Infinito escrita por Larissa Verlindo


Capítulo 4
04 - Historical Love


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Devo confessar que achei extremamente difícil fazer esse capítulo e que mudei ele umas dez vezes. Inicialmente, eu iria fazê-lo sobre a Revolução Francesa (adoroooo!), mas como estou polêmica ultimamente (e como estou lendo O Menino do Pijama Listrado) decidi fazer sobre Segunda G.M/Nazismo. Claro, não aprofundei nada, mas acho que dá para o gasto.

Perdão pelos erros e espero que gostem!



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Eram tempos difíceis. A Segunda Guerra aterrorizava bastante a população, porém o que assustava de fato eram os temíveis campos de concentração. Claro, o nazismo só assustava realmente aqueles que possuíam etnias diferentes – mas, principalmente, os judeus – e eram perseguidos por isso, mas isso não impedia o resto do povo de temer, também. Muitos acabavam fugindo, largavam suas vidas e se refugiavam em locais distantes e de difícil acesso. Tudo para escapar da morte.

Em um lugar afastado, rodeado por quilômetros de diversas espécies de árvores e outras plantas, havia uma pequena casinha. Ela era bem humilde, sua estrutura era de madeira e seu telhado de telhas feitas de barro, havia três pequenas janelas e uma chaminé que era extensão de uma lareira, ainda que essa última não fosse usada; era deveras perigoso, pois a fumaça denunciaria sua localização. Nela moravam duas pessoas. Um casal, para ser mais precisa. Eles haviam “mudado” para ali assim que o número de judeus mortos começaram a aumentar cada vez mais.

Ah, eles só queriam viver em paz! Gostariam de se casar, de ter filhos, poder formar uma família... Eles gostariam, acima de tudo, de ter expectativa de vida.

Mas estaria errado dizer que eles eram totalmente infelizes, porque eles não eram. Momoi Satsuki mantinha seu brilho alegre até nas horas mais difíceis, mostrando que se a vida tentasse derruba-los, ela venceria com um sorriso grande nos lábios. Ela era feliz, pois, não importando o quão ruim os tempos estavam para eles, estava ao lado de Aomine. O seu Aomine. Aquele a viu crescer, que ajudou quando a família foi capturada pelos soldados de Hitler, que a amparou quando sua vizinha e amiga foi morta por defendê-los e que prometeu amá-la mesmo quando não estiver respirando mais.

Com os pensamentos nesse passado não tão distante, mas tão triste, foi inevitável que lágrimas não escorressem pelos olhos de cor magenta* da garota. E ao perceber que sua amada chorava, Aomine imediatamente a abraçou, tentando passar confiança para ela.

— Shhh, não chora, Satsuki — falou, sua voz estava calma e demonstrava carinho. As mãos grandes e fortes passavam pelo seu cabelo, fazendo um cafuné gostoso. — Tudo vai dar certo.

Ela fungou e apertou mais seu rosto contra o peito do marido – eles não haviam casado oficialmente, porém já consideravam um ao outro como marido e mulher.

— Eu sei — a voz saiu trêmula por culpa do choro. — É só que isso tudo é tão injusto! — Levantou seu rosto para olhar os olhos de Aomine. — O que fizemos para sermos caçados desse jeito? É tão errado assim ser diferente, Dai-chan?

Aomine, que sempre tinha respostas na ponta da língua, não soube responder. Já havia feito essa pergunta para si mesmo tantas e tantas vezes... Olhando o choro da sua garota, decidiu, então, que eles não estavam errados. Não. Quem estava errado ali era Hitler. Era as pessoas que o seguiam esse ideal ignorante.

— O errado, Satsuki, é a ignorância deles. Eles podem matar todos nós, judeus, podem matar todos ciganos, todos homossexuais, todos que eles quiserem, mas no final eles ainda irão ser como nós: humanos; quando morrerem, suas carnes irão apodrecer do mesmo modo que a nossa — disse irritado, ainda que controlado para não assustar a mulher. — Eles jamais serão melhores que ninguém. Pelo contrário, fazendo isso eles só estão mostrando como são inferiores — suspirou forte e amaciou a voz: — Essa guerra irá acabar, e então nós vamos nos casar em uma igreja, assim como deve ser. Iremos ter dois filhos e vamos envelhecer juntos enquanto olhamos nossos netos e, quem sabe, bisnetos crescerem. Entendeu? Nós só temos que ter fé.

A rosada o olhou, novas lágrimas brotando em seus olhos, porém essas de felicidade. Sorriu e beijou Aomine, demonstrando seu amor por ele.

— Eu terei fé, Dai-chan. Terei fé por nós.

Porque o amor é capaz de florescer até nos tempos de guerra. E ele irá iluminar a escuridão que domina os corações assustados.


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Notas finais do capítulo

*Magenta: não sei vocês, mas eu classifico a cor dos olhos da Satsuki assim kkkk' Por favor, avisem se eu estiver viajando muito na maionese.

Gente, graças aos céus, minha saúde está melhor. YAYYYYYYY! Aliás, acho que estou ficando forte como um cavalo -qq

Segunda começa o meu cursinho *chora*. Então, se eu já estou meio ausente, a partir de segunda ficarei mais ainda... Terei de fazer milhares e milhares de redações. Orem por mim.

Ah, obrigada pelos comentários, vocês são umas divas mesmo!