O melhor amigo da noiva. escrita por Adri M


Capítulo 7
Tudo que eu faço é amar você.


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora. Realmente não me sobrou tempo para escrever o cap, mas aqui estou com um novo cap. Espero que vocês gostem. E se tem fãns de Bon Jovi que lê a fic, não fiquem brava comigo, é só o pensamento do Oliver. Sem mais delongas, boa leitura.



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Depois do meu brinde aos homens. A musica começou a tocar alto no pequeno bar. Nyssa e Sara estão dançando juntas, as garrafas de cerveja servem de seus microfones. Estão se divertindo, visivelmente felizes uma ao lado da outra. Sempre achei Bon Jovi meio gay, mas na voz delas a musica fica ótima.

Tomo o ultimo gole de vodlka do meu copo e me levanto, me aproximo das duas. Tiro a garrafa de cerveja da mão de Nyssa e bebo um gole, o liquido está horrível, quente e mais amargo que o normal.

Sara continuou cantando, enquanto Nyssa corria até o balcão e pedia outra cerveja, para rapidamente voltar e se juntar a nós novamente.

Toda vez que olho para você, baby, vejo algo novo. Que me deixa mais animado do que antes e me faz te querer mais. Não quero dormir essa noite, sonhar é uma perda de tempo. Quando olho o que a vida vem se tornando, tudo que eu faço é amar mais você. – entôo junto com as duas. – Você pode acabar com o mundo todo. Você é tudo que eu sou, somente leia as linhas do meu rosto. Tudo que eu faço é amar você.

– TUDO QUE EU FAÇO É AMAR VOCÊ! – grito como se de onde Felicity estivesse há essa hora, ela pudesse me escutar.

– Hey. Gatinhas o que estão fazendo com esse bêbado? – dois homens metidos a motoqueiros selvagens, com tatuagens por todo o corpo e uma enorme barba nojenta, se aproximam de Nyssa e Sara.

– Vocês não estão diferentes dele. – Nyssa aponta para mim. – A única diferença é que vocês cheiram mal, como se tivessem tomado banho como shampoo de gambá! – exclama. Os dois começam a rir e forçar a barra com as duas. Um deles agarra Sara e ela esperneia, tentando se livra dos braços dele.

– Larga ela seu maníaco! – dou um soco no rosto dele e em seguida sou atingido pelo punho do outro. Duas vezes, no meu queixo e no meu olho direito.

Nyssa agarra no pescoço do mesmo que me deixou quase desacordado no chão, enquanto Sara quebra a garrafa de cerveja e rasga o braço do outro homem com a ponta do vidro.

– Saiam daqui antes que esse pedaço de vidro entre no meio das suas pernas! – exclama Sara, que aponta a metade da garrafa ensangüentada para eles. Os dois erguem as mãos para cima e saem rapidamente do bar, em seguida escuto o ronco do motor das duas motos.

– Acho que está na hora de acabar com a farra. – diz Nyssa, depois de se recompor.

– Vamos pegar um taxi e levar Oliver para casa, ele não está bem. – comenta Sara.

– Eu... Eu estou ótimo. – dou um passo e vacilo, mas as duas impedem que eu caia.

– Não, você está destruído, Oliver. Sara está certa. Eu já volto. – as duas me fazem sentar em um banco. – Não deixe ele beber mais, daqui a pouco ele entra em coma alcoólico. – Sara assente e Nyssa sai do bar.

– Eu ainda não bebi o suficiente para esquecê-la. – murmuro.

– Acha mesmo que beber como um louco, até seu fígado sangrar, vai fazer você esquecê-la? – indaga Sara.

– Ao menos essa noite queria esquecê-la! – bato meu punho na mesa, os farelos de amendoim pulam em cima da madeira com o baque do meu soco.

– O taxi está nos esperando do lado de fora. – Nyssa adentra o bar e avisa.

Sara segura meu braço e eu apoio meu corpo sobre seus ombros. Nyssa a ajuda, segurando meu corpo do outro lado. Saímos do bar e antes de entrar no taxi, sinto meu estomago revirar, me agacho e vomito em uma lata de lixo que tinha ali perto. Meus olhos enchem de lágrimas que eu permito que caiam e manchem minha camisa.

– Caramba Oliver! Você chegou ao fim do poço mesmo. – Nyssa me ajuda a entrar no taxi. Sara senta no banco da frente e Nyssa ao meu lado.

Jovem demais, tolo demais para perceber. Que eu devia ter lhe comprado flores quando tive chance. Ter levado você a todas as festas, por que tudo o que queria era dançar. Agora minha garota está dançando, mas está dançando com outro. – acompanho a musica que toca no rádio do taxi. Ela é perfeita, conta exatamente o que está acontecendo comigo. O destino só pode estar tirando uma com a minha cara. Encosto minha cabeça no vidro do carro, e me calo. Só consigo pensar em Felicity e Ray dizendo sim um ao outro, daqui dois dias. Eu a perdi e tenho que me acostumar com isso.

– Chegamos. – escuto Sara dizer.

– Vou acompanhar Oliver até a porta. Fique aqui, eu já volto. – diz Nyssa.

Ela sai do carro e dá a volta no mesmo. Abre o lado da porta em que eu estou sentado. Segura meu corpo e me ajuda a levantar. Dou alguns passos a frente dela, não quero demonstrar o quanto sou fraco e o quanto minha vida está uma grande merda.

– Você vai ficar bem. Oliver? – pergunta a alguns passos atrás de mim.

– Vou Nyssa. – respondo. Viro-me em direção a ela. – Obrigado! – assente.

– Espero que Felicity mude de idéia. – vira sobre os calcanhares e volta para o taxi.

Tateio a chave no bolso do paletó, quando a acho, enfio no buraco da fechadura e giro. A porta se abre, revelando a escuridão e o silencio total que habita na grande sala da enorme mansão dos meus pais. Subo as escadas cambaleando e cantando uma musica qualquer, acho que eu mesmo a acabei de inventar. Abro a porta do meu quarto, ando até minha cama e deixo meu corpo tombar sobre ela.

Acordo com uma musica irritante da Britney Spears, minha doce irmãzinha a adora. Cubro minhas orelhas com o travesseiro, porem é musica é tão alta e irritante que tilinta na minha cabeça.

– Ollie está na hora de acordar. Já são quatro horas da tarde. Você não pode ficar perdendo tempo. – o assoalho range enquanto ela anda pelo quarto abrindo as cortina e deixando a luz do sol entra no cômodo.

– Está tendo aulas com Darth Vader? – levanto da cama e desligo a musica.

– Quem é Darth Vader? – indaga, enquanto dança pelo meu quarto.

– Deixa para lá. – entro no banheiro e fecho a porta. Encaro meu reflexo no espelho, eu estou horrível. Com um hematoma no olho direito. Outro corte no queixo. Minha cabeça está explodindo.

Forço minha memória até lembrar-se de tudo que tinha acontecido no bar comigo, Sara e Nyssa. O hematoma foi conseqüência de uma briga com dois homens, o dobro do meu tamanho. Sinto-me envergonhado, se não fosse à dupla ontem, eu tinha apanhado feio. Sinto meu estomago revirar, ergo a tampa do sanitário e todo o álcool que tinha no estomago e jogado fora.

– Oliver você está bem? – Thea pergunta, batendo na porta.

– Para de bater, por favor! – exclamo.

– Você está bem? – sua voz é suave.

– Estou bem Thea, só me deixa sozinho. – falo.

– Okay. – diz.

Levanto e me livro das minhas roupas. Entro em baixo do jato de água morna. Demoro mais que o normal no banho. Seco-me e visto uma roupa confortável. Não quero mais sair de casa. Na verdade, vou voltar para Nova Iorque, hoje mesmo. Não quero ficar mais nenhum minuto em Starling, não quero ver a mulher que amo, casando com outro cara.

Pego minha mala em um canto do quarto, e a coloco aberta sobre a cama. Abro o guarda-roupa e começo a jogar todas as minhas roupas dentro da mala.

– O que está fazendo? – meu pai adentra o quarto.

– Vou voltar para Nova Iorque. – permaneço com os olhos fixos na mala.

– Vai desistir, Oliver? – olho para ele, que tem um dos mais fracos sorrisos no rosto.

– Desistir? – retruco.

– Da mulher que você ama?– suspiro pesadamente e em seguida assinto. – Você falou sobre seus sentimentos por ela? – indaga.

– Disse que a amava e ela disse para eu não insistir. – respondo. – Maior fora que já levei em toda minha vida. – falo de forma engraçada, em seguida meu pai ri.

– Pensei que você não fosse de desistir fácil. – dei de ombros.

– Fiz o que estava ao meu alcance. – meu pai ergue uma das sobrancelhas e fita meus olhos.

– Eu passei por isso também. Não o mesmo cenário que o seu, mas parecido. – parei o que estava fazendo e prestei atenção nele. – Conheci sua mãe quando ela trabalhava de garçonete e uma lanchonete, me apaixonei por ela a primeira vista, no final do dia descobri que ela estava noiva do cozinheiro. Eu podia ter desistido. Devia mesmo, o cara era enorme, assustador, mas eu não desisti.

– O que você fez? – indago.

– Você não vai querer saber. – diz, com um largo sorriso.

– Agora acho melhor o senhor falar! – exclamo. Ele sorri e passa a mão pelo cavanhaque, dá alguns passos e para na minha frente.

– Eu roubei a noiva. – dou uma gargalhada e volto minha atenção para a mala. – Roubei ela uma noite antes do casamento, a levei para um lugar afastado e disse o quanto a amava. – completa.

– Você não fez isso. – retruco.

– Eu fiz. – segura meu ombro e dá um leve aperto. – E acho que você deveria fazer isso. – dá as costas e sai do quarto.

Jogo-me na cama e olho fixamente para o teto. Solto um longo suspiro. Não vou roubar Felicity, ela me odiaria para sempre. Foi Ray que ela escolheu, não eu. E eu devo aceitar isso.

O dia passou rápido. Comprei uma viajem de volta para Nova Iorque, o vôo sai há meia noite. Minha mãe e Thea ficaram tristes, eu prometi voltar quando estivesse com a cabeça mais vazia, depois do casamento de Felicity. Tudo que eu queria era voltar para a minha casa e não ter que presenciar o casamento da mulher que eu amo. Dizer que Felicity é a mulher que eu amo já virou rotina, pena que eu admiti isso para mim tarde demais, e agora a perdi.

– Sr. Queen! – Deise entra no meu quarto. – O taxi que o senhor pediu já está esperando. – pego minha mala sobre a cama. Dou um beijo na bochecha de Deise.

– Não me chame mais de senhor, estou cansado de falar isso para você. – assente. Enlaço meu braço na volta dos seus ombros, ela dá um sorrisinho. – Vamos, então? – descemos as escadas, vejo minha mãe e Thea com cara de funeral, e meu pai está sorrindo falsamente.

– Hey! – os três olham para mim. – Ninguém morreu, tratem de desfazer essa carranca. – abraço meu pai que me dá alguns tapinhas nas costas.

– Não acredito que vai desistir assim. Tão fácil. – murmura minha mãe.

– Fiz tudo que estava ao meu alcance. Não vou roubar a noiva. – ela sorri. A abraço e lhe dou um beijo em sua testa. – Te amo, mamãe. – mexe os lábios dizendo “eu também”.

– Não quero que vá agora, Ollie. – Thea diz com a voz chorosa.

– Preciso ir, speedy. – forço um sorriso. Ela envolve os braços no meu abdômen e afunda a cabeça no meu peito, beijo o topo da sua cabeça e afago suas costas.

– Não vai se despedir dela? Vai fazer igual no passado? – indaga, depois de nos afastarmos.

– Eu ligo, desejando felicidade a ela e Ray, mando um presente. – comento com o meu pior sorriso. – preciso ir agora. – seguro minha mala que tinha largado para me despedir dos três.

– Liga quando chegar em Nova Iorque. – diz minha mãe. Só falta pedir se estou levando blusa, por causa do frio.

– Okay. – abro a porta e saio da casa. Sinto o vento gelado assoprar no meu rosto, suspiro pensando no quanto seria feliz ao lado de Felicity.

Entro no taxi e digo para o taxista me levar ao aeroporto. O transito estava calmo, então não demorou muito para ele estacionar na frente do aeroporto. Pago a corrida e desembarco do carro. Estava entrando no local quando o celular vibrou no meu bolso. Olhei no visor e vi o nome de Felicity, instintivamente um sorriso se alargou nos meus lábios. Será que ela voltou atrás em sua decisão? Abro o sms.

Lembra quando bebemos, tomamos um porre, depois do chifre que você levou?

Preciso de você, Oliver

Viro sobre os calcanhares. Olho para a rua e vejo o taxista que me trouxe até o aeroporto ligar o motor do carro. Apresso os passos.

– Hey! – chamo. Ele escuta e desliga o motor do carro. – Acho que vou perder o vôo!


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Notas finais do capítulo

COMENTEM!! Não me deixem sem doce gente, então digam o que acharam do cap, se gostaram se não gostaram, podem ser sinceros. Bjoos até o próximo.