Pray For Love escrita por Lizzie-chan


Capítulo 14
Capítulo 13 - Missing


Notas iniciais do capítulo

Hoho, e cá estou eu, em cima da hora novamente!! Seempre assim, sempre u.u Argh, sou uma inútil.
Leitores novos, bem-vindos! Espero que gostem do capítulo aí em baixo, hein ;D

Boa leitura!!!
(Sentindo falta)
➢ Dia 18: Missing - Everything But The Girl



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Lucy mal podia esperar o trem parar, tamanha era sua ânsia. Por que estava demorando tanto para chegar à Hagen? Certo, era pelo menos três horas de viagem, mas pareciam três horas tão longas! Já havia anoitecido do lado de fora da janela e Lisanna observava o fundo escuro com uma expressão preocupada, seu rosto sendo refletido no vidro devido à luz dentro da cabine.

Havia sido uma jornada relativamente silenciosa. Ambas estavam extremamente preocupadas, mas a albina sabia controlar muito melhor seu nervosismo que a loira inquieta, que hora olhava pela janela, hora olhava para suas mãos trêmulas, hora olhava para o banco ao seu lado — imaginando Happy ou Natsu sentados lá, sorrindo, ou caindo no sono, ou passando mal.

— Quando chegarmos — começou a Strauss, a voz cansada, chamando a atenção de Lucy, que a observou silenciosamente. — Vamos nos separar e sair perguntando. Talvez a gente possa encontrar o corpo do Natsu, ou alguma testemunha, ou os guardas.

— Certo — concordou a loira, apertando os lábios em uma linha reta de preocupação.

Não podia ser tarde demais, não podia!

~*~

Desceu a rua correndo em direção ao hotel que uma senhora perto da estação de trem havia lhe indicado. Ao que parecia, ela não sabia se Natsu havia sido o garoto morto ou não, mas se lembrava nitidamente de um rapaz de cabelos rosa saindo de um hotel perto de sua casa mais cedo no dia anterior.

O que era uma pista e tanto, se formos considerar que não existem tantos garotos de cabelo rosa no mundo.

Lucy lia as placas dos hotéis rapidamente. Por sorte, não era longe da estação, e realmente duvidava que Natsu e seu enjôo usual teriam sido capazes de se arrastar por mais de um quilômetro.

Quando leu Sunrise, parou instantaneamente, quase escorregando e indo de encontro ao chão. Apertou uma mão sobre o peito, sem fôlego, e fechou os olhos.

Por meses, andou por Magnólia sozinha, sem Natsu, sem Happy, sem a Fairy Tail. Relembrou momentos inesquecíveis, jurou para si mesma que faria mais memórias, e não foi capaz de esquecer ninguém, especialmente Natsu. Por um ano sentiu saudades e saudades e saudades.

Natsu podia realmente estar morto? Ele sempre estava um passo à frente dela, inalcançável, correndo em direção ao futuro, correndo para onde ela não seria mais capaz de vê-lo. Ele podia realmente estar fora do alcance de sua mão dessa vez?

Ela queria saber, ela queria muito saber, e estava com medo da resposta.

Engolindo em seco, entrou devagar na recepção. Um homem ao balcão marmóreo da entrada sorriu ao avistá-la, acenando para que se aproximasse.

— Um homem chamado Natsu Dragnell se hospedou aqui? Ele é alto e tem cabelo cor de rosa — descreveu para o rapaz, nem dando a ele tempo de perguntar o que queria. Ele piscou seus olhos azuis, surpreso, antes de se virar e remexer seus papéis, procurando pelo nome que ela disse dentre os registros dos hóspedes.

— Ah... — começou, levantando uma das folhas. — Achei. Ele está no quarto vinte e sete, quer que eu avise que você...

A garota não esperou que terminasse, simplesmente virou e procurou as escadas para o segundo andar. Assim que as viu, disparou como um foguete, sem sequer se importar se tinha permissão para entrar ou não.

Seus saltos ecoaram no piso a cada passo, anunciando para todos os hóspedes adormecidos que uma garota havia acabado de chegar, mas não se importava com isso. Seus lábios estavam contraídos para baixo, preparados para soltar quaisquer impropérios se fosse necessário — como, por exemplo, se alguém tentasse detê-la.

Havia tido sorte de não encontrar ninguém mal intencionado durante a viagem. Ainda que acompanhada de Lisanna, não sabia se conseguiria lidar com alguma gangue ou coisas do gênero, e embora tivesse esbarrado um par de vezes em pessoas mal encaradas, ninguém a havia ameaçado fisicamente — se mais nada, se contentaram em chamá-la de vadia em suas mentes.

O número vinte e sete entrou em seu campo de visão em não muito mais que segundos. Por qualquer motivo que fosse, parecia relativamente ameaçador — talvez por ter aquele sete estúpido, um número que tanto para ela quanto para Natsu parecia atrair bastante mau agouro.

Tocou a maçaneta, ainda em dúvida, e se arrepiou ao sentir o metal gelado contra sua pele. Gelado como se não fosse tocado há dias, ou como se não se importasse. Amaldiçoou baixinho e abriu a porta. Ela não precisava ter medo, ia ficar tudo bem, tinha que ficar!

Empurrou a porta após abaixar a maçaneta, mas ela não se moveu sequer um milímetro. A garota arregalou os olhos, surpresa. A possibilidade de que estivesse trancada não passara por sua mente por sequer um segundo. E agora? Devia voltar e pedir a chave na recepção?

Soltou a maçaneta e deu meia-volta, mas após dar um passo para longe, seus pés pareciam colados no chão. Não queria ir embora. Virou-se e perscrutou a superfície branca com o dois e o sete dourados pregados um pouco acima de sua cabeça. Não parecia particularmente ameaçadora, mas era como se guardasse um segredo.

Natsu podia ter morrido no dia anterior. Ou Natsu poderia estar lá dentro, ou poderia estar em algum lugar em que ela nunca mais seria capaz de vê-lo. Ou ele podia estar pacificamente dormindo. Ou, sei lá, podia até já ter chegado à cidade da Erza! Podia estar jantando com Gray e Mirajane e a Scarlet naquele momento.

Criou coragem, se aproximou da porta e bateu de leve. Esperou um minuto.

Ninguém abriu a porta.

Um pouco preocupada, começou a bater mais forte. Dane-se se ia acordar os outros hóspedes, ela nem se importava! Eles podiam muito bem dormir outra vez, humanos eram ótimos nisso! E se chamassem os guardas, quem disse que ela tinha medo de ser presa? Se Natsu não foi, mesmo após destruir a arena dos jogos mágicos, que dirá ela, por fazer barulho depois das onze horas!

Natsu! — chamou, ficando preocupada, após mais um minuto batendo na porta. Ninguém estava abrindo, ninguém estava abrindo!

E então, quando esticou o braço novamente, este atravessou o espaço da porta, que estava sendo aberta, e Lucy se encontrou em movimento em direção ao interior do quarto, apenas para se chocar com um peito nu de pele úmida e branca, bronzeada e firme. Suas mãos tocaram os músculos, surpresa, e ao levantar o olhar, se deparou com um par de olhos verdes musgo emoldurados por madeixas do mais adorável tom de rosa.

Natsu... — sussurrou devagar, ciente de sua proximidade ao rapaz.

O rosado deixou a mão que não segurava a maçaneta cair, tocando-a levemente nas costas para ver se era real, aquela garota pequena, com o braço engessado pressionado contra ele e aqueles grandes olhos castanhos — que pareciam estar lacrimejando, ou era apenas sua imaginação?

Lucy...

E mesmo que tivesse sentido falta dele como o deserto anseia pela chuva, Lucy prendeu a respiração, e por alguns instantes não disse absolutamente nada. Ele estava com ela, estava em seus braços, e tudo parecia se encaixar novamente.


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Notas finais do capítulo

Hoho, Natsu está vivo!! Por que ele demorou tanto pra abrir a porta? Será que ele estava vendo o final do jogo do Corinthians? Será que ele estava assoprando fogo na sacada? Será que ele estava marcando uma cervejada para o domingo? Hoho, saberemos no próximo capítulo ;D
Sinto muito por ainda não ter respondido os reviews do capítulo de ontem! Eu não sou exatamente eficiente e já vi que não posso confiar em mim mesma pra deixar os reviews acumularem... Mas prometo que vou continuar tentando por tudo em dia (e alguns leitores devem ter visto que respondi reviews do capítulo da segunda kkkk)! E os capítulos, vou tentar deixar eles maiores novamente... Esse aqui tinha um baita potencial pra ter duas mil palavras, mas porque demorei pra fazer, tive que terminar com só mil...
Aos leitores novos, bem-vindos! Adoro meus leitores, até agora vocês têm sido super receptivos, sinceros e encantadores, estou de braços abertos pra quem mais quiser entrar nessa bagunça aqui, hein! E aliás, agradeço a todos que estão lendo, comentando, favoritando, acompanhando, recomendando e por aí vai ;D Tenho certeza de que graças a vocês isso aqui está saindo no prazo, porque sempre sou toda atrapalhada e se não tivesse esse baita feedback de vocês provavelmente teria desistido kkkkkkkk
Então, obrigada a todo mundo :)

Beijitinhooooooooooooooos