Pray For Love escrita por Lizzie-chan


Capítulo 8
Capítulo 7 - Happy Together


Notas iniciais do capítulo

E lá vamos nós! Isso está me deixando cada vez mais animada! kkkkk Espero que seja o mesmo pra vocês!
Aqui está um outra música que simplesmente amei da coleção do desafio! Se puderem, ouçam, recomendo demais, é muito gostosa de ouvir (e como nos capítulos anteriores, estava escutando ela enquanto escrevia o capítulo, embora os traços da música só apareçam mesmo mais para o final, mas whatever kkkkk). Feliz ou infelizmente, assim como nos anteriores, fiz direto do que veio na cabeça na hora, e por isso acabei enrolando e deixando o tema da música mais para o final kkkkk.
Mas de qualquer jeito, a música ainda é maravilhosa e deu o tema de hoje, então, apreciem ;D

Boa leitura!
(Título: Felizes juntos)
➢ Dia 11: Happy Together - Turtles



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— Então, eles estão comemorando o quê exatamente? — perguntou Natsu, inclinando a cabeça para o lado, seus cabelos balançando com o vento indo ao mar.

Ele, Lucy e Happy estavam apoiados na pequena grade de proteção de um mirante que dava para o mar abaixo, numa região onde ainda não havia portos. O vento de fim noturno seguia para o oceano devido à mudança de temperatura, jogando seus cabelos no rosto e bagunçando o rabo de cavalo da loira.

Estava uma noite bem bonita, com estrelas pontilhando o céu. Atrás dos três, as ruas eram só cantoria e animação. Um grupo de músicos descia e subia com sua percussão, trombetas e instrumentos de corda, sendo seguidos de perto por um grupo animado de dançarinos e público, todos misturados dançando em fila indiana.

Os enfeites e bandeirinhas pendurados pelas ruas junto com as lanternas coloridas adquiriam uma matiz de cores diversas e balançavam junto à música, como se também dançassem, e Lucy tinha certeza de que, depois das festas da Fairy Tail, aquela com certeza era sua favorita.

— Parece que é o ano próspero — respondeu, soltando um suspiro para si mesma. Ainda observava a cena das luzes e da lua refletidas no mar, agora de um negro tão profundo que era facilmente confundido com o horizonte.

Queria ter tido tempo de pegar sua câmera antes de partirem. Sendo usada para o trabalho, era um modelo profissional, e a imagem ficava realmente linda, assim, registraria de modo fiel aquela paisagem tão bonita. Lucy adorava cenários, embora gostasse mais de escrever do que de tirar fotos. Bem, decidiu, iria usar aquela paisagem em seu livro. Era realmente encantadora.

— Vamos descer a rua? — pediu Happy, puxando sua manga para chamar a atenção da loira. — Acho que tá acontecendo uma feirinha lá embaixo. Deve ter peixe pra comer!

Lucy soltou uma risada. Ai, ai, Happy sempre estava atrás de peixe. Assentindo, começou a segui-lo, chamando Natsu enquanto o fazia. O mago soltou as mãos da proteção de madeira do mirante e as colocou na nuca, mexendo um pouco o pescoço para estralá-lo. Então bocejou e começou a segui-los na descida do mirante, pela rua apinhada. As pessoas andavam de um lado para outro usando roupas típicas com máscaras de monstros penduradas no pescoço e dando risada.

Não demorou muito para chegarem à praça principal, um segundo mirante mais baixo. Havia um palco ao canto, claramente reservado para a banda que estava passeando pelo público e que provavelmente logo tomaria seu posto para o pequeno baile noturno. Enquanto isso, a praça era ocupada por uma miríade de barraquinhas, alguns restaurantes abertos e lindamente iluminados por velas e algumas atrações ambulantes aqui e acolá, como um homem sobre um monociclo e um mágico.

Não é necessário apontar que Natsu e Happy foram imediatamente atraídos para o mágico. Os dois saíram saltitando até o círculo de crianças, parando do lado. Lucy os alcançou rapidamente, desviando dos transeuntes e de suas sacolas de lembrancinhas e petiscos, chegando a tempo de observar o olhar entediado que os dois fizeram ao ver o mágico simplesmente retirar uma carta da manga.

— Eles chamam esse tipo de coisa de magia? — perguntou Natsu, revirando os olhos. Happy cruzou os braços sobre suas roupas, fechando os olhos e assentindo em concordância. Claro, os dois nunca foram muito discretos, levando o pobre mágico a ouvir suas palavras, e uma réplica foi inevitável:

— Vocês acham que podem fazer melhor, é? — perguntou o senhor, levantando uma sobrancelha, que desapareceu sob sua cartola torta.

Ah, esqueçam a parte do pobre. Aquele parecia um mágico simplesmente vingativo.

— E podemos — afirmou o dragão de fogo, ao que Happy assentiu novamente com a cabeça.

— M-meninos, eu não sei se isso é uma boa ideia... — começou Lucy, levantando uma mão para segurar o ombro de Natsu, mas o garoto já estava andando em direção ao centro de crianças acompanhado por Happy. Não demorou mais do que alguns segundos para que começassem o show pirotécnico, sendo aberto por argolas em chamas voadoras as quais Happy atravessou em seu vôo baixo.

A primeira reação do mágico foi cair para trás e colocar um braço em frente ao rosto, como que tentando se defender. Então, gritou:

— V-você está cuspindo fogo pela boca! — Isso foi um tanto redundante, mas Lucy preferiu guardar o fato para si mesma.

Enquanto as crianças gritavam e batiam palmas e alguns adultos paravam para observar, parecendo tão maravilhados quando os pequenos, uma mão tocou o ombro da maga estelar, fazendo-a levar um susto. A garota virou para trás após soltar um pequeno gritinho, deparando-se com um rapaz um pouco mais alto que ela de cabelos castanhos e olhos incrivelmente azuis.

— D-desculpe, eu não queria te assustar... — ele murmurou, parecendo tão surpreso quanto ela devido a sua reação.

— Ah, tudo bem — respondeu a garota, passando uma das mãos pelos cabelos nervosamente. — Você queria me chamar?

— Sim... É que já vão começar a tocar — avisou, apontando para o palco do outro lado da praça, onde por algum milagre os músicos estavam começando a se instalar, já com um grande público aos saltos na frente. — E eu queria saber se você gostaria de dançar comigo, senhorita...

— Lucy — disse, após alguns instantes de surpresa, dando um sorriso pequeno. Ele estava sendo muito fofo e sua atitude cortês a estava lembrando o maravilhoso trio da Blue Pegasus por algum motivo. — Claro, vamos dançar.

O garoto soltou um sorriso radiante diante de sua aceitação, estendendo uma mão e segurando-a pelo braço para puxá-la para o meio da multidão que esperava pela música. Demorou menos do que um minuto para que a banda começasse a entoar uma balada dançante, e Lucy apoiou as mãos nos ombros do garoto loiro enquanto balançava os cabelos e pulava, permitindo que ele ousadamente colocasse as dele em sua cintura.

Algumas pessoas estavam pisando em seu pé, fazendo-a tropeçar de vez em quando, mas tudo bem, porque ela também estava pisando no pé dos outros e era assim que as baladas festivas funcionavam. Por conhecer a música que estava sendo tocada — um hit cujo lançamento ela teve de cobrir para a Weekly Sorcerer há alguns meses —, a Heartfillia se permitiu ecoar o canto, pulando feliz de um lado para o outro.

Sua alegria durou até pouco depois do segundo refrão, quando as pessoas ao seu redor dispersaram um pouco, sendo afastadas por mãos em chamas e uma voz esganiçada e irritada:

Luce, cadê você? — chamou Natsu, assustando o público ao redor. Por ser um tumulto relativamente isolado, a banda o ignorou e continuou a música, mas Lucy percebeu em choque quando o rosado se aproximou dela, olhando-a irritado.

No susto, a garota havia pulado para frente, caindo contra o peito do desconhecido, e agora os dois pareciam estar abraçados de um modo parcialmente desconfortável. Na opinião de Lucy, era uma posição bem ridícula, mas o dragão de fogo não deu qualquer risada ao fuzilar os dois com seus olhos em chamas.

— Luce, você devia ter nos chamado — afirmou categoricamente, cruzando os braços, a expressão ainda dura. Happy chegou nesse momento, parando esbaforido ao lado do amigo, e observou a cena com certa incredulidade.

— Lucy, você está saindo com outra pessoa? — perguntou, inclinando a cabeça levemente para o lado.

— E-eu não estou saindo com ninguém — apressou-se ela em dizer, empurrando o garoto abruptamente para longe de si. O desconhecido tropeçou para trás, batendo as costas num casal que dançava. O homem se virou, irritado, e começou um argumento bravo, recebendo em seguida um soco de Natsu (sem qualquer motivo, por sinal) e caindo sobre outro casal.

Mais um minuto e a algazarra já estava feita. Sinceramente, Lucy achava que aquele tipo de coisa só acontecia na Fairy Tail, mas aparentemente havia idiotas em todos os lugares.

Por algum motivo desconhecido, a banda continuou a tocar animadamente no palco, parecendo ainda mais excitada pelo “calor humano” sendo trocado na plateia, e antes que pudesse piscar novamente, a loira percebeu que Natsu e Happy haviam sumido no meio da confusão.

Começou a andar ao redor, relativamente confusa, tentando evitar socos e chutes perdidos. Por que eles sempre faziam as coisas terminarem em briga? Não que isso não fosse nostálgico, mas pelo menos era num ambiente fechado e controlado como o prédio da guilda — que, aliás, ela se perguntava como nunca antes viera abaixo com as barbaridades que faziam dentro. Uma vez Erza até decidira lutar contra a parede ou a pilastra, algo do gênero...

Antes que pudesse achar uma mancha de cabelos rosa, um homem caiu a seus pés, fazendo-a soltar uma exclamação assustada. Ele rapidamente se levantou, franzindo a testa para quem quer que seja que o havia jogado sobre o piso de paralelepípedos. Então virou para a garota e disse:

— Com licença, será que pode me emprestar a sua saia?

Ele estava pelado, mas não foi isso que a fez gritar:

Gray!

— Hã? Ah... — O moreno arregalou os olhos, encarando-a de cima a baixo. — Lucy!

— Gray-sama! — Surgiu Juvia do meio da multidão, a expressão chorosa, e agarrou seu braço no momento em que estava ao seu alcance.

— Há quanto tempo! — comentou o mago de gelo, dando um largo sorriso.

— Hm... Será que podemos conversar quando você estiver vestido? — perguntou a garota, soltando um riso nervoso e evitando olhar para ele.

— Rival no amor... — suspirou a garota de cabelos azuis, olhando-a surpresa.

— Ah, ok — concordou Gray, como se aquilo não fosse nada de mais. E marcaram de se encontrar no dia seguinte, naquele mesmo lugar.

~*~

— E como ele estava? — perguntou Happy, sonolento, encolhido sob as cobertas.

Havia demorado um tempo razoavelmente longo para a garota conseguir encontrá-los, e a madrugada já se estendia do lado de fora de sua janela. Lucy sorriu, afagando atrás da orelha do gato carinhosamente.

— Ele estava bem. Mais alto, com uma cicatriz nova perto da sobrancelha, mas bem — descreveu de modo sucinto. — Juvia também estava bem, sem nenhum arranhão. O que quer tenha acontecido, ele deve ter protegido ela.

— O Gray? Ele é só... Um... — começou o gato, os olhos já fechados. — Cafajeste... — murmurou por fim.

Lucy deu uma risada nervosa enquanto ele caía no sono, perguntando-se onde ele poderia ter aprendido aquela palavra. Antes que chegasse a qualquer conclusão, Natsu saiu do banheiro, uma toalha pendurada em seu pescoço e os cabelos pingando. Vestia uma bermuda velha furada na coxa e seus pés estavam calçados em chinelos de dedo pretos.

— Lucy — cumprimentou, seguindo para a sacada em seguida. A garota o olhou curiosa antes de se levantar da cama, se certificando de não acordar o gato, e então indo em seu encalço para o lado de fora.

Natsu observava a vista da pousada quando ela chegou. Não havia nada de mais para ser visto, apenas alguns telhados e caixas de água, mas no céu, uma miríade de constelações os esperava.

Assim como no dia em que decidiu que iria mostrar a ele motivos para celebrar a vida, a constelação de aquário brilhava no escuro, imponente, presunçosa. A loira sorriu, levantando uma mão e traçando no ar o desenho da constelação e ouvindo em sua mente, como que ditas agora, as palavras sempre duras de Aquarius.

Essa era uma amiga que, mesmo em sua jornada, dificilmente veria de novo.

— Lucy — chamou Natsu, retirando-a de seu fluxo de pensamentos. — Hoje mais cedo, você e aquele cara estavam...

— Ah? — A garota o olhou de esguelha, não entendendo exatamente onde ele queria chegar, mas respondendo assim mesmo: — Estávamos dançando.

— Você gosta de dançar? — perguntou o rapaz, olhando-a intensamente. A garota assentiu com a cabeça, e então ele deu um pequeno sorriso. — Se eu quiser dançar com você, funciona igual quando quero abraçar?

Lucy arregalou os olhos, e então dispersou quaisquer pensamentos românticos de sua cabeça. Ele estava perguntando de modo despropositado, era ridículo que quisesse adicionar significados subentendidos e indiretas a todas as atitudes dele.

No entanto, não condizendo com sua linha lógica, Natsu passou os braços por sua cintura do mesmo modo que o moreno de mais cedo havia feito, e puxou-a para perto. Pega de surpresa, a loira não teve tempo de levantar os braços, ocasionando que suas mãos tocassem apenas o estômago do mago — no qual, por sinal, havia músculos bem definidos.

Lucy prendeu a respiração, sentindo seu rosto esquentar.

— Posso dançar com você, Luce? — perguntou ele, a voz rouca novamente, do mesmo jeito que no dia anterior.

A loira fechou os olhos e seus pensamentos fluíram totalmente por conta própria, destruindo o filtro que havia imposto a eles. A quem queria enganar? Não conseguia se imaginar amando mais ninguém, querendo mais ninguém além de Natsu. Pensava nele dia e noite, especialmente desde que havia partido, um ano antes, e agora que estava com ele novamente todos os dias pareciam tão felizes, o céu parecia tão mais bonito e azul.

Sempre os imaginava juntos e nessas divagações, os dois sempre eram muito felizes um com o outro.

Então por que não... Pedir a ele que concordasse, dizer a ele que deveria pertencer a ela, e a mais ninguém? Por que assim, a garota sabia que além de ensiná-lo a ser feliz, ela também seria capaz de celebrar a vida ao seu máximo.

— Luce? Eu não posso dançar com você? — repetiu Natsu, baixando o olhar para a garota após esperar uma resposta que não veio. Parecia tentar se locomover num ritmo lento, mas o corpo dela, estático, não permitia.

Lucy levantou o olhar, fitando-o intensamente. Eles poderiam ser felizes juntos, já que eles sempre foram felizes um ao lado do outro.

Antes que Natsu tivesse tempo de questionar qualquer outra coisa, Lucy ficou na ponta dos pés e o beijou.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?
FINALMENTE UM BEIJO HEIN. Vai por mim, eu também estava esperando isso faz uns dias kkkkk. E boas notícias pra vocês! O tema de amanhã é I feel good, então... kkkkkkkk esperem coisas felizes~
Gente, postei isso meio na pressa aqui kkkkk. Como sempre, deixei pra fazer de noite, mas hoje eu tenho uma justificativa (hoho~)! Fiquei fora a tarde toda pra fazer matrícula na faculdade xD Não que isso seja desculpa, mas...
Pessoal, o número de pessoas acompanhando, favoritando, enfim, lendo, está ficando cada vez maior! Estou tão feliz! Agradeço imensamente todos que estão aqui comigo, me dando apoio direta ou indiretamente. Pro pessoal dos reviews, não pensem que me esqueci de vocês, estou indo responder os comentários agora mesmo! Só queria garantir a postagem do dia 11 antes kkkk.

Beijitinhoooooooooos e até amanhã ;D

→ Revisado: 02/04. Mais erros? Podem avisar! Não tenham medo de mim :)