- E então, Victor? – disse Aro, como se o homem soubesse de quê ele estava falando -. Pedi para que te trouxessem aqui justamente para isso. É tão bom saber que você achou.

                - Oh, eu também acho – disse Victor, então olhou curioso para Edward -. La tua cantante. Nunca na minha existência eu vi coisa assim. Procurei durante todos esses séculos uma mulher na qual eu desejaria estar mais do que a Terra, mas no entanto...

                - Pessoas desperdiçam – completou Edward com um sorriso. Olhei assustada para Alice e descobri que eu não era a única que não estava entendendo nada do que eles estavam falando.

                - Já descobriu Victor? – perguntou Aro impassiente. Ele estava cansado de metáforas, joguinhos e meio-termos.

                Victor olhou para ele com um olhar de fúria, como se este estivesse feito uma coisa sombria e inadequada, mas antes que qualquer um pudesse dizer ou fazer alguma coisa, a porta se abriu novamente e uma bela moça surgiu de lá.

                - Mestre, peço desculpas interromper, mas... – ela mal terminou a frase e um rosto conhecido estava ao seu lado, com um olhar de fúria, que logo mudou para pânico quando olhou as pessoas no salão.

Mais pessoas entraram. Pessoas que de algum modo eu nunca conseguiria esquecer. Todas elas, agora, com uma expressão formal, como se estivessem em um jantar chique, no qual foram convidados.

                - Agora sim poderemos continuar – disse Aro com um sorriso no rosto, enquanto caminhava em direção à grande família recém-chegada -. Estávamos esperando por vocês jovens amigos. Muito prazer, sou Aro Volturi. Olá Carlisle, como vai?

                - Muito mal a algum tempo – disse o chefe da família.

                - Ora, ora. A família está finalmente completa. Por que não um lugar mais adequado para a ocasião, caro Aro? Tenho minhas certezas de que Isabella irá querer saber sobre o que nós estávamos falando.

                - Mas é claro, mas é claro Victor. Sigam-me.

                E então Aro saiu sem dizer mais nada, com Victor atrás. Os guardas nos apressaram e nós os seguimos. Depois de muitos corredores, subidas e curvas, consegui descobrir que os Volturi tinham construído aquele prédio subterrâneo apenas para aqueles que conheciam bem a fortaleza real. Durante todo o percurso, eu fiquei ao lado de Edward, mas sem dizer nem uma palavra. Os únicos que conversavam era Victor e Aro, mas eu não estava prestando atenção em nenhum dos dois, apenas queria memorizar o cheiro de Edward, o toque dele. Tentava também me lembrar de alguns acontecimentos passados, na minha vida humana. Consegui me lembrar de algumas coisas, mais apenas vagamente.

                 E então, Aro entrou em uma porta vermelha, com alguns escritos de ouro em sua superfície. Todos copiaram seus movimentos e se sentaram quando ele disse para o fazer.

                                                                     17/09/2010