More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 16
Capítulo 16 - Lily


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda do meu coração!!
(Isso foi gay, mas ignorem)
Aqui estou eu, postando um capítulo escrito no meio da confusão e anormalidade que está minha vida com o início das aulas. Eu estou meio apavorada no meio de tantos professores e matérias novas.
Espero que gostem desse capítulo, ele está meio diferente do resto, então me digam se gostaram, se ficou bom, etc...
Beijos da Sabidinha ♥♥



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Sinceramente, acho que essa foi a primeira vez, em toda a vida, que eu liguei pra Sums e ela me atendeu de mau humor. Mesmo nas TPMs dela, ela me atendia alegrinha e bem disposta. Não posso imaginar o que aconteceu.
Cerca de 15 minutos depois que eu liguei, Summer chegou à entrada da minha casa, vindo no carro... do Bobby? Tá legal, o que está acontecendo aqui? O mundo resolveu dar uma cambalhota e ficou preso no meio do caminho, por acaso? Só pode.

Fui abrir a porta para Sums, que parecia impaciente, apesar do enorme sorriso no rosto. Estranho, no mínimo.

– É bom que seja importante, Lily. - ela disse me abraçando.

– E é. Mas antes, eu quero que você me explique o que está acontecendo.

– Eu sei que não consigo esconder segredos de você, mas tá tão na cara assim que alguma coisa aconteceu?

Assenti.

– É a primeira vez que você me atende com raiva e vem sem vontade. Tipo, na vida. Você está aí com esse sorriso bobo na cara e o Geller veio te deixar aqui. Tem algo bem estranho.

– É estranho eu ter um namorado, por acaso? - ela perguntou, retórica.

– O que? - eu me apoiei no sofá atrás de mim.

Eu achava que ia cair no chão. Sinceramente, eu não imaginava que a Sums estava namorando com o Bobby. Não depois de ontem

– Eu e Bobby estamos namorando. Na hora que você ligou, eu estava com ele na praça.

– Ah meu Deus! Me desculpa, Sums! Eu não sabia. - já fui me desculpando com ela.

– Não faz mal. - ela balançou a mão, demonstrando que não tinha problema nenhum. - Agora vamos parar de falar de mim e da minha vida amorosa, por favor. Porque você me chamou aqui?

Respirei fundo.

– Scott me chamou para sair.

– Sim? O que você respondeu? - ela estava muito animadinha pro meu gosto.

– Eu disse que iria pensar. Então eu te liguei. O que você acha? Eu devo aceitar?

– Você gosta dele? Seja sincera.

– Eu... eu não sei. - abaixei a cabeça. - Às vezes eu acho que sim, mas é só lembrar do que ele faz... tudo de bom que eu sinto por ele some e, no lugar, vem o ódio que eu sinto pelo que ele faz. Então eu não sei se gosto dele ou se o odeio. Tudo é muito confuso.

– Se tem uma coisa que aprendi com a minha curta vida, é que a linha entre o amor e o ódio é muito tênue. Acho que somos a prova perfeita disso.

– Como assim?

– Menina, você por acaso se lembra de qualquer coisa da sua infância?

– Como assim?

Ela bufou. Com certeza estava impaciente.

– Há uns 10 ou 11 anos atrás, a posição entre eu e Scott era invertida. Eu era sua inimiga mortal e ele era seu melhor amigo.

Tá bem. Essa me surpreendeu mais do que Summer e Bobby juntos.

– O quê?

– Nós nos odiávamos quando crianças, porque tínhamos bonecas iguais e acabamos brigando um dia porque eu tinha certeza que a boneca que estava com você era a minha e você tinha certeza que era sua. Então eu quebrei a sua boneca e você quebrou a minha. E ficamos nos odiando por um tempo, até que eu e minha família nos mudamos pra Nova York por alguns anos e voltamos quando eu comecei a quinta série que foi...

– Quando nós ficamos amigas. - cortei-a. - Você sabe porque eu e Scott paramos de ser amigos?

– Não. Não sei. Aconteceu enquanto eu estava fora. Quem deve saber o porquê é ele.

– Porque será que todo mundo parece saber mais do meu passado de que eu? - perguntei, afobada.

– Porque não é só seu. As memórias são nossas também. Se você não se lembra, é porque você não dava importância na época. Se você desse importância real, se lembraria.

– Nossa. Como eu posso esquecer meu melhor amigo de infância e minha ex-inimiga e atual melhor amiga?

Ela riu.

– Querida, você não era exatamente você. Era bem mais avoada. Eu não queria ser amiga daquela Lily, mas quis ser amiga da Lily que ela se tornou. Ela é mais forte e menos fresquinha e certamente tem um gosto melhor para amizades.

Ri. Pelo que ela me dizia, eu realmente tinha um gosto melhor para amigos hoje em dia.

– Mas, eu acho que você deveria dar uma chance para algo do passado. - ela disse, de repente.

Comecei a tossir, assustada sugestão que ela acabara de me dar.

– Eu entendi direito o que você está sugerindo? - eu perguntei, ainda tomando fôlego e tentando respirar normalmente.

– Acho que sim, Lily. - ela falou séria. - Mas se quiser dizer que eu estou errada, que essa ideia é péssima, pode dizer que eu sou a pior melhor amiga que você poderia ter, que eu estou te empurrando pra ele, que eu fiz um acordo, que estou possuída por um demônio ou qualquer outra coisa, pode dizer.

Ri. Pensei por alguns minutos, lembrando do que falamos na noite do trabalho.

Flashback on.

Eu estava na casa dele e tinha que ir para casa, mas já estava tarde.

– Ah, meu Deus! Eu prometi que estaria em casa para o jantar! - eu disse jogando as coisas dentro da bolsa. - Eu tenho que ir, Scott. Minha mãe deve estar preocupada.

– Você vai voltar a pé a essa hora da noite? - ele disse, perceptivelmente incomodado com isso.

– Sim. - afirmei, decidida. Eu vou para casa sozinha, querendo ele ou não.

– É perigoso, Lily. Deixe que eu te levo pra casa.

– Scott, eu agradeço a gentileza, mas você já está em casa. E eu não quero que saia da segurança da sua casa por mim.

Ele continuava batendo na mesma tecla de me levar para casa, mesmo contra a minha vontade.

– Mas você não estaria nem um pouco segura andando sozinha a essa hora da noite. É um bairro perigoso, Lily. E você sabe disso.

Revirei os olhos.

– Isso é por causa do que aconteceu no shopping, não é?

– Em parte sim, e em parte porque as ruas são mais perigosas a essa hora da noite de que o shopping.

Bufei. Ele ia mesmo falar disso para tentar me convencer? Acabei me convencendo para não parecer mal educada.

– Você sempre quer dar uma de cavalheiro, não é? - disse sarcástica.

– Caso ainda não tenha percebido, eu sou um cavalheiro, minha querida. Sem armadura, mas ainda assim um cavalheiro. - ele sorriu para mim e recebeu como resposta um olhar de desprezo. Ele sabia que ganhara a discussão.

Peguei minha bolsa e fui descendo as escadas, com Scott logo atrás. Ouvi quando ele pegou a chave do carro do pote em cima da mesa e fomos para a garagem. Ele abriu a porta do carona para mim, enquanto eu erguia uma sobrancelha.

– Você é cavalheiro com todas ou só comigo? - perguntei-lhe.

O observei contornar o carro e sentar-se no banco do motorista. Então começou a falar olhando em meus olhos.

– Se houvesse qualquer outra, talvez eu fosse cavalheiro com ela. Ou, mesmo que houvesse outra, talvez esse seja um lado meu que só pertence a você.

Senti minha pele corar e abaixei a cabeça.

Flashback off.

Lembrando daquele momento, percebi que, até aquela hora, não sabia o quanto ele poderia mexer comigo se quisesse. Então eu percebi que, se ele quisesse, poderia me convencer a fazer qualquer coisa, desde que usasse o incentivo certo. Percebi que ele mexia comigo de um jeito que eu odiava, porque eu percebia, cada vez mais, que, se eu não me importava com ele, eu não deveria me sentir assim. E eu não queria nenhum pouco me importar com ele, ou ao menos me dar bem de verdade, mas estava acontecendo. Eu estava começando a gostar mesmo do Scott. E, se eu começasse a deixar esse sentimento crescer, ele poderia explodir algum dia e acabar se expondo para o mundo. Sim, eu estou mesmo gostando dele.

Voltei pro mundo real quando Sums me chamou.

– Lily! - me virei para ela. - Você está bem? Ficou uns bons minutos olhando para a parede, sem dizer nada.

– Eu estou bem. Estava só pensando.

– Num jeito de me matar? - ela brincou.

– Não. Estava pensando num jeito de dizer para Scott que eu topo o convite. - sorri. Summer, sorrindo, começou a dar pulinhos de alegria e a bater palmas. - Qual o seu problema mental mesmo, hein, Sums?

– Meu problema mental é querer mais que você seja feliz do que você mesma quer ser feliz. - ela riu, sorrindo ainda.

– Certo. Você não tem um encontro com o Bobby ou coisa do tipo?

– Na verdade, não. Eu vou para casa agora.

– Certo. Vá, Sums. Cuidado. - eu disse, abraçando-a.

– Tchau. - ela saiu da casa.

●●●

Mais tarde, eu fui mandar uma mensagem para Scott, enquanto ainda tinha a coragem para fazê-lo.

"Lily: Oi, Scott."

Em menos de três segundos, uma mensagem de resposta chegou.

"Scott: Oi, Lily.

Scott: Pensou na minha proposta?

Lily: Sim.

Scott: E aí? O que vai ser?"

Eu estava repassando a resposta mais uma vez na minha cabeça. "Sim. Eu adoraria sair com você." Mas acabei não colocando essa resposta.

"Lily: Não vou sair com você."

Bloqueei a tela do celular e o coloquei no criado mudo ao lado da cama. O escutei vibrar várias e várias vezes até que parou. Quando parou, eu finalmente tive a coragem de pegá-lo para ler as várias mensagens. Tinham duas de Scott e várias de Summer.

"Scott: Tudo bem.

Scott: Sem ressentimentos."

Então fui ler as de Summer, mesmo tendo certeza de que eu iria acabar me sentindo deprê.

"Summer: VOCÊ É ESTÚPIDA, POR ACASO?

Summer: BOBBY RECEBEU UMA MENSAGEM DO SCOTT DIZENDO QUE VOCÊ TINHA RECUSADO.

Summer: ELE TÁ ARRASADO!

Summer: QUAL O SEU PROBLEMA?

Summer: VOCÊ GOSTA DELE, NÃO GOSTA?

Summer: FAÇA ALGUMA COISA, PELO AMOR DOS CÉUS!

Summer: ELE VAI ACABAR INDO PRA OUTRA ALGUMA HORA.

Summer: NINGUÉM VAI ESPERAR PARA SEMPRE, LILY.

Summer: VOCÊ DEVIA TER ACEITADO! DROGA!

Summer: AGORA SOFRA COM QUALQUER QUE SEJA A CONSEQUÊNCIA!"

Não me dei ao trabalho de responder nenhuma mensagem. E, mesmo que eu quisesse me dar ao trabalho, não conseguiria. As lágrimas estavam embaçando muito meus olhos.


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Notas finais do capítulo

TCHAUUU



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