Hope Mikaelson escrita por Yona


Capítulo 9
Capítulo IX — Problemas a vista.




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Aquele tinha sido um dia complicado como tudo na família Mikaelson durante todos os seus mil anos de existência. Kol se perguntava se em algum dia eles parariam de sentir aquele peso nos ombros, se algum dia sentir todos aqueles sentimentos avantajados seria mais fácil.

Quando reviu sua família era como se tivesse trancado sentimentos antigos em uma garrafa de champanhe e os prendido com uma rolha, mas os sentimentos queriam sair de lá e faziam cada vez mais pressão e talvez a rolha estivesse prestes a ceder.

E ele não queria ser consumido pela raiva, pela dor da rejeição ou pelas chamas novamente. Ainda podia sentir uma coceira no peito desde que voltou ao corpo original, talvez fosse algo psicológico por que quando não se sentia sozinho a coceira parecia desaparecer.

— Nunca pensei que viveria para ver isso. — A voz branda de Elizabeth cortou o silêncio e conseqüentemente seus devaneios.

— O que?

— Você parece pensativo. No que está pensando? — Ela pergunta remexendo sua bolsa a procura de algo.

— Em várias coisas que por sinal eu não queria estar pensando. Então me conta, como conheceu minha irmã?

— Joanne me apresentou à ela. Achei estranho não conhecer uma amiga da sua irmã. — Elizabeth franziu a testa e levantou a cabeça para olhá-lo. — Joanne parecia intima da sua família.

— Eu andei bastante tempo afastado. — Ele da de ombros como alguém que realmente não se importa. — Então não sei das novidades.

Elizabeth uniu as sobrancelhas e falou deslizando as mãos pelos próprios braços:

— Impressão minha ou a temperatura ficou estranha?

— Tem um casaco meu ali em cima atrás do banco. — Ele gesticulou com a cabeça sem tirar os olhos da estrada.

Kol havia notado a algum tempo o clima estranho, mas agora havia ficado claro que por um motivo sobrenatural. Em nenhum lugar a temperatura cai consideravelmente e instantaneamente.

— Isso esta ficando bem incomum. — Elizabeth comentou um tanto nervosa enquanto vestia o casaco ao notar que o carro havia perdido a força e se desligado. — A bateria acabou?

— Não precisa ficar com medo Darling. — Ele sorriu maroto. — Eu protejo você.

— Quem disse que preciso ser protegida? Acho que não sou nenhum donzela em perigo. — Ele ponderou a idéia e sorriu concordando com um meneio de cabeça.

— Confesso que você é assustadora quando quer. Quem é Hitler perto de Elizabeth Clare?! — Ele brincou. Elizabeth fez uma careta e voltou a procurar o que queria na bolsa porém com mais calma desta vez e encontrou os gases e o soro fisiológico.


— Eu vou limpar a sua ferida para não infeccionar. Não sou nenhuma especialista mas acho que você precisa ir a um médico, foi um pouco profundo não?

Ele balançou a cabeça concordando já que não poderia simplesmente dizer ‘’Não se preocupe eu sou um vampiro vou me curar em algumas horas’’. Logo seria como se o corte que Klaus lhe fez nunca tivesse existido. Estava demorando em cicatrizar por que havia sido feita com aquela maldita adaga que Kol tanto odiava.

Elizabeth molhou um dos gases no soro e começou a limpar a ferida.

— O que foi? — Ela pergunta ao notar o meio sorriso nos lábios dele.

— Você gosta de mim. — Ele afirmou ainda sorrindo.

— Talvez você seja confiante de mais. — Retrucou ela.

— Ou talvez eu esteja certo. — Devolveu ele.

O sorriso que Elizabeth tinha no rosto fora desaparecendo pouco a pouco quando começou a sentir a respiração torna-se mais pesada e aos poucos seu corpo parecia ficar dormente. Ela deslizou as mãos pelo cinto de segurança até tirá-lo. Podia ouvir seu coração palpitar e seu estomago se retorcer. Tentou puxar o ar para seus pulmões mas o mesmo parecia pesado.

Elizabeth saiu do carro agonizada e tentou puxar o ar novamente mas por algum motivo ela não conseguia se acalmar. Ela queria sair dali, era tudo que conseguia pensar, precisava ir para o mais longe possível. Agora.

— Elizabeth! — Kol se colocou a frente dela. — Preste atenção na minha voz. — Ele levou as mãos ao rosto dela para que a mesma o encarasse. Mas ela afastou suas mãos e o empurrou.

Kol segurou seu pulso e a prendeu contra o carro. O que não havia ajudado em nada, ela só sentiu seu coração bater ainda mais rápido a sensação que tinha era como se fosse ter um ataque cardíaco a qualquer momento. E telo tão perto a prendendo contra o carro piorava tudo até o momento em que ele a beijou e sua mente quase volta totalmente ao normal. Aquele beijo fez com que Elizabeth se concentrasse em algo que não fosse o medo, foi inesperado e exigia sua atenção.

Aos poucos as mãos dele se afrouxaram ao redor de seu pulso e deslizaram até sua nuca a puxando para mais próximo dele. O mero toque de suas línguas foi o bastante para que o estomago de Elizabeth desse pulos, e sua mente despertasse por completo e começasse a amaldiçoa – lá a deixando tensa e fazendo-a interromper o beijo.

Primeiro: Essa havia sido a primeira vez que tinha um ataque de ansiedade. Era algo terrível e estranho como se mãos gigantes e invisíveis a tivessem apertando. Como se ela fosse um inseto sendo esmagado vagarosamente.

Segundo: Kol a havia beijado apenas para interromper a crise. E agora ela se sentia a criatura mais patética da face da terra.

Ele deslizou o polegar pelo seu maxilar até a ponta do queixo de Elizabeth o inclinando para cima afim de olhá-la nos olhos.

— Está melhor? — Pergunta-lhe brandamente. Ela apenas assentiu não tendo coragem o bastante para lhe dizer alguma coisa. Sabia que ele havia a ajudado de certa maneira, mas não podia evitar se sentir constrangida e patética.

Elizabeth desvia o olhar ao notar uma silhueta amoitada entre árvores, e o original segue seu olhar até a figura a fazendo se sentir aliviada ao notar que não estava imaginando coisas.

— Você vai lá?! — Falou incrédula ao vê-lo se distanciar do carro.

— Vou.

— Por quê?

— Seja lá quem for está nos espionando. — Elizabeth suspirou e o seguiu. — O que está fazendo? — Ele indagou.

— Indo com você. — Ela respondeu como se fosse obvio. — Eu não vou ficar sozinha no meio do nada de noite.

O som de passos chamou atenção de ambos. A silhueta começou a ir para dentro da floresta. Kol bufou e pegou a mão de Elizabeth antes de seguir a sombra, não queria perde-la de vista e mesmo se quisesse Klaus o mataria se acontecesse.

A sombra que seguira fora a de uma moça que agora se encontrava sentada sobre uma pedra. Ela parecia entediada e quanto viu tanto Elizabeth quanto o original suspirou e comentou mais para si mesma:

— Como são lentos... Mesmo um sendo vampiro.


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Notas finais do capítulo

OBS:
Tem muitas pessoas que acompanham a fic, mas não comentam.
Isso desanima bastante na hora de escrever :c

Enfim o próximo capítulo saira domingo que vem, se tiver pelo menos três comentários :3