A Nova Uchiha escrita por Mrs Fox


Capítulo 13
Thirteen


Notas iniciais do capítulo

Yo gente! Como vocês tão?
Hoje as notas iniciais só vai ser isso mesmo, porque to sobre efeito da farra de ontem//hoje. (inventei de sair do meu casulo chamado casa)

Desculpa pelos erros e boa leitura.



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Por algum motivo desconhecido, minhas pálpebras estavam pesadas. Não pesadas quando como você passou dias dormindo mal e finalmente quando tem uma boa noite de sono não quer acordar, ou quando estava tendo um sonho bom e alguém insiste em te acordar, mas para não perder aquele ritmo você acaba permanecendo com olho fechado na esperança de poder voltar para o sonho. Na verdade elas estavam pesadas como se eu não conseguisse abrir, igual à um bebê que tenta ver o rosto de sua mãe pela primeira vez, isso tudo porque eu estava drogada. Tentei me lembrar dos últimos acontecimentos ocorridos: eu andando à noite, entrando no templo para rezar e sendo capturada.

Por sorte tudo tinha ocorrido conforme o planejado, apesar que parando para pensar, mesmo que tivesse sido tudo parte do plano ele tinha recursos para me sequestrar caso surgisse uma oportunidade. Me sentei na cama sentindo o corpo responder devagar aos meus comandos, finalmente abrir os olhos, estava em um quarto iluminado somente por um abaju, ele era todo de madeira, tendo em uma das paredes um grande guarda-roupa e uma penteadeira, a janela do como estava fechada por tábuas de madeira com uma mesa em baixo, ao lado uma grande estante cheia de livros e pergaminhos, a cama era de solteiro, porém bem confortável. O comodo em si era confortável, estava limpo e conservado, desconsiderando a janela fechada com tábuas de madeira poderia dizer que era o quarto de uma casa qualquer.

Me levantei da cama, foi ai que percebi que não usava meu o uniforme ninja, ao invés estava com uma calça creme de tecido grosso colada ao corpo e uma blusa branca de manga comprida com dois bolsos, vi uma sapatilha no canto do quarto e calcei. Andei pelo comodo tentando achar alguma saída fora a porta sem sucesso, essa que por sua vez estava trancada. Voltei a me sentar na cama com a ideia de infundir chakra e tentar verificar a área ao meu redor, porém não conseguir. Tentei mais algumas vezes, entretanto de alguma forma continuou dando errado, até que uma ideia passou pela minha cabeça, e pela primeira vez me assustei naquele dia. Fiz os selos rápidos com a mão para um jutsu simples, mas nada, nenhum brilho verde, eles tinham de alguma forma bloqueado meu chakra.

Aquilo não era bom, ninjas só fazem o que fazem por conta do chakra, ainda que tenhamos técnicas de luta corporal e saibámos manusear armas, as técnicas só se tornam poderosas com chakra, sem eles não passamos de civis que sabem arremessar lâminas com bons reflexos. Porém, era muito melhor ser isso do que ser nada, comecei a olhar por todo quarto a procura de qualquer coisa que pudesse ser usada como arma, o guarda roupa estava abarrotado de roupas e sapatos, a penteadeira de cremes hidratantes, perfumes e maquiagem; e em nenhum dos dois tinha sequer uma tesoura. Suspirei, não estava nos meus planos ficar presa e cativeiro sem ter alguma maneira de me defender.

Ouvi barulho de passos no corredor indo em direção a porta do quarto, abrir a porta do guarda roupa e peguei um cachecol verde-mar jogando por cima do ombro, aquilo poderia ter serventia, quem sabe enforcar alguém. Tentei manter a posse mais confiante que eu tinha no momento quando escutei uma chave sendo rodada na porta e a maçaneta se mexeu.

– Sakura-san, espero que tenha dormido bem. - ele tinha um sorriso calmo no rosto. - Oh, esse cachecol ficou muito bom em você, combina com seus olhos.

– O que você fez com o meu chakra?

– Não fique irritada minha querida, só achei que você não seria muito cooperativa comigo até se tornar leal a mim, então usei um selo especial para evitar transtornos futuros.

Eu sabia uma quantidade de jutsus que produziam selos com esse podem, sempre era delicados de se fazer graças as quantidades precisas de chakra que devem ser usadas, e por serem assim tão complicados nem sempre tinham efeitos duradouros, presumindo que ele não tivesse um bom controle de chakra para esse tipo de jutsu e que não conhecessem nenhum muito poderoso - o que eu duvidava - eu não poderia usar chakra por pelo menos uma semana, mesmo com meu Byakugou.

– O que você quer comigo?

– Achei que já tinha respondido isso uma vez.

– Você entendeu muito bem a minha pergunta. - falei cruzando os braços. - Por que justamente eu?

– Responderei se você aceitar almoçar comigo.

Ele andou até mim oferecendo seu braço para eu segurá-lo, olhei para o rosto dele tentando avaliar a veracidade da proposta, vi um sorriso presunçoso surgir no seu rosto e fiz uma careta, me inclinando para longe daquele rosto.

– Sakura querida, você está sem chance de defesa, é melhor me obedecer. - ele disse apontando o cotovelo para mim, suspirei e o segurei relutante, tentando manter a maior distância possível dele.

Andamos pela casa,que por sinal era bem grande, mobiliada e confortável, assim como o quarto só não parecia uma casa normal por conta das janelas vedadas, e pelas portas com grandes trancas de metal.

– Se está procurando um lugar para fugir, vou logo adiantando que não tem saída. - ele falou me olhando pelo canto do olho.

Bufei, tinha sido recomendação do Shikamaru achar um modo de escapatória, e mesmo que não houvesse uma aparente, iria descobrir. Entramos em um cômodo com uma grande mesa repleta de diferentes tipos de comida, do outro lado uma mulher com uniforme de empregada, ela era a primeira pessoa que eu via naquele lugar. Ele se sentou a mesa e balançou a cabeça para que eu fizesse o mesmo, fiquei parada enquanto ele começou a comer, de forma muito elegante para um ninja.

– A comida não está envenenada Sakura querida, minha irmã não está por aqui. - ele falou calmamente antes de colocar um pedaço de carne na boca.

Olhei para os hashis em cima da mesa, não confiava nele e seu jeito me lembrava o de um maníaco ou algo do tipo, estava quase decidida a não comer até que dois homens pararam ao meu lado, olhei novamente para o meu anfitrião que estava calmo, mas por algum motivo senti que ele me obrigaria a comer caso achasse necessário. Ficar com fome também não ajudaria em nada, só me deixaria mais fraca do que já estava, comi em silêncio cheirando tudo discretamente antes colocar na boca, para evitar que qualquer substância fosse ingerida, terminei e ele continuava a comer, observei que a quantidade de comida que ele ingeria me lembrava a do guloso do Chouji, porém seu físico estava bem longe de alguém gordo, ao contrário, ele obviamente treinava com frequência.

– Você disse que ia responder a minha pergunta. - falei tirando sua concentração do prato de comida.

– Ah, gomen querida, tinha me esquecido. - ele colocou os hashis novamente na mesa, pegando um guardanapo e limpando calmamente. - Sakura-san, você tem uma inteligência acima da média, além de ser uma das melhores ninjas médicas no mundo ninja juntamente com a Goidame Hokage, a única kunoichi da sua geração da vila de Konoha a se tornar Jounin, por tanto você é a única com capacidade para ser a minha esposa.

– Se você acha que eu vou aceitar isso tão facilmente está engando. - falei indignada.

– Bom, foi relativamente fácil trazer você para cá.

– Eu tenho certeza que tem uma equipe de resgate nesse momento vindo atrás de mim. - não pude deixar de sorrir um pouco com a minha ameça.

– Isso se eles conseguirem acharem esse lugar, caso contrário terei tempo o suficiente para te conquistar Sakura querida. Ora, não faça essa cara como se isto fosse impossível, essa é uma tradição da minha família, e não serei eu a quebrá-lo.

– Pode desistir dessa tradição, comigo você não vai conseguir nada. - e apesar de falar essas palavras baixinho, tinha segurança que eram verdadeiras.

– Você é tão inocente. - ele se levantou da sua almofada e andou até mim, se sentando do meu lado. - Inocente e bonita. - senti sua mão tocar a minha bochecha e congelei com o toque - Eu te conquistarei do mesmo modo, que meu pai fez com minha mãe. - ele sem aproximou mais, sussurrando no meu ouvido, tive de me conter para não me afastar dele e me isolar em um canto. - E então você é que pedirá para ficar comigo. - ele encostou o nariz no meu pescoço, e na hora que tentei me afastar usou a mão na bochecha para me segurar no lugar. - Ah não ser que as histórias que eu ouvi sobre a sua paixão pelo o Uchiha sejam verdadeiras, e eu espero que não Sakura-san, quero te ter o mais rápido possível. Vocês dois, a leve para o quarto. - senti meus braços serem apertados e fui puxada para ficar em pé com força. - Mais cuidado, Sakura é uma flor delicada. - ele pegou um pequena flor do campo que estava no vaso sobre a mesa e a colocou no meu cabelo, próximo a orelha. - Agora eu tenho de ir trabalhar, nos falamos de noite.

Ele deu um último sorriso antes de sair do cômodo. Fui arrastada de volta para o quarto, dessa vez por um caminho bem mais direto, sem tanta volta. Depois de me trancarem no quarto, ouvi os passos se afastando no corredor, arranquei a flor do cabelo, jogando em um canto do quarto, coloquei a mão no bolso e sorri, eles era capangas tão automáticos que nem pensaram em me revistar, um descuido equivalente ao do seu chefe que comia distraído; a faca não era grande e estava muito bem afiada, perfeito.

~#~

– Sou eu Sasuke. - ouvi Shimakamu dizer e guardei a kunai no coldre.

– Caramba Sasuke, você nunca relaxa. - falou Naruto num galho próximo ao o que eu estava.

– Porque não sou descuidado como você. - falei vendo Naruto fazer cara feia.

– Que problemático vocês… - Shikamaru falou de um outro galho. - Já tenho um plano de ação.

– E qual é o plano? - perguntou Naruto se sentando do meu lado.

– Casa em que eles estão continua cercada, um ninja a cada metro no perímetro, a troca de turno é feita cada um por vez, o que é bem inteligente, porém nenhum parece ser problema. Acho melhor mantermos essas distância de um 1 quilômetro, pelo tipo de sequestro dele duvido que tenha um ninja rastreador muito poderoso, assim ficaremos longe do alcance.

– Quanto tempo deixaremos a Sakura com eles? - perguntei.

– Iremos atrás dela dentro de dois dias, é tempo o suficiente para Konoha fosse avisada, enviasse uma equipe e o esconderijo fosse encontrado. Vamos invadir à noite, que é o procedimento padrão para uma equipe de resgate, eu irei procurar alguma coisa que ajude a acabar com o problema enquanto vocês dois procuram por Sakura. Bom, vou dormir um pouco…

Ele saltou indo em direção ao local que tinhamos montado acampamento, continuei sentado no galho com Naruto do meu lado quieto meu lado.

– O que você tem? - perguntei, não estava acostumado com um Naruto calado.

– Só estou preocupado, com a Sakura-chan e a Hina também. - ele deu um sorriso fraco.

– Naruto, Hinata está grávida, não doente. E Sakura sabe se cuidar.

– A gravidez de Hinata é de risco Sasuke. - olhei surpreso, ele não tinha me dito isso. - E eu sei que Sakura sabe se cuidar, mas como amigo eu tenho o direito de ficar preocupado, certo? - ele perguntou como se pedisse permissão.

– Ela vai ficar bem.

Falei simplesmente, só restava saber se era para acalmar a ele, ou a mim mesmo.

~#~

Tentar transformar a madeira dos pincéis em armas pontudas não estava sendo muito fácil, entretanto de alguma forma eu tinha conseguido. Ouvi batidas de leve na porta, então joguei todo material rapidamente dentro da gaveta enquanto ouvi a chave virar dentro da porta, me levantei rapidamente e fiquei encarando a pedra sendo aberta, era a mesma mulher que estava na sala de jantar na hora do almoço. Ela trazia um carrinho com uma bandeja cheia de comida e um buquê de flores na parte inferior.

– Komuro-sama pediu para lhe trazer o jantar no quarto.

Komuro, então esse era o nome dele. Ela colocou cuidadosamente a bandeja na mesa, e pareceu não perceber o resto de farpas, pegou o buquê de rosas e me entregou avisando que voltaria em uma hora para buscar a bandeja. vi que no meio das flores tinha um bilhete então abrir para ver o conteúdo:

“Querida Sakura, sei que tinha prometido jantar à sua companhia, porém o trabalho não permitiu. Para me redimir, amanhã te levarei para almoçar numa parte especial da casa. Espero que goste das flores, são da cor de seus cabelos.”

Joguei as flores e o bilhete em um canto qualquer do quarto e fui em direção a comida, infelizmente tudo já estava cortado, o que significa: sem faca. Comi o necessário e me deitei na cama, depois que a empregada vinhesse buscar a bandeja eu voltaria ao meu trabalho

[...]

Eu não sabia muito bem que horas eram quando ouvi as batidas na porta, novamente colocado uma blusa com bolso, parecida com a do dia anterior na esperança de conseguir mais uma faca, também estava com o cachecol, já que era única coisa que eu poderia usar como arma que passasse despercebida. Quando a porta foi aberta, me encontrava sentada na cama abraçando minha próprias pernas, o tal de Komuro veio sorrindo até a minha cama, como se estivesse empolgado com um grande programa de fim de semana.

– Sakura-san, linda como sempre. E vejo que você realmente gostou desse cachecol. - ele estendeu o cotovelo como no dia anterior, mas eu não fiz nenhum movimento como se fosse segurá-lo. - Vamos querida, segure meu braço. - aquele pedido parecia mais uma ordem, então assim eu fiz.

Andamos por um corredor que estranhamente tinha o teto muito mais alto que o dos outros cômodos, até chegarmos a uma escada pequena de madeira, por um momento achei que ele fosse um maluco que quisesse transpassar o teto, quando vi a alça do que parecia ser uma porta no teto, ele pegou uma chave e girou na fechadura empurrando, logo em seguida o quadrado de madeira. Vi um luz clara entrar no corredor escuro, ele terminou de subir completamente a escada e estendeu a mão para mim, como se quisesse me ajudar, e eu como forma de afronta não aceitei.

O que eu vi quando saí me supreendeu, estavámos dentro de uma estufa gigante, feita completamente de vidro, havia diversos vasos com plantas, canteiro com flores, até mesmo algumas árvores de pequeno porte, no interior vi shinobis, esses escondidos em pontos estratégicos no meio das árvores, olhando para fora das paredes de vidro vi diversos ninjas circulando a estufa, cada um numa distância de um metro do outro, foi quando eu reparei na árvores cobertas de neve do lado de fora e que percebi que a casa era um esconderijo subterrâneo.

– Magnífico não? Um belo lugar para um almoço, infelizmente não pude dispensar a segurança para termos mais privacidade. - ele discursava enquanto eu percorria o olhar pela estufa, procurando alguma entrada ou saída.

– Se a casa é subterrânea, pra que as janelas?

– Janelas criam um ambiente mais natural, além de ser divertido ver as pessoas tentarem escapar inutilmente por elas. - ele falou com toda tranquilidade do mundo.

– Então você traz muitos prisioneiros para cá? - falei despreocupadamente tentando disfarçar a minha verdadeira intenção.

– Só casos especias. - falou sorrindo, eu fiz uma pequena careta imaginando que tipo de casos eram esses - Ora, não fique com ciúmes minha querida, para mim você é o mais especial deles. Venha, vamos comer.

Andamos até o centro da estufa, lá estavam duas outras empregadas e quatro ninjas ao redor da mesa, ele se sentou em uma extremidade e fiz questão de me sentar o mais longe possível. Fiquei quieta relembrando a lista de perguntas que eu tinha feito ontem mentalmente para o encontro do hoje, sabia que teria de investigar as razões dele como se estivesse pisando em ovos, o que significava que eu teria de começar com um assunto nada haver com o que queria saber, tentando fazer ele falar demais.

– Você disse que casar com mulheres inteligentes era uma tradição, o que você quer dizer com isso? - perguntei tentando fazer a melhor cara de curiosa inocente possível.

– Vejo que você está se interessando em saber a história do seu futuro clã, isso me deixa feliz. - ele deu um sorriso sincero - Bom, meu clã nunca foi famoso por suas habilidades, porém sempre tivermos uma grande inteligencia e a capacidade de transmitir o desenvolvimento cerebral dos pais para o filho através de um jutsu. Nós sempre fomos grandes professores, pesquisadores, escritores e cientistas, porém o casamento por amor deixava a possibilidade de casamentos com pessoas, digamos… burras, ocasionando em crianças de pouco capacidade intelectual. Então para manter o nível intelectual da família, criamos a tradição de nos casarmos somente com pessoas de grande inteligência.

– Então vocês se casam com pessoas inteligentes simplesmente para ter filhos inteligentes? - falei com desprezo depois de um certo tempo.

– Não é somente isso querida, nossas contribuíções para o mundo dos shinobis, antes mesmo da criação do sistema de vila, com pesquisas e avanços científicos ajudavam senhores feudais a se protegerem não só dos clãs contratados pelos senhores feudais inimigos, mas também a se protegem de uma possível revolta do próprio clã contratado para os proteger. - fiquei inqueita por alguns segundos para entender aquilo.

– Então vocês são uma espécie de cientistas mercenários. - confirmei e ele sorriu.

– Essa é uma comparação muito rude, éramos contratados para o defender o senhor feudal das mesmo forma que os outros clãs, porém, ao invés de usarmos armas e força física como os outros, fazíamos isso com nossas pesquisas.

– E o que mudou? - ele me olhou como se não entendesse a pergunta. - Se você ainda fizessem esse tipo de trabalho para vilas, haveriam registros, o que mudou?

– Viu só, Sakura-san, - ele apoio o queixo nas mãos cruzadas - por isso não me arrependo ter escolhido você, sua capacidade de raciocínio é invejável. - tentei ignora o calafrio que senti - Respondendo sua pergunta, o sistema de vilas aboliu isso, para as vilas se tornarem legais acordos foram fechados com os senhores feudais, que exigiam lealdade e proteção como condição para o fechamento do acordo, nossos serviços começaram a ser desnecessários. Nenhuma vila nos aceitariam, por conta que nunca tinhamos trabalho somente de um lado, e inteligência não era exclusividade do nosso clã, então cada vila fundou seu próprio centro de pesquisa. Perdemos nosso lugar no mundo ninja.

– Então você está querendo se vingar de todas as vilas, porque a décadas atrás você foram excluídos das vilas? - sabia que estava sendo um pouco sarcástica, mas a minha aversão à vingança sempre me irritava.

– Vingança? - ele riu de leve - Eu não preciso disso, vingança são para aqueles pobre de alma, sem expectativas, de mente vazia. Eu não faço isso por vingança, nem sequer desejo destruir as vilas. Sou um cientista, um pesquisador, um visionário, o meu desejo vai muito além do presente, quero fazer os ninjas evoluírem ao mais próximo da perfeição, nem que tenha que usar a força para isso.

– A força? O que você quer dizer com isso? - tentei disfarçar minha expectativa.

– Vocês está bem curiosa Sakura-san, - ele comentou cínico, provavelmente percebendo minhas intenções - se fosse para outro eu não contaria nada, mas como você é minha futura esposa, um momento terá de saber. Depois que nossas pesquisas se tornaram desnecessárias, muitos do meu clã entraram em depressão e se mataram, quando estávamos praticamente fora do mapa meu bisavô, que ainda era uma criança, resolveu provar que não eramos descartáveis, então começou a buscar para criarmos o ninjas perfeito. Porém nossos métodos são considerados desumanos, e temos de ficar quietos dentro dos nossos laboratórios, mas eu irei mudar isso.

– Então tudo isso que você está fazendo é para o reconhecimento do seu clã?

– Não querida, já falei que sou um visionário, não faço nada por egoísmo como meus antepassados, eu só busco a ciência para a evolução. - seus olhos desmonstravam uma estranha apatia - E você para me ajudar nela. - completou com seu costumeiro sorriso.

– Você está engando se achar que vou trair minha vila, para ajudar um maluco como você. - me levantei em um pulo, e dois ninjas apontaram suas armas para mim.

– Meu pai me contou que minha mãe dizia a mesma coisa, ela era um ninja da areia que tinha missão de investigar o meu pai, mas acontece que ele a capturou e a trouxe para cá. Ela era muito inteligente, não tanto quanto você, mas bem acima da média; e no final eles se apaixonaram, a estufa - ele apontou para o ambiente - foi feita para ela, que era especialista em botânica, e do mesmo jeito que o amor deles nasceu aqui o nosso nascerá, e abandonar a vila será um detalhe insignificante como foi para ela.

– Eu não sou sua mãe, - falei com o tom mais duro que pude - e eu nunca, NUNCA, irei amar você! - gritei em plenos pulmões com toda certeza do mundo.

– Você está enganada querida. - se levantou, apareceu na minha frente - Você me amará, - ele segurou o meu queixo com força - nem que para isso eu tenha que matar todas pessoas que estão no seu coração até sobrar espaço somente para mim. - dizendo isso ele tentou me beijar, porém encolhi meu lábios para dentro da boca, virando o rosto o máximo que consegui sob se aperto.

– Antes disso acontecer, eu prefiro morrer. - sussurrei da melhor forma que pude naquela posição, seu aperto aumentou e seus olhos sorridentes tinham um desejo assassino.

– Você voltará agora para o seu quarto.


Senti duas mãos me segurarem fortemente pelo braços, e diferente do dia anterior que fui levada delicadamente para o quarto, hoje sai me debatendo, enquanto era arrastada.


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Notas finais do capítulo

O capítulo de hoje foi mais calmo, mas agora vocês têm uma ideia do objetivo dessa dupla de irmãos, já tava na hora de desenvolver isso.

Até próxima semana gente!

PS.: Cara, queria deixar clara uma coisa sobre o capítulo anterior que eu acho que vocês não perceberam: aquele foi o primeiro beijo não só da Sakura, mas do Sasuke também. Por isso foi meio "apagado", ele não sabia o que fazer. Nunca imaginei ele se envolvendo com alguém que não fosse a Sakura, por isso tinha que tirar o BV com ela, é isso.