More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 15
Capítulo 15. - Summer.


Notas iniciais do capítulo

OLA!!
MAIS UM CAPÍTULO DA CASSY!!!!
DESCULPEM A DEMORA!



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Esfreguei o shampoo no pelo do golden com força para penetrar pelo grande e espesso pelo, enquanto um garoto de catorze anos corria atrás de uma toalha e de mais baldes de água.

Tinha pelo de cachorro e espuma por todo o meu corpo, desde o cabelo aos meus pés, que tinha os All stars ensopados.

Goldie espalhou mais espuma e água pelo jardins e em mim, as grossas madeixas ainda pingando água.

Ouvi o barulho de uma porta de se abrindo e Jackson surgindo carregando dois baldes em cada mão e uma toalha em baixo do braço, o rosto vermelho pela força que usava.

– Summer, você está fedendo a cachorro molhado. - meu irmão reclamou, as mãos voando ao nariz assim que largou os baldes.

– Você também estaria assim se tivesse feito todo o trabalho duro.

– Claro. Você fez todo o trabalho duro. - ele reclamou olhando para o para os baldes de água e a toalha.

– Você me entendeu.

– Claro. - Jackson resmungou.

– Apenas me ajude com Goldie. - reclamei.

Ele pegou um dos baldes e começou a derrama-lo com delicadeza em cima da cadela, tomando cuidado para não entrar nas orelhas peludas dela. Goldie novamente espalhou mais água e espuma, dessa vez caindo um pouco na boca de Jackson.

– Você pode terminar? - perguntei tirando um resto de espuma que estava na cabeca dela.

Jackson cuspiu a espuma que restara em sua boca no chão, levantando a cabeça para mim.

– Aproveita e veja seu telefone. Ele tocou no mínimo umas vinte vezes enquanto eu pegava as coisas.

Olhei com uma mescla de raiva e indignação para ele.

– Por que você não me disse isso antes?

– Você não perguntou. - ele deu de ombros.

Eu abri a boca com intenção de falar alguma coisa, mas desisti. Não adiantaria brigar com ele.

– Não deixe ela entrar dentro de casa. - falei em voz autoritária.

– OK. - ele deu de ombros novamente.

Fiquei tentada a enfiar meu pé naquela bela cabeça de cabelos castanhos e olhos azuis, mas ignorei esse instinto depois de algum tempo de concentração.

Entrei dentro de casa, abandonando o belo jardim e a bela bagunça que eu, Goldie e Jackson havíamos feito.

Peguei o telefone em cima da mesa. 17 ligações perdidas de um numero desconhecido. 17.

Disquei o número e esperei os toques cessarem até que alguém atendesse.

– Finalmente! - eu reconheceria essa voz a quilômetros de distância. Bobby.

– Como conseguiu meu número? - perguntei, apesar de essa não ser a pergunta que eu queria fazer. Na verdade eu não sabia o que poderia perguntar.

– Scott me passou. - ele respondeu, sua voz um pouco magoada.

– Desculpe. - falei. Minha mão passou pelos meus cabelos ajeitando-os, um reflexo. - eu não estou em um bom momento.

– Eu posso ligar mais tarde? - ele perguntou em um tom magoado.

– Não... Quer dizer.... Eu posso atender agora. Eu posso. - gaguejei.

Minhas bochechas coraram bruscamente, poderia fritar ovos nelas por causa do calor.

Ouvi ele rir do outro lado da linha.

– O que você queria? - perguntei encabulada. - 17 ligações não é pouco.

– Achei que tivessem sido mais. - ele fez uma pausa. - eu queria ouvir sua voz. - ele sussurrou, como se fosse vergonhoso admitir isso em voz alta.

– Só isso? - perguntei baixinho. Por que estava tão envergonhada?

– Acho que sim. - ele falou em tom triste. Por que meu coração está batendo tão rápido?

– Espere! - falei um pouco alto de mais.

Jackson virou-se para mim no jardim, uma sobrancelha arqueada e uma cara confusa.

Eu me virei para o outro lado e pus a mão na boca.

– O que foi? - ele perguntou animado.

– Já que você queria ouvir a minha voz... Você não gostaria de me ver também? - perguntei. Eu estava com saudades dele?

Ouve silêncio do outro lados a linha, mas eu podia ouvir a respiração dele.

Depois de alguns segundos ele respondeu:

– Eu adoraria. - sua voz saiu rouca. - onde?

– Em uma praça que tem aqui perto de casa... Apenas me deixe tomar um banho antes.

– Por que? - ele perguntou, sua voz estava ansiosa, como se ele já estivesse pronto para sair e não pudesse esperar mais nenhum minuto.

– Eu estou fedendo a cachorro molhado. - respondi, meu rosto se tingindo de vermelho.

Ouvi ele rir.

– Está bem. Você tem meia hora.

– Tudo bem. - minha voz saiu melosa. Repugnante.

Ele já ia desligar quando eu me lembrei de uma coisa.

– Você não sabe onde é a praça. - falei.

– Praça Lake of swans. - ele falou.

– Como você...

– Eu passo por ai quando dou carona ao meu tio... E também Scott me deu seu endereço.

– Stalker. - resmunguei.

– O maior.

* * *

Me sentia mal em todos os sentidos.

Eu estava sentada em um banco de praça aleatório. Meus melhor short jeans e blusa de mangas curtas estavam em meu corpo.

Passei uma mecha para de trás da orelha, um pequeno suspiro saindo de meus lábios.

Cogitei por um momento sair de lá e voltar para casa. Talvez ele não viesse.

– Te achei. - ouvi a voz de Bobby.

Ele estava ao lado do banco, uma bela rosa branca em uma das mãos.

– Achei que você tinha me dado o bolo. - falei.

– Nunca. - ele respondeu.

Bobby notou para onde eu olhava.

– É para você. - ele falou.

Seus dedos voaram para minha orelha tirando uma mecha e instalando a delicada rosa no canto.

– Não tem espinhos. - murmurei, mais para mim do que para ele.

– Eu tirei eles. - ele mostrou a mão cheia de cortes e curativos.

Eu puxei ele para o banco.

– Bobby, você ficou maluco?! - perguntei, pegando uma de suas mãos e examinando-a com cuidado. - sua mão está toda machucada...

– Tudo bem. - ele falou.

– Não, não está!

– Summer. - ele pôs a outra mão sobre a minha e apertou delicadamente. - está tudo bem. A rosa agora está muito mais bonita do que quando eu a colhi.

– A rosa?

– Você não precisa de uma rosa para ser bonita, é o contrario, ela precisa de você.

Ele era um doce... O que eu estou pensando?

– Obrigada. - falei.

Meus dedos se entrelaçaram com os deles.

– Eu apenas falei a verdade. - ele falou.

– Não me acho tão bonita assim. - resmunguei.

– Mas deveria. Você é maravilhosa.

– Bobby.

Ele deu uma risada curta e rouca.

– Você não sabe o que faz comigo, certo? - ele perguntou.

– O que eu faço com você?

– Sim. - ele resmungou. - você não percebe?

Eu não respondi.

– Summer. - ele falou. - meu coração parece querer sair do peito sempre que eu estou perto de você. Sempre que eu sinto seu cheiro, que você me toca ou eu te toco. Por que você acha que eu quero e gosto de sempre ficar pertinho de você? - Ele suspirou. - eu sou apaixonado por você.

Meu coração estava pulando, dançando, fazendo uma festa.

Pela primeira vez eu percebi. Eu sou apaixonada por Bobby.

– E-eu s-sou... - minha voz gaguejou.

– Summer, você não precisa...

– Eu preciso. - falei determinada.

Meu coração acelerou ainda mais.

– Eu sou apaixonada por você. Meu coração parece um tambor sempre que você está por perto. Eu sinto arrepios sempre que você me toca... Eu... Eu... Eu amo seu cheiro. É delicioso.

Bobby sorriu docemente para mim. Sua mão levantou e acariciou meu rosto com a ponta dos dedos que não estavam machucados.

Eu tomei o impulso para beijá-lo.

Nosso lábios se colaram. Os lábios dele eram macios e quentes, deciliosamente quentes. Seu nariz brincou com o meu, as pontinhas se encostando sempre que ele mudava a posição da cabeça para nos deixar mais confortáveis. Ele botou uma mão em minha cintura e apertou sem muita força, de um jeito carinhoso.

Ele largou meus lábios com um sorriso vitorioso na face.

– Delicioso. - ele sussurrou me dando um beijinho na têmpora. - incrível.

– Bobo. - falei baixinho. - muito bobo.

Ele se aproximou novamente para continuar o beijo, mas parou assim que meu telefone começou a tocar.

Merda. Merda. Merda. Merda.

Todos os toques do meu celular eram personalizados de moto que: 1- só tinha uma pessoa com o toque "A sky full of stars" em meu telefone; 2- era Lily.

– Não é um bom momento. - falei.

– Não ligo. - ela falou. - eu preciso de ajuda.

– Com o quê?

– Eu preciso de ajuda! - ela gritou irritada.

– Mas...

– Por favor.

– Mas eu...

– Não me abandone.

– Merda.

– Obrigada. - ela falou chorosa.

Passei as mãos pelo cabelo e olhei para Bobby.

– Minha vida é uma merda. - resmunguei.

– Olhe pelo lado bom. - ele sussurrou em meu ouvido. - você tem um lindo e maravilhoso namorado.

– Namorado? - perguntei.

– Apenas se você quiser. - suas orelhas estavam vermelhas de vergonha.

– Eu quero. - falei. - eu com certeza quero.


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Notas finais do capítulo

BYE BYE



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