Assim, do meu jeito. escrita por overexposedxx


Capítulo 12
Capítulo 12 - It was already meant to be, honey


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha maravilhosa, como estão?
Tô aqui postando bem seguidinho o próximo capítulo pra vocês. Esse, como eu disse nas notas finais do cap. 11, também está em terceira pessoa. Ficou compridinho, mas acho que vão constatar que valeu a pena no fim.
Boa leitura, amores.



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No hospital, quarto 1023...

Depois de um descanso de trinta minutos do café, tirando desse tempo, quinze minutos para um banho com assistência, um novo rosto finalmente bateu à porta daquele quarto de hospital. Rosalie estava sentada na cama, com as pernas para fora desta, na ponta direita, com a perna engessada sob a poltrona elevada. Deixou o celular sob o criado mudo exatamente às 12h06min, quando ouviu uma batida na porta.

—Entre. - ela permitiu, sorrindo. -

Uma figura masculina alta, com cabelos loiros bem cortados, olhos castanhos claros, pele branca e barba rala, vestindo um jaleco por cima de uma calça jeans e uma blusa branca, adentrou o ambiente com um sorriso um tanto charmoso. Rosalie sorriu, estatelando seus olhos involuntariamente sob a imagem à sua frente. Sorriu, gentilmente e disfarçou a aparência encantada.

—Boa tarde, Srta. Hale. - o rapaz evidenciou o sorriso, educadamente. -

—Boa tarde. - Rosalie sorriu. -

—Bom, creio que não nos conheçamos ainda, então vou me apresentar: meu nome é Scott Neast, eu sou o médico chefe da fisioterapia aqui do hospital e estarei te acompanhando em suas sessões, sempre às 12h10min, duas vezes na semana. Dr. Carlisle quis que eu mesmo cuidasse disso porque disse que você era uma paciente "especial". - ele sorriu, por fim. -

Rosalie riu baixo e levantou o olhar, gentilmente.

Após verificar, em alguns segundos, o horário em seu celular, Scott se prepara para ajudar Rosalie a ficar de pé. Ele traz, em outros poucos segundos, duas muletas nas mãos, para que ela se apoiasse ao andar.

—Vamos lá, Rosalie? – ele sorriu, propondo, antes de ajudá-la. –

—Vamos! – Rosalie sorriu –

Assim, por conseguinte, o rapaz depositou as muletas na parede ao lado da poltrona, para antes de usá-las, levantar Rosalie com as mãos livres.

—Bom Rosalie, primeiro, vou te levantar de um jeito um pouco diferente do que está acostumada. Vou encaixar meus braços entre a sua costela e o seu braço, dos dois lados, apoiando minhas mãos nos seus ombros – ele demonstrava com as mãos, ainda longe do corpo dela, numa imagem invisível à sua frente. -. Então você vai descarregar seu peso nos meus braços, entrelaçando suas mãos nas minhas costas, como um abraço, tudo bem?

—Claro, entendi. – Rosalie assentiu, sorrindo. –

—Ótimo! – ele sorriu brevemente e parou à frente dela. – Vamos?

—Vamos.

Sendo conforme o combinado, Scott fez os movimentos que havia citado nas instruções, enquanto Rosalie fazia sua parte. Foi tudo muito rápido, questão de um minuto, apenas. Estando de pé, com a ajuda do médico, Rosalie se soltou dele quando lhe foi permitido. Ele, por sua vez, se posicionou ao lado dela, fazendo-a apoiar seu braço ao redor do pescoço dele, para que pudesse se equilibrar antes de usar as muletas.

—Foi ótimo, Rosalie! Você se saiu muito bem. – ele parabenizou, sorrindo. –

—Obrigada. – Rosalie sorriu, com um pequeno rubor surgindo nas bochechas. –

—Agora, vou trazer as muletas pra você. Já estão ajustadas à sua altura e peso, então não se preocupe com nada além de aprender a usá-las. Vou colocá-las debaixo dos seus braços, para que se apoie, e vou te explicar o jeito certo de segurá-las.

Em seguida, Scott estendeu a mão e alcançou as muletas, sem soltar Rosalie. Mudou de posição, ficando na frente dela, e parte do corpo na lateral de seu braço esquerdo, segurando-a pelas costas com o braço livre das muletas. As posicionou uma a uma, em cada um dos dois braços.

—Bem, Rosalie, é muito simples. Basta você apoiar seu peso nessas partes acolchoadas debaixo de seus braços, e estender suas mãos até esses apoios aqui – ele indicou –. Depois disso, basta segurar neles com as mãos e assim, mover as muletas. Lembre-se de sempre mover as muletas antes do corpo. E não coloque as muletas muito à frente do corpo, porque se a sua passada for menor que a largura que você estabeleceu, a ponta de borracha nos pés das muletas vai escorregar, e você vai acabar caindo.

 

—Está bem, entendi. – Rosalie assentiu, sorrindo, e se dispondo a começar a usar as muletas. –

(...)

Após alguns minutos, Rosalie, amparada por seu médico, estava na então sala de fisioterapia. Esta era admirável. Rosalie chegava a pensar que poderia fazer fisioterapia todos os dias só para ter aquela vista. Era uma sala com todas as paredes de vidro, tendo apenas o chão de porcelanato de madeira escura. Era um ambiente amplo e parecia ainda mais com os vidros compondo os arredores. No teto, a pintura de madeira, combinando com o piso, três luminárias presas, de LED, com fios de comprimento médio. Pelas paredes, se podia observar o alto da cidade: os prédios, as áreas verdes, os carros, as luzes.

Deixando de lado a admiração, Rosalie desviou sua atenção para Scott, ao seu lado, preparado para começar os exercícios. Ele tinha uma lista na mão, que havia pego há pouco na porta da sala, com Louise, a mando de Carlisle.

—Bom, Dr. Carlisle me entregou essa lista de exercícios, especificamente pra você.  Vou te ensinar os movimentos, um a um, e depois colocamos em prática.

—Está bem. – Rosalie sorriu, assentindo com um maneio de cabeça. –

                                                                       ****

Uma hora depois...

Rosalie retornava ao quarto, um pouco cansada, fisicamente, pelos alongamentos de corpo inteiro e os exercícios para a perna. Scott tinha sido um tanto quanto paciente e gentil, sempre a amparando e esclarecendo as dúvidas remanescentes ao final da sessão. Ao Scott abrir a porta do quarto, Rosalie viu a figura de sua mãe, sentada na pequena namoradeira à frente da cama. Ela sorriu brevemente e continuou a se apoiar em Scott, que, por sua vez, maneou a cabeça em um cumprimento educado à Lilian e voltou a concentração total à Rosalie. Da mesma maneira que vinha caminhando, Rosalie caminhou até a cama e se sentou. Bebeu um copo d’ água, oferecido por Scott, que depois, agradeceu a dedicação de Rosalie, declarando que tudo ficava mais fácil quando o paciente participava ativamente da recuperação. Rosalie sorriu, gentilmente, e agradeceu pela sessão de fisioterapia. Pedindo que chamassem-no em caso de qualquer problema, o rapaz se retirou, maneando a cabeça em uma despedida breve para Lilian, que sorriu e se levantou ao bater leve da porta.

—Como você está, filha? – Lilian se aproximou da cama, um pouco mais calorosa do que das outras vezes em que puderam conversar entre mãe e filha. –

—Estou me sentindo melhor, graças a Deus. – Rosalie sorriu – No começo era muita dor, mas desde algumas horas depois da imobilização, só sinto o peso do gesso ao levantar.

Lilian sorriu, se aproximando, depositando uma das mãos no gesso na perna da filha, acarinhando como quem sente a pele de uma criança.

—Que bom, querida. Fiquei preocupada. – ela declarou, de cabeça baixa. –

—Por que não veio me visitar antes? – Rosalie indagou, confusa. –

—Não pude. – Lilian declarou. – Fui à mercearia ontem de manhã, muito antes de você sair, pra aceitar a proposta de emprego deles, de balconista. – ela parecia um pouco decepcionada com o cargo, mas feliz por tê-lo conseguido. – Depois disso fiquei organizando minha agenda conforme o novo emprego e tudo mais, e quando soube do acidente não pude sair para ver você, porque logo que fiquei sabendo, estava na mercearia, começando a assistir como era o período de fim de semana.

Rosalie sorriu e pegou na mão da mãe. Levantou o olhar, seguido do levantar dela.

—Estou orgulhosa de você, mãe. – Lilian sorriu, com os olhos brilhando. – É bom ver você voltar a ter seus compromissos, horários e ocupações. Sei que você queria algo melhor, mas é assim que começamos. E você é boa em lidar com as pessoas, apesar do seu jeito em casa ser um pouco diferente. – as duas riram, quase chegando a gargalharem juntas. – Você sabe que vai acabar se envolvendo com as pessoas e o grupo de trabalho, e tudo vai ficar mais divertido, você sabe.

Ambas sorriram e se abraçaram, mesmo com Rosalie ainda sentada na cama, sem poder sair do encosto dessa, tanto quanto queria. Ficaram assim por algum tempo e depois começaram a conversar. Foram interrompidas pela ligação de Edward, que tratou de perguntar como a irmã estava, além de trazer também um recado de Emmett. Lilian fez sinais de que teria que ir embora, enquanto Rosalie ainda estava no telefone. 

—Emmett disse para que eu avisasse você de que ele pegou toda a matéria das aulas da grade dele, e vai te passar, e que depois as meninas que tem a mesma grade que você te passam por celular. Ele disse também que está morrendo de saudades e que vai aí te ver umas 13h40min, depois do almoço. Eu acho que só vou poder ir aí amanhã, mas fico um bom tempo, se quiser. – ele riu e Rosalie acompanhou, do outro lado da linha. –

—Está bem, Ed. Não se preocupe e me dê notícias da Bella quando for vê-la. Diga ao Emmett que também estou morrendo de saudades, e que agradeço por ele ter feito tudo isso por mim. Estou esperando ele aqui a hora que vier, e você amanhã. – ela riu –

—Ok, Rose. Vou desligar agora porque vou almoçar em casa e depois irei até a casa da Bella, visitá-la.

—Vai lá, um beijo.

(Ligação off)

Assim que depositou o celular sobre o criado-mudo ao seu lado, ainda de olhar baixo, Rosalie ouviu o som da leve abertura da porta do quarto se fazer presente. Sorriu, ao ver Louise e Anna aparecerem na porta, com sorrisos largos, ao vê-la com aspecto de progresso no rosto sereno.

—Olha o almoço! - Louise anunciou, sorrindo. -

Rosalie sorriu, feliz por ver ambas novamente. Estendeu os braços para receber a bandeja, quando Anna tirava esta do carrinho, ao passo que Louise o "estacionou".

—Tem uma salada bem fresca, de tomates, alface, cenoura e alguns pequenos grãos que contém vitaminas, que Dr. Carlisle recomendou. Você vai reparar que eles não têm gosto, porque são só vitaminas naturais mesmo. Aqui do lado, - Anna apontou a cestinha de pães do lado esquerdo da bandeja. - colocamos uma cestinha de pães para você comer junto com a salada, com azeite, ou depois. A sobremesa, uma maçã. - Anna sorriu, e juntou as mãos novamente atrás do corpo. -

—Tudo parece delicioso. - Rosalie sorriu. - Obrigada, meninas.

—Coma tranquila. Anna ficará aqui com você enquanto eu me encarrego de pegar seu suco natural ali no balcão, que eu pedi para que subissem para cá. - Louise sorriu, e assim saiu do quarto. -

Anna sentou-se na poltrona ao lado de Rosalie e começaram algum diálogo, divertido o bastante para que dessem boas risadas, até Louise chegar, em poucos minutos, com o suco natural de limão de Rosalie, nas mãos.

—Aqui está o seu suco. Fresquinho. - Louise informou com prazer, sorrindo, ao entregar o suco nas mãos de Rosalie. -

Vinte minutos depois...

—Muito obrigada, meninas. Estava tudo delicioso! - Rosalie agradeceu, sorrindo gentil, enquanto as enfermeiras sorriam e se retiravam do quarto. -

Treze horas e quarenta e dois minutos. Emmett estava devidamente atrasado, por dois minutos. Rosalie o esperava ansiosa, pegando o celular de dois em dois minutos, para se dar conta de que horas eram, sem perder um segundo sequer da virada do relógio digital. Mexia as pontas dos dedos no lençol, puxando os fios soltos um a um, nas pontas das unhas finas e grandes. Tirava o esmalte sem perceber, mas sem se importar também. O frio na barriga, depois de tantas vezes tendo se encontrado a ele, ainda vinha, quando ouvia o ranger leve da porta, ou passos no corredor de trinta em trinta segundos. O coração palpitava, ao passo que ela perdia o tempo do piscar de olhos, e o fazia sem parar por três vezes seguidas em um segundo. Parecia insanidade, mas no fim, era só amor.

 (...)

No corredor térreo do hospital, os passos largos pareciam ser minimamente conclusivos, ao passar do tempo no relógio. Um olho no caminho, outro na mão direita, que carregava um grande buquê de rosas vermelhas com cuidado o bastante para mantê-las intocáveis até que as mãos dela desfizessem esse traço. A procura pelo elevador que seria o primeiro do andar, à primeira esquerda, parecia ser vã. Os jalecos brancos com pressa, surgiam no caminho nos momentos mais indevidos, fazendo oscilar a queda da única rosa branca no bolso largo da calça.  Emmett caminhava o mais rápido que podia, evitando correr apenas pelo fato memorável de que estava num hospital e não num parque ao ar livre. Entre um maneio de cabeça para um lado e outro, finalmente, ele encontrara o elevador tão procurado. Se apressou em apertar o botão repetidas vezes, aproveitando-se do leve tremor dos dedos que, vacilantes, interrompiam o toque certeiro para com esses mesmos.  A sola do pé no chão, a ponta dos dedos induzindo o bater do peito do pé repetido, neste, como sinal de impaciência. Em segundos que pareceram minutos intermináveis, a porta do elevador se abriu, revelando um interior surpreendentemente vazio. Contente pela rapidez com que aquilo devia se fazer dali em diante, Emmett indicou o andar no tocar de um botão, e apressou o fechar das portas noutro. Ali naquele espelho, recostou a cabeça e fechou os olhos, esperando e imaginando o momento que se seguiria. Esperou o dia inteiro por isso. Talvez, sua vida inteira. Podia não parecer tão grandioso e especial mas, era. Porque, era amor de verdade, e ele sabia. Não daria um passo a vacilar. A faria a mulher mais feliz do mundo a partir de então, até seu último suspiro.

Ao abrir das portas do elevador, saiu decidido. A confiança embalava seu caminhar e sua respiração, com muito esforço, ritmada. Poucos segundos se fizeram presentes até a porta do quarto 1023. Ali, parou e acalmou o caminhar. Suspirou, levou a mão em que carregava o buquê, às costas e entrou.

Ao adentrar o quarto, o sorriso estonteante de Rosalie parecia quase fazê-la levantar e correr até os braços dele, sem querer deixá-lo ir embora. No entanto, sem poder fazer isso, ela sorriu, com um brilho perfeitamente natural em seu riso mais brincalhão,que deixava todos os dentes à mostra. Ele riu, de leve, mas com a intensidade profunda de uma alma saudosa e cheia de amor pra dar. Correu poucos e largos passos, desde o fechar da porta em suas costas, até a beira direita da cama em que ela estava sentada. Ao chegar tão perto quanto podia, Emmett tomou os lábios dela para si, num pegar tão cheio de saudade, quanto carinhoso, de sua nuca, tendo nos espaços entre os dedos, os fios mais loiros e finos dos cabelos de Rosalie. O amor de ambos não media aquele beijo, porque era muito mais profundo do que um encontro de lábios poderia ser. No entanto, a saudade tratava de deixar tudo melhor.

—Seis minutos atrasado. - Rosalie sorriu, num intervalo do beijo que a deixara ofegante. -

—Me desculpe. - ele riu, sorrindo, ainda com o espaço de dois milímetros da boca dela. -

Num selinho, Emmett se afastou cuidadosamente, sorrindo.

—O que tem atrás das costas? - ela sorriu, curiosa, desviando o olhar da figura alta que ele formava á sua frente. -

—Quase me esqueci. - ele mostrou o buquê á frente do corpo, oferecendo-o a ela com um sorriso largo. - Flores para a mulher mais linda da eternidade. - as covinhas brincaram em seu rosto, enquanto ela sorria largamente, ao tomar as flores no buquê em suas mãos. -

—Como você sabia? - ela sorriu, em uma felicidade imensurável, sentindo o perfume das formosas rosas vermelhas no buquê. -

—O que? - ele quis saber, confuso. -

—Que eram minhas favoritas. - ela riu. -

—Não sabia. - ele sorriu - Simplesmente achei que pareciam caber no seu encanto e perfume tão perfeitos. - o canto esquerdo de seus lábios se formou num sorriso torto, e um tanto charmoso. -

Ela riu.

—Você é bom nisso. - ela sorriu. - Sabe conquistar uma mulher e fazê-la feliz.

—Não. - ele negou, abaixando o olhar, sorrindo. - Eu sei amar uma mulher. Uma, apenas, e é você. E será a única que eu conquistarei dia após dia, muito além do altar ou de um anel de noivado. E vou te fazer feliz, se você quiser deixar. - ele sorriu, olhando-a novamente, terno e seguro. -

Rosalie viu os olhos encherem de lágrimas, sem saber exatamente de onde vinha tudo isso. Tocou uma das mãos dele, num pedido para que ele se aproximasse, e o beijou. Deixou que as lágrimas rolassem, sem que ele ou ela pudessem perceber, porque aquele momento era bom demais para se esvair tão depressa.

Ao passar de três pares de segundos, Emmett deu espaço para que ela observasse o buquê mais de perto. Quando ela o fez, de cara percebeu o espaço se uma rosa faltando. Emmett havia alinhado todas nas bordas do buquê e umas as outras, ao sair da floricultura, para que parecesse faltar uma no meio. A rosa branca única, que havia comprado separadamente, estava escondida em seu bolso.

—Falta uma rosa aqui. - ela olhou em volta, no chão e no lençol, procurando esta uma. - Será que você deixou cair? Ou eu? - ela se desesperou. -

—Se acalma, meu anjo. - ele depositou a mão por sobre o ombro dela, pacientemente. - Ela está bem aqui. - ele retirou a rosa branca do bolso e ajoelhou. -

Rosalie fez feição de espanto com o ato que se seguiu do mostrar da rosa nas mãos dele. Conteve as lágrimas que queriam escapar e sorriu, imaginando o que ele teria preparado.

—Dizem que as rosas vermelhas representam amor e romance, tanto quanto a beleza e a perfeição que carregam em suas pétalas. Já as rosas brancas mostram a paz, pureza, as grandes uniões e os novos começos. Simbolizam também outras coisas importantes, como a honra, o respeito, a esperança, lembrança e espiritualidade. E eu acho, meu amor, que essas duas são a combinação perfeita do que precisamos para adiante. Digo, Srta. Rosalie Lilian Hale, - ele tirava com a outra mão vazia, a pequena caixa de veludo do bolso, sem tirar os olhos de Rosalie. - quero acrescentar um detalhe ao seu nome um dia. Mas, antes, quero dar um passo importante para o nosso futuro caminhar juntos, se me permite. - ela sorriu, e então, ele continuou. - Senhorita Rosalie Lilian Hale, quero que me permita te prometer mostrar todo o meu amor, como no vermelho dessas rosas, daqui em diante, prometendo também harmonizar contigo nesse relacionamento, a paz de poder amar e ser amada; a pureza de um riso bobo, nas coisas mais simples que vamos viver juntos; o respeito, que teremos mutuamente, em todas as ocasiões: seja lado a lado, ou um de costas para o outro; a esperança que há de reinar sempre que tivermos dúvidas causadas pelos problemas que pretenderemos fazer com que sejam mínimos, mas inevitáveis; as lembranças que faremos um ao outro toda vez que duvidarmos de nossa felicidade e capacidade de seguir adiante; a espiritualidade que está presente agora e estará até depois do fim, quando eu ainda for teu e você ainda for minha; por fim, ainda, quero dizer que deixei esta rosa que representa todas essas coisas de fora deste calhamaço em sua mão, porque ela é o que falta no nosso amor para o nosso novo começo, nessa grande união que te proponho, para começar. E eu te amarei com todos os defeitos dessa mulher perfeita que te compõe, por todos os dias que você me permitir fazê-lo. Rose, - ele ofereceu as alianças de prata, de compromisso, ainda na caixa, à ela, estendendo a mão em sua altura. - quero que tome essa rosa para o seu conjunto de rosas vermelhas, se aceita ser minha namorada a partir desse momento, nesse devido dia. - ele sorriu, ansioso, mostrando as covinhas. -

Rosalie deixou as lágrimas escaparem e sorriu, rindo levemente, no ar de alegria que se fazia instalado naquele ambiente a partir de então. Ela estendeu a mão até o rosto dele e deixou-a sob a bochecha, sorrindo. Em um par de segundos, tomou a rosa branca da mão dele, sem hesitar fazê-lo calmamente, colocando-a, após um afago nas pétalas, no espaço restante em seu buquê de rosas vermelhas.

—Como se houvesse alguma chance remota de eu negar um pedido tão lindo pra você. - ela sorriu, enquanto ele levantava, para colocar a aliança no dedo dela e ela fazer o mesmo com o dele. -

Depois de um olhar e outro ao cuidado de "vestir" a aliança no dedo anular da mão direita um do outro, os lábios tomaram-se em um beijo longo, seguido de uma felicidade incontida em ambos os sorrisos.

—A Sra. Stanley passou um documentário para assistirmos, sobre o derretimento das calotas polares no Ártico. Podemos assistir agora, são só 45 minutos e eu tenho-o no notebook aqui na mochila. - Emmett propôs, sorrindo. -

—Ótimo, pode colocar. Assim você já me conta como foi seu dia e eu conto do meu. - ela sorriu. -

Enquanto Emmett organizava as coisas para assistirem o documentário, Rosalie comentou sobre o médico que a havia ajudado hoje. Ele, por coincidência, estava a alguns passos da porta, do outro lado do corredor, conversando com uma moça de cabelos escuros, com uma revista de praia em uma das mãos.

—Aposto que ele ficou te cantando com os olhos. - Emmett fez cara feia e franziu o cenho, caminhando para se sentar ao lado dela novamente. -

Rosalie riu.

—É mais fácil ele cantar você do que eu. - Rosalie riu, e Emmett arqueou a sobrancelha, confuso. Ela, por sua vez, maneou a cabeça indicando a ele a feição do médico próximo a porta, ao ver a capa da revista de um homem sem camisa, sarado. Lembrou-se também dos comentários subentendidos de Louise e Anna mais cedo. Emmett olhou Rosalie, ainda de sobrancelha arqueada, e ela se permitiu gargalhar com a expressão dele. Voltou sua atenção para Emmett e lhe deu um beijo nos lábios, ainda rindo. -

No fim, aquela era apenas uma data da evidência do amor de ambos, para além de onde pudessem imaginar ou querer chegar. A declaração é, nada mais, nada menos, do que um agrado a mais, num sentimento que efervesce dentro do peito. Porque, na verdade, as maiores provas de amor, eram aquelas que tinham todos os dias: o transbordar da presença, do riso, do toque, do beijo, do afago, em amor. A saudade, a maior prova do que era aquele sentimento. Nas tentativas, mesmo assim, não adiantava negar. Já era amor antes de começar.

"Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser." - Clarice Lispector.


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Notas finais do capítulo

E aí, amores? O que acharam? Valeu a pena esperar?
Lembrem-se do combinado: vou estar postando frequentemente depois de domingo, se houeverem reviews de vocês, ok?
Obrigada por acompanharem ♥.
Muitos e muitos beijos,
Clarie ♥.



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