Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 36
Capítulo 36: O casamento - parte I


Notas iniciais do capítulo

Aeeeeeeeew o casamento ♥-♥
Mas antes um pouco de hot pra vocês uhsuhahushau só um pouquinho, ok?
Ah, o nome Adam está ganhando agora. Só vai valer a escolha dos nomes até esse capítulo OK?
Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583474/chapter/36

Sentada na sacada do quarto, fui pega de surpresa quando Légolas escalou até mim. A noite fora longa, e o noivado foi, sem dúvida, o mais inacreditável e inesperado. Pessoas nos cumprimentaram aos montes, pais das garotas que vieram para a Seleção quiseram conhecer Légolas melhor, enquanto a maioria delas conversavam entre si, chamando-me para esclarecer como eu havia conquistado o coração do príncipe.

Eu não tentei conquistá-lo. – Foi a minha resposta. E realmente, quando eu dizia que a melhor tática era ser você mesma, esperava que as garotas a seguissem. E eu não sabia, e eu não queria, me casar com Légolas nem que ele fosse o último “homem” da terra.

Mas as coisas mudaram, e eu conheci em Légolas o único homem que eu gostaria de ter.

Observei o tempo inteiro as pessoas ao meu redor. Aragorn e Légolas pareciam ser realmente irmãos, se não fosse a aparência. Minha mãe permanecia ao lado do rei junto com meu pai e Bard, que de certa forma ganhara amizade há algum tempo atrás. Perguntei-me se os anões de Erebor não poderiam ser convidados também, pois estes, por mais que Thranduil ainda não gostasse, eram muito gentis com os humanos de Valle e de Mín.

Tauriel não estava presente, e não deixei de me perguntar o porquê. Mas, por dentro, algo me dizia que ela fazia companhia aos anões.

E o melhor de tudo, Ang dançara a madrugada inteira com Runel. Este que sorria para ela, e a olhava com muita admiração. Algo me diz que esses dois seriam muito felizes juntos, se não fosse a teimosia de Runel. Sei que ele lutará contra um novo sentimento, ainda mais por uma elfa, levando em consideração que ela é apenas cavalariço de meu pai.

Quando a festa terminou o sol já raiava. Mamãe arrastou-me para meu quarto para contar o que aconteceu, ao passo que meu pai e Runel seguiram-na. No fim, não houve tempo sequer de conversar com Légolas, e apenas dançamos uma música.

As pessoas estavam muito mais curiosas sobre tudo, e tivemos que dar atenção à todos antes de nós mesmos.

O palácio estava quieto no meio da tarde. Aquele ar de primavera conferia uma suavidade aconchegante quando finalmente despertei. Percebi estar no mais completo silêncio, e meu ser enchia-se de alegria por estar ali mais uma vez, na mais completa paz.

Quando Légolas apareceu, pude finalmente olhar em seus olhos e refletir sobre tudo o que estava por vir. Era, sem dúvida alguma, a maior aventura de toda a minha vida.

– Você não dorme? – perguntei, percebendo que Légolas ainda permanecia com aquele ar cansado.

– Acha que consigo descansar a mente depois de tudo? – Ele respondeu, sentando-se e colocando-me sobre seu colo. – Quero que me conte o que houve. Aragorn me disse algumas coisas, mas quero que você me diga tudo o que passou desde o início. Por favor.

Passei meus braços por seu pescoço, segurando-me para me equilibrar em seus braços. Minha camisola fina era inapropriada para o momento, porém não me importei em parecer seminua para o meu futuro marido.

– Se concentre no que vou dizer. – Respondi sorrindo. Légolas passava suas mãos por minhas costas, por vezes segurando um pouco pra não descer demais.

Ele sorriu, e parou com os movimentos para que pudesse me ouvir.

Comecei a contar desde o momento em que saí de seu reino. Não escondi nada, nem mesmo a minha tentativa frustrada de ficar com Runel depois de tudo. Ao ouvir isso, Légolas encarou-me com fogo nos olhos. Porém, quando disse que nada me tirava ele da cabeça, suspirou em alívio. Ele sabia que não poderia me julgar, já que passara todas as noites com Hangar depois que me fui.

Contei que deixei Runel depois. Da minha chegada à cidade de Arnor. Da casa de Guilden, e de como fui humilhada em todas as horas possíveis. Da chegada de Aragorn e da tentativa de me fazerem dormir com ele.

Tudo.

Légolas exaltou-se com minhas confissões. Disse que, assim que casarmos, iríamos até a família de Guilden para apresentar-me como princesa de Floresta das Trevas.

– Eu só quero viver em paz, meu amor. – Concluí. – Quero apenas minha consciência limpa, e você ao meu lado.

– Mas, e as aventuras que sonha em ter? – Légolas perguntou, voltando a passear suas mãos por meu corpo sobre a camisola fina.

Senti um arrepio atravessar a espinha quando percebi que, de algum modo, ele conseguira alcançar a minha pele. Um sorriso malicioso aparecia em seu rosto.

– Se me prometer que me protegerá, eu vou onde você for. E, se por acaso você quiser ficar, eu ficarei com você da mesma forma. Não preciso sair do lugar pra descobrir que a minha maior aventura é estar com você.

Légolas abraçou-me, encostando seu rosto entre meu ombro e meu pescoço. Senti algo molhar, lágrimas desciam mais uma vez.

Ele procurou meus lábios logo após, beijando o caminho até eles bem devagar, aproveitando cada espaço de forma minuciosa. Sentia a minha pele arder em desejo como senti naqueles poucos momentos, e pude perceber que tudo o que ele fazia me deixava completamente desejosa.

Senti, mais uma vez, suas mãos pararem ao chegar a certo ponto. Légolas parecia lutar contra o desejo delas de continuar a percorrer por meu corpo em áreas não descobertas antes, e por mais que eu quisesse que ele continuasse, sabia que não era o certo a se fazer.

Antes de nos casarmos era mesmo loucura.

Seus lábios continuaram a beijar-me. Após deixar a boca, desceu devagar, e mais uma vez encontrava-se entre meu pescoço e meu ombro, desviando e indo em direção ao colo. Ao passo que, eu o apertava cada vez mais com uma das mãos, enquanto a outra segurava seus cabelos numa tentativa frustrada de tentar pará-lo.

Mas elas simplesmente não me obedeciam.

Perco sempre o controle do meu corpo todas as vezes que Légolas toma posse dele. Apenas um toque basta para ele desfalecer-se por completo em seus braços, enquanto meus olhos fecham-se na tentativa de não ver o que acontecerá.

Algo que nunca senti parecia querer despertar cada vez mais.

As mãos de Légolas voltaram a passear. Uma delas, em meu colo, retirava aos poucos a alça fina da camisola, revelando bem lentamente o pequeno volume dos meus seios, que arfavam em busca de ar. Mas parecia em vão. Os sons produzidos por mim naquele instante, revelava o quanto me faltava fôlego e em busca de mais, passei a produzir gemidos de um prazer inconsequente.

E, entregando-me por completo na situação, descobri todo o resto da parte de cima de minha camisola, ainda com os olhos fechados para não ver a reação de meu príncipe.

Senti, porém, algo quente tocar-me à pele ao redor. Ele beijava-me, ainda muito lentamente, enquanto minhas mãos soltavam-se dele, deixando-o livre pra fazer o que quiser.

Eu era de Légolas. E por mais errado que aquilo parecesse ser, eu não me importava.

Suas mãos chegaram a minhas coxas e as apertaram até produzir um gemido de dor e prazer. Sua boca voltava-se de um lado para o outro, sufocando seus gemidos quase inaudíveis.

Senti o aperto na cintura quando ele elevou uma de suas mãos, tentando abaixar ainda mais a camisola, descobrindo minha barriga.

Os corpos suados, sedentos de um desejo que eu gostaria de matar ali mesmo. Puxei, de uma vez, suas vestes para descobrir seu corpo também. Estas que se rasgaram um pouco e foram difíceis de sair, despertando-nos um pouco e forçando-nos a abrir os olhos um para o outro. Com o rosto completamente vermelho, Légolas sorriu para mim. Seu peito, tão branco quanto a cor de seu rosto, revelava um elfo forte e muito atraente. Já eu, sendo morena e agora um pouco mais magra, revelava meus seios que não eram grandes. E, mesmo eu não me sentindo atraente, ele me fez acreditar do contrário naquele momento.

Nossas peles eram opostas. O contraste produzido me fez pensar se, algum dia nós dois tivéssemos um filho, como ele seria.

Mas meus pensamentos esvaíram-se quando, mais uma vez, ele voltara a me beijar com muito mais vontade.

Meus olhos fecharam-se mais uma vez, permitindo-me a sentir o calor de seu peito agora nu, e seus lábios que voltavam a percorrer o percurso anterior.

Não para. – disse quase num gemido, quando percebi Légolas atentar-se à outra coisa.

– Alguém está vindo. – Ele disse, despertando-me por completo daquela loucura. – Sua mãe.

Praticamente caí de seu colo quando ouvi essas palavras. Desesperada, recoloquei a parte da camisola em seu lugar, e passei a ajudar Légolas a vestir suas vestes parcialmente rasgadas o mais rápido possível.

– Lave o rosto. – Légolas disse, após conseguir vestir-se. – Está vermelha, e de certa forma, meu cheiro está em você.

Ouvimos a batida na porta.

– Vá. – Despedi-me dele dando um último beijo.

Légolas pulou a sacada do meu quarto, deixando-me só e com o corpo em chamas.

Mamãe bateu mais uma vez. Corri até ao banheiro e procurei água para me lavar do rosto até o colo, a fim de desgrudar um pouco do cheiro.

– Já vou. – Respondi, tentando desesperadamente me esfregar para limpar a mistura de saliva, suor e água.

~***~

Um mês se passou até chegar o tão esperado dia de nosso casamento. A felicidade apoderara-se do castelo, e nesses trinta dias corri contra o tempo para preparar tudo. Aragorn permanecia conosco, e lamentei por ele por Arwen não poder vir com seu pai.

Convidei os anões de Erebor, contra a vontade de Thranduil. Este permanecia sempre muito quieto perante todas as situações, e deixava que apenas eu e Légolas tomássemos conta de tudo. Nos dias que se seguiram, mamãe continuou conosco, ao passo que papai voltou a Mín para governar.

Tauriel chegara uma semana depois do noivado. Estava com a mãe de Kili na Montanha Solitária, e parabenizou-nos pela valentia e escolha de honrar com nossos sentimentos. Permaneceu até a data do casamento, ajudando-me com os preparativos sempre que podia.

Ang estava apaixonada por Runel. Depois da festa de noivado, quando ele foi embora, ela não parou de falar dele um segundo sequer. Eu ria sempre de seus suspiros, e da forma que ela falava dos homens e como os achava mais valentes por serem mais frágeis.

Vell apenas observava. Esta dizia ser nova demais para se apaixonar, e que elfos chegam a maioridade com mil anos. E ela só tinha novecentos e cinqüenta.

O casamento em si, seus preparativos e todos os convites, a escolha do vestido, da hora e do dia não era difícil. Difícil mesmo foi suportar todo esse tempo ao lado de Légolas sem me entregar à ele.

Todas as noites, quando todos no castelo descansavam, ele vinha até meu quarto. Dormimos juntos todas as noites, mas não consumamos o ato. Temia que, mesmo que os deuses aprovassem nossa união, fazer algo do tipo pudesse despertar algo de muito ruim, apesar de que, quando estávamos juntos, minha mente apagava-se por completo. Todos os dias era um luta diferente para me conter em tirar toda a roupa dele e jogá-lo na cama, morder, beijar e me entregar aos seus prazeres de forma intensa. Porém conseguimos, a cada dia, jurar que esperaríamos até nosso momento chegar.

E chegou rápido.

Mamãe apareceu junto com Ang, Vell e Tauriel. Seus olhos exibiam um ar cansado, muito diferente dos dias anteriores. Ela parecia aérea, e ao mesmo tempo feliz e preocupada.

Conversávamos muito sobre como é estar com um elfo – já que ela mesma já tivera a experiência com Thranduil há muitos anos. E, apesar de ser estranho ouvir minha própria mãe contar segredos do tipo, eu gostava de ouvi-la.

Seu passado fora muito doloroso, apesar de que em certos momentos eu poderia jurar que ela daria qualquer coisa para voltar nele.

Senti certa dó dela, de Thranduil e de meu pai. O rosto do rei ficava mais pacifico todas as vezes que mamãe sentava-se ao seu lado nos cafés e jantares. Ele contentava-se em ver todos juntos, mas especialmente ela. Algo me dizia que, dentro dele, o sentimento de dever cumprido o deixava feliz. Por vezes o peguei sorrindo ao lado de Melrise. Sorriso este que ele tentava disfarçar, mas que não conseguia.

O casamento seria no final da tarde. Pronta em meu quarto, Vell dizia que eu deveria vestir-me daquela forma todos os dias, quando meu pai bateu à porta.

Gostaria de dar-me sua benção antes da cerimônia, e se emocionou quando percebeu que a hora se aproximava. Seus olhos encheram-se de lágrimas quando ele me abraçou, e beijando-me a face, desejou-me sorte na nova vida que eu escolhi ter.

Pouco tempo depois que ele deixara o quarto, outra batida.

Era Thranduil.

Suas roupas cinza escuro misturavam-se ao verde das pequenas esmeraldas que estavam postas sobre sua capa. Sua coroa majestosa em sua cabeça, fazia voltas de folhas em um prata muito claro que formava um belo desenho.

Seus olhos brilhavam, mas seu rosto parecia pacífico e muito calmo. Sua voz fria, como sempre.

– Está pronta? – ele perguntou-me, observando meu vestido e sua longa calda pelo quarto.

– Estou. – disse, sentando-me em uma das cadeiras. – Como nunca estive antes.

Thranduil encarou-me e esboçou um leve sorriso.

– Espero que saiba que, ao aceitar Légolas, está me aceitando também. Pois é meu filho, único e mais importante coisa da minha existência.

– Sim, meu senhor.

– Ótimo. – Thranduil passou as mãos pela seda de meu vestido. – Você será uma ótima princesa, Belle.

– Eu sei que sim. – Sorri. – Afinal, não somos muito diferentes, não é?

Thranduil voltou seu olhar para mim. Sabia que falava a verdade, que o modo grosso e rude de ser era presente em ambos. Que o desprezo em certos momentos, e a coragem de ser quem somos, nos aproximou de forma espetacular. Ele gostaria de ter sido meu pai, porém duvidei que se fosse, nos sairíamos tão iguais por dentro.

– Eu lhe abençôo nesse casamento. – Ele continuou, passando a mão por meu rosto. – E, quero que saiba que tenho orgulho por entregar-lhe meu filho.

– Obrigada, meu senhor. – Respondi tomando sua mão.

Thranduil reverenciou-me. Senti certa vergonha por isso, porém sorri. Ele estava sendo muito gentil, e mesmo com as poucas palavras, seu rosto parecia feliz. Nunca imaginei que ele o fizesse de tal forma, e sempre vi nele um elfo orgulhoso demais para demonstrar algum tipo de sentimento que não fosse desprezo. Mas aprendi que, se você souber como agir, arranca de dentro dele algo especial, mostrado em poucos momentos de sua vida.

Deve ser por isso que ele e mamãe têm algo em especial. Ela tem o dom de arrancar-lhe os mais sinceros sentimentos.

Melrise bateu à porta, anunciando que todos estavam à minha espera.

Thranduil ofereceu-me seu braço, e guiando-me até a entrada de onde seria a cerimônia, contentou-se em apenas entregar-me para meu pai na entrada. Tomou o braço de minha mãe, e seguiu até à frente, onde postou-se ao lado daquele mago de vestes cinzentas chamado Gandalf.

Aragorn e Tauriel, postos de um lado, Ang e Runel em outro, completavam as pessoas que esperavam á frente, junto com meu príncipe, que estava de vestes cinza com toques dourados aqui e ali.

A música tocava. Papai beijou-me a testa antes de seguirmos.

A multidão inteira observava-me aproximar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Link do vestido de Noiva : http://www.meleklermekani.com/attachments/fiyonklu-gelinlik-3-jpg.41955/
Ahhhhh, eu quero que o Gandalf celebre meu casamento também :(
O que acham? hushaushuhaus
Beijos e não esqueçam de comentar ♥