Crescent Moon escrita por niicole_masen


Capítulo 12
Capitulo 11 – Explicações




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Comecei a me sentir mais a vontade, relaxada naquela sala. Deve ser por isso que Jasper olhou intrigado para mim. O que eu podia fazer? Me sentia mais solta, afinal. Isso era bom, ou não? Bem, o que importa é que aquele Victor é um cara estranho que me intriga a cada segundo mais. Por que, afinal, ele era tratado bem por Aro – como se fosse mais poderoso ou coisa assim – e nem ao menos usava um dos mantos que todos os outros vampiros estavam usando? O suspense me invadiu e as perguntas rodavam em minha mente fazendo um “zum-zum” desagradável em meu novo e mais amplo cérebro. Foi Aro – como sempre – que quebrou o desagradável silêncio. - Bem – começou ele -, primeiramente queria responder a uma provável pergunta que realmente deve intrigar principalmente você, minha querida Bella. – Foi aí que eu respirei fundo e olhei bem em seus olhos cor vermelho-sangue misteriosos. Antes não tinha coragem de o fazer por saber a razão para eles serem desta cor -. Mas eu sei que você deve estar com sede, não? O pequeno inconveniente na sua garganta? – Então eu senti minha garganta queimando, não como o fogo do buraco em que eu estava, não. Um fogo diferente. Eu precisava de sangue -. Heidi logo virá com o nosso jantar, se você quiser se juntar conosco... O brilho nos olhos de Aro Volturi se expandiram de uma forma incomum. Eu sabia o que ele estava fazendo, era só ligar os fatos. Ele queria que eu ficasse com eles para tomar sangue humano e não querer parar mais. Eu poderia ver o duplo sentido da frase, quando “ficar conosco” significava me tornar uma Volturi também. Bem, se Edward não me queria mais, o que poderia eu fazer? Me tornar um monstro de uma só vez? Sempre que me pensava como uma vampira, pensava também que eu seria como Carlisle: nunca tocaria em sangue humano. Será meu destino me tornar uma Volturi para causar o pânico em tanta gente inocente? Não, com certeza essa não era a pergunta certa. Vamos tentar de novo, Bella. Será meu destino deixar o filhinho daquela mulher que andava normalmente pelas ruas sombrias, roubar toda a vida e alma daquela senhora passante e deixar o seu filho eternamente à espera da mãe que nunca chegará? Bingo, Bella. E eu já sabia a resposta.   Eu havia pensado em apenas segundos. - Não, obrigada. Eu estou bem – disse segura para um Aro espantado com tanta firmeza em minha voz. - Tudo bem então, vamos à história – disse com um pouco menos dos brilhos nos olhos vermelhos -.Nós, Volturi, andamos alguns meses pensando e pensando nesta jovem humana que tanto havia me intrigado desde quando vi na mente de Edward tudo que haviam passado. Bella foi muito forte, valente para uma humana. Uma mente humana, devo ressaltar. Ela foi muito intelectualmente forte e sagaz ao descobrir da nossa existência. Uma bravura que se pode comparar à simplicidade de conviver ao meio de tantos vampiros, sabendo o que realmente são. – Isso me deixou confusa. Como Aro sabia de tudo isso? Como assim ele “viu na mente de Edward”? Eu achava que Edward era o único leitor de mentes por aí. Aro, vendo minha confusão, foi logo se explicando. - Eu tenho o poder de ler mentes, minha jovem, pelo contato físico com a pessoa a quem desejo ler a mente. Desejaria muito ser como nosso jovem amigo, Edward, que consegue o fazer à uma longe distância. Sem nem ao menos contato visual precisar para o fazer! - Mas eu não consigo ler todos os pensamentos que a pessoa já teve, Aro. Isso é algo realmente fascinante. – Quando ouvi a voz de Edward, esse ser magnífico que tanto me fez sofrer, que me causou tanta felicidade e depois tanta agonia. Quando ouvi sua voz tive a plena certeza que se meu coração batesse, ele ia se acelerar muito. E se meu sangue circulasse, eu estaria completamente corada. Borboletas no meu estômago, certamente teriam uma festa marcada, isso é um fato. Eu realmente o amava- eu não tina como negar. Me virei para olhar seu rosto, perfeitamente moldurado, como um Deus grego, só que mais bonito. A perfeição em pessoa. Minha memória humana falha certamente me enganara nesse tempo todo de ilusão. A imagem dele que eu me recordava humana, com certeza não fazia jus ao ser que estava ali, sentado a apenas 1 metro de mim. Seu cabelo bronze desgrenhado fazia um contraste perfeito com sua pele branca, pálida. Seus olhos num dourado intenso. Ah, seus profundos olhos que me faziam delirar por dentro. Seu nariz reto e com total proporcionalidade para seu rosto meio quadrado. E sua boca. Meu Deus, o que falar de sua boca? Não tinha palavras. Suas roupas – muito provavelmente compradas por sua irmã Alice, minha pequena fada encantada – espetacurares que o deixavam ainda mais lindo. Como se ele realmente precisasse disso. Foi então que tomei conta que estava cercada pelos Cullen, a família que eu tanto ansiava o retorno que nunca aconteceu. Ao meu lado – me separando de Edward – estava Alice, impecável, com seus lindos cabelos curtos e repicados. Do meu lado direito estava a assustadora pessoa de Emmet, o irmão de Edward que eu mais tinha amizade. Ao lado de Emmet estava Jasper e Rosalie, nesta ordem. Ao lado de Edward, estava sua mãe, a encantadora Esme, que eu considerava minha segunda mãe. Logo á frente e um pouco ao lado de Esme, estava Carlisle em pé. A família perfeita que eu tanto amava. Senti Jasper olhando para mim. Deveria ser o amor e compaixão que irradiava de mim, fazendo com que a voz de Aro conversando com Edward ficassem apenas como um zumbido nos meus ouvidos. Minha vontade era de fechar os olhos e dormir. Sonhar que estava com Edward e estávamos felizes, sonhar que meu pai voltara a ser feliz como antes porque viu a filha com um sorriso no rosto de novo. Sonhar que esse ano não aconteceu. Sonhar que hoje ainda era meu aniversário de 18 anos e a festa ainda não aconteceu. Eu não iria abrir aquele presente e tudo iria sair bem. A melancolia me atingiu e eu queria chorar. Fiquei triste ao saber que não sentiria o prazer de sentir as lágrimas caindo pelo meu rosto corado. Afinal, essa vida não era como eu imaginei. Abri os olho novamente, triste e com raiva. Não queria ter ido àquele shopping com a Alice. Aliás, queria ter entrado naquela droga de loja azul com ela para ela poder me fazer de Barbie. Seríamos todos mais felizes, não acha? Encarei Aro, desejando torturá-lo por me fazer isso. Ele não tinha nenhum direito de me transformar em um monstro sem lágrimas para chorar sua dor. Eu queria a sua morte, eu queria tacar fogo nesse ser com os olhos sínicos para a família que eu tanto amava. Eu queria ele em pedaços e depois em cinzas, feitos com as minhas próprias mãos. E então, no momento seguinte, estava calma e respirava tranquilamente. Uma onda de calmaria assumiu todo o controle de mim. Virei meu rosto, agradecendo mentalmente a Jasper, que assentiu apenas. Ele era um cara legal. Reservado, calado com a sua própria dor – ou a dos outros também -, um pouco amuado também, mas eu sabia que era por causa do cheiro do meu sangue. Mas ele era uma ótima pessoa. Talvez agora que eu não seja mais um perigo para a sua vegetarianisse, nós possamos ser mais amigos. Ou não. Nem sei se eu vou sair daqui vida. Pra falar a verdade, nem sei se vou sair daqui. Aliás, onde eu estou? Mal percebi que todos esses meus pensamentos entraram em minha mente em apenas alguns milésimos de segundos. Tenho que me acostumar com a mente evoluída. - Não precisar do toque seria uma boa pedida – disse Aro com cobiça na voz. Inveja, talvez? – Mas continuemos. Nós achamos, então, que você era um perigo para toda a raça vampírica, Bella, podendo assim contar nosso segredo para todo o mundo. Não que todos iriam acreditar, é claro – e riu sinicamente. E eu pensando que ele fosse uma pessoa legal e confiável -. Mas sempre tem esse risco, afinal. Ficamos algum tempo bolando alguma coisa e eis que ficamos sabendo de que uma Cullen voltou à sua cidade. Alice finalmente retornara a Forks e eu receei que se passasse daquele momento, seria tarde demais para tentar. E o silencio reinara. Tentar... Tentar o que? Que diabos ele estava falando?  - Desculpe, mas... tentar o que? – Será que todo mundo virou telepata e eu só soube agora? Sinceramente acho que a Esme ta convivendo demais com o Edward e tipo absorveu os poderes dele e... Bah o que que eu to falando?  - Esme, sempre doce Esme – Victor murmurou -. Talvez não seja surpresa para nenhum de vocês que Bella daria uma ótima vampira. Ela é uma ótima vampira. Controlada, pacifista, pensadora... Se parássemos alguém por ai, nunca diriam que ela é uma recém-criada, com todo esse auto-controle. Isso sem contar na beleza natural de nossa espécie é claro que cai perfeitamente nela. Foi ai que eu pensei que tudo ia dar errado. Num momento estávamos todos sentados ouvindo aquele enigmático vampiro e no outro Emmet e Carlisle estavam segurando um Edward descontrolado rosnando para Victor. Nunca. Nunca, em momento algum fiquei tão apavorada. Victor olhava pra ele fuzilando com os olhos e eu pensei que ele ia perder o controle e os dois iam lutar, quando a luz chegou e ouvimos alguém bater na porta. Edward se acalmou rapidamente e Aro saiu e fechou a porta as suas costas. Quando se encontrou sozinho com os Cullens e eu, Victor começou a rir sarcasticamente. Senti nojo dele. Como ele ousava a rir das pessoas mais importantes da minha vida? Como ele ousava a ser tão dramaticamente misterioso e se achar capaz o suficiente para rir de quem ele nem ao menos conhecia? - Você a ama ainda não é? Você a ama e tem medo disso, tem medo de quebrar seu coraçãozinho, pequeno Edward? Sim, eu sei como é. Bom, na verdade-. ele se sentou preguiçosamente e cruzou as pernas. Riu mais um pouco -. Eu não sei como é – e riu mais -. E você, doce Bella. Traiçoeira e poderosa. Sim, sim, bastante poderosa. Poderosa demais para sua própria segurança – Olhei pra ele confusa. Ele era bipolar ou alguma coisa do tipo? – Adorada Bella, com medo de provar os ótimos benefícios de ser essa criatura que somos. - Quem é você? – perguntei na esperança que minha insegurança não transparecesse na voz que esperava ter soado segura. Pois é, não estava nem um pouco segura. Você também não estaria, tenho certeza. - Eu? Ah, quem se importa? Você é o centro das atenções essa noite minha cara. Você é a talentosa, o novo brinquedinho de Aro – ele riu com sua ultima frase. Os Cullens não tinham reação. Edward apenas soltou um rosnado baixo, mas assustador -. Acho que você já percebeu, sim, claro que sim. Você é esperta, não é tão bobinha quanto aparenta ser. Você é uma raridade, Isabella. Como eu havia dito, poderosa demais para sua própria segurança. E mais: para a segurança de todos que a cercam. Ok, eu ainda estava sem entender. Do que ele estava falando, afinal? Eu não me sentia poderosa. Não esperava nem tem um poder. Ta, esperava sim, mas ser... “Poderosa demais para minha própria segurança” com certeza nunca tinha esperado isso. A porta se abriu de novo, surgindo dali um Aro apreensivo. Pelo jeito ele queria acabar logo com isso. Ele olhou para nós todos de pé, menos Victor que ainda ocupava a poltrona agüentando suas pernas cruzadas e um sorriso vitorioso no rosto. Aro deu um sorriso que me pareceu convincentemente sincero. - Sentem-se por favor. Tive que resolver um pequeno problema, mas não era nada de muito importância – vi seu sorriso sendo afetado, quase se tornando uma careta. Nos sentamos novamente, mas pude notar que, de fato, não era Emmet nem Alice que estavam ao meu lado. Olhei para meu lado direito e ali estava Rosalie. Linda, é claro, mas apreensiva. Como todos nós. Ao lado de Rose estava Emmet e logo depois Jasper e Alice, respectivamente. Carlisle e Esme estavam em poltronas separadas ao lado do canto direito do sofá. Olhei temerosa para a direita, esperando, é claro que fosse Edward. Quem mais seria? E ali estava ele. Impecavelmente lindo. Esperei minhas bochechas corarem mas é claro que isso não aconteceu. Me lembrei que um dia ele tinha dito que ele me achava bonita corada. Quase sorri. Quase. O momento não era o melhor para sorrisos. - Bella minha cara – começou Aro – Você realmente tem certeza de que não quer se alimentar? Heidi chegará a qualquer momento... - Obrigada, Aro – respondi secamente -. Mas estou bem assim. - Bom, se você tem tanta certeza, vou começar. Bella, minha cara a verdade é que desde que fiquei sabendo de sua existência e de sua anormal capacidade de bloquear seus pensamentos de Edward, venho pensando no quão enigmática você é, o quão boa você seria como vampira. Eu e meus irmãos discutimos várias vezes sobre o que mais você seria capaz de fazer se fosse realmente a dona do seu cérebro. Se você o controlasse ao máximo, mais ate do que jamais achei possível. Você é especial, Isabella, muito especial, devo ressaltar. Você tem um poder... não, você tem um dom. Uma capacidade anormalmente poderosa de controlar seus pensamentos, suas vontades, e até os pensamentos e vontades dos que te cercam. Eu poderia até apostar que você pode fazer mais que isso. Poderia me precipitar dizendo que você tem mais de um poder, não é mesmo Victor? Victor pelo meu ver não havia prestado atenção nem na metade do que Aro havia dito, então apenas assentiu. - Meu caro amigo Victor é um vampiro com uma excelente mente que é capaz de descobrir os poderes dos vampiros quando os vê. Ele tem estudado maneiras de descobrir os poderes que alguns humanos teriam quando e se virassem vampiros. Uma tática muito boa para começar um exercito de vampiros, não acha? – supus que Aro estava falando mais consigo mesmo do que com todo o resto então não respondi nada, o mesmo fizeram os Cullens. Novamente o silêncio. Não ousei quebrá-lo, e ninguém mais o fez também. Bem, se eu era tão poderosa assim, poderia escapar imune deste lugar. Será que eu era capaz de me teletransportar? Soltar lazer dos olhos? Voar? Que merda eu fazia de especial? Só queria algum meio pra sair desse lugar e levar os Cullens junto, claro. Não ia os deixar na fogueira sozinhos. Eu os amava, disso não tinha duvidas. - Bem, Bella – o silencio foi quebrado mais uma vez por Aro -. Quero lhe fazer um pedido. E, claro, o refazer a Edward, Alice e Jasper – disse com os olhos brilhando. Eu desconfiava de tudo que ele dizia, a cada segundo mais -. Queria saber se vocês não queriam fazer parte da nossa família, e prometo-lhes dar treino para aperfeiçoar seus poderes, tornando-os mais ricos. Quero que vocês façam parte dos Volturi. Claro, eu já tava desconfiando disso. Era obvio que ele me queria, se eu era tão poderosa assim. E Edward, Alice e Jasper com seus incríveis poderes, certamente que Aro não perderia essa oportunidade para fazer outro convite. Olhei para os lados e ai que me ocorreu a hipótese. Se eu aceitasse o pedido, será que Edward aceitaria também? Dã, claro que não ele deixou bem claro que não te amava mais, Bella. - E o que aconteceria se eu recusasse? – perguntei tentando não transparecer meu temor. E se eu recusasse e ele matasse a todos nós? Eu não poderia deixar isso acontecer. Aro apenas sorriu meio afetado com a minha pergunta. Olhei para Victor, pensando... ele certamente não era um Volturi, e Aro com certeza havia lhe perguntado a mesma coisa. Ele certamente recusou, isso explicava o fato de ele não estar com o manto que os guardas usam. Os Cullens também haviam recusado, e Carlisle já até saiu da família. Será que comigo seria diferente?


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Notas finais do capítulo

To até com vergonha de vir aqui postar. Mil desculpas não seriam o suficiente, com certeza não. Mas, como o prometido, o capitulo ta bem grandinho e eu realmente espero que vocês me perdoem por praticamente abandonar a fic, mas eu tinha dito que não ia dar pra postar sempre, lembram? Eu pensei em falar que a fic fez um ano mas foram tantas faltas e capítulos não postados que talvez no final do ano ela vai ter um ano kkkkkkkk. Ok, eu sinceramente não sei onde enfiar a cara mas sei como me desculpar: postando outro capítulo semana que vem. SIIIM dessa vez eu realmente garanto. Espero que vocês não tenham me abandonado, e ainda haja umas 3 leitoras por ai. Deixem uma review pra mim saber que vocês continuam ai firme e forte. E para os novos leitores:: não se assustem, a FIC VOLTOU
Ah e eu sei que vocês já estão cansados de ler isso mas deixar review realmente não mata nem corta o dedo então vamos me ajudar e dar um incentivo. Pode ser uma critica (construtiva é claro, não adianta só chegar e falar que a historia é péssima), um elogio, uma reclamação, um murro virtual... mas enfim, até semana que vem



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