Lilly e Hugo estavam se beijando, assim como Louis e Paula, esses acharam que como os outros estavam distraídos não perceberiam, mas se enganaram, James e Albus se levantaram, para partir para cima de Hugo, mas Rose foi mais rápida ficando no meio deles.

– Rose saia, estamos no nosso direito de irmão. – James avisou.

– E eu estou no meu direito de irmã, prima e amiga, sentem-se. – Ordenou a menina e nenhum dos dois obedeceu. – Eu não pedi eu mandei. – A menina repetiu, mas só quando Mery e Domi os puxaram de volta eles se sentaram.

– Então o que pensam que estão fazendo? – James perguntou para os dois.

– Nos beijando. – Lilly desdenhou, pois Hugo não sabia nem como agir, estava tão nervoso, mas a irmã estava lhe dando a mão para lhe passar confiança.

– Sim, não somos cegos, queremos saber porque. – Albus foi grosso com a irmã.

– Não te devemos explicações, mas eu não ligo de dizer que gosto do Hugo e ponto, agora pode parar de encher a paciência que eu tenho mais o que fazer. –E voltou a beijar Hugo desafiando os irmãos, desta vez quem os separou foi Rose.

– Gente, por favor, sem infantilidade, - Pediu aos dois irmãos – e vocês podiam ter me dito, eu aqui boiando e você se dizendo ser meu irmão e você minha amiga/prima. Mas mesmo assim parabéns.

– Parabéns? Como assim ela é nossa irmã. É uma criança, é a nossa menininha. –Albus falou olhando para rosto da pequena.

– Hugo também é meu pirralho, mas eles não são mais crianças, quando os senhores tinham treze anos já tinham beijado algumas meninas, e James você namora Domi que também é sua prima então não diga que é este o motivo.

– Tá. – Bufaram os dois, eles odiaram a ideia de ter que aceitar o namoro da irmã, mas com muita insistência deixaram pela aquela noite pra lá.

– E você, eu sou sua irmã, seu veela mentiroso, como não conta pra mim. – Domi brigou com o irmão dando tapas de leve no seu braço.

– Não sabia como reagiria. – Respondeu ele com vergonha.

– Eu estou feliz por você, já você Paula, não sei se tenho pena ou te interno no St. Mugs, meu irmão é um mala, chato e demora mais que eu no banho, ele é mais veela que eu. – Todos riram inclusive o loirinho.

Passaram o resto da noite rindo e bebendo cerveja amanteigada, eles queriam que a noite não acabasse, mas logo foram saindo, primeiro os mais novo, os quatro mal se aguentavam em pé e foram mandados para o quarto, logo depois Roxy puxou Zabine para fora da Sala, com o grito do Fred junto algo como: “Ela é minha irmã, ouviu Zabine!”, mas não tardou para Alicia e Fred irem para algum lugar fazer o mesmo que os outros dois pombinhos, Domi e James se não fossem avisados iam começar a se pegar ali mesmo.

– Parece que só sobramos nós quatro. – Contando com Rose Weasley para dizer o obvio.

– Falem por vocês. – E Albus e Mery saíram de lá com os lábios grudados deixando à ruiva e o loiro sozinhos.

– Então porque você não queria ir comigo amanhã para Hogsmead? – A ruiva corou violentamente no colo de Scorpius.

– Bem, eu vou dizer, mas não ria, eu não queria sair com você por conta da... Sua fama. – A sua voz morreu depois daquilo, mas o loiro riu.

– Hm, então você estava preocupado que eu fosse um Lysander da vida?

– Não um Lysander, mas eu achei que não ia me querer por conta que eu não sou como você, não dormi com metade de Hogwarts, eu nunca dormi com ninguém.

– Eu também não. - A ruiva se chocou e quanto todos os boatos, e os cochichos, e as “fabulas”.

– Como assim, e todas as meninas que saíram por ai falando que dormiram com você?

– Elas mentiram, elas queriam dormir comigo, mas eu não dormi, eu só deixo que elas falem para que ninguém saiba que eu sou virgem, só Albus sabe pra falar a verdade.

– Bem, você poderia ter me dito, não contaria para ninguém, meu vampiro sexy.

– Isso só seu, seu vampiro sexy.

Os dois se beijaram, e ficaram se beijando pelo resto da noite, planejando como seria a noite de ano novo, os filmes que eles assistiriam tudo, eles adoravam conversar sobre tudo, eles se sentiam a vontade um com o outro, lá no fundo eles ainda eram aquelas duas crianças sujas de lama e neve do primeiro ano.

– Vamos Rose, vai se atrasar, nossos namorados estão nos esperando. – Rose se negava a levantar, estava frio e ela queria passar o resto do dia na cama, enquanto Mery já estava quase pronta. – Vou chamar os meninos para te acordarem.

– Levantei. – As duas riram, e Rose foi se arrumar uma calça preta com uma blusa rosa Pink com um casaquinho leve para o frio que fazia.

– Nossa levam séculos para se arrumar não é? – Disse Albus pegando Mery “de cavalinho” e saindo da Sala Comunal, como dizem os corvinos são meio maluquinhos mesmo.

– Oi Rose. – Scorpius falou tímido, quem diria que Scorpius Malfoy seria tímido.

– Oi Scorp, vamos? – Ele pegou na mão da ruiva e assentiu, eles foram calados para a cidade, não porque não tinham assuntos, mas sim pelo fato do silencio ser o que os aproximava mais.

Lá eles passaram pela Geminialidades Weasley, Dedos de Mel e por fim o Três Vassouras, muitos alunos iam para lá pela cerveja amanteigada, outros apenas para terem um lugar quente para ficar e outros para ficarem com as namoradas, esse era o caso dos dois.

– Duas cervejas amanteigadas com gengibre. – Mandou Scorpius, mas com um cutucão de Rose Scorpius completou. – Por favor, obrigado.

– Sabe que estamos a sós, não pode usar a mascara quando esta a sós comigo.

– Eu sei às vezes eu esqueço ainda bem que tenho minha guardiã preferida.

– Sabe eu gosto de vir aqui, na cidade, é tudo calmo. – E encostou a cabeça de um menino confuso.

– Calmo? – Indagou ele.

– Não esse calmo, é calmo tipo sem ninguém falando de provas ou de estudos, é só brincadeira, namoro, risadas.

– Pensei que gostasse de estudar.

– Eu gosto, adoro, mas às vezes até essa cabeçinha tem que descansar um pouco.

– Que bom Rose posso te fazer uma pergunta.

– Uhum.

– Você quer namorar sério comigo? – A menina nem se mexeu, só abriu um lindo e largo sorriso ainda deitada no ombro do loiro.

– Sim, eu quero.

– Bom, achei que ia passar o Natal sem namorada. – Ele debochou.

– É só estalar os dedos que quatrocentas meninas correm atrás de você.

– Eu sei, mas não é fácil nem pra mim, arrumar alguém em um dia.

Ela riu, ele gostava da sua risada, singular e não plural como na maioria das pessoas, ela era diferente, ela era única e especial, não existia outra Rose Weasley e ele ia cuidar bem para que essa não se quebrasse, ele ia cuidar como se ela fosse a sua joia mais preciosa, e ela era.