More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 29
Capítulo 29 - Summer


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo!!!!
Bem, esse capítulo foi escrito pela Cassy, mas ela tava com preguiça de postar e eu sinto a necessidade de compartilhar esse capítulo com o mundo. Simplesmente isso.
Tentem não vomitar arco-íris.
Beijos da Mabizinha ♡♥♡



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Todos me olhavam de uma forma estranha enquanto passava pelo corredor.

Pareciam saber algo que eu não sabia... E isso me deixava incomodada.

Já fazia três horários que não via Lily, muito menos Scott ou Bobby, o que contribuía para minhas preocupações.

Segui para meu armário e o abri usando a combinação.

Tudo que havia no meu armário havia sido retirado e no lugar havia apenas uma folha de papel enrolada como um pergaminho, uma pequena fita vermelha amarrando-a.

Desembrulhei o pergaminho.

"Sei que você ama joguinhos, esse eu fiz especialmente para você.

Pode parecer estranho, mas, a partir disso vou mostrar o quanto te amo.

Bobby"

Logo abaixo havia grudado um papelzinho verde.

"Se lembra da primeira vez que nos falamos? O lugar onde isso aconteceu?

Foi nesse momento que me apaixonei."

Uma charada?

Meu coração batia forte.

Pensei por um momento em não fazer parte do joguinho, mas meu coração parecia pular em direção a sala de artes.

Corri escada a cima abrindo a porta da sala e fechando com uma batida surda.

Olhei para a sala esperançosa, meus olhos repousando em cima em um dos cavaletes no extremo da sala. Era o único de todos que tinha tanto tintas postas como pincéis e uma tela.

Baguncei tudo que estivera antes posto no cavalete, tintas, pincéis, a tela, tudo, sem nenhum sinal do papelzinho.

Comecei a arrumá-los como antes até que eu percebi um barulhinho vindo de um dos pequenos potes.

Abri o pote de tinta, que estava completamente limpo por dentro, achando dentro do mesmo mais um papelzinho verde na companhia de um outro de tamanho maior, sendo esse mais velho que o outro.

Abri primeiro o maior.

"Lily: Ele ainda está te olhando?

Summer: sim, e você?

Lily: Sim, isso está me assustando.

Summer: Nem me diga.

Lily: eu formulei um ótimo plano:

1- nós pegamos nossas bolsas bem rápido assim que tocar;

2- nós corremos até o banheiro deserto;

3- nós ficamos lá até a próxima aula;

4- para isso dar certo nós não podemos almoçar

Summer: Nós podemos passar na maquina de lanches quando estivermos correndo."

Sorri ao ver a conversa.

Lily e eu sempre fazíamos isso, mas essa havia sido uma conversa mais marcante.

Abri o papelzinho verde.

"Está vendo?

Foi nesse momento que soube que você me notava, também foi nesse momento que criei coragem para chamar você e Lily para almoçar comigo e Scott.

Mesmo sendo vergonhoso admitir, eu estava morrendo de medo.

Se lembra aonde foi esse tão especial almoço?"

Sorri abertamente para o papel.

Nunca havia pensado que Bobby já estivera nervoso quanto a mim alguma vez, ele sempre pareceu confiante quanto a tudo que nos envolvia.

Corri pelos corredores do colégio em busca do parque que havíamos almoçado naquele dia.

Ainda me lembrava como havia sido. Lily reclamando e brigando com Scott. Bobby me paquerando o tempo todo enquanto estávamos almoçando na mesa de madeira... Bobby.

Cheguei a mesa de madeira e achei um pacote envolto em papel marrom camurça.

Desembrulhei o pacote, dentro dela havi a uma camisa quadriculada de botão, a cor azul clara intensa em contraste com o sol.

Peguei o bilhetinho.

"Lembra-se dessa camisa?

Foi nela que você, desastrada como sempre, derramou refrigerante em nosso primeiro almoço... Também foi nesse mesmo dia que te chamei para sair pela primeira vez.

Agora dê 30 passos para o norte para achar a próxima pista."

Virei-me para a direção norte e fiz o que ele me pedia.

Terminando a contagem dei de cara com uma roseira repleta de rosas brancas plantada em volta a um grande e belo carvalho. Em seu troco mais um bilhete grudado, dessa vez com uma pétala de rosa presa em uma de suas pontas.

"Sabe o porque das rosas brancas?

Foi o meu primeiro presente para você em nosso primeiro beijo. Ainda me lembro, como se fosse ontem, o quanto você brigou comigo por que eu havia tirado todos os seus espinhos e machucado meus dedos.

Mas mesmo com tanto carinho eu ainda te magoei.

Vá para onde toda a desgraça começou."

Suspirei baixinho e segurei as lágrimas, tentando não desabar.

"Vá para onde toda a desgraça começou."

Segui caminho para o ginásio onde havia acontecido o baile e onde eu havia sido coroada rainha.

Estava mais iluminado que o normal. Todas as luzes estavam acesas e brilhando, como se me convidassem para entrar.

Cruzei as portas do ginásio e marchei até o centro do prédio, onde estava montado um grade palco de madeira que havia sido palco para a banda que tocara no dia do baile dias antes.

Subi no palco e me abaixei para pegar mais um objeto. Um coroa amassada e suja que antes havia pertencido a mim.

Abri o bilhete dessa vez o dobro do tamanho dos outros e li o que tinha dessa vez.

"Sei que fui um idiota por ter duvidado de você, hoje sei mais que nunca. Me desculpe por ter falado tudo que falei naquele dia. Hoje eu me arrependo sempre que penso no que falei e vejo o quanto eu te machuquei.

No dia seguinte a tudo, eu voltei e peguei a coroa, talvez por puro masoquismo de ver o quanto eu errei e que posso nunca receber seu perdão.

Sei que depois disso você pode não querer continuar, vou entender se fizer isso, mas eu quero que continue, quero mostrar que você pode confiar em mim.

Não sei se já falei para você, mas eu sei tocar guitarra. Quase lhe fiz uma serenata uma vez.

Vá para o local mais musical desse inferno."

Larguei a coroa no chão do palco e continuei.

Não sabia que ele havia voltado para pegar a coroa, mesmo que apenas para ver o quanto havia sido idiota.

Apertei a camisa de botão contra o peito e senti seu cheiro, o mesmo perfume que Bobby sempre usava e o que eu tanto adorava.

Passei as mãos pelas bochechas para secar as lágrimas que haviam escorrido durante a leitura do bilhete.

Sai andando pelo colégio e cheguei finalmente ao local mais musical do colégio. A sala de instrumentos musicais.

Bati na porta e entrei.

Já havia vindo aqui uma vez para pedir emprestado um afinador de violão ao professor de música, depois disso, nunca mais.

Olhei para as paredes e localizei as guitarras. Três de cores pretas e brancas e uma de cor vermelha viva, da cor dos cabelos dele.

Me aproximei da guitarra e peguei dois papeis, mais um bilhete e uma foto.

Examinei a foto e corei ao ver quem estava nela.

A foto havia sido tirada no dia em que eles invadiram a casa de Lily e haviam dormido conosco dentro do quarto. Na imagem estávamos eu e Bobby abraçados enquanto dormiamos, o rosto dele deitado na dobra do meu pescoço e os braços abraçando-me a cintura enquanto eu mantinha meus dedos em sua nuca, embrenhados em seus cabelos, e as pernas presas em seus quadris.

Passei o dedo na foto onde estava o corpo de Bobby e sorri. Havia ficado uma ótima foto e também havia sido tirada em um ótimo momento.

Peguei novamente o bilhete e li.

"Não sei o que vai achar dessa imagem, talvez ache vergonhosa ou até mesmo fofa, foi Scott quem tirou e me mostrou somente horas depois. Eu gostei da foto no momento em que a vi.

Estou ficando ansioso para finalmente falar com você, então essa será a última pista para me achar.

Vá ao local onde nós matamos sua primeira aula."

Saí da sala de música e segui para as escadas que levavam ao terraço.

Cheguei ao topo do colégio arfando de tanto esforço, havia corrido bastante e meu coração parecia estar clamando por algo mais do que sangue para bombear. Eu sabia exatamente do que ele precisava.

Bobby estava deitado no chão observando as nuvens.

Andei até ele e me ajoelhei ao seu lado.

– Olá. - falei.

Bobby se sentou e sorriu para mim.

– Achei que tivesse desistido.

Eu neguei com a cabeça e sorri para ele.

– Você falou que queria me mostrar o quanto me ama. - falei.

Ele suspirou.

– Acho que já mostrei e você não percebeu.

– Como assim?

– Você falou que eu havia perdido sua confiança, mas eu fiz esse jogo justamente para mostrar que pode confiar a mim o que é mais importante para nós: nossas lembranças, nosos momentos, nosso amor.

– Eu não entendo.

– Você falou que para voltarmos a namorar, eu precisaria recuperar sua confiança. Então foi isso que eu fiz.

Ele pegou minha mão e acariciou com o polegar.

– Tudo que vivemos até agora, desde primeira vez que nos falamos até agora, eu me lembro e esse jogo foi o jeito que achei paar mostrar isso.

– Arrumar a sala de artes. - murmurei.

– Chamar para almoçar. - ele murmurou em resposta.

– Eu derrubando refrigerante na sua camisa.

– Nosso primeiro encontro.

– O baile.

– Eu guardei todas as lembranças, inclusive as ruins. Todas as que eu vivi com você, até mesmo as que eu te machuquei, todas, são importantes para mim. Eu quero mostrar que você pode confiar a mim o que há de mais importante em um relacionamento: as lembranças e experiência que ganhamos. Mesmo que eu cometa os piores erros, você pode ter certeza que vou aprender com eles e guardá-los dentro de mim, nunca os perdendo. Meu pai costumava dizer que a primeira paixão, o primeiro amor, sempre estará conosco e eu quero isso para mim, mas de um jeito diferente. Eu quero me casar com você, quero ter sua primeira vez, quero ter filhos com você, netos, cachorro, gato, quero viver minha vida ao seu lado. Eu te amo Summer.

Eu estava chorando como nunca havia chorado.

– Eu também te amo. - falei aos soluços. - eu quero viver tudo isso com você, quero ter mais se possível.

Bobby enxugou minhas lágrimas e me beijou.

Os lábios dele continuavam quentes e macios, reconfortantes e protetores. Ele passou os braços pela minha cintura e me abraçou sem desgrudar nossos lábios, parando de me beijar apenas para respirarmos.

Ouvi o som de palmas e assobios do outro lado do terraço. Lily e Scott olhavam para nós sorrindo.

Eles se aproximaram e sentaram no chão também.

– Por onde eu devo começar? - Lily perguntou com um sorriso triste.

– Não precisa. - falei e a puxei para um abraço.

– Já falei que você é minha melhor amiga? - ela deitou a cabeça em meu ombro, as lágrimas dela molhando meu casaco.

– Está mais para irmãs, não? - perguntei rindo.

– Mais como irmãs. - ela concordou.


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Notas finais do capítulo

TCHAUUU



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