Break Wings escrita por Fernanda Furtado


Capítulo 57
57


Notas iniciais do capítulo

Meus sentimentos, estão sendo destruído... E o de vocês também...
Vou ser sincera com vocês, este capitulo (57) e o capitulo em que o Jace e Clary fazer amor e depois a Clary vai embora (Capitulo 47 e 48) foram os que mais me doeram escrever, doeram tanto escrever que eu os refiz umas 3 vezes tentando evitar o inevitável...
E eu sinceramente espero que EU MESMA me perdoe por estar fazendo isso não só com vocês mas comigo também... Cara é muito ruim esse aperto no coração...
Bom capitulo, e agradeceria se vocês dessem suas opiniões e comentários no final do capitulo mesmo que estejam magoadas.



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No capitulo anterior de Break Wings...

— Já cansei de brincar com você. Clary tem que me entreter no momento, então... Eu sinto por não poder preservar sua vida para quando voltar a si mesma, mas...—Jonathan sentiu a lamina perfurando sua pele e sentiu uma dor descomunal e inemaginavel, foi rápido, mas muito dolorido, o anjo havia enfiado a própria lamina Morgenstern de Jonathan em seu peito. — Eu sei que você veio se vingar por sua “amada” mas olha que interessante... Não somos tão diferentes assim, certo?

Foi tudo tão rápido que Jonathan não havia entendido nada. O anjo o jogou no chão como um boneco de pano, e isso fez a espada que ainda perfurava o tronco do caçador abrir uma espessura maior, Jonathan gritou em agonia, mas chorar? Nunca.

Utieh havia saído do ressinto e Clary permanecia parada, Jonathan conseguia ver seu pé, ele a chamou o que pareceu uma eternidade e então quando ela não o respondeu e uma fissura abriu no corpo de Jonathan e na alma ele sentiu uma lagrima malditamente quente rolar em seus olhos e ele agonizou por si só. Jonathan já sentia a morte vindo para si e se sentiu um incompetente, pensou em como falhou com Rebeca e com Diana, como havia fracassado com Clary e com todos os seus amigos, com sua família.

Suas mãos tiraram a espada do seu corpo enquanto ele ainda estava consciente, suas mãos sangravam feridas por tentar tirar a espada e quando ele finalmente conseguiu um grito estrangulado como um coro de agonia perfurou sua garganta e uma dor descomunal invadiu sua cabeça e sua visão embaçou, Jonathan se sentiu morrendo, mas o que mais ele podia fazer? Quem poderia ajuda-lo?

.

...

.

Jonathan nunca entendeu muito bem a sua vida, e nem aqueles momentos... Após desmaiar ainda no chão daquela mansão escura e sombria, o loiro se lembrava de pouco, como passos, uma voz masculina e então passos, passos que passaram na poça de sangue de Jonathan, o sangue que Jonathan perdia a cada segundo mais, e alguém se agachando. Clary. Pegando a espada Morgenstern e a estela. A face inexpressiva de sua irmã, não dava mais esperança para Jonathan; ele havia falhado e nunca se perdoaria. Jonathan ouviu ruídos em seus reflexos anti-morte, gritos e então, a voz de sua irmã gritando para ele resistir.

Jonathan abriu os olhos e viu sua irmã, Clary, chorando, com uma face de desespero, ela tinha asas e não vestia nada por cima do corpo.

— Clary. — A menina olhou para ele como se estivesse confusa então ela começou a rir.

— Você, você voltou! Voltou pra mim.

—Clary... Você está suja de sangue. —Jonathan observou, e realmente sua irmã estava suja de sangue, não apenas uma pequena parte, ela estava quase banhada de sangue como na primeira vez que ela lutou e foi banhada por sangue demoníaco e logo sua pele começou a queimar e depois disso toda aquelas loucuras aconteceram para eles chegarem onde estavam.

— Eu sei. —Ela dizia ainda chorando e ela se debruçou sobre o irmão. — Me desculpe! Me desculpe! — Ela gritava. Jonathan não sabia pelo o que ela pedia desculpas, mas também não fazia diferença, foi quando Jonathan viu da onde vinha o sangue que sujava Clary, era seu próprio sangue, Jonathan ainda tinha um corte que sujara e molhara sua roupa toda, provavelmente não salvando uma peça se quer. — E-e-eu tentei te curar, mas não consegui, eu não consegui, Jonathan. Me perdoe! — Clary clamava chorando. — O-o-o fogo celestial ele não vem mais, eu não consigo, eu não consigo e as runas não fazem mais efeito, me desculpe, eu não estou conseguindo.

Jonathan negou e acariciou os cabelos da irmã vendo sua mão suja de sangue.

— Tudo bem Clary, eu que devo pedir desculpas, eu falhei em te salvar. E-e-eu devia ter feito mais. — Jonathan se sufocou com falta de ar, mas logo o achou. — Eu não fiz o bastante.

— Não! Me perdoe, Jonathan! — Ela clamava.

— Você o matou Clary?

— Nã-não sei. Mas acho que apenas o retardei... Perdão.

— Não me peça perdão ainda. Está com a estela ai?

— Sim, mas elas não funcionam.

— Não é pra isso que você precisa dela, não é pra me curar. —Jonathan disse em um sopro e tomou forças. —Vamos, pegue uma coisa que está no meu bolso. —Clary se inclinou sobre o irmão e pegou a foto dobrada, uma foto de Diana. —Você está vendo essa garotinha? —Jonathan sorri. —Cuide dela por mim?

— Não! Jonathan, você não vai morrer.

— Clary, não temos mais 8 anos. Nós dois sabemos que eu vou morrer, principalmente sem seus poderes.

— Não, eu não vou deixar.

— O que você pode fazer, Clarissa? Sem seus poderes você é igual a mim, ele deve ter feito algo para retardar seus poderes e não a outra opção, eu estou perdendo sangue e eu te imploro... Cuide dela por mim, por favor.

— Jonathan...

— E mais uma coisa. —Ele sussurra. —Eu sei que deve ser cruel, mais para você que esta viva do que pra mim que vou morrer, mas... Eu quero você seja minha parabatai. —Clary chorava e soluçava.

— Sua parabatai? — A ruiva riu. —Você está de brincadeira comigo?

— Não, a 7 anos atrás você se recusou a ser minha parabatai por achar que um dia eu acharia meu parabatai, mas eu sei Clary, você é meu parabatai, minha irmã de alma, mais de alma do que de sangue. Eu te sinto. — Ele disse, Jonathan chorava e Clary também. — Por favor, você não pode se recusar a isso... — Ele riu amargamente. — Eu estou morrendo. — Clary choramingou.

— Mas Jonathan...

— Vamos lá irmã, você conhece esse ritual melhor que eu. Você no braço eu no coração, okay?

A ruiva não negou, não protestou, apenas aceitou. Aquele era seu irmão, não apenas de sangue, de alma... E ela sentia ele também.

— Primeiro eu. —Clary deu a estela ao irmão, que enquanto desenhava recitava a promessa do parabatai. —Suplique-me para não deixar-te ,ou que volte de seguir-te; Para onde quer que fores, eu irei, e onde ficares eu ficarei; Seu povo será meu povo, e seu Deus será meu Deus, onde quer que morras morrerei eu, e ali serei sepultado. Faça-me assim o Anjo, e outro tanto, se outra coisa que não a morte me separar de ti.

Eles não estavam no local indicado e nem nas condições indicadas para fazer o ritual, mas Clary sentia a alma de seu irmão se ligando a dela quando ele deslizava a runa em seu peito esquerdo, onde devia estar seu coração, lagrimas de dor e de alegria invadiam Clary, ela sentia ele. Já vez de Clary, Jonathan ofegava cegamente por conta da dor, Clary até pensou em cessar, mas não o fez, aquele era o ultimo pedido de Jonathan ela não recuaria, nunca.

Quando o ritual já estava feito e as runas pinicavam ambas as peles dos irmãos, eles se olharam como aliviados um para o outro, era como se um peso que estava os prendendo a muito tempo fosse tirado das costas, e a sensação foi igual para ambos, mas logo uma nova sensação invadiu o peito de cada um, Jonathan sentiu — em seu novo sexto sentido de parabatai — o que estava prendendo Clary, o que estava a impedindo que ela voasse ou criasse fogo celestial, um runa que Jonathan sentiu que não fazia parte do corpo dela, uma runa maligna colocada lá por Utieh. E Clary sentiu um dor no coração e uma latente dor de cabeça, Jonathan — ela sentia — estava morrendo.

— Olhe eu preciso te dizer algo. — Jonathan disse tocando na mão pequena da ruiva, a mesma assentiu, incentivando o loiro a continuar. — Ambos sabemos que eu vou morrer, você não vai conseguir me salvar, Clary, e eu nem peço isso, porque sinto que estou completo aqui, mas há um parte de mim longe agora. —Clary lhe ergue uma sobrancelha. — Você vê essa mulher na foto, com a garotinha que falei que era muda? — Clary assente pegando a foto, Jonathan pega uma grande aspiração de ar e treme pois a dor é latente, isso faz Clary sofre muito mais do que antes. — Ela se chamava Rebeca, eu a conheci enquanto estudávamos ainda, antes de você passar pra minha sala, antes de eu ir pra NY, agora, eu tenho 17 para 18 ela completaria 21 daqui à 13 dias, eu a amava Clary. — Clary sente um peso enorme das omoplatas, e suas asas caem sem saber exatamente o que fazer, seu irmão amou e não havia lhe contado? Seu irmão amava uma mulher e Clary nunca sequer soube da sua existência? — Eu sei o que você está pensando, mas ninguém até a alguns dias soube sobre ela, a família dela veio de uma divisão da américa do sul, brasileira, a família tinha um nome ruim e foi exilada para o país, eles voltaram, mas ninguém podia saber sobre eles, ela era minha líder em uma missão, outro nome, outra idade, mas eu me apaixonei, e nós nos apaixonamos, ela contou o segredo dela me prometendo que eu contaria o meu, na verdade o seu, eu contei a ela e ela me prometeu lealdade. E eu a amava.

O que houve com ela? — Clary sussurrou, Clary sentia que não era algo bom.

Há menos de 4 dias, Utieh ordenou um ataque quando Jace apareceu aqui, ele usou algo e conseguiu nos localizar, enviou demônios e outras coisas nojentas... —Jonathan pegou folego meio tonto, com sua visão embaçando. — Rebeca morreu, me deixando com Diana. —Clary não sabia que chorava, mas soube quando soluçou olhando para o irmão que igualmente chorava — mas silenciosamente — morrendo em uma morte lenta e dolorosa aos dois recentes parabatai. — Por isso, — outra respiração sofrida — eu te peço, que cuide da menina, eu sei que pode ouvir a mente dela, e que também talvez, possa curá-la. Mas se não conseguir nem uma dessas coisas, apenas... Tente compreende-la, ela tem apenas 5 anos.

Não diga adeus tão rápido irmão, nós vamos cura-lo.

Nã-ão, Clary, você não entendeu? Eu não, quero, ser curado. Eu disse... Me sinto completo. Pegue o colar no meu pescoço, é o portal que te levara pra casa. —Clary choramingou.

Então você apenas está me dizendo que quer morrer?

Não, estou dizendo apenas, para... Deixar as coisas acontecerem. Eu te amo irmã... Parabatai. — Ele disse sorrindo fracamente pra Clary com pouco ar e os olhos dele ficavam vidrados tão de repente que causou um frio na espinha de Clary, e a dor da ausência recentemente adquirida veio a surgir.

Jonathan havia morrido.

Jonathan havia morrido em uma bela clareira, com lírios florescente, em um dia de paz... Clary sentia que queria dizer isso para seus filhos, ou para qualquer um, mas não, ela sentia a verdade. Jonathan Christopher Morgenstern morreu, a alguns quilômetros de um campo de guerra, morreu assassinado com sua própria lança na mão do inimigo, seu sopro de vida e o tempo em que viveu ele foi valente, audacioso e destemido, corajoso em um todo, preservava e cuidava das pessoas pois sabia realmente o que valia a pena, pois sabia o que era realmente viver, Jonathan Morgenstern se sacrificou por algo que ele acreditava, em seu próprio sangue, em sua parabatai, sua irmã.

Clary chorava amargamente sobre o corpo ainda morno, porém morto de Jonathan Morgenstern quando fazendo o que ele ordenou, pegou o anel em seu pescoço onde não havia mais sangue correndo e tirou da corrente o anel Morgenstern dali, o girando. Clary se lembrava que quando ela colocou o anel para Jace nem mesmo ela sabia exatamente como funcionava, ela apenas sabia que funcionava pois Max, um dia lhe contara sobre coisas assim, e ela pensou em testar com qualquer coisa de família. A lembrança parecia tão velha, que parecia que foram anos atrás.

Clary chorava ainda, chegava a agonizar consigo mesma, mas precisava sair dali, Jonathan não podia ficar ali, e ela sabia que tinha apenas retardado Utieh e ela não podia lutar com ele, estava fraca e sem qualquer preparo, seja lá o que Utieh fez com ela foi algo forte e que assim que ela tivesse tempo descobriria, mas não ali e nem naquele momento.

Clary girou o anel ainda muito atormentada e chorosa, ela nem sequer queria saber para onde o anel a estava levando, apenas queria ir para longe daquele lugar. E foi isso que o anel providenciou, foi um baque e uma dor no estomago de Clary, o corpo de Jonathan permaneceu imóvel, jogado no chão, no novo chão, onde as roupas molhadas de sangue sujavam o chão, o lugar era quieto, apenas o vento fazia com que os cabelos ruivos de Clary fosse jogados para seu rosto, ali tinha cheiro de casa, cheiro das plantas em sua janela, em um mundo distante, onde badalava oito da manhã e ela ia para a janela observar os pássaros, ou as meia noite onde as flores no parapeito de sua janela floresciam deixando aquele ambiente tão mais harmonioso como qualquer outro que ela já sentira.

Mas ali, com certeza não era casa. Clary não estava protegida, seu irmão não estava vivo. Estava tudo tão diferente de quando Clary olhava pela a janela que chegava a doer o coração de Clary. Clary não percebeu quando uma multidão se reuniu em volta dela e de seu irmão morto estava muito envolvida nas dores daquele momento, de como ardia seu peito e sua marca, mas percebeu quando a chamaram. Ela ergueu os olhos, percebendo agora as asas batendo furiosamente, não, as asas brancas batiam dolorosamente , com um bater pesado, quase ausente.

— Me deixem em paz. — Clary disse alto o bastante e voltou ao seu luto no corpo de seu irmão.

Clara estava no centro de Alicante e a multidão em sua volta havia acabado de julgar mais um novo grupo de caçadores recém capturados, Clary estava banhada de sangue tanto demoníaco como Celestial, suas asas, não conseguiam ergui voo, o fogo celestial em suas veias estava ausente, ela se sentia vulnerável com o corpo de seu irmão ali, imóvel perante toda a Idris, perante todos os caçadores de sangue, a espada Mosgenstern estava jogado ao lado com o sangue imundo cobrindo o sangue inocente, com o sangue de Jonathan por toda sua extensão.

As lágrimas de Clary era fogo, mas não fogo celestial, era fogo para si mesma, corroendo sua alma, transpassando seu peito, seu coração, sua mente até chegar à sua alma e transbordar pelas as beiradas, sua alma cortada em pedaços, e se sentindo a si mesma quebrada. Sua família, a família que por tanto tempo foi sua única, estava morta, pela as mãos daquele que jurava te amar, e a marca recém feita trazia uma angustia tremenda para Clary, Clary sentia a marca do parabatai arder em fogo, a menina alucinou que até sangrava, sangrava como sua alma. Clary ficou cega, física e mentalmente, a dor era descomunal, e a ruiva não percebera quando foi amordaçada, jogada para longe do corpo do próprio irmão, e presa não apenas com algemas, mas sim com algemas banhadas a sangue demoníaco que queimavam e torturavam Clary, torturando seu corpo físico não se comparando a dor sentimental, o luto era horrível, mas o fato de estar de luto por Jonathan era pior ainda.

Clary não estava tão consciente de seu próprio corpo enquanto era arrasta, ela se sentia dormente por conta da dor, cega, dormente, inconsciente. Ela não sabia o que estava havendo, mas seu corpo não queria saber e muito menos sua mente, mas ela tinha consciência que gritava, mas não sabia dizer o porque pois em sua mente um único pensamento que pairava perante a escuridão.

Jonathan está morto. Jonathan, meu irmão está morto. Jonathan meu parabatai está morto. Ele está morto. Jonathan está morto. Mataram ele.


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Notas finais do capítulo

:´(
meu coração e a boca do meu estomago dói...



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