Percy Jackson e o Legados dos Grandes Deuses escrita por Dark Swan


Capítulo 15
No frio da noite


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Desculpe pela demora incomum. Tive um final de semana cheio e estou tendi provas esse dias então fica mais complicado postar. Vamos direto ao capítulo, desculpem qualquer erro de grafia e boa leitura.



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Faz dois dias que o Luke e a Annabeth estão em coma.

O que aconteceu lá no abismo ainda era um mistério para mim. Minhas lembranças recentes se perderam entre os pesadelos que me assombram durante a noite.

Tudo o que eu sei foi o que me contaram. Percy e Bryan foram atrás do próprio Tânatos para barganhar por minha liberdade.

Não o vi desde que o clarão surgiu, revelando um anjo de asas negras que me trouxe ao mundo mortal novamente, a imagem ainda me atormentava.

Não fora uma viagem fácil.

Agora cá estou eu, mais uma vez sem lembranças e amigos. As vozes, antes caladas, agora sussurravam em meu subconsciente.

Traidora.

Disso eu me lembrava.

Acontece que Percy e Bryan não deviam ter me tirado de lá. Saindo do Tártaro o acordo estava quebrado e agora todos estavam correndo o dobro de perigo.

Tudo culpa de Tifão?

Não, tudo minha culpa.

Ashley Grace, a causadora de 95% dos males do mundo.

Eu realmente não me lembrava de tudo, mas o pouco que me restou já era suficiente para me fazer desejar me jogar novamente. Quem sabe assim o terror dos deuses me aceitasse como sacrifício e deixasse o mundo em paz...

Agora cá estou eu, diante de mim somente o céu estrelado da costa de Long Island, antigo acampamento Meio-Sangue.

Agora só ruinas.

Não se tem notícias dos campistas desaparecidos, nem de Quíron. Todos os que sobraram agora estavam em choque demais para relatar a tragédia. Se fosse comigo eu também estaria desse jeito. Ou pior.

Arrependimento. O único sentimento que me dominava por agora.

Se eu não tivesse nascido tudo isso seria evitado. Um herói competente teria recuperado a espada no prazo estipulado, teria salvado o Olimpo e ainda por cima destruído Tifão com as próprias mãos.

Eu? Com certeza não sou uma heroína.

Sou um fracasso.

Uma batalha interna era travada no meu interior.

Contar ou omitir?

Sofrer ou fugir?

Lamentar ou agir?

Faces da mesma moeda, dores que agora eu carregava nas minhas costas.

Não havia notícias de Percy ou de Bryan. Tudo indica que estão abrigados em Ogígia.

A simples ideia de ter aquela filha de Atlas como a única salvação dos meus amigos me dava náuseas e raiva.

Um clarão tão forte como o próprio Sol interrompe meus tristes devaneios.

Da luz, surge Apolo. A única pessoa que eu gostaria de ver naquele momento tão difícil.

Lágrimas de felicidade agora escorriam por meu rosto, o alívio se misturava com a dor causando uma sensação que eu nunca havia sentido antes.

–Não chore – sussurrou Apolo, se sentando ao meu lado nas areias fofas da praia do meu antigo lar.

Aninhei-me no meu mais antigo amigo. Aquele que havia cuidado de mim antes mesmo de eu saber meu próprio nome, que havia me ensinado a ser o que eu sou.

Se bem que ele não fez um bom trabalho neste quesito. Afinal, sou uma completa traidora.

Seu abraço quente e seu cheiro caloroso sempre me fizeram cochilar em seus braços macios.

Agora Apolo assumia sua forma na mesma idade que eu, com o mesmo sorriso de sempre. Não importa como ele se apresente aquele brilho sempre estava com ele.

–Vai ficar tudo bem, eles vão voltar. Você irá recuperar a espada, derrotará Tifão e se juntará aos deuses. Voltará para seu lar, o que acha? Não chore, por favor – disse baixinho.

–Como Apolo? Se não consegui realizar nada que me foi pedido. Me joguei no Tártaro, não achei a espada, fui até Bóreas e fui enganada. Tudo o que eu fiz foi colocar os meus amigo entre a vida e a morte! Me diga Apolo, como vou consegui? – falei.

–Com a minha benção, criança – disse a voz que há muito tempo era conhecida por mim.

–Atena? – disse eu, sem me desvencilhar dos braços de Apolo.

Um sorriso se esboçou nos lábios da deusa, que se ajoelhou ao meu lado.

–Os deuses sabem do seu segredo e a não a culpam. Você mais do que ninguém enfrentou perigos inimagináveis, esteve em face com a Morte, resistiu às propostas de Tifão, mesmo que só por algum tempo.

–Eu falhei! – falei um pouco mais alto – Eu traio a todos que eu amo, trai aos deuses, trai a mim mesma eu trai o... Percy.

Lágrimas rolavam sem freio por meu rosto e escorriam pelo meu queixo. Livrei-me dos braços de Apolo e apoiei meu rosto entre joelhos, agora eu já soluçava.

Atena levantou meu rosto com as mãos, a semelhança de Annabeth com ela era incontestável. Seus cabelos em cascatas em suas costas e seus olhos cinzentos faziam dela a deusa mais bonita e nobre do Olimpo. Afrodite que não me ouça.

–Mantenha a calma, pequena. Os deuses não a culpam. Ou quase todos. A questão é: agora tens a minha benção, na hora que uma decisão difícil dever tomar, chame por mim e a ajudarei.

Dito isso, a deusa desapareceu como uma brisa suave.

Voltei para os braços de Apolo, ele me abraçava de lado e me reconfortava. Como nos velhos tempos, tempos esses que seu calor me fazia cair no sono.

–Durma Ashley, você precisa descansar. Ficarei aqui com você, está bem? Sou seu amigo, nunca vou te abandonar – sussurrou o deus.

–Eu sei Apolo, eu sei – falei.

Ainda sentada na areia e aninhada aos braços de meu melhor amigo, deixei meus olhos pesarem e se fecharem gradualmente.

Senti o beijo macio de Apolo em minha testa, antes de deixar os sonhos me tomarem por completo.

No frio da noite, dormi tranquila.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço comentários? Recomendem a história a seus amigos e até o próximo capítulo.



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