A aula de Herbologia foi meio chata na opinião da ruiva, ela ficava meio entediada em saber quantos tipos de caules existem na sua cabeça isso era um monte de baboseira sem sentido, ela só rezava para aquele tédio acabar e quando a sineta tocou só faltou ela gritar “Aleluia”.

– Finalmente essa aula acabou! – Comentou Albus abraçando Meredith pela cintura.

– Al fala baixo, vai magoar o tio Neville, o SEU padrinho! – A ruiva brigou com ele, mas quem disse que o moreno se importou? Revirou os olhos e seguiram para a última aula do dia Poções.

– Vem vamos nos atrasar! – Scorpius puxou a ruiva para a aula.

– Quem diria Scorpius Hyperion Malfoy indo para a aula, ou pelo menos querendo ir. – Debochou a garota.

– Quando você é minha parceira é óbvio que eu vou querer ir. –Disse ele sendo meloso, e Rose odeia melosidade.

– Eca! – Ela exclamou e saiu dos braços do loiro.

– Nossa valeu mesmo, eu aqui todo poeta e recebo isso de resposta. – “Agradeceu” ele, a ruiva olhou e fez carinha de cachorro que caiu da mudança e virou o jogo.

– Para de drama Malfoy, você só quer que eu seja sua parceira para você tirar um dez.

– Bem nós já vamos indo... – Albus e Meredith deram as mãos e se afastaram, como se os dois estivessem prestes a se matar, bom era mais ou menos isso.

– Você acha que eu não sou capaz de tirar dez sozinho Weasley? – A menina negou e sorriu, tornou para seu caminho com um olhar sapeca e infantil a fitando pelas costas. – Bom acho que vou ter que provar que posso não é mesmo? – Ela assentiu virando o corredor e o loiro saiu correndo atrás dela.

– Malfoy me larga. – Ela argumentava tentando soltar os pulsos das mãos, pois ele a agarrara passando um braço pela cintura e o com a mão do braço livre segurou os pulsos da garota.

– Se é tão boa se solte. – Ele a desafiou, talvez ele devesse saber que não se desafia um Weasley, principalmente quando esse Weasley for a Rose.

– Não vai me soltar? – Ele fez que não. – Tem certeza? – Ele afirmou. – Sua última chance! – E ela deu um chute nas canelas dele e saiu correndo quando ele em um ato de fraqueza a soltou. Ela saiu correndo para sala e ele saiu atrás, por sorte (de ambas as partes) o professor já estava na sala.

– Bem vamos logo, as instruções estão no quadro, Sr. Malfoy e Srta. Weasley menos cinco pontos pelo atraso, e como foram os últimos terão de se sentar juntos. – O professor Horacio que mesmo um pouco velho ainda dava aula na escola anunciou, Meredith receosa quase quis sair da sala alegando que era nova demais para morrer, dramática como sempre.

– Bem sonho realizado você vai ganhar um dez, porque agora somos parceiros obrigados. – A menina dizia enquanto cortava os ingredientes da poção, o menino que fazia o mesmo apenas levantou os olhos e sorriu.

– Sabe Weasley você tem que parar de se achar melhor que todos, as pessoas podem te achar chata, e elas não vão estar erradas.

– E você Malfoy devia aprender a hora de fechar a boca, e respondendo ao seu comentário, eu não me acho melhor eu SOU melhor. – Modesta como sempre.

A aula passou e eles ficaram sem se falar a aula inteirinha, quando o professor chegou à bancada deles para experimentar a poção, que obviamente estava perfeita e eles tiraram um dez, mas Rose Weasley tinha que ser melhor.

– Professor, será que o senhor poderia nos responder uma pergunta? – Ele assentiu rápido e ríspido, o loiro entendendo onde a ruiva queria chegar foi logo se adiantando.

– Será que o professor poderia nos dizer qual dos dois é o melhor preparador de poções?

– A Sr. Malfoy, isso é óbvio a Srta. Weasley. – A menina riu e saiu correndo da sala como uma louca, e o garoto olhou para o professor com uma cara do tipo, sério mesmo? – Sabe senhor Malfoy, eu acho melhor lidar com uma Weasley feliz e cheia de si do que de uma Weasley brava e enfezada. – O menino concordou obviamente, murmurou um agradecimento e foi atrás da ruiva maluca que provavelmente teria de ser internada no St. Mugs.

A menina ria freneticamente pelos corredores com os três amigos correndo atrás dela, a ruiva já tinha ido para o Jardim, para o Lago, para a biblioteca e lá receberam olhares reprovadores da bibliotecária, e agora a menina estava indo para o Salão Principal, o jantar já tinha começado, ou seja, mico total.

– EU SOU MELHOR QUE VOCÊ MALFOY, EU DISSE! – Ela gritou quando os avistou cansados e quase hiperventilando.

– Claro Weasley, mas a opinião de um professor não conta muito enquanto todos os outros discordam e ME acham melhor.

– Nossa que patético, acha mesmo que só o professor de poções me acha melhor que você? – Ele assentiu sério com um ar de graça nos olhos. – PATÉTICO! É isso que eu tenho para te dizer, PA-TÉ-TI-CO. – Ela repetiu pausadamente o desafiando. – Eu SOU melhor Malfoy. – Agora o loiro ia se aproximando da ruiva parada no meio do Salão, as pessoas mal piscavam para prestar bem atenção.

– Você me acha patético? – Ele perguntou e não obteve resposta. – Mesmo Weasley, pelo o que eu me lembro de você disse que eu era um vampiro sexy. – Ele agora a dois passos da ruiva parou, e ela ainda sem se mexer. – Estou errado? - De novo sem resposta, e agora sem espaço para um fio de cabelo entra os dois ele a puxou para cima.

– O que você quer Malfoy? – Perguntou ela como se não soubesse a resposta, em outras palavras, se fazendo de santa e Malfoy sabia, Rose Weasley não é santa.

– Te provar que eu sou melhor em tudo. – E a beijou e com muitos aplausos dos alunos e dos professores eles ficaram assim por muito tempo, porque eles eram assim não conseguiam brigar sem brincar.

– Sabe talvez beijando você seja um pouquinho melhor. – Sussurrou ela, e ele a soltando e dando dois largos passos para trás botou uma das mãos atrás da orelha fingindo não ter ouvido.

– O que disse Weasley? – Ela sorriu e revirou os olhos.

– O que você ouviu Scorpius.

– Não eu não ouvi nada, foi só um murmurinho de nada, acho que nossos amigos devem saber o que disse não concordam? – Palmas e gritos foram dados como resposta e ela o olhou com cara de brava e ele lhe mandou um beijo.

– Quer saber o que eu disse? Eu disse que você beija UM POUQUINHO melhor que eu, satisfeito? - Perguntou ela e ele tomando a nos braços respondeu.

– Muito! – E a beijou ferozmente, não se importavam com quem estava vendo e se algum dos professores não tivesse pigarreado alto eles provavelmente ainda estariam se agarrando.

Eles se sentaram em sua mesa e competiam por qualquer bobeira, como quem pega o pote de sal primeiro a quem termina de beber o suco mais rápido, infantilidade total da parte dos dois, mas sabe eram esses momentos que eles iam lembrar daqui alguns anos, era isso que fazia um relacionamento valer a pena.

Eles acabaram de comer e em vez de irem para o quarto sentaram se na mesa da Grifinória quase vazia com os primos de Albus e Rose – Louis, James, Fred, Dominique, Hugo e Lilly – também estavam presentes Paula e Alice, namorada do Fred. Logo a eles se juntaram Roxy e Luke, queriam começar seus tempos juntos já que no dia seguinte iriam para Toca no Natal.

– Bem nós vamos dormir ok? Até amanhã, talvez não vamos nos ver no trem, mas se precisarem nos chamem. – E se despedindo os quatro saíram da mesa com um pouco de sono, ficaram um pouco a mais no Salão do que deveriam já passavam das duas da manhã e as duas meninas foram carregadas para os quartos.

– Me diz de novo porque estamos carregando vocês? – Indagou o loiro com uma ruiva quase adormecida em seu colo.

– Porque são os melhores namorados do mundo. – Ambos riram e mesmo não sabendo porque pela primeira vez Rose percebeu o quanto a voz deles tinha mudado de uma voz de “criança” para uma voz de “adulto/adolescentes”, rouca e protetora.

E quando eles a colocaram na cama, passando pela porta que hoje já não tinha mais nenhum feitiço protetor – não acho que isso tenha sido uma boa ideia, mas quem eu sou para julgar – elas pediram para que se deitassem com elas, acho que deveriam estar muito cansadas mesmo, e ali capotaram os quatro nas camas.