Break Wings escrita por Fernanda Furtado


Capítulo 40
40


Notas iniciais do capítulo

Okay, vi em algum comentário que queriam que Clary estapeasse alguém, bom, ela vai estapear geral agora. E sentindo falta de Clace? Isso não é um problema ;)
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590966/chapter/40

O Capitulo anterior...

–O que houve? –A voz era frágil, mal cuidada e baixa, Clary estava quase sem voz, mas aquilo fez todos relaxarem.

–Está sentindo dor?

–Não... O que... Houve? –Ela disse ainda mais confusa por olhar o local. –Cadê os irmãos do silencio? –Ela perguntou quase inaudível.

–Clary precisamos te contar algo que fizemos. –Foi Jace que se pronunciou, a menina estreitou os olhos.

–O que...

–Apenas escute, okay? Depois nos de uma bronca. –A garota assentiu.

–Okay, estou te ouvindo.

...

Jonathan passou um relatório rápido para Clary, que adormeceu pouco minutos depois no meio da frase, ela estava dando uma bronca no irmão, por ele ser impulsivo e em Jace, por ser imprevisível. Quando ela adormeceu, Izzy bufou.

–Nós estamos foragidos, impedimos que as asas dela fossem arrancadas e ela ainda nos retribui assim? Brigando com a gente? –Ela disse meio zangada, tinha largado tudo de sua vida, todo seu conforto, todas as suas roupas... Para salvar Clary, ela esperava algum agradecimento.

–Este é o jeito dela pedir obrigada. –Jonathan disse negando e observando a irmã adormecida. –Ela mostra a gratidão, mostrando preocupação, ela está apenas preocupada, deve achar que não merece tanto, que não é digna de tanto, que ainda é uma aberração e isso faz toda a culpa cair sobre suas costas. –Simon revirou os olhos.

–Legal, e agora? Ela acordou, mas as asas ainda estão machucadas. –Ele disse pacientemente vendo as asas como se tivesse algo faltando nelas, além de penas, já que os irmãos do silencio depenaram as asas de Clary.

–Vocês lembram o que a víbora disse. –Izzy disse dando de ombro. –Ela disse que só Clary saberia como curar suas próprias asas.

Todos ficaram em silencio, Jace suspirou, o garoto loiro se sentia cansado, mas não fisicamente e sim mental e emocionalmente, precisava de um descanso. Jace achou um canto naquela casa que parecia pequena pra ele e logo adormeceu, acordou com o barulho de conversa, se levantou, e caminhou para onde tinha o barulho o quarto de Clary, Clary ainda estava deitada, do jeito que sempre esteve, mas tinha os olhos bem abertos e a face pensativa. Jonathan relatava tudo o que ocorrerá, nos mínimos detalhes, e os outros faziam comentário.

Quando Jonathan acabou, Clary suspirou, e fechou os olhos, ela levou a mão a suas têmporas, a mão tremia muito, era visível até para Jace que estava longe, Clary fungou, ela chorava.

–Por Deus, não me digam, que vocês... Fizeram isso que eu ouvi.

–Nos fizemos Clary. –Jonathan disse pegando a mão da irmã delicadamente. –Estavamos tentando te salvar.

–Não! –Ela disse, todos se surpreenderam com isso, Clary havia gritado, e batido na mão do irmão. –Não! Eu nunca pedi que vocês fizessem isso!

–Clarissa! –Jonathan disse espantado para a irmã. –Preferia que suas asas fossem arrancadas?!

–Vocês estão mortos, Jonathan. –Clary sussurrou amargamente. –Você entende isso? –Ela disso sufocada e grunhiu de dor. –Eu sinto a morte e ela está em volta de vocês. –Ela chorava, os olhos vermelhos, todos ficaram paralisados. –A Clave... A Clave não vai ter misericórdia, Jonathan. Eles me odeiam, acham que eu sou a obra do próprio Lucifer. –Ele disse entre dentes, Clary se sentou surpreendendo todos. –Ele não me mataram ainda, porque eles achavam que podiam matar isso que tem dentro de mim, entendeu?! Eles acham que podem roubar alguma coisa desse meu dom! Qie podem torna-los mais do que já são, mesmo que isso precise me destruir. –Ela gritou para o irmão, que estava paralisado, os pulsos cerrados. –Quando isso acabar... Se nós sobrevivermos a isso, se o mundo não entrar em colapso, se ainda todos nós estivermos vivos... –Ela disse em um sussurro. –A Clave julgará todos nós e nos matará, ou nos aprisionará até morrermos, eles não terão misericórdia, Jonathan, eles não serão misericordiosos como aqueles que estavam dentro de Ciclo, não serão piedosos, eles serão cruéis, serão maldosos e não negaram em nos decapitar em praça publica, na praça do Anjo em Alicante. Você agora entende o que eu estou te dizendo? –Clary ainda chorava, mas seus olhos expressava algo a mais, temor, medo... Terror, tristeza. Jace tremeu ou ler os olhos da garota.

–Clary... –Joanthan disse em um sussurro, ela negou se deitando.

–Saiam daqui. –Ela disse olhando para a parede e ficando imóvel novamente. Todos demoraram algum tempo pra sair, mas saíram todos, e naquele dia ninguém disse mais nada, não houve conversas risonhas comendo a comida que Rebecca havia preparado, Rebecca até tentava puxar assunto, mas ninguém conseguia sequer comer, imagina conversar. A noite, Jace viu em um canto, Simon abraçado a Isabella, ela chorava e tremia levemente.

Jace não conseguiu dormi, naquela noite, pensou nas palavras de Clary e de como elas carregavam o peso do mundo, era como se Clary conhecesse a história, era como se... Raziel tivesse mostrado a ela, pois sua voz era clara e não era medo que tinha na sua voz, ela honestidade e ainda mais, terror.

Jace não conseguiu dormi, e observou as costas de Clary que ele jurava que sabia que ela estava acordada e chorava. Jace quase iam abraçando-a, mas ele tinha certeza que se ela precisa-se de um abraço ela teria pedido, então deixou a garota quieta, com sua própria dor.

Demorou até o meio da tarde para Clary os chamar, ela estava debruçada e parecia em outro mundo, Jonathan chamou sua atenção.

–Então? –Ele perguntou, ela o olhou, olhos tristes, grandes olheiras.

–Quero que faça uma runa em mim. –Ela disse prontamente.

–Uma runa? –Jonathan perguntou, Clary assentiu.

–Sim. Me de um papel, que eu lhe mostro a runa. –Jace sabia que Clary era uma excelente pintora, mas nunca havia visto ela desenhar uma runa, mas ver Clary desenhando foi agonizante, sua mão tremia tanto e estava tão fraca e frágil que aquela foi a experiência mais agonizante que tinha tido, após a runa pronta ele observou a no papel, era uma runa de força, ele sabia, os traços eram simples e determinados, eles eram fortes e carregavam grande peso.

–E pra que serve?

–Apenas faça Jonathan. –Ela disse, e depois ela indicou as costas Jace percebeu que suas mãos tremiam ainda. Jonathan fez, e então Clary simplesmente se sentou e suspirou se levantando, todos observaram à pequena Clary, ela se sacudiu, ela percebeu que vestia apenas um pano, na verdade um lençol por cima do corpo, pois não conseguiram vestir nada nela, apenas roupas hospitalares.

–Então... –Ela disse com as mãos na cintura, Jace não poderia dizer que ela estava linda nas condições que estavam, mas ela estava incrivelmente linda pra ele. –Eu preciso de mãos ágeis, e mais papéis. –Ela disse. –Ah, e que por favor, após fazerem o que eu pedir, saiam daqui.

–Por quê?

–Apenas obedeçam. –Ela disse e se sentou na cama e os papeis entregues por Simon, ela começou a desenhar runas e entrega-las. -Eu quero que, desenham estas runas nas minhas costas, até onde puderem alcançar. Izzy eu preciso que você me faça um curativo no estomago. –Clary disse apontando para onde ninguém havia percebido que sangrava.

Todos fizeram as runas que Clary pediu, nos braços, nas costas, até a cintura. Izzy cuidava da runa de cura no corpo feita pela a espada banhando a sangue demoníaco de Utieh. Depois, todos saíram e deixaram Clary em paz. Jace ficou na porta o tempo todo e viu que ao enternecer, um leve brilho dourado vazava por de baixo da porta, ele abriu ligeiramente a porta para ver o que estava acontecendo, e ficou admirado com o que via.

Clary estava claramente em uma posição de Yoga, e estava de olhos fechados, ela brilhava levemente, a fogo celestial e aquilo foi lindo, Jace viu novas penas das asas nascerem, viu Clary brilhando novamente como se vida estivesse voltando a ela. Jace se sentou no canto abraçando a própria perna a observando, e Clary devia ter ouvido, mas não tirou sua concentração do Yoga.

–O que faz aqui? –Ela perguntou.

–Nada. –Ele disse dando de ombros, ele jurou que viu o fogo celestial aumentando e reluzindo mais sobre a pele de Clary. Ela então suspirou, se ajeitou, e olhou pra ele, o fogo celestial sumindo.

–O que faz aqui, Jace? –Ela novamente perguntou, ela vestia agora uma roupa da irmã de Simon, que era grande de mais pra ela, uma blusa lisa vermelha e uma jeans que Clary teve que enrolar três vezes, Jace achou que ela tinha ficado patética com a roupa, principalmente por conta que tiveram que rasgar a blusa, mas nada comentou. Clary ainda estava suja de sangue e da própria sujeira, mas ela disse que seria impossível tomar banho, as asas latejavam.

–Apenas... Te observando. –Ele disse dando de ombros, não precisava mentir para Clary. –E você? –Clary deu de ombros.

–Apenas... Relaxando. –Ela disse, e suspirou. –Eu preciso tomar banho, seria que poderia informar, Rebecca? Por favor. –Ela acrescentou apressadamente, Jace assentiu se levantando.

Ele ficou até animado, se Clary queria tomar banho então quer dizer que ela estava melhor, que suas asas estavam melhor. No andar de baixo, Jace falou para Rebecca o recado de Clary, e Rebecca logo subiu.

.

Quando Clary acordou era quase 16 horas do terceiro dia que eles estavam na casa da mãe de Simon, e agora já passava das 23h, Clary não havia tomado banho, nem comido, ou saído do quarto, apenas ficando lá presa fazendo Yoga, mas incrivelmente Clary havia adorado Rebecca e ela era toda cuidadosa e amorosa com a irmã de Simon, como se a mundana fosse se quebrar a qualquer momento. A mundana havia feito algumas perguntas para Clary, que Clary respondeu de prontidão, outras que Clary negou em responder. Clary prometeu tentar ajudar com a mãe de Simon, o que surpreendeu a todos, quer dizer, Clary estava tratando os mundanos com carinho e amor, mas os seus próprios e similares ela estava tratando com ignorância e raiva, aquilo estava esgotando todos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não é muita coisa, mas é o que tenho u.u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Break Wings" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.