More Like Sisters escrita por Mavelle, Nederland


Capítulo 13
Capítulo 13 - Lily


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda!!!!!
Acho que não tem o que falar nas notas iniciais hoje, mas tenho um aviso:
HOJE TEM UMA SURPRESA.
(Isso pareceu minha prima falando com a filhinha dela, mas ok)
Beijos da Sabidinha ♥♥



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A sala de espera do diretor não é exatamente um lugar convidativo ou ao qual eu esteja acostumada. Podemos ter saído da aula de artes rindo feito hienas, mas o clima agora estava tenso. Eu nunca havia sido chamada para essa sala, mesmo sendo considerada a melhor aluna do colégio Baxter. Na verdade, nem fazia ideia de como o diretor parecia. Nunca o havia visto na escola. Talvez ele fosse um cara alto, jovem e bonito. Ou talvez um velho rabugento. De qualquer forma, estou nessa porcaria de sala de espera com Sums, Scott e Bobby. Tudo porque fizemos uma mini-guerra de argila. Com exceção de Bobby, sentado ao lado de Scott, todos estamos nervosos. Summer pode não ser nenhuma santa, mas também não é uma diaba. E eu e Scott não somos do tipo que se mete em confusão. Bem, só entre nós dois, mas isso é um caso à parte.

– Senhor Rivers, senhor Geller, senhorita Tanner e senhorita Jones, por favor me acompanhem à sala do diretor. - a assistente chata de voz nasalada e monocelha nos chamou para a sala do diretor.

Chegando lá, me deparei com algo totalmente diferente do que eu imaginava. Eu imaginava uma sala branca, com uma mesa enorme no meio e pilhas de papéis em cima, algumas estantes com livros e um homem sério, com roupa social, sentado atrás da mesa, com um ar de autoridade. Essa sala é literalmente o contrário. Paredes verde folha, contrastando com um carpete branco cobrindo todo o chão. No centro, um homem com roupas hippies (com direito à óculos e tudo), cabelos ruivos quase maiores do que os meus, sentado em almofadas. O resto da sala também tinha almofadas espalhadas. Não tenho tanta certeza, mas acho que ele deve usar outra sala quando fala com os pais, apesar dessa sala ser totalmente acolhedora. O contrário do que a maior parte das salas de diretores é.

Bobby foi o primeiro a entrar.

– Oi, tio John. - ele falou logo que entrou, tirando os sapatos.

– Oi, Bobby.

Íamos entrando todos calçados, quando o homem nos mandou tirar os sapatos. Obedecemos, apesar de ninguém estar entendendo nada do que estava acontecendo. Sentamos nas almofadas à frente do diretor.

– O que aconteceu? - ele perguntou, com uma paciência que parecia não se acabar.

– Bem, eles dois queriam nos forçar à fazer um trabalho com eles. - Sums começou a falar. - Então Bobby me agarrou, eu taquei argila na cara dele e começamos os quatro uma guerra de argila.

– Você agarrou a menina no meio da sala de aula, Bobby? - ele olhava com uma sobrancelha levantada.

– Er, mais ou menos. - Bobby respondeu passando a mão pelo cabelo.

– Vamos acabar logo com isso, porque eu quero paz. As guerras de argila acontecem o tempo todo nesse tipo de aula. Está perdoado. Quanto à ele ter te agarrado, você pode prestar queixa na polícia e ele vai preso por assédio. É isso o que você quer? Que ele seja preso porque te agarrou no meio da sala?

– Não. - Summer respondeu prontamente, não escondendo sua surpresa com a gravidade que toda a situação poderia tomar, se ela quisesse.

– Estão todos dispensados. Podem ir para casa. Agora, por favor, saiam da minha sala.

Todos pegamos nossos sapatos e saímos da sala, ainda meio desconfiados. Simplesmente tinha algo me dizendo que tinha algo errado e que o diretor iria nos chamar para a sala dele novamente a qualquer segundo. Mas não chamou. Graças.

Embora ele não tivesse nos chamado de volta, sentia que algo ainda estava errado. De repente, no meio do corredor, me toquei o que era.

– Bobby, porque você chamou o diretor Shanon de tio? – perguntei.

– Talvez porque ele seja meu tio? – ele sorriu.

– Porque será que ninguém sabia disso? – Scott perguntou, sarcástico. Não sabia que ele tinha um lado zueiro de verdade.

– Eu meio que não queria que ninguém soubesse. Sabe, ser sobrinho do diretor é quase tão ruim quanto ser filho dele. Tipo, quase todos os dias passar por aquela sala escrota e dizer como foi seu dia e dar carona pro diretor. As pessoas olham estranho, principalmente porque eu estaciono na vaga dele.

– Nossa. – Summer falou, entrando pela primeira vez na conversa. – Ninguém gosta de falar que é filho ou parente de alguém importante.

Ficamos em silêncio alguns momentos, até que eu falei.

– Eu já vou pra casa. Infelizmente tenho um trabalho importante para fazer mais tarde.

– Hum... está ansiosa para ficar sozinha comigo? – Scott provocou, mexendo uma sobrancelha para cima e para baixo.

– Claro. Assim eu posso te matar e não vou ter plateia. É deselegante matar na frente dos outros. Muitas pessoas não gostam, então eu as respeito. Se prepare, Scott. Você nunca vai esquecer esse trabalho.

Me virei, escutando apenas as risadas de Summer e Bobby atrás de mim.

●●●

Cheguei em casa mais ou menos 15 minutos depois. Tomei um banho rápido e fui procurar uma roupa para fazer o trabalho estúpido. Quando procuro por uma calça, percebo que todas estão na lavanderia.

Merda.

Procuro por shorts, mas os poucos que eu tenho estão gastos e, bem, são mais curtos do que eu gostaria para encontrar Scott. Saias estão completamente fora de cogitação.

Abro o armário, ainda procurando por algo para vestir. Uma coisa amarela me chama a atenção. Pego, esperando que fosse um macacão ou algo do tipo, mas era um vestido. E, infelizmente é a minha melhor opção.

Visto o vestido de saia rodada com passarinhos pretos, esperando que não fique curto ou colado. Seria horrível se ficasse de algum dos dois jeitos. Scott já me come com os olhos quando eu pareço quase uma freira, imagine com um vestido curto e/ou colado.

O vestido acabou ficando acima do joelho, mas não muito curto (graças aos céus!). Peguei uma bolsa e a filmadora e fui descendo as escadas. A casa dele não é longe daqui. Vou a pé mesmo. Tomara que esse trabalho dê certo para que eu nunca mais tenha que olhar naquela cara de fuinha.


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Notas finais do capítulo

TCHAUUU



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