Fuckin' Perfect escrita por LelahBallu


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galerinha,
Sinceramente achei que demoraria mais a postar esse capítulo, mas bateu a inspiração, então aqui estou eu. Obrigada a todas pelos comentários!! E vocês vão perceber no capítulo, mas vou responder desde já por que quase todos os comentários continha essa pergunta, ou insinuação... Não haverá arqueiro nessa fic, já trabelhie com esse tema por um longo tempo com Mr. Queen, e comecei FP com Mr. Queen ainda em andamento, gosto de fazer minhas fics diferentes uma das outras, então não tinha sentido fazer duas fics com o tema, desde o começo da fic eu já tinha os planos desse capítulo traçado, estava previsto para o capítulo seis, mas optei por desenvolver mais a amizade dos personagens principais, já que se trata de uma long...
Sem mais explicações, espero que gostem do capítulo, para quem tem interesse, eu escrevi esse capítulo ao som de Kodaline, com "Talk" " The Answer" "High Hopes" "All I Want", é apenas a trilha sonora que ouvi enquanto escrevia, não significa que a letra tem relação de fato.



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CINCO ANOS DEPOIS

– Segure o elevador! – Gritei para a garota que entrava por último. Ela me encarou surpresa ao mesmo tempo em que impedia que as portas do elevador se fechassem. – Oi. – Sorri para ela, ela devolveu o sorriso timidamente e colocou um mexa do seu cabelo curto para trás. – Obrigado. – Falei ajeitando a pequena nos meus braços. – Por segurar o elevador. – Não estava cheio, apenas nós dois e um homem que se encostava a parede do fundo do elevador, com a cabeça baixa nos dando pouca atenção.

– Sem problema. – Voltou a sorrir. Ela olhou para o rosto de adormecido de Mel nos meus braços.

– A propósito eu me chamo Roy. – Apresentei-me. Fiz menção de elevar minha mão, mas temia acordar a pequena dorminhoca, era um milagre que não tivesse se movido com meu grito.

– Thea. – Sorriu. Voltou a encarar a criança em meus braços. – Ela é linda. – Elogiou.

– Obrigado. – Murmurei. – Ela puxou a mãe. – Acrescentei. – Ela assentiu sem graça.

– Bem, vocês tem uma filha linda. – Voltou a elogiar. Franzi o cenho absorvendo suas palavras.

– O quê? – A encarei confuso. – Oh não, ela não é minha filha, ela é minha sobrinha.

– Ah. – Murmurou em resposta. –Ok. – Riu.

– Você está se mudando?- Perguntei encarando a caixa aos seus pés. Ela assentiu encarando da caixa para o homem atrás de si.

– Sim. – Confirmou. – Eu estou indo para o último andar. – Esclareceu e apontou para o homem que continuava perdido em seus próprios pensamentos, virei-me de lado para ficar acessível aos dois. – Ollie veio me ajudar com as últimas caixas. Ele é meu irmão. – Acrescentou enquanto o homem me encarava brevemente e acenava com a cabeça, antes de descer o olhar Mel, seu semblante se enrugou enquanto analisava seu rostinho, nesse momento Melaine abriu seus olhos e encarou o estranho em sua frente, ambos se olharam fixamente até que mel quebrou o contato e me encarou.

– Tio Roy onde está mamãe? – Perguntou ao mesmo tempo em que o elevador parou em nosso andar. – Me interpus entre as portas e ignorei brevemente a pergunta de mel.

– Seja Bem vinda. – Falei me despedindo com um último aceno de cabeça. – Qualquer coisa, estamos no apartamento 17A. – Ela acenou afirmativamente e elevou a mão acenando.

– Onde está mamãe? – Mel repetiu quando saí inteiramente do elevador e as portas se fecharam.

– Ela já está vindo anjinho. – Murmurei beijando sua cabeça. Parei em frente à porta do apartamento e puxei minhas chaves do bolso traseiro da calça. Eu não estava mentindo Felicity não conseguia ficar longe de sua filha por muito tempo, ela havia pedido que eu subisse com Melaine enquanto ela se despedia de Ray Palmer, seu chefe insistente que queria virar mais do que isso.

Eu havia entrado na vida de Felicity há três anos, Melaine era apenas um bebê rechonchudo, Felicity não sabia da minha existência até que eu tive a curiosidade de saber quem era a filha do meu pai ausente, eu esperava alguma riquinha mimada, mas ela era o oposto. Felicity é uma ótima pessoa, passou por muitas coisas esses últimos anos, ela perdeu o amor da sua vida cinco anos atrás e ficou noiva de Elliot um ano depois, após o nascimento de Melaine, apenas para ele morrer em um acidente de carro três semanas depois, ela havia passado por tantas coisas e ainda assim me recebeu de braços abertos, me aceitou como parte da família, ela e essa pequena garotinha era tudo o que eu tinha. Felicity não me falava muito sobre o pai de Melaine, tudo oque eu sabia era que ele havia morrido e que ela ainda o amava, não importa o quanto ela negasse, eu já havia a visto chorar enquanto estava deitada na cama, na ocasião eu ia pedir um remédio, parei quando notei os soluços silenciosos, isso havia sido há quatro meses.

POV THEA

– Ele era muito simpático não é mesmo? – Perguntei para Ollie enquanto entrava no apartamento que ainda estava bagunçado.

– Sim. – Murmurou.

– Ollie. – Suspirei aborrecida, me irritava que ele sempre fosse tão frio em suas respostas, todas elas envolviam em sua maioria uma palavra ou no máximo uma frase, isso quando ele apenas não me encarava longamente como fazia agora. – E a garotinha? – Perguntei levantando a caixa até o balcão. – Um doce não é mesmo? – Virei-me a tempo de encarar seu olhar confuso. – O que?

– Nada. – Meneou a cabeça. – Só uma leve dor de cabeça.

– Quer que eu ligue para Shado? – Sugeri preocupada, Shado havia sido categórica ao pedir que eu a informasse de qualquer dor de cabeça ou algo do tipo que Ollie tivesse.

– Não precisa incomodar Shado com isso. – Repetiu.

– Mas ela é sua...

– Eu não vou incomodar Shado com uma dor de cabeça. – Resmungou.

– Isso é por causa da reunião de amanhã? – Perguntei me encostando ao balcão. – Nossa mãe insiste que você já está pronto para assumir a direção da QC. – Aproximei-me dele e segurei sua mão. – Mas se você achar que é muito cedo, não assuma. – O aconselhei. – Você só retornou há quatro meses, a mídia fez um circo quando você voltou e eles sequer sabem da história toda, eu sei que mamãe insiste em manter isso em segredo, mas não aceite tudo o que ela diz, você sequer falou com Tommy desde que voltou. – O encarei. – Talvez devesse ligar para ele.

– E o que eu vou dizer a ele Thea? – Perguntou se sentando no sofá, levou uma mão a têmpora, demonstrando incômodo. – Que eu não me lembro dele?

– Você precisa ter contato com seus amigos. – Repeti me ajoelhando a sua frente. – Se você falar com eles, conviver, se eles compartilharem suas lembranças com você... – O encarei angustiada. – Talvez você consiga se lembrar. – Você conseguiu se lembrar de mim. – Sorriu. – Você me chamou de Speed no mês passado, lembrou-se da comida favorita da mãe e que eu havia caído do cavalo alguns anos atrás, você precisa falar com seus amigos...

– Eu não sei quem são eles. – Retrucou. – Eu não sei se eles realmente são meus amigos e sem memória eles podem me manipular.

– Oh Deus Ollie. – Levantei-me frustrada. – Essas são palavras que nossa mãe colocou em sua boca. – Acusei. Desde que Oliver havia voltado ela havia se agarrado a ela, ela tomava as decisões por ele e eu havia notado que estava se aproveitando do estado de Ollie para manipula-lo. – Ela o está manipulando. – Tentei abrir seus olhos, eu amava Moira Queen, mas ela conseguia ser controladora quando queria. – Você pode não se lembrar dos momentos que passou em Central City, mas eu me lembro, nas vezes que você nos visitou você estava feliz, você e Tommy eram felizes lá. Você sempre estava falando de Sara, Caitlin e Felicity. – Sua mandíbula ficou tensa ao escutar o último nome. – Você se lembra de Felicity Ollie? – Aproximei-me novamente. – Você falava muito nela, você me mandava mensagens e o nome simplesmente surgia, você a amava. – Falei com convicção. – Seu rosto era de pura dor. Ele não conseguia se lembrar disso o deixava inquieto, inseguro e com raiva de si mesmo.

– Eu voltei há quatro meses Thea. – Falou por fim. – Quatro meses, os jornais fizeram uma cobertura e tanto, meu rosto estava em cada revista, cada tela de televisão, computador e celular. Quantas Felicity você viu bater na minha porta?

– Algo deve ter acontecido. – Dei de ombros. – Ligue para Tommy. – Pedi. – Ele era seu melhor amigo e você se negou a encontra-lo quando ele entrou em contato há dois meses. Tudo por que nossa mãe falou para não vê-lo agora? Do que você tem medo? – Por que continua se escondendo atrás dela? – Abaixou seu rosto levando ambas as mãos. Isso me matava... Vê-lo tão confuso. – Você voltou tão maduro Ollie, As coisas que Shado fala, de como você a ajudou no hospital... Mas quando você esta perto de nossa mãe... Você apenas se deixa manipular. Não faça isso. – Pedi. – Ligue para Tommy, se possível não vá para a reunião de amanhã, mas não viva para fazer as vontades dela. Ela o ama e perde-lo a destruiu, mas não aceite que assuma o controle de sua vida.

– Eu preciso ir. – Ergueu-se.

– Compre uma casa. – O aconselhei. – Um apartamento por perto, sai de lá. Eu saí por que não aguentava mais viver dessa forma, faça o mesmo.

– Eu só preciso de mais tempo Speed. – Murmurou pela primeira vez demonstrando fraqueza. – Eu tenho esses sonhos e está tudo uma bagunça, minha cabeça está uma bagunça, eu não sei o que é apenas um sonho e o que é uma memória. – Confessou. – Eu só preciso respirar um pouco, há apenas cinco meses eu me lembrei de que era um Queen, ninguém sabe onde eu estava há dois anos antes que Slade e Shado me encontrassem com uma ferida na cabeça, minha própria vida é um mistério para mim. – Riu em tom irônico. – E eu tenho esses sonhos com uma garota loira, mas não sei até que ponto é sonho ou realidade. – O abracei tentando acalma-lo, ele hesitou antes de devolver o abraço.

– Eu estou falando sério Ollie. – Murmurei ainda o abraçando. – Se não quiser se mudar, venha apenas passar alguns dias aqui, você precisa se afastar daquela mansão.

– Eu pensarei nisso – Murmurou se afastando.

– Converse com Shado.

– Está muito tarde para incomoda-la. – Falou já a caminho da porta. – Mas ela estará comigo amanhã.

– Você vai mesmo para essa reunião?

– Sim. – Alcançou o trinco. – Boa noite Speed.

– Boa noite Ollie. – Suspirei o observando fechar a porta. Eu precisava encontrar uma forma de encontrar os amigos de Ollie e os reunir, acima de tudo eu precisava encontra sua Felicity.

POV FELICITY

Havia sido uma verdadeira luta me livrar de Ray. Ele estava ficando cada vez mais insistente, isso me irritava, quantas vezes uma garota teria que dispensar um cara até que ele compreendesse que ela não estava a fim? O pior de tudo é que ele era meu chefe e um cara legal, mas eu simplesmente estava fechada para o romance, desde a morte de Oliver eu havia me fechado para os relacionamentos, minha exceção havia sido Elliot, por que ele foi um doce comigo, ele havia ficado ao meu lado, com Tommy indo embora após a morte de seu melhor amigo e Sara se formando alguns meses depois só me restaram Barry, Caitlin e Elliot. Elliot se fez sempre presente, mesmo quando eu havia deixado claro que não estava interessada nele, não queria nada além de um amigo, ele continuou ao meu lado e não titubeou quando soube da minha gravidez.

Sara havia ido embora sabendo da minha gravidez, ela insistiu que Moira merecia saber que teria um neto, eu hesitei, não confiava muito na mãe de Oliver, pessoas ricas como ela tendem a enxotar qualquer um com a conta bancária menor que a sua, todos viram oportunistas, mas ainda assim caminhei hesitante pelo saguão da mansão Queen, eu estava nervosa e com medo. O medo fazia parte de mim desde que havia descoberto que seria mãe, Cailtin havia dito para eu não ir, que esperasse mais alguns meses, mas eu queria resolver isto logo e ela foi comigo, quando me encontrei com Moira foi apenas para confirma a impressão que eu já tinha dela, ela alegou que eu estava mentindo, que estava interessada no dinheiro de sua família e que se eu realmente estivesse grávida que este filho com toda certeza não era de Oliver, mas de qualquer outro “para qual você tenha aberto as pernas”, eu ergui meu rosto e disse que havia cumprido meu papel, mas que por mim meu filho ou filha nunca teria contato com um Queen.

O anos que se passaram me curaram lentamente da perda de Oliver, ainda doía, mas eu podia conviver com essa dor, principalmente quando eu entrava em casa e recebia um abraço empolgado como que eu estava prestes a receber.

– Mamãe! – Melaine gritou antes de se jogar em meus braços. A ergui colocando em meu colo apesar de já está um pouco grande para isso mesmo sendo um pouco pequena para a idade, ao que parece a altura não havia herdado do pai.

– Pensei que já estaria na cama. – Olhei para Roy que se aproximava lentamente carregando um copo de leite na mão. – Na verdade pensei que havia te entregado dormindo ao seu tio. – Murmurei encarando seus olhos, ela encostou sua testa na minha com um sorriso brincalhão.

– Tio Roy me acordou. – Falou em tom baixo.

– Ela está mentindo. – Roy falou.

– Você gritou. – Retrucou.

– Tudo bem montrinha. – Roy falou a puxando dos meus braços. – Sua mãe está cansada, eu fiz seu leite e vou coloca-la para dormir.

– Eu não quero dormir. – Falou decidida.

– Mas vai. – Falei. – Obedeça seu tio Mel. – Me ajoelhei em sua frente. – Eu vou tomar um banho e passo no seu quarto para lhe dar um beijo de boa noite, sim?

– Mamãe... – Eu sabia que estava tentando me enrolar.

– Sim querida? – Perguntei ajeitando seu pijama.

– Tinha um homem bonito no elevador. – Falou em tom baixo.

– Oh e ele era muito bonito? – Sorri dando trela a sua fofoca.

– Muito. – Assentiu exageradamente. – Ele vai morar aqui?

– Eu não sei Mel. – Encarei Roy que dava de ombros. – Vá com seu tio. – Pedi. – Logo passou no seu quarto. – Prometi. Ela voltou a me abraçar.

– Eu te amo mamãe. – Murmurou antes de sair correndo para os braços de Roy. Sorri com sua energia, às vezes eu acreditava que Mel havia herdado apenas as características de Oliver. Ao menos do Oliver que eu conhecia, o que havia voltado há quatro meses atrás e não tinha entrado em contato comigo... Esse eu não conhecia.

Eu havia ficado tão feliz com sua volta, eu havia ligado para Caitlin falando entre soluços que ele estava vivo, que Oliver havia voltado, que desta vez não era um sonho, ingênua como eu era havia voltado para aquela maldita mansão, Moira me recepcionou mais uma vez, disse que seu filho não queria nada comigo, e que eu não deveria incomoda-lo. Fui uma tola, não acredite, em vez disso voltei para casa e esperei o momento em que ele me encontraria, eu realmente acreditei que Oliver me procuraria, eu achei que Mel finalmente conheceria seu pai, mas semanas se passaram, Oliver foi visto com sua família sorrindo, havia fotos nos jornais comprovando, mas ele não voltou para mim, afinal eu acho que pela primeira vez Moira havia falado uma verdade, Oliver não estava interessado em mim.

Suspirei e tentei afasta-lo dos meus pensamentos, Oliver não merecia que eu perdesse mais minhas noites pensando nele, eu fiz isso por muito tempo. Quando cheguei ao quarto de Mel ela já estava dormindo, tudo o que pude fazer foi beijar suavemente sua cabeça para não acorda-la, despedi-me de Roy e mandei uma mensagem para Cailtin enviando uma foto mais recente de Melaine e me deitei, eu precisava de uma boa noite de sono. Ray havia insistido para que comparecesse a reunião na QC amanhã e eu não estava preparada para reencontrar Moira Queen.

POV OLIVER

Respirei profundamente enquanto as portas do elevador se abriam talvez Thea estivesse certa, talvez eu não estivesse pronto para essa reunião, Walter estava me esperando, eu estava cercado por Slade e Shado que insistia em me acompanhar em qualquer situação que envolvesse estresse.

– Você está bem Oliver? – Shado perguntou apreensiva. – Algum rosto presente pode confundi-lo.

– Shado eu sei que você se considera minha médica em tempo integral... – A encarei sem muita paciência. – Mas você não precisava vir hoje.

– Oliver...

– Eu estou bem. – Murmurei sem muito humor.

– Você está mentindo garoto. – Slade falou. – Já observei você levar sua mão até o cordão em seu pescoço por pelo menos três vezes. – O encarei sem responder, estava certo, eu erguia minha mão e parava no ato. Eu podia sentir o metal frio contra minha pele, mas em situações como essas, em que eu tinha certeza que algo não terminaria bem, eu sempre o tirava e brincava com a chave que estava pendurada nele. Até então eu havia conseguido resistir. – Afinal o que significa essa chave para você?

– Eu não sei. – Respondi encarando a sala de reuniões em minha frente, essa era a pior parte, isso era verdade, eu não sabia o que essa chave significava para mim, eu não lembrava de muita coisa, e maioria vinha em sonhos, eu me lembrava de olhos azuis, como os da garota de ontem a noite, me lembrava de um sorriso feminino, de um “Eu te amo” e ocasionalmente escutava sua voz me chamando de “Queen”. Foi assim que lembrei meu sobrenome, foi através da voz feminina a qual eu já havia atribuído o nome Felicity após as coisas que Thea falava, mas isso me deixava magoado, se ela, quem quer que seja ela, se ela me amava... Por que não entrou em contato comigo?

Senti a mão de Shado empurrar meu ombro levemente para que eu andasse, parei bruscamente ao encontrar com o rosto feminino, ela me encarava, sua boca estava aberta, mas sem emitir um som, o moreno ao seu lado tentava chamar sua atenção, mas continuava a me encarar, sua reação era notada pelos outros que nos encarava com atenção, ela meneou a cabeça e notei o brilho de lágrimas em seus olhos e então notei seus olhos de fato, eram os mesmo olhos, ela era a garota dos meus sonhos, ela era Felicity, ela se levantou ainda meneando a cabeça ignorando o chamado do homem, ela estava fugindo de mim, isso estava claro, ela estava furiosa, ela precisava passar por mim para sair da sala, e algo se estalou dentro de mim, por que meu braço se ergueu automaticamente puxando-a, evitando que se afastasse, por um momento apenas no encaramos, seus olhos analisaram meu rosto lentamente, enquanto eu mesmo repetia o gesto a observando, uma lágrima desceu por sua bochecha e fiquei tenso ao perceber que eu era a razão dela, ainda que não soubesse o porquê, quando me preparei para abrir a boca e pedi para que conversássemos senti o estar de seus dedos contra minha bochecha, o som do tapa ecoou pela sala seguida por um silêncio ensurdecedor. A soltei levando minha mão para a área que estava quente pelo tapa, ela estava surpresa por sua atitude, surpresa e assustada, ela piscou tentando conter novas lágrimas deu as costas e se pôs a correr. A observei se afastar e olhei para os rostos cobertos de surpresa, não durou quinze segundo antes que eu me virasse e fosse a sua procura. Eu ia encontra-la.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, quero saber o que pensam nos comentários... Xoxo