Pray For Love escrita por Lizzie-chan


Capítulo 7
Capítulo 6 - Envelheço na Cidade


Notas iniciais do capítulo

Waa, adorei os reviews do capítulo de ontem! Por favor, continuem sendo tão atenciosos comigo :D
O capítulo de hoje foi relativamente fácil de fazer, e vocês vão entender o tema, acredito, tão logo lerem o título (se já não o leram kkkkkkk). De qualquer jeito, espero que gostem!

Boa leitura!

➢ Dia 10: Envelheço na cidade - Ira!



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— Ei, Lucy, terminou? — perguntou Natsu, acenando para ela assim que a loira saiu da loja com uma sacola cheia de sutiãs.

Mais um longo dia de caminhada e os dois finalmente chegaram a uma cidade grande — Lucy desconfiava ser um dos centros comerciais, a julgar pelo grande porto ao final da cidade e os vários barcos lá ancorados. Todas as ruas eram bonitas, decoradas com enfeites coloridos e placas para hotéis, lojas e pontos históricos. Sua parada inicial após encontrarem uma pousada com um bom preço fora a primeira loja de roupas que a recepcionista soube lhes indicar, para a qual a loira voou como um furacão em busca de suas necessidades básicas.

— Sim, já terminei — respondeu, balançando a sacola cor de rosa nos dedos e sorrindo para o rosado. Natsu levantou as sobrancelhas para sua atitude claramente bem mais relaxada, mas qualquer pensamento ele manteve para si mesmo.

— Então vamos! Eu já sei onde a gente devia ir comer! — afirmou Happy, pulando alegremente pela rua de paralelepípedos. Algumas moças pelo caminho o olhavam com olhos brilhantes e murmuravam entre si o quanto o gato era bonitinho. Lucy sorriu para si mesma. Ah, todos tinham sempre as mesmas reações.

Primeiro de tudo, ele não era um gato. Segundo: ele só era bonitinho até o momento em que te desse algo para comer recheado de peixe cru — e não, não estamos falando de sushi.

Os três desciam a rua calmamente e Lucy aproveitou o tempo para observar as vitrines coloridas das lojas, os enfeites em formatos e cores variados pendurados em fitinhas por cima de suas cabeças, as pessoas conversando alegremente. Aparentemente apareceram em algum momento de festival, e pelo que a recepcionista lhes contara antes de saírem, o mesmo seria realizado na noite do dia seguinte.

Happy parou na frente de um pequeno restaurante numa esquina, sorrindo presunçosamente para si mesmo com as patas na cintura. A loira não demorou muito para entender o motivo de sua felicidade.

Isca de peixe? — leu em voz alta o nome do local, escrito sobre uma placa em formato de peixe com um anzol preso à boca. E então abaixo, em letras menores: — Servimos mais de trinta pratos diferentes com peixe...

— Oh, Happy, bela escolha! — aprovou Natsu, levantando o polegar para enfatizar sua opinião, e então começou a marchar de modo resoluto para dentro do restaurante com o gato em seu encalço, gritando “Aye” a plenos pulmões.

Lucy conteve um suspiro de condescendência e começou a segui-los. O interior do restaurante era de fato bem convidativo: paredes com um metro de madeira decorando-as, a parte de cima pintada com um cenário de dia no mar, com direito a gaivotas e ondinhas. Havia algumas pilastras de madeira aqui e acolá, e algumas cordas penduradas, simulando assim um barco rústico, e os garçons por algum motivo estavam vestidos de marinheiros.

Os três pegaram uma mesa perto da entrada, aproveitando as janelas para observar o ambiente. Tão logo se sentaram, no entanto, Happy pulou de sua cadeira e foi falar com um garçom. Natsu tomou a oportunidade para começar um diálogo:

— Então, Lucy, para onde você acha que nós devíamos ir depois daqui? — Quis saber, a voz não mais do que curiosa.

— Depois daqui? Hm... — A garota reviu em sua mente o mapa que havia feito em sua parede. Ah, as coisas seriam bem mais fáceis se eles tivessem anotado os dados antes de fugirem! — Como estamos ao noroeste, eu acho que devíamos ir procurar a Lisanna e a Mirajane primeiro. Elas estavam ao norte, perto da fronteira de Fiore, se não me engano.

— Mirajane e Lisanna? — ecoou o garoto, apoiando o queixo nas mãos e olhando distraidamente para a janela. — Me pergunto como elas estão...

Lucy o observou, um pouco surpresa. Natsu parecia de fato querer encontrar seus amigos, e sua preocupação era bem justificada, mas isso não queria dizer que ela não podia sentir ciúmes quando ele falava com aquele tom de voz nostálgico sobre a albina!

Não que Lisanna tivesse quaisquer intenções com ele. Certa vez, já deixara bem claro que torcia por Lucy — ou que ao menos não torcia para si mesma — dizendo à loira para permanecer ao lado de Natsu sem demonstrar qualquer sinal de ciúmes ao fazê-lo.

Lucy também a respeitava profundamente, afinal, a garota já havia passado por muitas coisas, e certamente tinha um coração muito forte. Seu retorno tornara aquela guilda bagunçada ainda mais alegre.

A guilda. Os membros que ela não via havia um ano... Um ano sem eles...

— Natsu, temos um problema! — exclamou Happy, interrompendo seus pensamentos e colocando suas patas na mesa de modo cético. Lucy pulou surpresa e virou para olhá-lo ainda em tempo de ouvir o rosado perguntar de um modo igualmente escandaloso o que havia acontecido. — Eles não têm bolo de peixe! Como vamos comemorar o aniversário da Lucy sem bolo de peixe?

A loira teria protestado dizendo que não fazia questão disso, não fosse o choque por ouvir a última frase do gato. Arregalou os olhos, franziu as sobrancelhas e contou os dias mentalmente.

Ok, definitivamente tinha algo errado ali!

— Natsu, Happy, o qu...

— Isso é horrível! — concordou o dragão de fogo, levantando-se em sobressalto. — Vamos falar com os cozinheiros agora mesmo!

E saíram batendo o pé, atraindo o máximo de atenção possível.

Lucy teria tentado mudar a ideia deles quanto à festa, não fosse porque os dois voltaram com três filés de peixe empilhados com uma velinha no topo e uma trupe de garçons-marinheiros com confete nas mãos e línguas de sogra.

Tentou esconder seu rosto nas mãos quando o restaurante inteiro vibrou em coro o “Parabéns pra você”, a única música universalmente conhecida, e então alguém lhe entregou um garfo e uma faca para que ela cortasse um dos filés e desse para o convidado favorito — afinal, como reza a tradição, o primeiro “pedaço” é sempre para o melhor amigo ou parente próximo.

Lucy retirou um pouco do confete que havia caído na comida e jogou por cima do ombro — problema de quem fosse limpar, ela não se importava! —, cortou uma fatia bem magra e passou para o prato seguinte. Os olhos de Happy brilhavam em expectativa, afinal, ele queria muito aquele peixe, e para puni-lo, Lucy empurrou o resto dos filés para o lado e deu a si mesma o primeiro pedaço.

— Afinal, eu sou a pessoa mais importante pra mim — entoou, ignorando a boca aberta e os olhos úmidos do gato, que rapidamente se virou e saiu correndo, chamando-a de idiota.

Bem, pelo menos ele tinha a decência de parecer mais chateado sobre o fato de não ser o favorito dela do que sobre deixar de comer o peixe. Só parecer.

Natsu devorou o restante da refeição e os três saíram do restaurante já de noite. As lanternas penduradas com os enfeites pela rua haviam sido acesas e iluminavam seu caminho com cores variando entre verde, azul e vermelho, todas meio amareladas devido à chama das velas em seu interior.

Quando chegaram à pousada, Happy mais do que rapidamente reivindicou o banheiro, ainda agindo como se estivesse chateado sobre todo o episódio de mais cedo. Lucy foi deixada sozinha no pequeno quarto de paredes verde claras com Natsu, que prontamente se sentou ao lado dela na cama.

— Então, Luce, agora você pode me perdoar? — perguntou casualmente, dando um sorriso para a garota.

Lucy o olhou um pouco surpresa e franziu a testa ao responder:

— Eu estava de te perdoar por alguma coisa? — E inclinou a cabeça para o lado, tentando se lembrar de algum acontecimento recente. Considerando que só haviam se encontrado novamente havia uns três dias, não havia exatamente nada relevante que poderia ser deixado de lado.

— Você tava brava ontem e brigou comigo... Achei que você tava brava comigo — explicou ele, franzindo levemente os lábios. Os acontecimentos não estavam se sucedendo como em seus pensamentos. Quando exatamente ela ia começar a chorar e pedir perdão por seu comportamento e então os dois iam se abraçar e reafirmar a eternidade de sua amizade e o restante das coisas?

Ah! — Exclamou, batendo um punho na palma da outra mão para indicar que havia compreendido. E então soltou um sorriso, virando-se para ele um pouco envergonhada. — Você não fez nada de errado ontem, Natsu. Desculpa, era eu que estava estranha.

Ok, mas então onde estavam as lágrimas e o abraço?

E... — ele instigou, ficando um pouco impaciente.

— E... Ah, acho que você devia saber. Eu agradeço pela festa, pelo carinho e tudo o mais, mas hoje não é meu aniversário — disse, ainda dando um sorriso um pouco envergonhado e passando os dedos pelos cabelos nervosamente.

— H-hoje não é seu aniversário? — questionou, piscando surpreso. E então... — Ah não! Mas então como vamos nos abraçar?

Começou a olhar de um lado para o outro, parecendo desesperado, e Lucy o encarou de olhos arregalados. Abraçar? Sentiu seu rosto avermelhar.

— O-o que significa isso? — indagou, as mãos em punho agarrando a barra de sua saia em expectativa enquanto seu olhar o fitava intensamente.

— Happy disse... — Por algum motivo ele evitou seu olhar. — Disse que só podemos abraçar as meninas em algumas ocasiões especiais, e uma delas é no aniversário.

Ah... — A Heartfillia se inclinou para trás em realização. Então Natsu queria mesmo abraçá-la... Criou um pouco de coragem. — Se era só isso que você queria, você podia ter pedido, sabe.

— Pedido? Eu posso pedir? — Natsu a estava olhando, ela podia sentir, mas não se atreveu a devolver o olhar, preferindo ao invés disso analisar minuciosamente o padrão da colcha da cama.

— C-claro... — respondeu, por fim.

Tão logo as palavras deixaram seus lábios, os braços de Natsu já estavam ao seu redor, puxando-a de encontro ao peito masculino. Deixou seus próprios braços escorregarem pela cintura dele, moldando seus corpos de um modo tão perfeito que chegava a causar-lhe arrepios.

Ele era quente, gentil, amável... Os dedos masculinos passearam por seus cabelos, enrolando as madeixas louras nas mãos, e então ele disse:

— Posso te abraçar, Luce?

Como negar isso?

Sim... — sussurrou.

Um ano havia se passado. Um ano sem Fairy Tail, um ano sem Natsu. E mesmo assim, esse ano podia ser esquecido tão facilmente... Não era seu aniversário, mas se sentia tão feliz quanto se fosse, e disse a si mesma que envelhecer desse jeito certamente não seria uma ideia ruim. Nos braços de Natsu para sempre...

Algum tempo depois, Happy saiu do banheiro e os dois tiveram de responder a algumas perguntas embaraçosas. Mas tudo bem, porque daquele jeito, tudo parecia exatamente em seu lugar.


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Notas finais do capítulo

Dia 10!! O tempo até que está passando rápido kkkkkk E estou ficando cada vez mais cansada. Pode não parecer, mas escrever esses capítulos um por dia é um pouco cansativo. Agradeceria se vocês me recompensassem com reviews, como sempre :3
Gostaram do capítulo de hoje? Haha, claro que o Happy teria que planejar alguma coisa, né, e claro que o plano tinha que ser furado, essa é a graça kkkkkkkkkk Esse foi um dos capítulos mais fáceis de planejar pra mim! E ele já deu algumas dicas beeem sutis do conteúdo do próximo (vão entender amanhã kkkkkkk), então espero que gostem de amanhã, hein? ;D
Vou ter que dar uma bela trabalhado no conteúdo do capítulo de quinta-feira, no entanto kkkkkk. Espero que saia bom e eu consiga fazer em tempo, não quero perder mais nenhum dia...
Falando nisso, vocês estão ouvindo as músicas do desafio? Porque se não estiverem, eu recomendo fortemente que ouçam! São todas maravilhosas e sempre ouço elas na hora de redigir o texto, então... Sei lá, são a maior inspiração, só isso kkkkkkkkkkk
Sem mais, espero que estejam gostando! Obrigada a todos que estão mantendo contato comigo ;D Reviews e leitores novos são sempre bem vindos, não se esqueçam!

Beijitinhooooooooooooooos

→ Revisado: 02/04. Erros que passaram despercebidos podem ser apontados em reviews e em mensagens privadas, agradeço pela ajuda ;D