Edward

– E como estão as coisas? – Emmett e Rose tinham vindo em um visita muito rápida. Olhei para Rose e Bella rindo e conversando.

– Eu não sei, eu quero...

– Você já a perdoou. – ele falou sorrindo.

– Há muito tempo. – falei animado. – Só que eu sei como fui cruel com ela... como fiquei distante e agora não sei como retornar entende? Como se faz esse caminho de volta?

– Sabe Edward, como você a conquistou na primeira vez?

– Não é assim. Nós já nos conhecemos. – suspirei.

– Não mesmo, vocês estão como dois estranhos. Cada fala sua ela reage como se você a estivesse assustando, ela fica perdida até se você quer ajudar. Ou pensa que não vimos como ela ficou quando pegou Jonathan para colocar ele no berço? Ou quando disse para ela não se preocupar com a louça que nós iríamos lavar? Vocês parecem dois perdidos.

Ele estava certo.

– Do que ela gosta? Qual sua cor favorita? O que ela sabe da cidade em que moram?Onde foi que ela fez o cabelo e faz as unhas?

– Eu não sei...

– Quando ficam sozinhos? Sobre o que conversam?

Eu o olhei.

– Sabe Edward, tenta reconquistar ela da maneira que fez da primeira vez. Do que ela gosta?

– Quem gostava? Ela ou o que ela fingia ser? – disse amargurado.

– Olha, isso não vai funcionar se você ficar relembrando essa merda. Pensa no que ela gostou, aquilo que a deixou entregue?

– Flores... eu enchi a casa dela de rosas uma vez e ela... nesse dia...

– Não preciso dos detalhes! – ele disse rindo alto. – Sabe, acho que você tem as respostas que quer, mas tem tanto medo de se ferir que enlouquece. Não tem jeito, vocês dois estão sofrendo, menos do que antes, mas amor reprimido é uma coisa dura.

Eu sabia que como das outras vezes Emmett tinha razão. Olhei para Bella e vi que ela não estava fingindo ser absolutamente nada, eu gostava dessa Bella tímida e insegura. Simples na maquiagem e no cabelo, nas roupas e tudo mais que ela usava. Amava essa Bella mãe que acordava de madrugada e sentava no tapete brincando com Jonathan sem reclamar de nada no outro dia. Amava os jardins porque ela amava, cada planta tinha uma expectativa no olhar dela, cada material que ela usava parecia como um médico com os instrumentos nas mãos.

Eu não conseguiria viver mais longe dela, mas tinha medo. Agora eu tinha medo de ter perdido ela para sempre.