Fireflies escrita por Melly Evanns Ace
Notas iniciais do capítulo
Dedico a Lyra que revisou o cap pra mim (uma fofa ela *-*, obrigada) e para a Jujuba. Meninas, o bom da magia é que ela é como um sonho...
Acordo novamente no meio da noite, suspiro cansada, os pesadelos estão vindo com mais frequência esta semana. Vou até a janela, espero que algum ar fresco me acalme.
Abro e fecho os olhos, a brisa gelada bate em meu rosto, aperto os braços envolta do corpo tentando manter o calor. "Por favor me leve longe daqui" sussurro, não é a primeira vez que suplico, mas sei que algum dia serei ouvida. Talvez outro dia.
Abro os olhos, mas quando vou fechar as janelas me assusto: vaga-lumes. Milhares deles iluminando a cidade enquanto todos dormem, rodeando prédios, flutuando graciosamente nos jardins da cidade, um sorriso se abre em lábios. Abro o guarda-roupa apressada e pego um casaco qualquer e saio correndo do apartamento, sem me importar em estar descalça ou deixar a porta aberta.
Paro quando chego a calçada e olho ao redor encantada, as ruas antes vazias, agora cheias, rio sozinha enquanto giro. E então, como mágica eles começam a se juntar, formando a silhueta de um homem. Pisco assustada, minha boca se abre em espanto e me belisco tentando acordar, mas ele continua lá, e agora me estendendo a mão.
Ando até ele lentamente, coloco minha mão pouco acima da sua e quando vou tocá-lo, se dissipa. Olho ao redor desesperada, e encontro-o mais a frente, como para segui-lo, e assim faço.
O caminho foi silencioso, e eu olho para tudo com lágrimas nos olhos. É tão mágico, mas você acreditaria em seus olhos se dissesse que dez milhões de vaga-lumes iluminam o mundo enquanto você dorme?
Minutos se passam e chego em uma praça, que se entende por todo meu campo de visão, jardins com flores variadas, um rio que seguia por quase todo o local, tudo iluminado pela luz esverdeada dos vários vaga-lumes.
Em uma parte do rio um havia uma bela ponte de madeira, com flores esculpidas em todo o corrimão. Lá, o homem me esperava, me apresso a chegar, paro em sua frente, e com uma leveza surpreendente, como se flutuasse, atravessamos a ponte, e depois de um caminho de pedra chegamos a uma casa. Pequena, e simples, feita de uma madeira escura. Em volta dela a concentração de vaga-lumes era muito maior, deixando um mágico e surreal.
A porta é aberta e entro sem exitar. Dentro, a única iluminação era fornecida pelos insetos, fazendo com que eu só consiga ver a forma dos objetos. Brinquedos, espalhados pelo chão e nas estantes das paredes.
E então, luzes coloridas se acendem nas paredes, uma raposa de brinquedo começa a trotar, um globo de discoteca começa a girar, vários brinquedos ganham vida, se movendo e iluminando.
Num teclado, uma melodia começa, e o homem me estende a mão, e pela primeira vez na noite, consigo tocá-lo. Ele passa as mãos por minha cintura e abraço seu pescoço, começamos a dançar lentamente e sinto como se estivesse sendo abraçada por 10 mil vaga-lumes.
As horas passam em minutos, e naquele momento eu gostaria de me fazer acreditar que o planeta gira lentamente. O homem olha em minha direção, e eu sei que está dizendo adeus, meus olhos ficam úmidos, odeio despedidas...
"Adeus"
Ouço antes de meus olhos se fecharem de cansaço.
. . .
Me sento. Abro os olhos preguiçosamente e olho ao redor: estou no meu apartamento. Corro até a janela desesperada, nenhum vaga-lume.
"Como eu queria estar acordada quando estou dormindo"
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