Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 6
Coraçãozinho tum tum da Jenni ama o Tadeu!


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!!!!!!!!!!!! Quem quiser participar do grupo pode me mandar mensagem. Vejo vocês nos comentários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/584121/chapter/6

Fui pra casa toda contente e dançante, literalmente dançante. Eu dancei atravessando a rua e o motorista do ônibus ficou me olhando como se eu fosse um alien.

–Como foi à escola hoje? –Brand perguntou assim que entrei em casa. Hoje era quinta-feira e hoje era seu dia de folga e isso significava que hoje Isadora e eu não comeríamos miojo.

–Foi boooooooooooooooooom demais da conta. –eu sorri.

–Mas hoje você não teve educação física? –ele me fitou.

–Tive. –eu respondi colocando a mochila no sofá.

–Pensei que você detestasse educação física. –ele comentou rindo.

–Eu detesto. –eu me joguei no sofá.

–E por que o dia foi tão bom assim? –ele perguntou.

–Porque foi. –eu sorri. –O que vamos ter para o almoço hoje?

–Lasanha–ele riu. –Vai se trocar e desce pra almoçar.

Peguei minha mochila do sofá e subi as escadas correndo, abri a porta do meu quarto, Isadora já tinha chegado da escola e estava sentada na minha cama mexendo nas minhas coisas.

–Interessante né? –eu perguntei e ela se assustou e caiu da cama.

–Por favor, não me mata. –ela levantou e colocou minha blusa na cama. –Eu só estava vendo.

–Não vou te matar. –eu sorri. –Não hoje.

–Venham almoçar. –Brand gritou.

–Já vou papai. –Isadora gritou e saiu correndo. Troquei de roupa e desci. Almoçamos e como hoje o Brand estava em casa ele levaria e buscaria a Dora no ballet.

–Papai posso ir pra casa da Mille no sábado? –Dora perguntou.

–Quem é essa Mille? –Brand perguntou.

–É uma amiguinha do ballet. –eu respondi. –Eu sei quem ela é.

–Vou perguntar pra sua mãe. –Brand comentou.

Deu um tempo e ele levou a Dora pro ballet e eu fiquei sozinha. Meia hora depois o Markus chegou.

–Como foi aquele inferno hoje sem mim? –ele perguntou se jogando na minha cama.

–Foi boooooooooooooooooom. –eu me joguei do lado dele.

–Foi bom? –ele franziu a testa e ajeitou os óculos.

–Foi. –eu sorri. –Dançamos forró na aula de educação física.

–Sério? –ele começou a rir loucamente.

–Eu dancei com o Pietro. –eu sorri.

–Por isso que foi bom. –ele riu.

–E ainda tem mais. –eu olhei.

–Conta tudo amiga. –ele afinou a voz.

–Seja menos gay, por favor. –eu ri e ele me bateu. –Ai seu...

–Olha a boca, queridinha. –ele se apoiou no cotovelo. –Continue contando as novidades sua mocreia.

–Tá, tá. –eu apoiei minha cabeça no peito dele. –Pietro me chamou pra sair no sábado.

–Ai mentira! –ele levantou e eu bati minha cabeça com tudo na cama. –Aquele bofe é realmente rápido. –ele riu. –E você aceitou?

–Mas é claro né. –eu ri e me levantei também.

–Bicha você é destruidora mesmo, né? –ele me abraçou.

–Sou um arraso. –rebolei.

–Não faça isso na frente dele. –Markus começou a rir de mim.

Passamos à tarde todinha rindo e vendo Gossip Girl, foi divertido. Depois que ele foi embora eu me deitei na cama e dormi um pouco.

–Sofi acorda. –Isadora pulou em mim.

–O que você quer? –perguntei coçando os olhos.

–Jenni está lá em baixo e quer falar com você. –ela respondeu. –Vocês brigaram?

–Por que acha isso? –levantei.

–Porque parece. –ela deu os ombros. –Jenni nunca fica te esperando, ela sempre sobe.

–Você não sabe de nada sua pirralha. –desci e vi a Jenni conversando com o Brand.

–Oi Jenni. –saudei. Ela levantou e me deu um abraço.

–Desculpa? –ela me apertou. –Eu não gosto quando brigamos. –ela me apertou mais. Vou morrer, sou pequena e essas pessoas ficam me apertando. –Eu fui boba, desculpa?

–Rá eu não disse que elas tinham brigado. –Isadora gritou.

–J-Jenni você está me sufocando. –eu disse e ela me soltou.

–Desculpa Sofi. –ela ajeitou os cabelos. –Estamos bem?

–Só depois que você me contar quem é. –eu sorri.

–Te conto no seu quarto. –ela me puxou.

–Jenni você vai jantar com a gente? –meu padrasto perguntou.

–Com certeza. –ela respondeu.

Entramos no meu quarto e eu tranquei a porta pra Isadora não atrapalhar.

–Então dona Jeniffer Melo quem é o garoto que está mexendo com o esse seu coraçãozinho tum tum? –eu perguntei me sentando na cama.

Jenni fez um coque nos cabelos loiros e me olhou nervosa, ela sentou na cama e me encarou.

–Sofi... Eu gosto desse garoto desde os sete anos de idade. –ela disse alisando a saia que ela estava usando.

–E nunca me contou? –arquei as sobrancelhas. –Jenni você tá me escondendo isso há nove anos? –eu perguntei.

–Sofi eu tive meus motivos...

–Que motivos? –eu perguntei. –Espero que eles sejam muito bons, porque nada justifica você ter me escondido isso há nove anos.

–Sofi, senta aqui. –ela me chamou pra sentar do lado e eu fui. –Eu juro que nunca quis te esconder isso, você é minha melhor amiga desde que nascemos, mas... Mas Sofi eu simplesmente não pude. –ela me olhou.

–Por quê? –perguntei.

–Porque Sofi... Ele nunca me notou. –ela suspirou triste. Como esse garoto nunca notou minha amiga? Ela é linda! Desde sempre foi linda, simplesmente não posso acreditar. –Quer dizer... Ele me nota, como uma criancinha. –ela bufou.

–Quem é? –eu perguntei impaciente. –Jeniffer quem é?

–É o Tadeu. –ela soltou.

–Tadeu? Que Tadeu? –eu perguntei.

–Seu irmão Tadeu. –ela respondeu. Argh! Ela gostava do meu irmão? Tadeu? Tá, ele é bonito, mas como ela pode gostar dele?

–M-Meu irmão? –eu gritei e ela tapou minha boca.

–Não grita. –ela sussurrou.

–Como não gritar? Você gosta daquilo? –eu levantei. –Sabe que ele solta puns matinais horrorosos né?

–Eco Sofi. –ela gemeu. –Eu realmente não precisava saber disso.

–Precisava sim. –eu a olhei. –Jeniffer o que você viu nele? Quando éramos pequenas ele nos chantageava pra não contar pra mamãe que comemos biscoitos antes do almoço e você gosta dele?

–Gosto, Sofia. –ela disse exasperada. –Gosto do jeito que ele morde os lábios quando não quer rir, gosto de quando ele coça os olhos quando está com sono, gosto de quando ele ri das minhas piadas, gosto do jeito que o cabelo cai nos olhos.

–AI MEU DEUS! –eu gritei. –O que fizeram com você? –fiz voz de choro.

–Nada. –ela sorriu.

–Jenni, você é linda. –eu ajoelhei na frente dela. –Consegue qualquer garoto que quiser! Por que o Tadeu?

–Não sei Sofi. Eu só gosto. –ela pegou minhas mãos. –Você vai ficar com raiva?

–Claro que não. –eu apertei suas mãos. –Você pode gostar do meu irmão mesmo ele soltando puns matinais fedorentos. –ela riu. –Mas é minha melhor amiga e eu sempre vou te amar.

–Te amo. –ela me abraçou.

–Se quiser posso te ajudar com o Tadeu. –eu disse.

–Não sei. –ela me olhou insegura. –Acho que não faço o tipo dele.

–Querida! –fiz uma imitação do Markus, mas a Jenni não sabia por que ele nunca faz isso na frente dela. –Você faz o tipo de todos.

–Tem certeza? –ela perguntou.

–Tenho! –eu sorri. –Vamos sondar meu maninho.

Descemos e o Brand e a mamãe estavam fazendo o jantar, a Isadora estava vendo novela e nenhum sinal do Tadeu.

–Manhê! Cadê o Tadeu? –eu perguntei.

–Ele disse que vai passar na casa de um amigo. –ela sorriu pra mim. –Acho que só chega depois do jantar.

–Ah. –Jenni e eu fizemos cara de tristeza.

Fomos pra sala e eu contei pra ela que o Pietro me chamou pra sair. Ela surtou mais do que eu. Jenni jantou conosco e o Tadeu chegou vinte minutos que ela foi embora. Ele já tinha jantado e por isso subiu pra tomar banho e eu fui atrás. Ele entrou no banheiro e eu sentei na sua cama e fiquei vendo suas coisas. Tadeu, ao contrario da Isadora e eu, era muito organizado. A escrivania dele tinha um notebook, livros, uns portas retratos e umas caixas. Eu levantei e fui até elas.

–Eu nunca tinha visto isso. –eu disse pra mim mesma. Abri uma das caixinhas e tinha umas fotos minhas com ele, da Isadora bebê, da mamãe e ele, do Brand e a gente no Rio, de uns primos, de uns amigos e uma da Jenni, ela tinha quinze anos e fui eu que tirei aquela foto, estávamos na praia comemorando o seu aniversário, ela estava muito feliz naquele dia e os seus cabelos estavam ao vento e ela estava sorrindo e seus olhos verdes brilhavam. Aquela foto era minha, eu me lembro de ter colocado ela no álbum, mas o que ela estava fazendo no quarto do Tadeu? Quando que ele a pegou?

–O que você está fazendo? –eu me assustei e deixei a caixinha com todas as fotos caírem no chão.

–Tadeu você me assustou. –eu reclamei juntando todas as fotos e pegando a da Jenni e escondendo no fundo da caixa.

–Assustei? O que você estava fazendo? Mexendo nas minhas coisas? –ele apontou pra caixa na minha mão.

–Eu não. –menti. –eu estava perto demais e você me assustou, eu esbarrei e caiu no chão.

–Sei. –ele me olhou. –Mas o que você queria?

–Só queria ver se você estava bem. –sorri amarelo.

–Eu estou. –ele me olhou altamente desconfiado. –Pode me dar licença? Quero trocar de roupa. –ele disse e eu fui perceber agora que ele estava enrolado na toalha.

–Ahhhhhhh, foi mal. - eu sai correndo do quarto dele. –Quer dizer que você tem uma foto da minha amiga é? –eu sussurrei rindo.

Fui dormir e acordei um pouco atrasada no outro dia, me arrumei na velocidade da luz e fui correndo pra casa da Jenni. Eu decidi não contar sobre a foto, vai que eu estivesse enganada e desse falsa esperanças pra ela? Fomos andando rindo e cantando alegremente. Hoje eu tinha aula de artes e hoje tinha que apresentar meu soneto. Eu estava nervosa.

–Sofia Mendes. –a professora me chamou. –Sua vez.

Levantei e encarei a turma, minhas pernas estavam tremendo. Vi o Markus sorrindo pra me dar força, vi a Madalena e sua Liga me encarar com nojo, e vi o Pietro me olhar com ternura.

–Meu soneto é sobre amizade. –eu sorri pro Markus. –Espero que gostem. –eu li meu soneto e todos me aplaudiram. Menos a Liga dos M’s, mas isso é normal.

–Quero ouvir o soneto do... –ela olhou na chamada. –Arthur Menezes.

–Está pronto. –ele levantou e foi até a frente.

–E o seu Pietro? –ela perguntou com a cabeça e ele negou com a cabeça. –Então pode ler Arthur.

–Meu soneto é sobre saudades. –ele disse. – Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar... Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre. –ele terminou de falar. E uou! Isso foi tão lindo. Nem parece que quem falou isso foi ele.

–Bonito soneto Arthur. –a professora elogiou e o sinal tocou. A próxima aula seria de biologia.

–Seu soneto foi legal. –ele disse assim que sentei ao seu lado na carteira.

–Obrigada, o seu também. –eu respondi.

–É a letra de uma música do Bob Marley. –ele riu. –Pensei que não ia dar certo.

Eu olhei horrorizada pra ele.

–Vai dizer que nunca fez isso? –ele me olhou.

–Não. –eu respondi.

–Você é certinha demais. –ele disse. Eu ia dizer algo, mas morreu antes de sair. Eu não queria ser amiguinha dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!