cabelo que caiam sobre a boca para trás, deixei-a permanecer em seu rosto, conforme senti ela foi relaxando consegui voltar a dormir.

Acordei algumas horas depois, notei que a minha mão permanecia junto a Sakura, mas ela devia ter escorregado do seu rosto em algum momento já ela a apertava próximo ao queixo. Olhei ao redor, puxando o braço de volta, Estavam acordados somente Lee e o Hyuga, me levantei e andei até o rio, tentei fazer a minha higiene da melhor maneira possível naquela situação, quando voltei quase todos já tinham acordado, inclusive Sakura, quando olhei para Naruto vi as olheiras embaixo de seus olhos, seu sono a noite tinha muito inconstante, me acordei ao menos três vezes ouvindo seus múrmuros e reviros dentro do saco de dormir.

Menos de uma hora depois partimos em direção a Suna, a viagem continuou do mesmo jeito, eu Sakura e a irmã de Hinata na frente acompanhando o ritmo de Naruto, enquanto o outro time vinha mais atrás. Não fizemos nenhuma parada para nada além de comer, conforme as horas do dia foram passando a distância entre as equipes iam aumentando, tudo por conta de Naruto que não queria parar nem por um segundo.

– Ele está igual a quando a Akatsuki sequestrou Gaara e fomos mandados em missão para o resgate. - ouvi Sakura comentar um pouco ofegante ao meu lado - Na verdade não, ele está pior.

– Normal, é a família dele em perigo.

O valor de uma família, a dor de perde-la, a angústia da saudade, a tristeza da solidão, o pesadelo da inutilidade, a culpa de não ter feito nada, o ódio próprio por tudo que se fez ou deixou de fazer, tudo isso eram coisas entranhada em mim, e agora também era sensações que ficariam em Naruto. Franzi o cenho olhando para a cabeleira loira desgrenhada, por mais que ver que Naruto me entendia tão bem me trouxesse conforto, não me senti bem em ver que ele experimentava mais uma similaridade. Já estava anoitecendo quando chegamos aos limites externos da vila, fomos recepcionados por um Jounin da vila, por conta do nosso rápido avanço tivemos de esperar por quase uma hora a chegada dos outros times, tempo o qual foi dedicado para assistirmos Naruto inquieto andando sem descanso de um lado para o outro. Quando o resto do grupo chegou ele correu depressa até a entrada da vila, sem nem se preocupar em não ultrapassar o shinobi responsável por nos conduzir.

Finalmente dentro da vila os líderes das equipes foram convocados para uma conversa por Gaara, aquilo obviamente não incluiria nem a mim ou Naruto, mas ninguém também fez menção de dos impedir de irmos juntos, os outros iriam para uma pousada que tinha sido reservada por Konoha a mando de Kakashi. Estávamos nos virando quando Sakura, que estava ao meu lado teve o braço puxado, quando olhei vi os olhos perolados decididos encarando Sakura.

– Por favor Sakura-san, me permita acompanhar essa reunião. - a voz da garota era decidida e forte, bem diferente do em geral era a da irmã.

– Sinto muito Hanabi, mas como uma Chunin você não pode ir nessa reunião sem ser convocada.

– Mas e ele? - ela olhou para mim com raiva, mas eu sabia que não era de mim. - Ele ainda é só um genin.

– Sasuke-kun não é oficialmente um ninja de nossa vila, por tanto ele não pode ser classificado como genin, - a explicação de Sakura saía cansada - além disso ele está ajudando Kakashi-sensei com a investigação desde o inicio.

– Deve ter um representante do Clã Hyuga nessa reunião. - ela tentava argumentar desesperadamente.

– Iroha é um jouni e líder de equipe, tenho certeza que irá representar sua família muito bem.

– Mas… - ela soltou abaixando a cabeça derrotada, suspirei, no final ela só queria salvar sua irmã.

– Vá descansar garota - falei chamando sua atenção, ela levantou a cabeça me olhando curiosa e desafiadora - você poderá fazer muito mais para salvar sua irmã recuperando suas força pro resgate do que numa reunião.

Ela fechou a cara, porém logo sua expressão se suavizou, ela voltou os olhos pra Sakura que balançou a cabeça concordando com o que eu havia dito, aquilo pareceu o suficiente pra garota que se virou e correu para acompanhar o grupo já longe.

– Não sabia que Sasuke-kun era bom em dar conselhos.

Olhei para Sakura em me dava um sorriso gentil, bufei com a situação, virando meu rosto com vergonha, na sua frase percebi aparantemente um tom cheio de orgulho, ridículo me sentir envergonhado com aquilo. Pouco tempo depois estávamos numa grande sala sentados a uma mesa ouvindo Shikamaru explicar toda situação, vez ou outra ele pedia auxilio a mim ou Sakura para completarmos algumas informações ou descrever uma característica do inimigo, Naruto estava sentado quieto ao lado do Kazekage, que assim que viu a desolação foi longo lhe falar, provavelmente como forma de consolá-lo, mas tirando as resposta curtas tinha sido basicamente ignorado.

– Então o inimigo está reproduzindo o Sharingan em laboratório. - ele mantinha as mãos apoiadas sob o queixo enquanto falava - Sasuke, o quão próximo ao original era? - ele se virou para mim, e mais uma vez pude o ver me analisando.

– O genjutsu é uma mistura de vários tipo o que o torna difícil de ser quebrado, mas as habilidades mais voltadas para combate não existem.

– Mas ainda assim todos sabemos o peso que um genjutsu tem em uma guerra. - ficamos em silêncio, não fazia nem quatro anos que tínhamos lutado contra um.

– Existe uma forma de impedir esse exército. - Sakura se pronunciou chamando a atenção de todos.

– Explique. - exigiu Gaara.

– Eu venho estudado todo material e mistura que descobrimos ser usada, a droga que eles tentam produzir para fazer o Sharingan de acordo com os registros é modificada levemente, mas sem alterar sua base química. Comecei a produzir uma toxina que interrompe a ação da droga, porém alguma plantas não são encontradas em Konoha. Lembro que quando vim tratar Kankuro-san Suna tinha essas plantas em grande quantidade na estufa, se me permitir Kazekage-sama posso terminar de fazer o toxina, com a ajuda de Tenten eu trouxe todo material necessário, e se tudo correr bem até amanhã ao amanhecer terei isso pronto.

Senti minha sobrancelha se erguendo, todos estávamos surpresos, com exceção a Shikamaru que provavelmente já tinha conhecimento daqui, até Naruto tinha perdido um pouco a expressão abatida com aquela notícia.

– Você tem a minha permissão Sakura, irei designar alguns de nossos ninjas para auxilia-la.

– Arigatou Gaara-sama, se me for permitido gostaria de começar agora mesmo, e também a presença de Ino, Tenten e Sasuke-kun nas estufas para me auxiliarem.

Apesar de manter a postura, os olhos dela ganharam um brilho decidido, não pude deixar de admirar aquilo, apesar de não compreender no que eu ajudaria, Gaara somente balançou a cabeça e tomamos aquilo como um sinal de despensa, Sakura se curvou respeitosamente antes de sair, enquanto só acenei antes de segui-la.


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Notas finais do capítulo

É suas espertinhas, quem chutou que a Hinata tinha sido sequestrada acertou em cheio! Vocês são sem graça, estragaram minha brincadeira :( kkkkkkkkkkk Deu pra ver que tem ação vindo por aí. Bjs, e até próxima semana! :D