Assim, do meu jeito. escrita por overexposedxx


Capítulo 7
Capítulo 7 - What a doubt means in love, honey?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, como estão? Voltei, depois de dias, mas pelos mesmos motivos explicados no capítulo anterior. Vou organizar os dias pra postar os capítulos mais organizadamente, pra mim e pra vocês se situarem melhor.
Enfim, esse capítulo é dedicado a Djobs, que assim como as outras meninas, tem comentado com frequência e tem me deixado super animada a cada dia. Obrigada, linda.
Bom, espero que curtam esse capítulo, que ficou um pouco mais comprido do que o normal, justamente para que vocês pudessem curtir mais um pouquinho a história.
Boa leitura, amores.



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 Eu sorri, enquanto ele enxugava as lágrimas caindo dos meus olhos. Ele parecia feliz em ter me consolado, mas eu, sinceramente, não conseguia pensar em nada.

—Obrigada, Emm. – eu dei um beijo na bochecha dele e sorri –

Emmett, Emmett. Mexe com tudo aqui dentro. Mas, será?

—Te deixo em casa ou você ainda vai passar em algum lugar antes? – ele levantou e me ajudou a fazer o mesmo, estendendo a mão e me puxando gentilmente. –

—Não, já vou pra casa direto. Meu irmão deve estar surtando se estiver levado a Bella pra casa e eu nem sei o que aconteceu com ela, preciso saber antes que ele ligue. – levantada, limpei a grama grudada na minha calça, quando ele fez o mesmo com a dele. –

—Tudo bem. – ele riu – Meu pai deve saber dela, mas se você preferir mesmo, vamos direto pra sua casa. Só que vamos ter que ir de a pé ou pegar um táxi. – ele foi andando, enquanto eu ia ao lado dele –.

Ele me abraçou, sem que eu me desse conta . Olhou para mim, como se pedisse permissão, com uma coisa chamada respeito, a qual eu nunca havia tido de Royce. Talvez seja um erro comparar uma pessoa como Emmett a ele. É um erro, definitivamente.

—Não se preocupe, ainda acham que namoramos. – eu sorri, brincando e ele sorriu também. –

—Me preocupo com o que você acha, podemos evitar, se preferir. – ele sorriu, sempre pensando no meu bem-estar, primeiro do que no dele. Diferente. Incrível. Entre muitas, duas palavras que o definiam.

—Emmett, não se preocupe tanto comigo, está bem? – eu sorri, tranquilizando-o. – Eu não me importo que me abrace assim. Até gosto.— sorri e ele sorriu de volta, demonstrando a pequena e complexa felicidade que aquele comentário simples o fez sentir. Talvez ele sentisse as borboletas no estômago tanto quanto eu.

—Sempre vou me preocupar com você, sabe disso. Não me canso de me preocupar, porque prefiro pecar pelo excesso. – ele me puxou pra perto, com o grande braço me rodeando por trás, até chegar com a mão à minha cintura, aonde a deixou enquanto andávamos, conforme eu havia permitido. –

Ele respeitava os meus limites. Será que era possível alguém ser tão bom assim?

—Você não existe, Emmett. – eu sorri e o olhei nos olhos –

—Eu pensava o mesmo de alguém como você, até sentir tudo o que sinto perto de você. Conclui que era simples complexo ao mesmo tempo, e inexplicavelmente possível. – os olhos azuis sorriram junto com os lábios e as covinhas que apareceram, suavemente, fizeram do rosto dele, um rosto de criança. –

Ele me deixava sem rumo, sem palavras, sem ter o que pensar ou dizer. Insuportavelmente único e perfeito. Mas, será mesmo?

Sorri, agradecendo. Juntei-me mais a ele, quebrando o espaço entre nossos corpos. Andamos juntos até a calçada que ficava do mesmo lado onde estávamos.  Dali, ele fez questão de me levar até a porta de minha casa. Pegamos um táxi e após alguns minutos estávamos na porta.

—Obrigada, Emmett. – eu sorri e dei um beijo na bochecha dele, de despedida. –

—Não me agradeça, eu que agradeço por hoje. – ele sorriu e jogou um beijo, comigo já fora do carro –.

—Até depois. – acenei, subindo os degraus para a porta de entrada –.

—Até, Rose. – ele subiu o vidro do carro, que partiu logo em seguida. –

Entrei em casa com as chaves que tinha na bolsa. Logo que fechei a porta atrás de mim, tranquei-a e deixei a chave em cima da mesa.

—Rose? – ouvi a voz de Edward nas escadas enquanto ia para a cozinha –

—Oi, Ed. – voltei um passo e olhei para a escada – Aqui em baixo. – acenei e ele desceu correndo –

—Por Deus, Rose! Quase morri, não achava você em canto algum. – ele levou a mão aos cabelos, nervoso –.

—Não precisava se preocupar, estava com Emmett. – sorri, dei-lhe um beijo na bochecha e caminhei até a cozinha, deixando-o pra trás –.

—COM EMMETT?! – ele foi atrás de mim e arregalou os olhos, preocupado e cheio de ciúmes –.

O olhei, surpresa. Edward parecia não se importar que eu ficasse com Emmett, na maior parte do tempo, mas agora ele estava diferente.

—Achei que não se importasse sobre Emmett. – encostei-me ao balcão que sustentava a pia e fiquei ali, o encarando. –

—Eu não importo COM ele, me importo com você. – ele andou impaciente para o outro lado da mesa –

—Por isso eu disse “SOBRE”. – sorri, gentil e irônica – Emmett não me oferece perigo algum e você sabe disso, Edward. – me virei de costas para ele, lavando as mãos na pia ao lado. –

Ele permaneceu em silencio.

—Ah Rose... – ele levou a mão à nuca, ainda nervoso – É que, você sabe, eu não consigo manter minha cabeça fria com você sozinha com um cara, depois do – ele hesitou por um segundo –... Royce. 

Ele se aproximou e parou ao meu lado, na pia. Me olhou, procurando que fizesse meu rosto se virar para o dele. O encarei, buscando seu olhar.

—Me desculpe, mana. – ele levou as mãos ao meu rosto e encostou a testa á minha. – Eu confio em você e... No Emmett também. Se você diz que ele é diferente, e ele parece, não sou eu quem vou dizer que ele não é. – ele me abraçou forte e eu retribuí, da mesma maneira –.

—Obrigada por confiar em mim, Ed. – eu sorri – E, ei, não tem nada entre eu e Emmett. Somos só amigos e fingimos namorar, por causa da mãe. – falei baixo na última parte –.

—Cá entre nós? – ele indagou, no meu ouvido, com um pé á direita do corpo, ameaçando sair depois que falasse – Acho que não por muito tempo, Rose.

Ele saiu andando e antes de passar pela porta da cozinha, riu com o efeito que o comentário dele causara em mim. Fiquei parada na bancada, pensando se Edward tinha falado aquilo só para me provocar, ou se eu quem tinha me incomodado com tanto pra pensar naquela frase.

Enfim, por conseguinte, comi um misto-quente com um suco pra acompanhar, e depois de lavar, secar e guardar a louça, deixando tudo em ordem, subi para o meu quarto. Entrando, deixei a porta aberta, porque sairia para tomar banho dentro de alguns minutos. Respondi algumas mensagens, arrumei algumas roupas jogadas dentro do meu guarda-roupa e tratei de ir logo pro banho.

Eram 14h30min. Exatamente o horário que havia combinado com o Emmett mais cedo, para nos encontrarmos. Eu diria, infelizmente, mas o passeio foi incrível mais cedo. Então, felizmente.

A água caia pelo meu corpo, umedecia meus cabelos e relaxava meus ossos e meu coração, quando as gotas tocavam a minha nuca e meus ombros. Espalhei o sabonete pelo corpo, me enxaguei e continuei olhando janela afora, varrendo as ruas com os olhos, procurando seguir os carros, em busca de alguma reflexão simples que não tomasse muito do meu raciocínio e que não fizesse uma imensa confusão na minha cabeça. O problema é que, essa confusa que acabava de começar a se formar, há dias na verdade, era uma confusão confortável e insuportavelmente boa dentro de mim. Eu gostava, pra ser sincera. Ao mesmo tempo, não sei se gostava tanto de me sentir assim. Balançada. Blindada. Confusa. Cega. Apaixonada?

O que será que o fez se interessar tanto pela minha história? Como se eu fosse uma estrela do filme que ele vai programar, se ele ao menos fosse do cinema, e não dos esportes. Os olhos azuis não são o que mais me encantava nele, nem as covinhas, ou os cabelos perfeitamente escuros. Não, nem os músculos perfeitamente distribuídos por um corpo perfeitamente modelado. O que mais me encantava nele, era tudo o que ele É e não o que ele TEM. Ele era bom, alegre e engraçado. Mais do que isso, era gentil, preocupado, atencioso, carinhoso, bobo e, na verdade, era perfeito. As qualidades eram incitáveis e inexplicavelmente únicas e encantadoras, se podia dizer assim. Tudo era tão simples e ao mesmo tempo tão complexo quando três palavras imensamente dimensionais num mundo mortal e frio que se tornava confuso. Ora confuso, ora óbvio. Ele me faz feliz desde que entrou na minha vida, será que eu não vejo? Mas, será que estou pronta para retribuir essas palavras quando ele disser?

Droga, Rosalie!

                                                           ****

 Depois de minutos, desci para a sala, com a toalha na cabeça, – por causa do cabelo molhado – um livro e uma tigela de cereal que havia acabado de pegar na cozinha. Sentei no sofá e entre uma colherada e uma página, ia me entretendo. O Sol batia nas minhas costas e no meu braço direito, o que era bom, porque eu vestia uma blusa e uma calça de moletom que não estavam esquentando muito no momento. Quando acabaria meu cereal, a campainha tocou.

Estranho... Edward está esperando alguém?

Deixei o pote de cereal sob a mesa de vidro ao lado do sofá e levei meu livro comigo, sem perceber.

Olhei pelo olho de vidro, um pouco mais alto que eu e destranquei a porta. Abrindo, não vi ninguém, nem nada, de início. Olhei para baixo e lá estava: um buquê de rosas vermelhas e brancas e um cartão vermelho escrito “Rosalie”. Mas, quem me mandaria cartas e flores? Abaixei e deixei meu livro no chão, ao lado da porta, na parte de dentro. Peguei a carta e as flores e as analisei com cuidado. Abri o cartão. Lá tinha uma carta, que dizia:

“Querida Rosalie,

Obrigado por essa tarde, foi realmente incrível. Como já deve ter percebido, não é difícil me colocar um sorriso no rosto, – basta estar com você, pra ser sincero. – mas os dias em que coloquei um sorriso no seu, sem ao menos tentar de tudo, foram os dias mais felizes pra mim. Espero que eu continue conseguindo fazer isso, porque é no que tenho me empenhado, e acredito que será o que vou me empenhar em fazer pelo resto dos dias que passar com você.

Enfim, escrevi pra uma coisa em especial. Espero que aceite. Lá vai:

Rose, espero que saiba pelo que escrevi e por tudo que já disse a você, que você é o motivo do meu sorriso todos os dias e que, isso não passa batido, porque faço questão de me lembrar a cada minuto que me pego sorrindo. Bom, obrigado por isso. Apesar de querer continuar escrevendo e escrevendo pra você, o que não faço com frequência e agora descobri que gosto bastante, quero mesmo te convidar pra sair. Podemos nos encontrar no parque a três ou quatro quadras daí, o Oestville Park. É um lugar bem confortável pra passar a tarde conversando, comendo alguma coisa, vendo o pôr do Sol, ou o que quiser fazer. O que acha de amanhã? Se preferir, nos encontramos lá e depois podemos jantar ou fazer alguma coisa que queira. Provavelmente quando estiver lendo isso serão 15h00min ou algo próximo disso, então, está perfeito pra mim, pode ser? Entre 14h30min e 15h00min, estarei te esperando lá, se não se importar de vir a pé, porque sei que gosta de caminhar um pouco.

Obrigado. Por tudo.

Com amor,

Emmett.”

Diante do que li, não tinha o que dizer ou pensar. Olhei em volta e não tinha nem sinal dele por ali, o que era ruim, mas bom ao mesmo tempo, porque eu não saberia o que dizer. Entrei, fechei a porta e peguei meu livro no chão. Esqueci-me completamente do cereal e subi. No meu quarto, abaixo da janela, numa mesa de vidro, tinha um vaso transparente de acrílico, mas que ficava vazio, porque eu normalmente não recebia flores e não tinha motivos para querer alguma ali. Batia Sol, dava pra colocar água e era arejado. Tirei as flores do buquê e guardei o embrulho na gaveta da mesma mesa, junto com a carta. O cheiro das flores era incrível, e olha que eu nunca via graça em flores antes.

Antes de colocá-las no vaso, amassei o talo das rosas levemente, como minha avó havia ensinado. Então, coloquei-as dentro do vaso e deixei com água até pouco menos da metade dele, também algo que havia aprendido com ela.

Depois, me deitei na cama e fiquei minutos pensando o que devia, realmente, fazer sobre aquele convite. Deveria ir? Deveria dizer que não posso, com algum motivo qualquer, ou simplesmente que não quero?

Por algum motivo, eu tinha certeza que não era sangue frio o bastante pra mentir dessa maneira. Principalmente pra ele.  E aquilo, ou ele, me tocava de um jeito incrível.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Reviews? Comentem!
Muitos beijos,
Clarie ♥