O Convidado da Festa escrita por FireboltVioleta


Capítulo 8
Ansiedades e Bagunças


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o sumiço colossal, mas aí está o novo capítulo.
Se estiver sem graça, não deixem de avisar. Com a correria, acho que estou perdendo o jeito de escrever uma fic de efeito... :( Desculpem...
Boa leitura!



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RONY

A ansiedade me matava aos poucos.

Enquanto nossa linda filha estava prestes a completar seus nove meses e meio, a iminência da chegada de nosso caçula parecia nos assustar – e nos maravilhar – cada vez mais.

Tal como na gravidez de Rose, Hermione estava simplesmente linda com aquele barrigão. Eu não me cansava de abraçar seu ventre, dando beijinhos e fazendo-a rir, ainda mais quando nosso pequeno garoto resolvia chutar.

– È pra você tirar sua cara feia daí – brincou Hermione uma vez, sorridente, afagando meus cabelos com a expressão encantada.

– Isso é jeito de tratar seu pai, moleque? – fingi seriedade, o que só fez Hermione gargalhar ainda mais.

Minha esposa já havia sugerido, no mês anterior, o nome do nosso novo rebento. Eu ainda achava Hugo um tanto peculiar, mas quando Hermione me explicou a inspiração, concordei que era o nome perfeito mesmo. Um nome especial... para um garotão especial.

Rose só crescia e ficava cada vez mais inteligente. Falava mais que um elfo – e numa língua quase diabrética -, ria mais que uma hiena e era mais fofa do que um pelúcio. Tudo isso no corpinho mais miúdo e lindinho que eu já vira na vida.

Quando eu a tinha nos braços, quase me sentia agoniado ao ver sua pequenez e fragilidade.

O que me fazia perguntar por que existiam monstros por aí que abandonavam e ignoravam criaturinhas tão delicadas e indefesas. Como um pai ou uma mãe poderiam fazer isso? O ódio fervia em mim quando eu sabia que, enquanto minha filha estava segura e amada conosco, milhares de outras crianças mal sabiam quem eram seus pais.

E, pelo menos com relação á isso, Hermione, com seu cargo no Ministério, lutava constantemente para viabilizar e acelerar a adoção e todas as crianças órfãs de nosso mundo, inclusive as abandonadas desde a queda de Voldemort.

O que só fazia com que eu amasse ainda mais minha esposa. Ela era como um anjo de luz naqueles tempos após a queda das Trevas.

E, não bastando ser um anjo para todos fora de casa, ainda me dera, de presente, dois anjinhos só nossos. Tinha como eu ser mais feliz do que aquilo?

Rose, decididamente, fazia questão de marcar presença em todos os momentos que passávamos com ela.

Uma disputa começou entre mim e Hermione, tentando ver quem seria a primeira pessoa que ela chamaria.

Por exemplo, resolvemos tentar isso numa das vezes em que Rose saíra do banho. Hermione estava trocando-a com um conjuntinho muito fofo com babados, enquanto arrulhava para ela.

– Ba-man – Rose fez, olhando encantada para a mãe.

– Não... é ma...mãe.

– Mamãe o caramba... – protestei - é papai. Pa...pai.

Hermione fez cara feia pra mim.

– É mamãe... não liga pro seu pai.

– Quem foi que começou tudo isso?

– Quem foi que carregou a criatura nove meses?

– Quem... hã...

– E quem foi que alimentou ela?

– Ah! Quem trocou as fraldas dela? E a levou ao magizoológico?

Rose só olhava de um para o outro, como se perguntasse que raios estava acontecendo ali.

– Ba-mai...

Eu e Hermione nos entreolhamos, rindo em seguida.

– Vamos deixa-la decidir, vai...

– OK – sorri, abraçando Hermione e beijando seus cabelos.

Mais tarde, quando Rose já estava dormindo, eu havia inventado de deitar a cabeça na barriga de Hermione, tentando ouvir o que quer que fosse de dentro da fina superfície que me separava do meu futuro filho.

Hermione pulou, rindo, enquanto um baque surdo atingia minha audição, certeiro e suave como uma espanada.

– Isso que eu chamo de pé na orelha – brincou ela.

– Ele tem todo o para ser um goleiro... – comentei, carinhoso, fingindo medo quando Hermione estreitou os olhos – ou um carinha intelectual também, claro... que curta essas paradas de História da Magia e o escambau – completei, rindo.

– Tudo bem... – ela suspirou, erguendo-se um pouco – ele pode ser um jogador de quadribol também... vai saber...

– Hum... isso eu não sei... – sorrindo diabolicamente, subi o corpo por cima do dela - mas eu sei o que a gente podia fazer agora...

– Ah, é? – Hermione ergueu a sobrancelha, rindo – quero ver é como você vai fazer o que quer fazer, com essa lombada gigante no caminho...

– A gente dá um jeito... podemos inovar... – ela deu um gritinho, risonha, quando beijei sua clavícula.

– Não curto inovações – Hermione guinchou, assustada – tá falando sério, Pervertido-Mor?

– Essa é uma cara de quem está brincando? – franzi o cenho para ela, apontando meu rosto.

– Ferrou – Hermione se encolheu, mas parecia tão animada quanto eu, enquanto retribuía o beijo que lhe dei.

Eu tinha desencaminhado a garota... fazer o quê?

Se foi complicado?

Minha nossa... foi. Quase constrangedor. Mais do que já era.

Mas, previsivelmente, foi tão perfeito quanto todos os outros momentos que eu passara ao lado de minha mulher.

Agora, aguentar as piadinhas de Gina pelo resto da semana é que não foi exatamente a coisa mais agradável do mundo.

Hermione e sua boca solta... no dia seguinte, já tinha ido comentar nossa nova experiência pra linguaruda mor da família Weasley.

E eu só queria morrer.

– Foi sem querer, ué! - ela arfou, com o olhar súplice.

Senti minha boca abrir e fechar como um peixe fora d’água.

– Desde quando nossa vida sexual tem á ver com a minha irmã?

– Rony! – Hermione tampou a barriga, como se pudesse tapar os ouvidos de Hugo.

– Falo mesmo! E se reclamar falo de novo!

– Oxe... – ela ganiu, com uma expressão tão socada, que eu não aguentei e caí na risada.

Eu simplesmente não conseguia mais ficar irritado ou bravo com Hermione. Não por muito tempo... ainda mais quando meu amor por aquela criatura não fantástica encobria qualquer desgosto bobo.

Eu já havia cometido erros demais com ela. Nunca mais deixaria qualquer bobagem se interpor entre nós dois, e nem entre nossos filhos.

– Você é louca – suspirei, cheio de ternura, enquanto a abraçava – a minha louca.

– Ah, que meigo – ela ironizou, antes de ir e deitar a cabeça em meu ombro.

Sorrindo, encostei minha testa na dela, absorvendo sua humorada e delicada presença em meu corpo.

Eram aqueles pequenos, loucos e maravilhosos momentos que pareciam me mover e me sustentar.

Parecia que eu nunca mais conseguiria viver sem aqueles três fantásticos luzeiros em minha vida.




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Notas finais do capítulo

E aí? Opiniões? Comentários? "Tá ruim demais!"?
Kissus e até os últimos capítulos!



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