More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 26
Capítulo 26 - Lily


Notas iniciais do capítulo

Oi meus povos e povas dessa povoação povoada do Nyah!!!
Aqui estou eu, num lugar remoto (vulgo viajando) e bateu vontade de postar um capítulo num restaurante de beira de estrada no interior. Então cá estou eu com este capítulo.
Espero que gostem.
Ah, um bom carnaval procês! Independente se vão passar na praia, em retiro ou em casa dormindo '-'
Beijos da Mabizinha ♡♥♡



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Enquanto o idiota mais idiota de todos os tempos foi com a segunda maior idiota de todos os tempos (já que o maior é o idiota que está a acompanhando), Bobby veio comigo. Ficamos em silêncio por um tempo, até que ele falou.

– Porque você veio buscar o Scott?

– Que?

– Porque você veio buscá-lo?

– Ah. Não sei. Eu não conseguia dormir e vi nisso um jeito de ocupar minha noite. - respondi. - E eu também queria muito vê-lo preso. Seria o ponto alto da minha noite. - sorri.

– Sei. - ele falou, meio irônico, ficando em silêncio logo depois.

– Mas algo me diz que você não acredita no que eu disse.

– Não mesmo.

– E porque não?

– Porque eu e você sabemos porque você veio, mas você não quer admitir que veio por isso. Velhos erros tendem a se repetir, Lily.

Merda. Ele ia mesmo falar disso?

– O que você quer dizer com isso, Bobby? - me fiz de desentendida.

– Sabe, até um ou dois meses atrás você estava fazendo o mesmo que está fazendo agora. É incrível que já tenha esquecido.

Eu continuava a me fazer de desentendida.

– Sim. Pelo visto eu esqueci.

Ele bufou.

– Você pode, por favor, parar de bancar a estúpida? Se você quiser que eu ainda tenha um pouco da minha sanidade mental, pare, por favor.

– Está bem. - eu ia me render, mas não podia sair por baixo. - Ambos sabemos que eu sei do que você está falando e que você está fazendo a mesma coisa que eu nesse exato momento.

Ele pareceu perturbado por uns instantes, já que se remexeu no banco do carona. BINGO!

– Não adianta negar, Lily. Negar não diminui em nada o que você sente. Não diminui a culpa que você sente pelo que aconteceu.

– Você se sente culpado? Porque raios alguém se sente culpado porque o melhor amigo beijou a namorada?

– Sim, eu me sinto culpado por isso. Se eu não tivesse feito uma campanha para que ela fosse a rainha, talvez ela não tivesse sido eleita e nada disso teria acontecido.

– Porque não me contou dessa merda dessa campanha? Eu podia ter ajudado, sabe?

Ele deu de ombros.

– Não sei. Eu não queria que ela soubesse. E com você envolvida, seria mais fácil.

– Você acha que eu abriria a boca sobre isso? - freei o carro.

– Não. De modo algum. - ele falou. - O problema é que vocês vivem trocando os celulares. E você andava mais com ela do que eu.

– Acho que não, Bobby. Tenho certeza que não. Ela reclamava que, por causa de você e de Scott, não passávamos mais muito tempo juntas.

– É verdade. Eu tinha medo que você contasse para ela e estragasse tudo. Então me desculpe por não te incluir no plano maluco de ajudar a Summer a virar rainha do baile.

– Tudo bem. Deu merda mesmo. Eu não gostaria de carregar a culpa.

– Só uma coisa não entendi.

– O que?

– Scott não tem muitos amigos. Como ele ganhou a coroa?

Pensei por um segundo e logo frases vieram à minha mente.

"Em breve, você vai perceber que deveria estar comigo, não com essa criatura do cabelo ruim."

"Um dia você será meu, Scott!"

"Pudim!"

– Jason. - respondi, mais para mim de que para ele.

– A bixa má?

– Esse mesmo.

– Porque ele gostaria que o Scott ganhasse?

– Meio que o Jason tem um precipício pelo Scott. E ele queria nos ver separados. Talvez tenha sabido da sua campanha e fez o mesmo com Scott.

– Aquele desgramado plagiador! - Bobby socou o vidro da janela.

– Odeio aquela criatura do fundo da alma.

– Porque ele tinha que envolver eu e a Sums nisso? - ele falou com uma voz sofrida. Se ele já estava chamando-a de "Sums", isso era um progresso muito bom para quem havia sido traído há poucas horas.

– Eu não sei. - respondi sinceramente. Eu ia acrescentar que, independente de Jason, eles fizeram o que fizeram por vontade própria, mas amarelei na última hora. Summer pode ser uma vadia, mas Bobby é um cara legal. Eu não ia destruir as esperanças dele.

Continuei meu caminho e o deixei em casa, indo para minha casa logo em seguida. Eu precisava de uma boa noite de sono depois de tudo o que aconteceu.

●●●

Em meu sonho, escutei pedrinhas batendo na janela que dava para a varanda. Olhei para o relógio ao lado da cama. 3:47. Levantei, relutantemente, e fui ver o que era. Ou quem poderia ser a essa hora da manhã.

Quando cheguei ao lado de fora, lá estava Scott de pé em frente à minha varanda. E Sums estava sentada num banquinho do jardim, o violão a postos. O que estava acontecendo?

Simples.

Meu sonho me mostrando o que eu mais queria ver.

Scott fez um sinal e Sums começou a tocar enquanto ele cantava Lucky do Jason Mraz (muito mal, por sinal). Aos poucos, me peguei contagiada pela música e estava cantando com ele. O par mais desafinado do mundo, com certeza! No fim das contas, eu estava rindo.

– Lily! - Scott gritou. - Me desculpe, por favor! Eu nunca quis nada daquilo. Ninguém nunca quis.

– E o Jason? - perguntei desconfiada.

– O que ele tem a ver com tudo isso? - ele parecia confuso, mas logo voltou a falar firme. - Foda-se ele. Eu o odeio. Nunca quis nada com ele, por mais que ele tenha tentado tantas vezes. Me perdoa, por favor. - ele estava de joelhos, implorando.

– Suba aqui, por favor. - eu pedi.

Ele prontamente subiu, passando por uma árvore e acabando cara a cara comigo.

– O que me diz? - ele perguntou. - Eu sei que fazem só algumas horas, mas tudo na minha vida vai de mal a pior sem você por perto. Eu preciso de você. Simplesmente preciso. Você me perdoa?

– Claro. - falei num impulso, apesar de que isso é o que eu responderia, mesmo após pensar muito.

Ele suspirou, aliviado. Então veio me abraçar. Minha cabeça se afundou em seu peito e seus braços passavam pelas minhas costas. Dei um selinho em seus lábios, que mostraram querer mais ao me beijar intensamente. Soltamo-nos do beijo. Maldita necessidade de respirar.

– Quer entrar, senhor Rivers? - perguntei, um sorriso malicioso em minha face.

– Adoraria, senhorita Tanner.

O conduzi até meu quarto, onde continuamos nos beijando. Nem percebi quando, no sonho, acabei adormecendo.

●●●

Logo que cheguei à escola, fui surpreendida por Scott me esperando. Ele tentou pegar minha mão, mas eu não deixei. Ele me olhou com uma cara totalmente confusa.

– O que você faz aqui? - perguntei, não ligando para o quão insolente isso teria soado.

Ele franziu a testa.

– Estava te esperando para entrarmos juntos, como fazemos todas as manhãs.

– Fazíamos. Se lembre que eu não quero nunca mais olhar na sua cara. - eu estava saindo, mas ele segurou meu braço.

– Ontem à noite não significou nada para você?

– Claro. Significou o fim de tudo. Pra sempre.

Ele franziu a testa ainda mais.

– E o que aconteceu depois disso?

– Eu ir para aquela delegacia estúpida soltar meu ex-namorado estúpido? Significou que eu você está fora de controle. - me virei para sair novamente, mas sua mão forte segurou meu braço novamente, me impedindo de sair.

– Ainda não é isso. Estou falando da varanda.

– Acho que você definitivamente bebeu muito ontem. Isso nunca aconteceu. Passar bem, Scott.

Saí, sem nenhum protesto da parte dele. Bobby pode estar se sentindo pronto para perdoar Summer, mas eu não estou preparada para perdoar nenhum dos dois.


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Notas finais do capítulo

TCHAUUUU



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