A Nova Uchiha escrita por Mrs Fox


Capítulo 14
Fourteen


Notas iniciais do capítulo

Voooooooooooltei gente! (dessa vez sem ressaca, hahahaha)
Sobre o capítulo de hoje, devo dizer que estou muito animada, pois eu tava com ele planejado desde os primeiros capítulos que escrevi, inclusive fiz algumas pesquisas no Google para as coisas saírem corretamente sem ofender nenhum adorador da cultura japonesa. Diferente do anterior que foi calmo e com revelações esse é animado e cheio de fortes emoções.

Guia de leitura:
okobo: tamanco de madeira japonês usado junto com o kimono.
obi: faixa de tecido que usa para amarrar o kimono na cintura.
haori: "casaco" usado em cima do quimono masculino.

Como sempre, desculpa pelos erros e boa leitura!



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Estava sentada na cama analisando as armas que tinha a disposição, dez espetos de madeira feito com os pincéis, que eu torcia para que servisse de algumas coisa, e minhas três preciosas facas. O almoço do dia anterior tinha sido realmente produtivo, tinha conseguido mais duas facas durante a conversa, e uma boa história que certamente ajudaria e muito para resolver o caso, porém Shikamaru tinha me dado somente três dias para conseguir as informações, e Kakashi tinha deixado bem claro que caso eu jugasse necessário teria de matar o inimigo; o que analisando o discurso de ontem, seria necessário. Era a primeira vez que eu lidava com um caso tão grave de psicopatia, e mesmo que minhas condições deixasse a tarefa praticamente impossível, eu tinha que tentar.

Guardei tudo dentro do travesseiro e peguei um livro qualquer na estante, foi quando ouvir batidas de leve na porta, uma outra empregada entrou no quarto carregando uma grande caixa de papelão bege com um laço de fita branca, ela o colocou em cima da cama e veio até mim entregando um envelope pequeno, semelhante ao que veio junto das flores no dia anterior.

– Voltarei no final da tarde para te ajudar a se arrumar. - dizendo isso ela saiu.

Abrir o envelope vendo um cartão com a mesma caligrafia organizada de antes:

“ Querida Sakura, estou triste que ontem tenhamos nos despedido de forma tão desagradável, então terem um jantar especial hoje à noite. Aguardo ansiosamente.”

Fui até a caixa e desmanchei o laço, dentro havia um okobo um pouco mais baixo do que o normal, um quimono verde com um tom bem parecido com do cachecol e flores douradas bordadas, um obi rosa claro desenhado com pequenos guarda chuvas em tons claros e detalhes dourados, e um pente branco com diversas flores decorando e umas correntes com pedrinhas brilhantes penduradas. Tinha que admitir, nunca em toda minha vida vi um kimono tão bonito e delicado.

~#~

– Naruto, você vai mesmo deixar sua capa pra trás? - perguntou Shikamaru arrumando a mochila.

– Lógico que não, já ia voltar pra buscar. - ele respondeu com um sorriso culpado enquanto enrolava um cachecol vermelho no pescoço.

– Problemático. - Shikamaru falou baixinho enquanto o olhava correr em direção a capa.

Observei a cena sentado no galho de uma árvore, admirando como Naruto era tão bom em ter amizades, ao mesmo tempo que era muito bom em esquecer coisas; se fosse em outra situação até chamaria ele de dobe, burro, ou algo do tipo, mas estava impaciente demais com a demora de ambos para desfazer suas barracas e guardar tudo na mochila.

– Naruto ande logo com isso. - falou Shikamaru - temos de nos apressar.

– Deixe eu só colocar isso e… estou pronto. - ele falou fazendo um sinal de positivo, ele saltou indo direto para o galho que eu estava.

– Lerdo. - me levantei recebendo um bico dele pelo comentário.

Não esperei nenhum sinal e comecei a saltar por entre as árvores.

~#~

Quando a porta fechou andei até o grande espelho do quarto, o kimono tinha caído perfeitamente em mim, a empregada conseguiu, de alguma forma, fazer um coque no alto da minha cabeça que estava adornado com o pente, uma maquiagem simples tinha sido feita, nada além de um pouco de pó, um brilho prata na pálpebra com um fino traço preto nos olhos, camadas de máscara de cílios e um batom levemente avermelhado. Mesmo que já tivesse usado uma roupa mais tradicional durante festivais e festas especiais, era a primeira vez que me sentia tão bonita, porém não fiquei feliz com isso, já que a pessoa que iria me ver era nada além de meu inimigo. Escondi as três pequenas facas junto com as agulhas de madeira dentro do obi, foi quando ouvi a chave e me virei pra esperar o homem que entraria por alí. Quando me viu, parou na porta, senti seu olhar recair sobre cada detalhe da roupa que usava e mais uma vez um sorriso surgiu em seu rosto, ele usava um kimono cinza coberto por um haori roxo escuro que combinava com os olhos.

– Sakura-san, você está radiante, é impressionante ver como consegue ficar mais bela que o normal. - ele caminhou até mim fazendo uma breve reverência com a cabeça. - Venha, nosso jantar está pronto. - senti um mão nas costa e me afastei instâneamente. - Não se assuste querida, é só minha mão.

Senti um leve empurrão e tomei isso como sinal para andar, fiz todo o percusso tensa com o dedos indesejados por cima do tecido. Chegamos numa grande sala, totalmente ornamentada com tecidos vermelhos e dourados, perto da mesa diversas almofadas de tamanhos diversos estavam amontoadas no chão, por todo lugar se encontrava velas e flores espalhadas, poderia achar lindo se não temesse o motivo por trás de tudo aquilo.

– Sente-se, vamos comer.

~#~

– Nós estamos esperando o que? - ouvi aquela voz que já estava me irritando.

– Eles começarem a troca de turno, como qualquer ser inteligente faz. - sussurrei enquanto estava de olhos fechados.

– Mas se é um por vez, não vai nos dar grande abertura pra atacar, e sinceramente, eles não são grande coisa.

– Naruto, precisamos descobrir aonde é a entrada, eu vou tentar achar alguma coisa e pra isso tenho que entrar sem ser visto nem ouvido, então nem sugira explodir o vidro. - com a resposta de Shikamaru ele se calou.

~#~

– Vamos nos sentar nas almofadas, poderemos conversar melhor.

Olhei para o dono da voz, ele fez um sinal para os empregados que saíram do comodo fechando a porta, se levantou me dando as costas e foi andando em direção as almofadas, essa era a oportunidade perfeita, levantei o mais rápido que podia naqueles trajes e atirei cinco das dez agulhas, elas rasgaram suas vestes , mas não fizeram nada além de chamar sua atenção. Atirei o restante, porém ele desviou; puxei duas facas, a primeira foi arremessada em sua direção, o fazendo desviar novamente, a segunda foi atirada na direção que ele teria quando tocasse no chão, entretanto calculei mal, e ao invés do coração, a faca acertou o ombro. Ele a puxou e atirou em um canto qualquer chão e correu em minha direção, meus ombros foram presos com força contra a parede, e quando puxei a terceira faca ele torceu a minha mão me obrigando a soltá-la. Com uma mão pressionou meus pulsos, deixando o braço bem acima da cabeça, e usou o próprio corpo para me prender na parede, vi seus olhos girarem até aparecer o Sharingan.

– Sabe, estou um pouco chateado com essa sua violência Sakura, achei que já tinha entendido que está sem chance de defesa.

– Já falei que você vai conseguir nada comigo, - rosnei o encarando - agora me solta.

– Te soltar? Desculpe querida, mas agora você terá que me compensar. - ele disse com um sorriso.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele colou sua boca na minha, tentei manter a boca fechadas apertando os lábios com o máximo de força que consegui, mas ao percebe minha resistência usou a mão livre para apertar meu queixo forçando minha boca a abrir, fazendo sua língua entrar em contado com a minha. Tentei me soltar, entretanto só fiz com que ele me apertasse mais ainda na parede, seus lábios se moveram da boca para o pescoço, mordendo cada pedaço de pele que conseguia, fazendo a saliva se misturar com um pouco de sangue.

Quando senti a pressão da mão diminuir fui tentar empurá-lo, mas ele foi mais rápido e me jogou na direção das almofadas, montando sobre o meu quadril logo em seguida. Usando as próprias pernas ele prendeu as minhas, pegou um dos lenços que estavam no meio das almofadas e amarrou meus pulsos usando o meu próprio peso para deixá-los presos debaixo das costas. Com um sorriso de satisfação voltou a beijar o pouco de pele exposta que tinha, entretanto não se deu por contente e abriu meu kimono, rasgando o obi com a força, depois de tanto puxar as camadas de tecido, finalmente chegou no meu corpo. Não sabia quando tinha começado, mas pude sentir lágrimas quentes descendo no meu rosto, enquanto ele passava a mão da minha clavícula até a barriga.

– P-para com isso p-por favor, para… - sussurrei me engasgando com o choro.

– Sabe querida, você não tem noção de como é bonita, não posso resistir. - e dizendo isso, arrancou meu sutiã.

– Não, eu não quero… - e quando mais me mexia para soltar do seu aperto, mais ele se imprensava contra mim.

Sua boca foi direto para o meus seios, os quais eu tinha certeza que ganharam diversas marcas vermelhas graças ao líquido quente que escorria, e o cheiro de sangue no ar. Não pude nem para de suplicar para que aquilo acabasse, nem de chorar; enquanto ele apertava diversas partes do meu corpo, como quadril e coxa, provocando grandes ondas de dor, vez ou outra ele voltava a me beijar, me obrigando a sentir o gosto amargo do meu próprio sangue. Não sabia quanto tempo tinha passado, poderiam ser alguns poucos minutos, mas a impressão que eu tinha era de que já estava a horas naquela tortura, cada músculo do meu corpo estava tenso, cada junta encolhida, porém meu desespero não estava sendo nada comparado ao momento que o vi abaixando a calça do kimono, e minha calcinha ser arrancada em um puxão.

– Não Komuro, - supliquei sem ao menos me importar de fingir não saber seu nome - não faça isso, não posso, eu…

– Ora, sabe meu nome. - ele encostou aquela coisa quente em mim, e meu corpo tremeu de medo - Shu, - ele começou perto do meu ouvido - devo imaginar que ainda é virgem minha Sakura, não se preocupe, serei bem direto.

E antes que eu pudesse sequer pensar, senti ele entrando com tudo dentro de mim. Nesse momento ouvi um grito grotesco como de um animal sendo ferido gravemente, só depois percebi que era meu grito de dor.

~#~

Um ninja saiu da estufa por uma abertura quase invisível no teto, Shikamaru se colocou em posição conforme o plano, olhei para Naruto que já estava em modo Senin e fiz um sinal com a cabeça. Em um instante apareci na frente dos ninjas que estavam mais próximos da entrada, eles ficaram atônimos por uns instante antes de me atacar, do outro lado, Naruto fez o mesmo, quando olhei para trás não vi Shikamaru que já devia ter entrado. Rapidamente comecei a atacar os ninjas ferindo alguns, desmaiando outros, saltei para dentro da estufa pela entrada do teto, quando de repente vejo Naruto atingir um pequeno Rasengan em um dos ninjas que foi jogado para trás e acabou quebrando grande parte de uma parede de vidro, enquanto um grupo veio atrás de mim, poucos segundos depois dois alçapões são abertos e mais homens começam a sair.

– Naruto seu baka! Qual a parte de “invasão silenciosa” você não consegue entender? - quase gritei enquanto ia me livrando daqueles que estavam chegando.

– Não precisa falar assim teme! Eu só calculei mal! - ele verdadeiramente gritou de volta.

Continuei atacando, meu objetivo era me livrar logo daqueles encostos e invadir o lugar, quando escutei um grito que me fez congelar, em toda minha vida nunca ouvi algo tão agoniante para os meus ouvidos, dentre todos que eu havia escutado, aquele com certeza me pareceu o mais doloroso. Antes mesmo de pensar, meus pés já estavam correndo para uma das entradas, enquanto projeitei um grande Chidori atingindo todos que entravam na minha frente, entrei pela escada sem ao menos perceber, a passagem do corredor estava repleta de ninjas, porém em menos de um minutos saí dali deixando todos no chão.

Comecei a andar pelo lugar vendo uns corpos no caídos no caminho, provavelmente trabalho de Shikamaru, segui o barulho de um choramingo que me levou a parte mais afastada do lugar. Quando finalmente encontrei o cômodo que procurava, puxei a porta violentamente pelo trilho, fazendo o trinco se quebrar. Sakura estava sendo imobilizada na parede por aquele homem, não usava suas roupas normais, e sim um kimono verde claro com o cabelo perfeitamente arrumado, poderia dizer até que ela estava bem, se não fosse pelas lágrimas que desciam pelo seu rosto assustado.

– Solta ela. - grungir pelos dentes.

– Uchiha, imaginei mesmo que seria você a resgatá-la. - ele falou com a face ainda voltada para ela.

– Solta ela, agora. - assim que acabei de falar, Sakura soltou mais um grito de desesperado.

– Sabe, os Genjutsus do Sharingan aliados com os normais são bem úteis para se subjugar alguém. - ele soltou os pulsos de Sakura, passando a mão por sua bochecha.

– Agora já chega. - falei assim que percebi que estava a torturando.

Fiz os selos necessários e o estalado do Chidori começou a zumbir, corri em sua direção, mirando em seu peito, entretanto ele girou o corpo de Sakura usando como um escudo, minha mão parou centímetros da sua clavícula, olhei para seu rosto contorcido como se estivesse com nojo, não parava de sair lágrimas dos seus olhos arregalados, sabia que não era a mim que ela realmente olhava. Ele a segurou pela cintura e saiu correndo pela outra porta, comigo atrás, usando o corpo de Sakura o tempo todo como escudo. Em poucos minutos ele estava saíndo pela abertura do alçapão, indo diretamente para a abertura no teto, quando alcançou a borda da clareira, virou a cabeça para trás.

– Você é rápido de mais para mim. - gritou.

Logo em seguida segurou Sakura pelos tornozelos e a arremessou em direção a caixa de vidro, saltei pegando-a no colo e ativando o Sussanoo antes de colidir com a construção. Ao tocar o chão, me abaxei para verificá-la, porém ele começou a fugir.

– Cuide da Sakura.

Chamei o clone mais próximo de Naruto, deixando-a em seu braço antes de ir para minha perseguição, fazia muito tempo desda da última vez que quis matar alguém. Sem o peso da Sakura ele tinha ficado um pouco mais rápido, mas não era o suficiente, continuei avançado e quando estava quase o alcançando ele saltou para uma arvore e se virou.

– Uchiha, não sou burro de lutar com você, sei que suas habilidades superam as minhas. - ele puxou uma pequena caixa preta do bolso. - Será que seus amigos se lembram do meu habito de explodir aquilo que não me serve mais? - ele jogou a caixa aos pés, quando olhei para baixo, vi uma contagem regressiva de dois minutos.

– Seu desgraçado. - falei e dei um passo a frente.

– Vai mesmo vim atrás de mim mesmo sabendo que seu querido amigo e Sakura vão ser explodidos em pouco tempo? - ele sorriu presunçoso quando me viu parando. - Até a próxima vez Sasuke.

– Será a última, vou me assegurar disso. - o ameacei e ele se virou correndo.

Quando cheguei de volta a clareira não havia mais inimigos em pé, Naruto estava agachado em um canto mexendo com Sakura, que continuava chorando de olhos arregalados, fui diretamente em sua direção e ativei novamente o Sussano.

– Naruto, isso vai explodir. - falei apressado, me abaixando para verificar Sakura.

– Vou avisar meu original.

Ele se desfez em uma nuvem de fumaça, peguei Sakura com o braço e a apoiei da maneira mais confortável possível em cima do ombro, teria de desfazer o Genjutsu depois. Naruto e Shikamaru saíram ambos cobertos com o manto da Kyubbi, saímos andado antes do prédio explodir a menos de cinquenta metros de distância. Andamos por mais alguns metros quando achei seguro parar, Encostei Sakura no troco de uma árvore e observei seu rosto, Naruto se aproximou se agachando ao meu lado, sendo seguido por Shikamaru.

– Sasuke, o que aconteceu com a Sakura-chan?

– Ela está dentro de alucinações de um Genjutsu. - fiz o selo necessário e coloquei meu dedos em sua testa, como imaginei, não houve nenhuma melhora. - É mesma técnica usada no ANBU, vou desfaze-la.

– Mas isso não geraria um colapso nervoso? - perguntou Shikamaru.

– Talvez, não acho que ela estava muito tempo sobre efeito dessa técnica.

– Então não seria melhor esperamos até termos um ninja médico pra ajudar a Sakura-chan?

– E devemos deixá-la sendo torturada seu baka? - ironizei a pergunta, enquanto ele fez um bico de inconformação.

– Voltaremos para a aldeia, Ino ainda deve estar com a equipe médica por lá. - falou Shikamaru.

Acenti com a cabeça, segurei o queixo de Sakura com a mão e virei em minha direção, ativei o Sharingan e adentrei na sua mente, não acreditando no que estava vendo. Sakura estava no mesmo quarto de quando tinha a encontrado, porém numa situação completamente diferente. Ao invés de perfeitamente vestida com o kimono, ela se encontrava nua com as roupas jogadas no chão, aquele desgraçado também não vestia nenhuma peça de roupa. Sakura estava de quatro com o tronco apoiado na mesa de centro, com diversas travessas de comida caídas no chão ao seu redor, suas mãos estavam amarradas nas costas com um tecido vermelho, diversas marcas roxas ou vermelhas com o formato de mãos espalhavam por sua pele, ainda com mordidas que abriram feridas na carne.

Ele pressionava seu pescoço contra a madeira, enquanto a estocava violentamente por trás, usando a mão livre para lhe apertar o quadril, ela por sua vez não parava de chorar, ou de gemer de dor. Senti nojo da mente doentia daquele homem, repulsa por suas intenções, e ódio da sua existência, fazia um tempo que abandonei a sensação de garganta fechada e respiração pesada que o ódio me causava, mas vendo aquela imagem todas minha reações voltaram como se nunca tivessem ido embora. Eu, com certeza, queria matá-lo, matá-lo como se elimina um verme parasita que empesteia uma plantação. Fui regredindo o Genjutsu até o inicio, vendo diversas cenas de atrocidades que ele havia implantado na mente de Sakura, momentos de choro e súplica. Eu não só queria, como mataria esse bastardo.

Quando finalmente cheguei na imagem daquele maldito olho pude quebrar o jutsu, Sakura berrou se jogando contra a arvore, seus olhos arregalados percorreram o ambiente como um animal acuado. Ela mirou o rosto sereno de Shikamaru, o sorriso calmo de Naruto afim de confortá-la, e a mim, sabia que estava com uma expressão menos apática, muito provavelmente pintada de fúria.

– S-Sasuke-kun? - ela falou com uma nova onda de lágrimas caíndo pelos seus olhos.

– Sou eu. - a respondi.


Depois de ouvir minha resposta, ela abraçou o próprio corpo e começou a chorar, seus dedos repuxavam o tecido do kimono, enquanto sua boca tremia. Particularmente não sabia como consolá-la, mas não foi necessário uma reação da minha parte já que ela jogou a cabeça para deitar em meu colo, rapidamente senti o tecido da calça gelar com as lágrimas que derramava, ela virava a cabeça e gritava contra a minha perna, apertando os braços em torno da própria cintura. Encarei Naruto, que olhava para Sakura com afeto, preocupação e até um pouco assustado com a reação, normal já que ele não sabia o que estava se passando dentro da mente dela; observei novamente seu rosto, e senti o meu próprio formar uma carranca de ódio, levei minha mão até sua cabeça e comecei a mexer nos seus cabelos, assim como minha mãe fazia comigo na infância quando eu me machucava. Por enquanto, a melhor coisa que eu poderia fazer era passar meus dedos entre os fios rosados.


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Notas finais do capítulo

POR ESSA VOCÊS NÃO ESPERAVAM!
Queria ser uma mosquinha pra ver a cara de vocês lendo esse "estrupo". "Nossa Mariana como você é má, agora ela vai ficar traumatizada!" Relaxem gente, ela pode tar mal, mas Sakura tem uma das mentes mais fortes de Naruto, só é lembrar de como ele se livrou da técnica da Ino no exame chunnin ou da habilidade que ela desenvolveu para reconhecer genjutsu. "E por que ela não reconheceu esse?" Simples, genjutsu do sharingan é mais forte que os outros.

PS.: apesar da roupa, maquiagem e penteado Sakura não estava vestida de gueixa, já que a maquiagem se resumia a sombra prata delineador preto e batom vermelho, ela só usava roupas tradicionais.

Beijos e até o próximo capítulo!