Peggy voltou sem Steve.

Steve não usou o comunicador que recebeu para chamar pelo resgate em momento algum naquela noite, o que poderia significar a morte de Steve, e dos soldados que foram capturados pela Hydra. Mas Peggy tem fé nele, ela ainda acha que ele voltará. E sei que devo ter essa mesma crença nele.

Estava terminando um curativo num dos soldados que havia chegado naquela mesma manhã, quando vi várias pessoas passando pela ala hospitalar, todas parecendo ir ver algo. Assim que o soldado estava pronto, fui checar o que estavam vendo, fiquei intrigada ao ver que alguns soldados estavam batendo palmas e dando gritos de celebração. Achei estranho, até que os vi. Vi Steve... e vi Bucky.

Tudo o que eu mais queria era correr e abraça-lo com todas as minhas forças e nunca mais soltar. Mas eu apenas congelei, já fazia tanto tempo desde que nos despedimos. E finalmente o reencontrei, não onde esperava, mas ele estava ali. Tão...vivo. Meu amor estava vivo.

Avistei Coronel Philips se aproximar de Steve e falar algo que não pude ouvir. Nisso entrei na multidão e fui até Bucky, ele estava de costas para mim. Toquei seu ombro, ele se virou depressa, demorou alguns segundos até ele notar quem era. E me abraçou rapidamente, meus braços ao redor do pescoço dele o puxaram mais para perto. E senti os dele na minha cintura ao fazer o mesmo.

–Você está vivo. -eu disse com o rosto colado no dele, em seguida beijando cada parte do rosto esquerdo que consegui, sem deixar de abraça-lo. Ele me soltou um pouco e me beijou.

–Você está uma graça nesse uniforme. -ele disse depois de nos soltarmos, dei uma risada leve. Ele olhou em volta e gritou para todos ouvirem -AI! PALMAS PARA O CAPITÃO AMÉRICA!

E com isso, o lugar se encheu de palmas e gritos de celebração.
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–Você sabe que tem bastante gente que precisa de cuidados, por que é que eu estou aqui? -Bucky perguntou, enquanto se sentava, com os cabelos ainda molhados.

–Por que você, Sargento Barnes, também precisa de cuidados. - eu disse colocando a caixa de remédios ao lado dele.

–Há homens piores do que eu lá fora.

–Sempre haverá homens em situações piores lá fora.

Ele ficou quieto por um tempo, até perguntar:

–A quanto tempo está aqui?

–Me alistei pouco depois de Steve ficar... você sabe... daquele tamanho. Então deve fazer quase um mês.

–Por que? -ele perguntou parecendo decepcionado.

–Por que o que, James?

–Por que foi voluntaria? A razão pela qual vim lutar, era para ter certeza de que você ficaria longe disso. E de que você ficaria segura. - ele disse olhando nos meus olhos e segurando minhas mãos.

–Bucky... você se foi. E logo depois Steve se foi, meus melhores amigos haviam partido para ajudar nosso país, e eu... eu estava em casa fazendo bolos. E quando de importante tem nisso? Saudade não iria traze-lo de volta mais cedo... teria de fazer algo que ajudasse.

Ele apenas assentiu e se levantou.

–Ei, eu ainda não acabei. -ele riu e se sentou novamente, enquanto eu terminava de limpar os cortes. -Bucky...

–Sim?

–O que aconteceu, na fabrica da Hydra? - os olhos dele se avermelharam rapidamente e vi que sua respiração ficou diferente - Tudo bem, não precisa falar.

Ele parecia prestes a chorar, o que seria demais pra mim. Então o abracei e mexi no cabelo dele. Não queria nem imaginar as coisas que ele pode ter passado quando fora sequestrado. Depois que sua respiração voltou ao normal, ele apenas me encarou com um leve sorriso.

–O que foi?

–Eu amo você, Emma.

–Eu também amo você, Bucky.