Acordei e não vi Caroline, me lavei, coloquei um vestido leve, desci as escadas e ouvi vozes no andar de baixo. Entrei na sala e todos estavam tomando café, e lá estava ele, nosso horrendo primo, Jeremy, aquele que ia herdar a propriedade do meu pai, já que nós, pobres mulheres não tínhamos esse direito.

–Bom dia.

falei seca.

–Bom dia

todos responderam.

–Sr, Gilbert, devo dizer que é o melhor café que já tomei, a quem de minhas belas primas devo parabenizar ?

revirei os olhos.

–Podemos pagar uma cozinheira sr. Smith.

minha mãe falou.

–Fico feliz em saber que a propriedade permite esse luxo, já que herdarei tudo.

falou.

–Sabe cozinhar sta.Caroline?

ele perguntou, Caroline o ignorou. Ele limpou a garganta.

–Sr. Gilbert, gostaria de falar com a sua filha mais velha a sós.

Engasguei, todos sabiam o que aquilo significava.

–Todos para a sala de desenho, imediatamente.

Minha mãe falou.

–Não! o sr.Smith não tem nada a dizer que não possa ser dito na frente de todos.

Falei exasperada. Caroline foi se levantando.

–Carr não! fique aqui.

Ela me olhou frustrada e saiu. Meu pai foi o último a levantar.

–Papai, fique.

Sussurrei. Ele saiu. Tentei ir embora também, mas Jeremy me impediu.

–Sra. Elena, como sabe, herdarei tudo de seu pai e acabei de receber um presbitério de tamanho razoável, minha benfeitora deseja que eu me case.

–Se...

fui interrompida.

–E não pude deixar de notar suas muitas qualidades, mesmo que apesar delas nunca lhe foi feito um pedido de casamento.

ele se ajoelhou.

–Não acha que está sendo precipitado? ainda nem dei minha resposta sr. Smith, esqueceu?

–Sei que as moças não querem parecer ansiosas, mas srta. Elena...

–Senhor, pare! me sinto lisonjeada com o seu pedido, mas eu devo declinar.

falei, queria me livrar daquele homem o quanto antes.

–Entendo que sua recusa seja apenas uma mera cortesia.

mera cortesia? pelo amo de Deus

–Sr.Smith, estou falando a sério! Entenda-me, não posso aceita-lo!

saí correndo, não aguentava mais ficar ali.

–Lena!

minha mãe corria atrás de mim.

–Não se preocupe sr.Smith , vou falar com ela!

mamãe falou e continuou correndo atrás de mim. Parei no lago que havia no fundo de nossa casa.

–Sua criança ingrata, você perdeu o juízo? Deve se casar com o sr.Smith! Você poderá ter essa casa!

–Mamãe, entenda, não me casarei com ele. A senhora não pode me obrigar.

–Sua criança tola! Sabe que sofro dos nervos.

meu pai chegou perto de nós.

–Fale para ela Grayson, que ela tem que se casar com o sr. Smith.

minha mãe falou.

–Lena, se você não se casar com o sr.Smith sua mãe nunca mais falará com você.

papai disse e mamãe confirmou.

–E se você se casar, eu não a verei mais.

um alento de alívio passou por mim e eu finalmente pude respirar, meu pai sempre ficava do meu lado, ele sabia do meu desejo de casar por amor e não de conseguir um casamento vantajoso, ele me conhecia muito bem.

–Obrigada papai!

dei um beijo nele e voltei pra casa.

–Caroline!

Entrei chamando por ela.

–O que aconteceu?

Caroline sorriu.

–Fui convidada para jantar com Rebekah Micaelson, mas o primo dela não estará lá.

ela disse triste.

–Não fique assim minha irmã, se quiser, posso acompanha-la.

disse.

–Faria isso por mim?

ela sorriu.

–Claro que faria!

Arrumamos uma pequena mala e nos dirigimos para a casa dos senhores Salvatore.