Alma Gêmea escrita por Yumenaya


Capítulo 26
O reencontro




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- Aya, você não vai se encontrar com ele! Por favor. – Mia tentava me fazer mudar de ideia – Edward ficará preocupado, se você for eu conto para ele.

Minha paciência havia acabado. Ela tocara no ponto crucial: Edward. Meu atual namorado, e vampiro.

- Cala a boca – falei sorrateiramente, vestindo meu sobretudo jeans – Nem mais um piu.

- Mas... – Mia tentou discutir novamente, mas felizmente foi interrompida pelo meu toque de celular.

- Alô?

- Filha? Ah, que bom ouvir sua voz. Estou morrendo de saudades, sabia? Como vão as coisas? Fiquei sabendo que Amélia estudaria com você, que maravilha – Alma falava animada. Revirei os olhos - Aya, você está aí?

- Sim, mamãezinha.

- Que susto filha – ela disse – mas então, Amélia está aí?

- Aham, ela está no meu lado.

Coloquei o celular no viva voz.

- Certo. Então, sabe aquele clipe que eu vou fazer? Então será realizado hoje às oito horas um teste, e preciso da sua ajuda e da Amélia. Podem vir?

- Claro Alma. Será um prazer – Mia apressou-se em responder, e acrescentou mais baixo – Aya, terá vários gatinhos com corpões.

Bufei.

- Aonde? – perguntei já dando por vencida. De qualquer forma me encontraria com Luke. Mais cedo ou mais tarde.

  ***

“Aya, você precisa retomar o controle, o que está acontecendo com você?” eu discutia comigo mesma “desde a chegada dos Cullens, e principalmente o início do seu namoro com Edward você não é a mesma”. Certo, eu havia mudado. Um pouco. Mas uma coisa eu preciso dizer, eu estou perdendo o controle. Não consigo mais discutir sobre nada.

Por exemplo, há poucos minutos minha mãe inventou uma participação minha em seu clipe juntamente com um dançarino sexy. E eu nem ao menos abri a boca para discutir!

- Bem, bem, bem – disse uma voz claramente masculina atrás de mim. – Veja se não é Aya Colucci.

Olha, não vou mentir para você. Quando um cara convencido fala comigo (e pela voz dava para perceber que era super gato, pelo seu tom de autoconfiança) eu não presto atenção. Não consigo evitar, eu simplesmente ignoro. Afinal de contas eu sou filha de uma cantora famosa que é símbolo sexual para os garotos, e sempre fui assediada pelas ruas. Mas nesse momento, fui pega desprevenida. Eu estava no estúdio de testes, sozinha e sem nada para me distrair. Mia estava com mamãe escolhendo uma roupa para mim. Virei-me para ver quer era o “gostosão” que estava falando comigo, dei uma leve sacudida no cabelo. Por que não? Quero dizer, considerando o fato de eu ter um namorado, não quer dizer que eu não possa provocar um pouquinho, certo?

Só depois da minha leve sacudida no meu cabelo eu percebi que o gato que tinha dito meu nome não era alguém de quem eu gostasse muito.

De fato podemos dizer que eu tenho bons motivos para morrer de medo dele. Mas não é isso que acontece, pelo contrário, eu tenho repulsa contra ele.

Acho que ele não pôde diferenciar o medo da repulsa nos meus olhos – cuidadosamente maquiados naquela tarde com uma combinação nova em folha de sombras chamadas Bruma Café -, porque o sorriso que se abriu em seu rosto bonito era ligeiramente torto num dos cantos.

- Aya – disse ele num tom brincalhão. Os dentes eram de um branco ofuscante em contraste com os olhos azuis lamacento. O que era horrível, para quem antes tinha olhos azuis claro como o céu. Provavelmente aquilo era uma mistura de alguma lente com a cor vermelha. De sangue. Um tremor passou rapidamente pela minha espinha – Aqui estou eu, nervoso porque farei um teste para participar de um clipe de uma cantora famosa, e você nem me diz oi! Isso é jeito de tratar um velho amigo?

Continuei a encará-lo, perfeitamente incapaz de falar algo.

O que ele está fazendo aqui? O que ele está fazendo aqui? a pergunta se repetia em minha mente.

O negócio é que eu não podia seguir meu primeiro impulso e sair gritando. Mas eu tinha que me comportar. "Depois fala que não mudou em nada. Dá logo umas boas porradas nele" alguma voz dentro de mim disse.

Ignorei-a e continuei com meu pensamento. Mas se não podia começar a brigar do nada, certamente podia passar rapidamente por ele sem dizer uma palavra, esperando que ele reconhecesse o que era realmente a pressa: pura repulsa.

Não sei se Luke sentiu minha repulsa ou não. Mas certamente não gostou de eu bancar a indiferente para cima dele. Sua mão se estendeu quando tentei passar, e a próxima coisa que eu soube foi que seus dedos estavam enrolados no meu braço como um torno. Claro que eu poderia ter puxado o braço e lhe dado um soco.

Mas eu não queria chamar a atenção. O que era estranho vindo de mim.

E também havia o fato de que eu estava bastante convencida de que, se eu desse um soco nele, provavelmente quebraria minha mão.

De algum modo consegui achar minha voz.

- Solta o meu braço – falei.

- Aya – ele ainda estava sorrindo, mas agora parecia ter um conhecimento cheio de malícia – Qual é o problema? Você não parece muito feliz em me ver.

- Você ainda não soltou o meu braço – lembrei-o. Dava para sentir o gelo dos seus dedos. O cara parecia totalmente sangue-frio, além de ter força sobrenatural.

 


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Notas finais do capítulo

O que estão achando? Decidi uma coisa, só postarei os próximos capitulos quando tiver um número razoável de reviewns, certo? Então por favor mandem reviewns, você não imaginam como é bom ler um comentário por mais simples que ele seja. Senti muita falta disso aqui. Beijos, e espero não ter que demorar para postar o próximo capitulo.



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